No espaço de duas semanas estiverem em Portugal dois autores a lançar livros de ajuda para os pais educarem os filhos. Um pediatra francês e um psicólogo espanhol.
Em Educar os Filhos: Uma Urgência nos Dias que Correm, da editora Livros D’Hoje, o pediatra francês, já reformado, Aldo Naouri defende que os pais devem falar com os filhos com “firmeza e ternura”, devem ser autoritários para criar filhos democratas. Em seu entender, as crianças não têm direitos, só deveres e os pais jamais devem pedir desculpa aos filhos, nem mesmo quando erram.
A entrevista conduzida por mim pode ser lida em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370779&idCanal=62.
Fui acusada, por alguns leitores, de ser parcial, de parecer não concordar com o autor. Como jornalista não tinha de concordar, nem de discordar, mas de colocar todas as questões que esclarecessem os leitores.
Mas ao ouvir Naouri confesso que pensei algumas vezes: “Que má mãe que eu sou!”. Nos dias seguintes ouvi outras mães com o mesmo desabafo: “Eu quando erro, peço sempre desculpa!”, “Senti-me uma mãe horrível!”.
Não há receitas ideais e, por isso, é bom ler o espanhol Guillermo Ballenato, em Educar Sem Gritar, da editora Esfera dos Livros. Ballenato abre todas as portas, apresenta as várias alternativas de educação, dando espaço às famílias para pensar e desenhar o seu próprio estilo educativo. No entanto, Naouri e Ballenato têm um ponto em comum: as regras são essenciais, bem como a autoridade. Se queremos filhos saudáveis, jamais deveremos prescindir de ambas.
Bárbara Wong
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