Maria do Carmo Vieira é professora de Português, é conhecida entre os seus pares mas também do público que segue mais de perto as questões de Educação pela defesa de um ensino mais exigente. Por isso, não é novidade que no livro A Arte, Mestra da Vida: Reflexões sobre a escola e o gosto pela leitura, publicado recentemente pela editora Quimera, defenda que os mais pequenos, desde que entram na escola, devem ler os textos literários, insurgindo-se contra quem os acha muito difíceis para os mais novos.
Eugénio de Andrade, Caeiro, Pessoa, Guerra Junqueiro, Camões... A autora critica as "orientações institucionais" que continuam a "menorizar os nossos alunos, a atrofiar as suas capacidades e a negar-lhes a cultura a que têm direito, tornando-os vítimas de um ensino que os coloca ignorantes e indefesos perante uma sociedade exigente e desumanizada". Maria do Carmo Vieira defende: "Se cultivarmos nas crianças e desde tenra idade o gosto e o prazer de ouvir cantar e contar histórias, elas tornar-se-ão gradualmente fiéis amantes da leitura."
BW
Concordo inteiramente com a Maria do Carmo! A contextualização e a relativização de todas as aprendizagens tem criado grandes aberrações no ensino; ao mesmo tempo, negar a oportunidade de aceder à arte, à música ou escrita mais erudita... pode impedir que muitos meninos de classes mais desfavorecidas possam contactar com o belo, o sublime...e quem sabe, impedi-los de descobrir a sua própria vocação.
ResponderEliminarGiro, Rubem Alves diz o mesmo no livro "Gaiolas ou asas"!! Boa boa, é bom ver que existem bons pensadores e pedagogos em Portugal.
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