sexta-feira, 31 de maio de 2013

Amanhã, Olimpvs.net na Feira do Livro de Lisboa.

Amanhã, teremos o privilégio de estar novamente no espaço mais poético da Feira do Livro para conversar com os nossos leitores.

No dia da Criança, não perca a oportunidade e visite-nos no stand da editora Objectiva.



















(frase e desenho da autoria de Afonso Cruz)

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Filmes no cinema em Alvalade, Lisboa


Em Junho regressam os Filminhos Infantis ao Cinema City Alvalade, em Lisboa.
A Zero em Comportamento vai animar as manhãs de sábados e domingos do City Alvalade, com novas sessões de curtas metragens infantis. Para crianças dos seis aos 12 anos.

Os filminhos infantis terão lugar nos dias 1 e 2, 8 e 9, 15 e 16, 22 e 23, 29 e 30 de Junho. Aos sábados, as sessões serão às 11h45 e aos domingos começam às 10h00, porque serão seguidas (para quem quiser) de uma oficina para as crianças.
Os preços para uma sessão de filminhos serão de 4 euros ou de 8 euros se incluírem uma oficina. No dia 1 de Junho, Dia Mundial da Criança preço especial de 2,50 euros.
A participação nas oficinas requer marcação prévia obrigatória. A data limite para inscrições nas Oficinas é a quinta-feira imediatamente anterior às sessões (30 Maio, 6 Junho, 13 de Junho, 20 de Junho, 27 Junho) – é hoje o dia!
A realização das oficinas está condicionada à existência de um número mínimo de dez participantes. E o limite máximo de participantes é 25.
Mais informação sobre as actividades e os filmes aqui.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A importância da educação artística

"Educação Artística no séc XXI: O papel das famílias". Assim se chamava a conferência organizada pelo Centro Nacional de Cultura e do Clube Unesco de Educação Artística.
Os oradores eram Jorge Ascensão, o novo presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap); Ana Pereira Caldas, presidente do Clube Unesco de Educação Artística; e eu. Às 18h30, a sala estava vazia; às 19h00, a sala tinha quatro pessoas, tantas quanto as que se iriam sentar à mesa. "Eu, sozinha, nunca tive uma sala tão vazia", pensei desanimada.
A educação artística não interessa aos pais? Os pais não se querem envolver na educação artística? Sabem o que é a educação artística? Sabem o quão importante é para uma educação global? Já sabem e não precisam de saber mais? Não sabem e não querem saber?
O Ivo Cruz, em substituição de Oliveira Martins, fala de quão importante foi, em jovem aprender, no Conservatório, a falar em público. Jorge Ascensão refere que a educação artística é um complemento importante na educação das crianças e dos jovens e que lhes permite descobrir as suas aptidões. Ana Pereira Caldas conta sobre o projecto de quatro anos que concluiu, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, numa escola TEIP de Lisboa e como os alunos se sentem mais auto-confiantes depois de terem trabalhado, através da dança, a Matemática ou a Língua Portuguesa. O trabalho vai continuar, agora com o apoio da autarquia.
E eu faço uma súmula de tudo o que foi dito, reforçando a importância que têm as áreas artísticas na educação dos mais novos e lamento a perda que áreas como a Educação Visual e Tecnológica (EVT) tiveram, com a última mexidela nos currículos, feita pela actual equipa mininsterial.
Porque, no pré-escolar e no 1.º ciclo, os meninos ainda vão explorando, ainda mexem na plasticina, moldam; pintam, observam quadros para reproduzir ou inventar; tocam instrumentos, cantam; dançam. E depois? É na EVT e na Educação Física que vão poder continuar a experimentar tudo isso e descobrir se é isso que querem fazer na vida. E não têm de se tornar todos pintores, músicos e bailarinos. Mas podem tornar-se público dessas artes. Podem aprender a ser críticos, a ter espírito crítico, a querer mais do que o que vêem na televisão.
Infelizmente, nem todos os meninos têm acesso à educação artística fora da escola. Uma minoria aprende um instrumento; aprende a dançar; aprende escultura ou pintura; pratica um desporto. Por isso, a educação artística é importante para a promoção da igualdade e da a democracia, termino.
Sim, é importante e está a ser esquecida não só pelo Estado, como pelas pessoas, por todas as que podiam ter passado pelo Centro Nacional de Cultura, ao final da tarde. Mas estas conferências vão continuar e tenho a certeza que as próximas sessões vão encher!
BW

Os piratas pedem por favor

Depois de recomendarmos o livro das princesas que adoram partilhar, aqui fica uma sugestão para os meninos.
Acompanhando este pequeno pirata, os meninos descobrem que o mais valente  dos heróis é sempre bem educado.
Uma história divertida, ideal para os meninos de 5/6 anos e para aqueles que estão a descobrir a magia de juntar as primeiras sílabas.

Editora Educação Nacional

terça-feira, 28 de maio de 2013

Os pais, esses malandros que ficam sempre do lado dos filhos...

Em duas circunstâncias diferentes, em duas escolas diferentes, ouço a mesma queixa, igual:
Recebemos alunos de classe média e média alta, mas o pior de tudo são os pais. Os pais que se demitem porque têm vidas muito ocupadas mas que depois, quando há um problema, vêm à escola. Vêm para questionar o professor, vêm para pôr o professor em causa porque acreditam em tudo o que os filhos lhes dizem.
Nas sessões de O meu filho fez o quê??? digo sempre que nós, pais, somos manipulados por eles, filhos. Quando o afirmo faço uma pausa ligeira e observo os rostos à minha frente. Há pais que acenam que não com a cabeça ou que encolhem os ombros com a dúvida. Continuo: Somos manipulados quando ele fez um disparate e começa por contar ao progenitor que vai ralhar menos ou que vai compreender a situação e explicá-la ao outro que iria ralhar. Somos quando ela quer sair e pede àquele que vai dizer que sim. Neste momento, os mais incrédulos concordam e sorriem.
É um facto, eles manipulam-nos e, por isso, devemos sempre questionar o que nos dizem. Há miúdos que são calculistas (o que não é sinónimo de "maus", mas de inteligentes, de teremo visão para além do breve prazo) e nós temos de conhecer os nossos filhos e perceber quando nos querem enganar/manipular.
"A professora gritou contigo, mas tu fizeste o quê?", devemos perguntar.
A escola aplaude que os pais façam o escrutínio do que é realmente importante reportar-lhe. A escola agradece que os pais não vão lá para gritar, discutir ou pôr em causa. Mas... a escola não pode ficar contra os pais que vão lá colocar questões pertinentes, que se vão queixar porque um professor está a faltar há três semanas; que se vão queixar de um professor que abusa do seu poder em sala de aula e aterroriza os alunos; de um professor que alegadamente abusa sexualmente de uma criança; de um professor que não sabe ensinar.

Em duas circunstâncias diferentes, ouço histórias sobre penteados de rapazes, contadas por colegas de turma dos mesmos:
1) Numa sala de aula, um aluno faz uma pergunta idiota para fazer rir a turma e a professora responde-lhe: "Com esse cabelo de menina parece-me que está a ficar burro" – a professora ainda não leu todos os estudos e todas as estatísticas que indicam que as raparigas são melhores alunas do que os rapazes! Pode uma professora chamar burro ao aluno? O problema fica resolvido com uma agressão verbal? O que pensam todos os alunos que a ouviram chamar burro ao colega? É uma profissional em quem vão confiar ou já traçaram o perfil da senhora e que não é nada abonatório? E o rapaz em questão: digeriu bem as palavras ou entranhou-as e está convencido que é burro?
2) No final da entrega de um teste, o aluno pergunta à professora se uma das questões foi bem avaliada. A professora responde-lhe que sim e que ele só não vê por causa do cabelo. "Se não tivesse essa franja, veria que a resposta está bem corrigida. Porque é que não vai cortar o cabelo? Vou falar com a sua mãe para lhe cortar o cabelo a pente zero". O rapaz de 12 anos, bom aluno e que quer ser médico não se intimida: "Professora o meu cabelo não tem nada a ver, só gostava que me dissesse se corrigiu bem esta pergunta." Resposta da docente: "Vou mesmo falar com a sua mãe." O que é que esta profissional transmitiu ao aluno que se atreveu a pôr em causa o seu trabalho?

Os professores adorariam que os pais ficassem sempre do seu lado mas nem sempre isso é possível. Os pais podem e devem educar os seus filhos, chamá-los à razão quando se portam mal, quando são malcriados, quando estão desinteressados na sala de aula, quando não estudam. Contudo, os pais também devem perceber o porquê desses comportamentos – o que está por detrás? E a razão pode mesmo estar no professor!
"Onde é que fica o limite da intervenção dos pais?" – a pergunta de um pai de Aveiro continua a perseguir-me. E se a "culpa" do mau comportamento, do desinteresse, do insucesso é do professor? Se chegarmos a essa conclusão, não vamos à escola? Não questionamos a escola? Não a ouvimos? Nada fazemos porque temos medo da retaliação – "o professor tem a faca e o queijo na mão", ouço nas sessões com os pais – e que essa seja sobre os nossos filhos? Sim, porque às vezes os professores retaliam sobre os nossos filhos e não é nada agradável ver como estes sofrem com isso, como nós sofremos. Mas, por tudo isso, não fazemos nada?
BW

segunda-feira, 27 de maio de 2013

As princesas adoram partilhar

É mesmo verdade, sobretudo quando falamos de verdadeiras princesas! E isto leva-nos a convidar-vos a espreitar o livro com o mesmo título do post.
Bia é uma menina que descobre que o melhor de ser princesa é poder partilhar tudo com  as amigas. Um livro para princesas dos 5/6 anos. Excelente para as meninas que estão a aprender a ler, pois cada página tem pouco texto, o que lhes permite lerem o livro integralmente e ficarem muito orgulhosas.

Editora Educação Nacional

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Olimpvs.net na secundária Filipa de Lencastre, em Lisboa

As portas de entrada na Escola Secundária Filipa de Lencastre, em Lisboa, estão pejadas de informação, mas não há um único cartaz relativo à sessão sobre a colecção Olimpvs.net. À entrada da biblioteca o mesmo, há cartazes mas nenhum sobre o evento, noto. A professora Isabel Oliveira, de Português, decidiu que a sessão é só para quem conhece e trabalhou os livros, explica-me mal entra na sala, com o seu passo decidido e a sua voz de comando. "Acho muito bem", respondo, dando-lhe exemplos de escolas onde os alunos eram curiosos mas não faziam ideia do que é que eu estava a falar. É sempre preferível quando têm muitas perguntas, acrescento.
Os estudantes começam a entrar, são três turmas, de 6.º e 7.º anos. Querem sentar-se "nos melhores lugares", aqueles que ficam de frente para a parede onde passa o powerpoint. E alguns trazem os trabalhos que fizeram para os mostrar à autora. Trabalhos bonitos, noto.
Feita a apresentação, começam as perguntas. "Quanto tempo demoram a escrever?", "Quais são as cidades em que os heróis vão viver aventuras?", "Neste código [no canto inferior esquerdo da contracapa] dá para conhecer o mito?", "Porque é que escolheram a mitologia grega?", "Porque é que se chama Wong?", "Sempre pensou ser escritora?". Eu não sou escritora, sou uma jornalista que gosta de escrever. Chamo-me Wong porque o meu pai é chinês. A mitologia grega ajuda-nos a compreender a nossa cultura, quem somos. Sim, o código é para conhecer o mito. Se Deus quiser (e a editora!), os nossos heróis ainda vão viver muitas aventuras! E os livros não demoram muito a escrever, mas demoram a rever, a corrigir, a reescrever e, se pudessemos, reescreveríamos de novo, parece que é um trabalho que nunca está completo!
Detemo-nos durante algum tempo numa pergunta: "As personagens que criaram baseiam-se em alguém que conheçam?", questiona uma aluna, "Conhecem alguém que seja como as vossas personagens?", torna a perguntar outro aluno cujo o dedo no ar passa a apontar para um colega. Observo o rosto do miúdo para o qual aponta: "é o Pedro!", penso. "Ele é igual ao Pedro, não é?", perguntam-me felizes. "É..." e chama-se Pedro e quando começo a descrever a personagem, os amigos dizem-me "é como ele!". O rapaz ri, corado e divertido, e põe as mãos à cabeça quando me ouve a fazer a descrição.
As professoras Isabel e Graça fazem algumas perguntas: "Que autores lia quando tinha a idade dos alunos?", "Como é o processo da escrita?"
As perguntas começam a esgotar-se e o tempo também. Segue-se a oferta de um ramo lindissimo e original (uma única hortense faz um belo efeito!) pelas três delegadas das turmas e a sessão de autógrafos, os meninos enfileiram-se e pedem autógrafos e fotografias com a autora (uma novidade!) tiradas com os seus telemóveis. "Adeus, Bárbara Wong!", despedem-se alguns, outros chamam-me do corredor, só para verbalizar: "Wong", "Wang", "Yung", "Yang"... "Como é que se diz?", pergunta uma das alunas mais atrevidas. "Como em inglês: was, where...", respondo.
A turma que vai ter aula com a professora Isabel permanece na biblioteca e um dos grupos quer apresentar-me o seu trabalho. Rápidos, tiram a pen e vão ao e-mail buscar a sua apresentação. Apresentam-na com à-vontade. Depois perguntam-me qual é o meu e-mail e enviam-mo. Assim vale a pena, penso e verbalizo "os parabéns" a todos e às professoras em particular. Sim, é preferível apresentar a três turmas que trabalharam do que a uma escola inteira! Obrigada.
BW

quinta-feira, 23 de maio de 2013

"O meu filho fez o quê???" em Canelas, Gaia

Cartaz feito por um aluno
A sala está repleta, completamente cheia. Na véspera, o director da Escola Básica e Secundária de Canelas, Gaia, Joaquim Marques, perguntara aos pais se o auditório de 80 lugares chegaria.
Sim, na quarta-feira, o auditório estava cheio e a associação de pais estava feliz por isso. A sala estava completa e alguns dos participantes eram caras conhecidas, o pai João Paulo Silva é também um professor sindicalista da Fenprof; e Albino Almeida o pai que deixou a Confap há uns meses.
As mães, os pais e alguns filhos, as professoras, as profissionais da psicologia e assistente social da GaiUrbe e das escolas de pais, as mães das associações de pais das escolas vizinhas ouviram com atenção e fizeram perguntas difíceis: "Como se trazem os pais à escola? Aqueles que não vão a lado nenhum? Aqueles que não dão importância à escola?"; "O que se diz a um filho do qual a professora não gosta?"; "O que se diz a um filho que é prejudicado na avaliação por um professor?"; "O que fazer quando a escola recebe todos os meninos dos bairros sociais, à volta?".
Vou dando respostas que são complementadas com a intervenção de Albino Almeida, de José Oliveira, do professor João Paulo Silva e do director Joaquim Marques. O responsável pelo agrupamento conta que os casos de alunos indisciplinados aumentam, bem como dos que ameaçam os pais com a polícia se estes não os deixam fazer o que querem...

Oferta da Associação de Pais
 Os pais que ali estão são os que se preocupam e falta uma resposta para os outros, pede-me o director. O livro não pensou nos outros pais, diz-me. É um pouco verdade e faz-me lembrar um pai/professor de Aveiro que pedia um livro sobre "O meu filho faz o quê???", que reflectisse sobre a imensidão de actividades que os meninos têm. Mas neste caso é diferente, o director está a pedir uma coisa que parece impossível: um livro para quem não lê... Mas O meu filho fez o quê??? tem algumas respostas para esses pais, assim eles viessem à escola e ouvissem o que temos para lhes dizer.
E como é que se faz esses pais entrar na escola? "Pela boca", respondo. Pela festa. Pelo convívio. "É como no namoro, primeiro saímos, vamos ao cinema, jantar fora... e, de repente, passamos às coisas sérias e estamos casados!", respondo. Sim, os pais podem vir porque é precisa a sua ajuda para pintar a escola ou para arranjar umas cadeiras, para angariar fundos e, espera-se que pouco depois estejam empenhados em discutir outros temas. Demora? Demora.
"Os problemas nas escolas não têm a ver com a falta de autoridade dos professores?", pergunta um pai. E da falta de autoridade dos pais, respondo, dando um exemplo concreto de um momento em que nos demitimos de educar: no restaurante, quando se portam mal e em vez de lhes chamarmos a atenção, passamos um telemóvel ou um ipad para eles estarem entretidos.
No final, há uma última pergunta, de uma mãe com um filho com necessidades educativas especiais a quem os professores e a psicóloga lhe pediram, logo no 1.º período, para tirar o menino do ensino regular e colocá-lo no profissional, a ele que tem dificuldades mas que ainda não chumbou. A mãe chora e eu estou prestes a chorar. "Tem de lutar porque ele tem tanto direito a estar no ensino regular como os outros meninos. Coragem!"
BW
PS: Sublinhar que o cartaz acima é lindissimo! Nunca tinha tido direito a um tão bonito, que me perdoem todos os organizadores destes encontros! Parabéns ao aluno que foi incansável na cobertura fotográfica da sessão! Parabéns à associação de pais e à promoção que fazem, mensalmente, de um encontro para juntar os encarregados de educação!

A Vida Mágica da Sementinha, Alves Redol

A Vida Mágica da Sementinha vai voltar às salas de aulas graças às novas metas. Sendo neste momento uma obra recomendada pelo PNL para o 6º ano grau de dificuldade I - passará a partir de setembro a fazer parte das leituras recomendadas para o 5º ano.
Trata-se de uma obra que, após a leitura das fábulas, como previsto pelo NPPEB e Metas, complementará este estudo, sendo que vários excertos e capítulos são muito adequados a esta faixa etária. No entanto, é um texto cuja mensagem final nem sempre é fácil para o jovens leitores (recordemos o último capítulo do texto).
Para reler ou conhecer este texto, consulte a versão digital disponível aqui.