sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril, sempre!

Quando éramos pequenos, o meu pai amedrontava-nos: “Não se fala de política com ninguém. Na China, os filhos denunciavam os pais, que iam presos.”
O aviso tinha como base a experiência do comunismo, mas também podia ser aplicado ao salazarismo.
Por isso, é importante que os mais novos saibam que o 25 de Abril de 1974 não é mais um feriado, mas é o dia que marca uma nova era. A de podermos expressar as nossas opiniões, discuti-las e partilhá-las. A liberdade é um direito que abre as portas a todos os outros. E os mais pequenos têm que saber isso, para crescer no respeito pela liberdade dos outros.

Não convido a descer a Avenida – embora a participação em actos públicos também seja uma experiência pedagógica -, mas a ler sobre o tema!



Vinte cinco a sete vozes, de Alice Vieira, publicado pela Caminho, é um trabalho de casa de uma estudante sobre o 25 de Abril, com base no testemunho, em discurso directo, de sete pessoas.





O 25 de Abril contado às crianças, de José Jorge Letria (texto) e João Abel Manta (ilustrações), da Terramar, é uma “história pessoal” do autor, mas também a contextualização da revolução. Letria lembra a história de Salazar, a guerra colonial, a emigração, a censura e a alegria da mudança. As ilustrações, pelo seu valor histórico e simbólico, são uma das mais valias deste livro.

BW

1 comentário:

  1. No tempo em que imensas pessoas recomendam as novas tecnologias como um admirável mundo novo, e não sendo eu avesso às mesmas, fico muito contente por ver alguém recomendar coisas escritas em papel. Uf! Além de tudo, este parece-me ser um local interessante para as preocupações de pais e futuros pais, como é o meu caso. Parabéns ao empreendedorismo da Bárabara e da Ana. Obrigado e contem comigo ara vos ler. Nuno Santos, futuro pai de cecília... do Expiação

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