segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Muros de Abrigo



Com a curadoria de Paulo Pires do Vale, o Centro de Arte Moderna da Gulbenkian oferece-nos mais uma excelente proposta: a exposição Muros de abrigo de Ana Vieira.
A artista propõe, ao longo da exposição, a passagem por ambientes vários: corredores labirínticos, personagens recortadas, ambientes reconstituídos a partir de espelhos, mesas que se transformam em paisagens. Um contínuo exercício de criatividade para o visitante.




Como habitualmente faço, levei os miúdos comigo. Apetrechados com as suas caixas de lápis e "caderno dos museus" lá se decidiram sobre o que "trazer para casa". Ele escolheu a mesa paisagem do deserto que, ao lado de um prato de sopa com um coco, tinha uma linha de comboio a atravessar um túnel de areia e um comboio cinzento. Ela decidiu desenhar a mesa paisagem da praia, ou não fosse ela uma apaixonada pelo mar. Depois, não resistiram e quiseram desenhar ainda dentro do caminho / labirinto.




Para miúdos e graúdos, uma exposição que vale a pena visitar até 27 de Março. Recordo que aos Domingos a entrada é gratuita.
Deixo-vos ainda um pequeno vídeo com uma das minhas obras preferidas.

Ana Soares

Barrigas de aluguer

No sábado, o PÚBLICO trazia um trabalho sobre a maternidade de substituição, mais conhecido por barrigas de aluguer. Ou seja, a possibilidade de um casal pedir a alguém que, durante nove meses, carregue o seu filho numa barriga que não é a da mãe.
Na rua, junto ao quiosque dos jornais, há uma senhora que, depois de ler a primeira página do jornal, me interpela: "Tantas crianças por adoptar... Porque é que é tão importante ter um filho biológico?".
Porque sim, é a resposta imediata. Será uma resposta egoista? Não somos egoistas quando temos um filho? Não nos deleitamos com os seus pequenos feitos? Não os adoramos por serem iguais a nós? Não ficamos orgulhosos quando nos dizem que eles são iguais a nós (mesmo que nós sejamos os mais horrorosos à face da terra e eles, sim, aos nossos olhos, são lindos de morrer)? O ser humano é assim, egoista, narcisista e "umbiguista".
Mas há excepções, há quem se resigne com as incapacidades do seu corpo e decida adoptar. Há quem consiga ver naquele filho que não gerou os mesmos trejeitos do pai ou o olhar da mãe, dos que adoptaram, não dos biológicos. E também se orgulham quando lhes dizem: "É mesmo igual ao pai!" e, tal como os que têm filhos biológicos, também ouvem: "É mesmo bonito!"
E isso, sim, é de facto amor!
BW

Uma boa ideia...

... vir para Lisboa, deixar o carro no parque e circular de transportes públicos. Conheça os parques disponíveis aqui.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

bab.la dicionário

Do outro lado do oceano, onde temos muito leitores, chegou-me um conta(c)to e interessante sugestão: um portal linguístico, o bab.la. O mesmo oferece diversas ferramentas e recursos úteis para pessoas que aprendem português e se interessam por outras línguas. Entre eles encontramos dicionários em 16 línguas, incluindo os dicionários bilíngues em português-alemão; português-inglês e português- espanhol. Dispõe ainda de centenas de lições de vocabulário, testes, fóruns e outros recursos úteis para a aprendizagem de idiomas.
A mesma equipa gere ainda um blogue, chamado Lexiophiles, que trata de assuntos relacionados com a língua e cultura.

Vale a pena visitar.

Ana Soares

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Mais um Dicionário. Termos Literários

Para os curiosos, para os professores, para os alunos, o E-Dicionário de Termos Literários é uma fonte fidedigna e de fácil consulta, um apoio precioso. O mesmo apresenta propostas de definições de termos técnicos em uso nas teorias da literatura, na crítica literária e nos textos académicos. O referido dicionário e a sua coordenação estão ao cargo de Carlos Ceia, professor e investigador da Universidade Nova de Lisboa, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.


Dos Abecês, formas poética, de origem medieval que, como o nome sugere, surgem organizados pelas letras do alfabeto (de A a Z); à Zarzuela, que afinal não é apenas um prato tipicamente espanhol e designa também a representação teatral onde se alternam vários estilos - a declamação, o canto, a música, o diálogo - e cujas origens remontam à sociedade espanhola do século XVII; passando pelas figuras de estilo mais comuns e conhecidas, como a comparação, metáfora ou pleonasmo, são 1700 entradas que esta base terminológica nos oferece, gratuitamente.

Visite-a aqui.

Ana Soares

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Bom fim-de-semana

Os alunos das escolas católicas são melhores?

Encontrei, completamente por acaso, este blog e achei curiosa a reflexão, feita com base nesta notícia.
Eu não sei se, por cá, se pode dizer que os alunos das escolas católicas são melhores. Com base nos rankings do secundário em que, por vezes, fazemos aqueles títulos - escolas católicas no topo do ranking -, parece que sim... Mas não ponho as minhas mãos no fogo porque são escolas que trabalham com os alunos que querem e como querem. E quando não querem, acenam-lhes com o ideário e mandam-nos (aos alunos e aos pais) pregar para outra freguesia!

A verdade é que há coisas nas escolas católicas que as públicas podiam aprender e aplicar. Por exemplo, o simples facto de os alunos se levantarem quando entra um adulto pode fazer toda a diferença no modo como a criança ou jovem olha para o adulto. Olha-o com mais respeito.
No outro dia, estive numa escola católica, entrei numa sala de aula e os alunos levantaram-se todos e eu fiz aquele ar de "Então? Não é preciso estarem a incomodar-se, vá lá, sou só uma jornalista, não sou a directora, nem o PR...", mas depois pensei o que escrevi no parágrafo anterior, endireitei as costas e pus um ar mais sério, mais circunspecto, de "respeitinho é muito bonito".
Quando me preparava para sair, a aluna sentada na carteira mais perto da porta, levantou-se, abriu-a e o meu ar de pessoa adulta desmanchou-se no sorriso mais amoroso que consegui e na bonita expressão: "Muito obrigada, minha querida", porque fiquei de facto agradecida com o gesto!
BW

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Estado apoia metade das escolas privadas

A ler aqui e para saber quais são os tipos de contratos que o Estado tem com os pais ou os colégios privados, espreite aqui.

A mãe tigre e as suas crias

Nunca puderam escolher as extra-curriculares, fazer expressão dramática ou decidir que instrumento gostariam de tocar. Aliás, só poderiam escolher um de dois: piano e violino. Uma toca piano e a outra violino.
Nunca puderam ir a uma festa de amigos que implicasse dormir fora de casa, uma pijama party tão popular entre as meninas de 10/12 anos. Nunca puderam trazer notas médias para casa.
Um dia, Amy devolveu os desenhos que as filhas fizeram para o dia da mãe porque não estavam suficientemente bons e ela merece o melhor (como qualquer mãe)!
A filha mais velha sempre acatou as decisões da mãe, a mais nova nem por isso.

Ainda nenhuma se suicidou, nem se revoltou contra este modo exigente de serem educadas. São excelentes alunas e adoram a mãe.
O modo como Amy Chua educa é exigente. Os EUA ficaram a conhecê-lo através de um livro. Nós, através da polémica que a obra tem gerado por lá. É conhecida como a "mãe tigre", uma alusão ao título do livro Battle Hymn of the Tiger Mother.
Há quem questione se aquele modo de educar é herança chinesa, Amy é americana, mas os pais são imigrantes chineses. Se naquela exigência está o segredo do sucesso da China.
O meu filho de 13 anos diz que "não" e eu tendo a concordar: A política do filho único não faz pais exigentes, mas pais que estragam os filhos, diz ele.
A exigência não é própria de uma etnia ou cultura. Há pais exigentes em todas os países, em todas as classes. A exigência não é má. Não podemos é perder o bom senso.
BW

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Oliveira Martins contra "monopólio do Estado"...

... na Educação.
Depois do ex-ministro da Educação Marçal Grilo, é a vez do ex-ministro da Educação e actual presidente do Tribunal de Contas vir dizer que é contra o monopólio do Estado na Educação.

Comparação entre conversores ortográficos - uso do hífen

Novo Acordo Ortográfico

Na revisão e actualização que estou a fazer do auxiliar de estudo Tira-Dúvidas do 7º ano, tive de me deparar com o facto de ter uma listagem relativamente longa de palavras com prefixos que tive de actualizar à luz da Nova Ortografia. Esta foi a desculpa para testar com maior rigor os diferentes conversores ortográficos. Constatei que, em tarefa tão difícil como é a da utilização do hífen, que tem várias regras, nenhum deles é perfeito. No entanto, o conversor oficial (o Lince) foi o que me deu mais respostas. Os outros, o Flip, o conversor da Porto Editora, o português exato , também da Porto, não dete(c)taram alguns dos erros de hifenização que intencionalmente introduzi.

Ana Soares

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tim adora os seus amigos

Na tradução do francês para o português, o Tom passou a chamar-se Tim, vá lá saber-se porquê! Será uma homenagem aos Xutos?
O Tim, o Zeca, a Tina e a Rosinha são quatro amigos pré-adolescentes e Luca é o cão de Tim. A colecção agora editada pela Sinais de Fogo chama-se Os Amigos do Luca e cada livro tem uma pequena banda desenhada com aquelas situações típicas dos miúdos. O racismo e a amizade são os temas do número 1, Tim adora os seus amigos ou, em francês Tom aime ses amis!
No número 2, o tema é o amor, o primeiro amor, as emoções fortes e as desilusões amorosas, chama-se Zeca está apaixonado. O amigo gorducho de Tim, chama-se Ludo em francês. Ludo est amoureux!
Giro para os 10/12 anos; depois disso, os miúdos vão achar as histórias ridículas. Mas, se forem compradas em francês, das Éditions Jouvence, podem ser úteis para aprender a língua.
Os autores são Stephan Valentin e Laurent Houssin. A tradução é de Inês Fraga para a Sinais de Fogo.
BW

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Afinal a lei do tabaco na nossa própria casa também se aplica a nós!

Estava eu muito indignada com a lei anti-tabaco espanhola e afinal também se aplica por cá, dizem os advogados ao interpretar a lei portuguesa.
Tenham paciência, mas em minha casa, mando eu! A., podes fumar à janela, à-vontadinha!
BW

"Geração à rasca"

Em 2008, nesta reportagem, já tinham passado 13 anos sobre a geração rasca de 1995 , que nasceu da contestação às propinas, e que mostrava o rabo na rua, em manifestações teoricamente de cariz associativo. Na edição especial da REPORTAGEM SIC, falou-se, a semana passada, de educação e desemprego pegando na música "que parva que eu sou", propondo-se uma nova designação para a presente geração: "geração à rasca". Ultrapassando a primeira designação (geração rasca) e uma outra mais actual que já vai circulando, sobretudo na net, geração deolinda, esta nova proposta vem ao encontro da análise que se faz do país e das dificuldades dos jovens.
Na minha geração, ter canudo era garantia de emprego, provavelmente bom. Na presente geração, o canudo continua a ser importante, conforme os números mostram, mas nem todos conseguem o tão ambicionado emprego "na área". Todos conhecemos jovens formados desempregados. Mas certamente que conhecemos mais jovens desempregados entre o grupo dos que não têm formação. A reportagem da Sic foi algo contraditória: os níveis de desemprego apresentados são dramáticos, assim como os casos apresentados, no entanto, vimos, por exemplo, o reitor da Universidade Técnica de Lisboa assegurar que todos os seus licenciados encontram emprego, a maior parte deles no espaço de 6 meses após a conclusão do curso. Destacou que tal facto se deve à qualidade da formação e da boa comunicação e protocolos que a universidade encetou com as empresas.

É também preciso ter sorte, é verdade. Mas concluo que é essencial ser-se bom. E só se pode ser bom com uma escolha certa do tipo de formação e curso. De que interessa ter feito um curso superior com média de 10 ou 11? Não será, nestes casos, melhor uma formação profissional onde o aluno pode mostrar outras competências e valências?

Estudar, sim. Sempre. E ao longo da vida. Mas com boas escolhas que nos ajudem no futuro. Não sejamos líricos. Sobretudo nos tempos que correm, há que ser bom e fazer escolhas inteligentes.

Ana Soares

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Quando o Estado é mais papista do que o Papa

Irrita-me quando o Estado se mete na minha vida. Não gosto! Então, se fosse espanhola, estaria passadinha com a ideia de só puder fumar em minha casa, se a empregada não estivesse... Acreditem E EU NÃO FUMO!!! Mas estaria mesmo, mesmo chateada!
BW

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Sebenta

Estamos a ser citadas aqui e nada mal acompanhadas!

Bom fim-de-semana

Os grandes vencedores dos Grammys deste ano

ME ameaça demitir directores que travem avaliação

Noticia o DN.
Os professores têm insistido na suspensão do actual modelo de avaliação, como insistiram na suspensão do anterior. Por vezes, o que parece é que nenhum modelo é bom. A verdade é que não há modelos perfeitos, como nenhum será consensual para toda a classe. A verdade, também, é que os directores e os professores não podem estar todos malucos, se dizem que o modelo não serve, que vai "provocar danos irreparáveis", se eles é que estão na escola e têm esta sensação, então, talvez fosse bom ouvi-los.
Por um professor de Matemática a avaliar um de Física e Química, não é a mesma coisa; como não é a mesma coisa ter um professor mais novo a avaliar um mais velho.
E se a avaliação fosse feita por alguém exterior à escola?
BW

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A violência na escola e fora dela

Ontem um aluno agrediu outro com uma navalha, deixando a escola consternada (para não falar do agredido que além da consternação, há-de ter dores, estará traumatizado, etc).
Na segunda-feira, a caminho de casa, um adolescente é barbaramente agredido, depois de ter entregue o telemóvel aos agressores. Os colegas de turma e os pais estão abalados - o rapaz e a família estarão ainda pior do que nós, já que terá de se submeter a algumas cirurgias, para não falar do trauma.
Alguém, numa posição cimeira no país, dizia-me que se quisermos arranjar uma história de fome, de violência, de desemprego, etc, diariamente, conseguimos e damos uma ideia do país péssima. É verdade, mas as histórias existem, os casos existem e têm rostos.
BW

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mais um conversor ortográfico gratuito

A fazer "concorrência" ao conversor Lynce, de que já aqui falei, temos uma outra proposta, também ela gratuita, da Porto Editora.
Pois enquanto não temos corre(c)tores ortográficos a(c)tualizados nos nossos PC's , em caso de dúvidas, se quisermos ou precisarmos, podemos ir utilizando estas úteis ferramentas.
Experimente.

Ana Soares

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Matrículas no 1.º ciclo

Em vez de Janeiro, o Ministério da Educação mudou o início das matrículas para o 1.º ciclo para Abril. A Internet e o cartão de cidadão são duas novidades para os pais poderem fazer as inscrições nas escolas públicas. Nas privadas, por esta altura, em muitas escolas, os processos de selecção já começaram.
BW

Retrato de uma geração - outra vez o que parva que eu sou...

Geração parva: diplomados sem emprego eram quase 190 mil em 2010
Diplomados precários mais do que duplicaram em dez anos .


Leia aqui a reportagem do Público, um trabalho de Raquel Martins, com Andreia Sanches, cujo título foi inspirado pelo "hino" dos Deolinda, Ai que parva que eu sou, que já vos oferecemos.

Aqui fica um excerto deste trabalho que me parece importante destacar:

"O lado certo da canção é alertar para as largas dezenas de estagiários sem remuneração e para os jovens que estão a recibos verdes. Mas também passa uma mensagem que deixa implícito que não vale a pena estudar", alerta o presidente do IEFP. "O que não é verdade. Um diplomado no desemprego demora em média oito meses a encontrar emprego enquanto um que não tenha formação superior demora 15 meses. O último relatório da OCDE Education at a Glance também é claro quando diz que Portugal é o segundo país da organização, a seguir ao Brasil, onde o prémio salarial dos licenciados que entram no mercado de trabalho é mais elevado. Quem faz uma licenciatura ou um grau mais elevado ganha duas vezes mais do que a média. E comparativamente aos que não foram além do secundário ou de um curso profissional, o ganho é 80 por cento superior. "

Ana Soares

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ainda a geração parva II

Um trabalho completo no PÚBLICO de ontem

Uma história de amor

"agrada-me que [Saramago] corra mais do que a maior parte dos jovens que conheço, que sonhe... (...) gosto deste homem porque tem 86 anos e ou não se deu conta ou alcançou a sabedoria".
Pilar del Rio

"Pilar tem um temperamento fortíssimo. Eu, ao lado dela, sou uma espécie de algodão em rama."

José Saramago

Na reportagem "A Viagem do Elefante", Sic - 2009


domingo, 13 de fevereiro de 2011

"Porque o coração dos homens corajosos ou apaixonados
gera efeitos
que se vêem por todo o lado, à superfície."


Gonçalo M. Tavares, Uma Viagem à Índia, Canto II, estrofe 44


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Os egípcios derrubaram o faraó

Há dias, na televisão os egípcios continuavam na Praça Tahir a exigir a queda de Mubarak e ela, de 11 anos, passou e disse: "Tão lindo!". Olhei, para ver se trazia alguma coisa na mão que me quisesse mostrar ou se estaria algo em cima da mesa ou na parede que eu não tivesse reparado. Nada.
Ela voltou a repetir "Tão lindo!", desta vez apontando com o queixo para o écrã da televisão. "Sim", respondi com alguma dúvida na voz. "É o 25 de Abril deles, não é?", perguntou com um olhar intenso e feliz. "É!" e abracei-a por ter aquela capacidade de se maravilhar com gente na rua a pedir a queda de um ditador, de ter um sentido de justiça tão apurado, de, mesmo sem perceber nada de geografia política ou das consequências da saída de Mubarak, se comover com milhares na rua.
BW

Os pais na defesa da escola dos seus filhos

Depois das Associação Portuguesa de Escolas Católicas, é a vez do SOS Movimento Educação, que reúne os pais, virem dizer que o acordo assinado entre Ministério da Educação e Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (Aeep) é a morte lenta dos contratos de associação. Os pais estão dispostos a continuar a defender a escola dos seus filhos e o exemplo que ontem a Lusa noticiava é precisamente aquilo que os pais não querem que os seus filhos percam.
BW

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Outras contas...

Depois das contas ao número de horas curriculares e número de professores desempregados, temos agora outras contas. As da Srª Ministra e dos custos dos alunos na escola pública. Os cortes anunciados na educação vão tornar os nossos alunos 435 euros mais baratos no próximo ano! O custo por aluno na escola pública será de cerca de 3300 euros por ano, enquanto neste ano é de 3735 euros.

Quanto aos colegas de Educação Visual, anuncia o secretário de estado Alexandre Ventura, não haverá despedimentos. Como? A resposta foi dada pelo próprio: muitos destes professores estão nos últimos escalões e em breve vão aposentar-se...
Espreite a notícia do Público, aqui.

Ana Soares

Bom fim de semana!

com Israel Kamakawiwo'ole

Em tempos de crise ... corta-se na educação.

Na Escócia discute-se a hipótese de, devido à crise, a semana escolar passar a ser de 4 dias e/ou as crianças entrarem um ano mais tarde para a escola. O projecto não deve ter pernas para andar, mas a situação é-nos familiar: em tempos de crise ... corta-se na educação.
Pode ler a notícia da BBC aqui.
Ana Soares

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ministério e Aeep chegaram a acordo

aqui

Kseniya Simonova

Na Ucrânia, nos concursos de talentos faz-se mais do que cantar - no Leste o comunismo teve uma coisa boa: a educação era completa, da música à matemática, das artes visuais à literatura. O trabalho desta artista com a areia fez-me lembrar as tardes passadas na companhia de Vasco Granja.
BW

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Filosofia para crianças: Porque é que eu não posso fazer o que quero?


Foi no dia da Filosofia, numa pequena feira do livro da escola, que descobri o Filipe e o Zof. O primeiro é um menino, cheio de perguntas, como qualquer menino que se preze! O Zof é o seu amigo-boneco. Este último acompanha-o nas constantes descobertas que faz. Trouxemos para casa o livro intitulado Porque é que gostas de mim? Os meus filhos já sabiam a resposta! Todos os dias, mesmo aqueles em que nos zangamos, faço questão de lhes lembrar que gosto deles. Ainda assim, foi muito divertido acompanhar o Filipe enquanto este foi colocando a mesma questão a todos os que encontrava pelo caminho. Uma amiga comprou o título que dá o nome ao post - Porque é que eu não posso fazer o que quero? - e emprestou-mo. Além de bem divertido, este livro ajuda-os a perceber os limites, a necessidade dos mesmos, das regras e como fazer o que nos apetece pode ser bem perigoso. Recomendado a todos os filósofos mais pequenos, embora os médios e graúdos também gostem do Filipe! Esta colecção, editada pela Edicare, com textos de Oscar Brenifier, está disponível na maior parte das livrarias e aqui.



Ana Soares

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Quando a escola é a única alternativa...

Ainda sobre a questão do número de horas curriculares, a reflexão, efectivamente, ultrapassa o domínio da educação, conforme um nosso leitor já referiu. Trata-se de uma questão política, cultural e geracional. A escola a tempo inteiro é uma necessidade que decorre das condições de trabalho dos portugueses, ou melhor, da falta das mesmas. O número de horas que as famílias têm de ter dos filhos nas escolas, actividades extra curriculares, avós, amas, etc. são consequência desta pseudo-cultura do trabalho, em que os horários se estendem muitas vezes das 9 às 9. E não estamos a falar do trabalho por turnos, ou dos serviços que necessariamente têm horários alargados. Além disso, a moda de que só é bem visto quem sai mais tarde do seu posto de trabalho pegou. Ainda que tenha passado metade do dia no facebook a criar vacas cor de rosa. Há ainda o caso daqueles pais que se desdobram e acumulam funções ou empregos. Conheço uma mãe solteira que aos dias de semana tem um emprego das 8 às 18. Ao sábado começa às 6 num café e ainda faz artesanato para levar a feiras. Não acumula "empregos" por gosto. Mas para poder dar conforto e qualidade de vida à filha que educa sozinha.
Enquanto não se resolver esta questão de fundo, do mundo do trabalho, a escola tem de dar respostas. É verdade. Eu também acho que um turno de aulas pode ser suficiente para se aprender bem. Mas de modo a que outras competências possam ser desenvolvidas é preciso ter família com tempo, devem existir outras actividades, etc. As condições socio-económicas e laborais das famílias da nossa geração não permitem que as mesmas possam ter lugar. A escola tem, então, de dar resposta. Para além do currículo, a escola deve, por isso, ver complementadas as suas propostas curriculares com actividades de outros domínios: música, desporto, etc. Mas isto é uma pescadinha de rabo na boca. Com os cortes orçamentais, quem paga estas actividades?
Ouvi ontem uma mãe dizer, a propósito deste assunto, que escolheu ter filhos para estar com eles e os ver crescer. Assim, é o pai que trata das crianças de manhã e as leva à escola. A mãe começa a trabalhar ainda antes das 8 da manhã de modo a poder sair mais cedo e estar disponível para ir buscar as crianças à escola e poder acompanhá-las. Esta é a solução possível (para alguns). É preciso querer. É preciso escolher e fazer opções. Mas também é preciso ter algumas condições ou sorte para que o querer e as escolhas possam ter lugar.

Ana Soares

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ainda o "Que parva que eu sou"

A ler aqui, a opinião de José Manuel Fernandes.

Número de contribuinte dos filhos obrigatório na declaração de IRS

Já tinha recebido esta informação por mail. Agora parece que é mesmo verdade. A notícia do Público confirma-a. Por esclarecer está ainda se os documentos (entenda-se por documentos todas as facturas de saúde e educação) têm de conter o referido número de contribuinte.

O mail que recebi dizia o seguinte:

O Orçamento do Estado para 2011 vem introduzir alterações significativas em matéria fiscal e no caso dos documentos de despesas com saúde, educação, formação, com lares, etc., vem acrescentar o nº 6 ao Artº 78º do CIRS, cuja alínea b) tem a seguinte redacção, relativa às condições para serem aceites deduções à colecta:

b)Mediante a identificação, em factura emitida nos termos legais, do sujeito passivo ou do membro do agregado a que se reportem, nos casos em que envolvam despesa.

Resumindo, a partir de 1 de Janeiro de 2011 tem de pedir as facturas ou recibos para os tipos de despesas atrás mencionadas com o nome e o número de contribuinte da pessoa que faz a despesa ou utiliza o serviço, quer seja o sujeito passivo ou membro do agregado familiar (descendentes ou ascendentes).

Assim, quem tem filhos, mesmo os recém nascidos, deverá de imediato requerer o seu número de contribuinte para que possa deduzir as despesas com ele incorridas, já que as facturas têm de vir em seu nome e com o respectivo NIF. Na declaração de rendimentos anual é também obrigatório o NIF de cada membro do agregado.

Rematando, provavelmente não poderemos continuar a ter facturas de farmácias, médicos, educação, etc., com o nome do destinatário e o NIF em branco, para posterior colocação destes dados. Estes dados terão que fazer parte do preenchimento correcto da factura ou recibo pela entidade que os emite, até porque serão objecto de controlo cruzado pelos serviços de fiscalização da DGCI.

Como já estamos quase a meio de Fevereiro, e não sendo um tema que seja muito publicitado nem muito claro, e perceptível pela maioria das pessoas, é muito importante que passemos a mensagem para evitar situações desagradáveis quando os contribuintes se defrontarem com os problemas na altura da apresentação da declaração de rendimentos em Março de 2012.

Ana Soares

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Portugal é o 2.º país da OCDE com menos apoios ao ensino particular e cooperativo

Depois de ontem, o Expresso dizer que o "Estado desperdiça mais de 20 milhões/ano com colégios", hoje o DN diz que "só em Portugal e no México é que mais de dez por cento dos alunos frequentam o privado sem qualquer ajuda estatal. Ao nível das escolas apoiadas pelo Estado, estamos a meio da tabela da OCDE.", segundo o Education at a Glance de 2010.
O verbo "desperdiçar" parece opinativo, eu escreveria "Estado gasta" que é mais correcto e imparcial.
BW

Como sobreviver num mundo de nove mil milhões?

A resposta está aqui

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Menos horas curriculares

A Ana Soares já aqui escreveu sobre o corte de horas lectivas e, por consequência, o corte de horários e de professores nas escolas. Os docentes queixam-se e contestam as medidas por razões óbvias de defesa da sua profissão.
Mas, e os pais? Ninguém está preocupado porque as suas crianças vão ter menos horas de aulas? Menos aulas, é sinónimo de menos matéria? Os miúdos vão saber menos ou vão ter uns professores stressados, à sua frente, a tentar cumprir o programa que não mudou? Com que qualidade vão ser dadas as aulas? Como é que se ensina os meninos a pensar, a questionar, a discutir um tema se não há tempo, nem espaço no horário? Vai ser só despejar matéria, fazer uns testes e já está? O que é que o Estado quer fazer aos nossos filhos? Cumprir o mínimo obrigatório e quem é que definiu o que é o mínimo?
O Ministério da Educação parece ter-se esquecido que para que os futuros adultos façam alguma coisa na vida precisam mesmo de ser preparados, bem preparados, e não será certamente com um desinvestimento na educação.
BW

São 92 escolas num universo de milhares...

... as que lutam por manter os contratos de associação. Após as conclusões do estudo, começam a surgir as vozes de quem está no terreno. Depois do director do S. João de Brito, é a vez do director do Bartolomeu Dias questionar a decisão. E pergunta: porque é que o Estado vai gastar dez milhões numa escola ao lado da sua, quando pode gastar 80 mil por turma, naquele externato?
O que se passou ao longo dos últimos 30 anos foi o investir na construção de escolas ao lado de alguns destes colégios (não de todos. alguns foram construídos ao lado de escolas públicas que já existiam). Se estas escolas já estavam a oferecer ensino público gratuito porque é que se construiu uma escola pública ao lado? Porque é que se continua a cometer o mesmo erro? Porque diz na Constituição que o ensino tem que ser numa escola pública? Porque o Estado tem medo de crucifixos? Da instrumentalização dos alunos pela Igreja? Mas, aparentemente só um conjunto de cerca de 20 escolas em 93 é que são assumidamente católicas, as outras são cooperativas de professores, sociedades e grupos económicos, como o GPS, do ex-deputado António Calvete. O Estado também não gosta de grupos económicos? De economizar parece que não gosta.
BW

Professores classificadores

A constituição da bolsa de professores classificadores dos exames nacionais deve ser feita até ao próximo dia 7. Podem ler-se aqui as orientações que regem a sua organização. Esta tarefa, como todos sabemos, é difícil e de extrema responsabilidade e, para além de não ser paga este ano no secundário, será ainda tardia. Apesar de eu gostar de corrigir exames (alguns, entenda-se) para não perder o traquejo e estar familizarizada com os critérios, não me parece que ser professor classificador seja um prémio. No entanto, a legislação apresenta como um dos factores de "desempate" na organização desta bolsa a nota da avaliação de desempenho. É claro que os professores que corrigem os exames não podem ser os professores com insuficiente (esses não deviam ser professores sequer). Mas achar que os melhores merecem ter como prémio 60 exames vezes duas chamadas para corrigir parece-me desajustado.
Ana Soares

ps - caso o professor tenha ainda atribuídas actividades lectivas a decorrer, só poderá classificar 25 provas (e não 60).

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O relatório sobre os contratos de associação

Está aqui. O relatório vem confirmar que há colégios em centros de cidades como Coimbra que terão de deixar de ter turmas com contrato de associação. Mas não só, como pode confirmar aqui (caso não queira ler o relatório de fio a pavio). O relatório revela ainda que afinal os colégios com contratos de associação têm praticamente a mesma percentagem de alunos com acção social escolar (ASE) que as escolas públicas: 39, os primeiros; 41 por cento as segundas - contudo, foram identificados dez colégios onde a percentagem de estudantes abrangidos pela ASE (escalões A e B) não ultrapassa os 15 por cento. Num, o Colégio da Rainha Santa, de Coimbra, esta percentagem desce para 1,1 por cento.
BW

Vamos a contas...

Os números que resultam do novo desenho curricular do ensino básico são os seguintes:

No 2º ciclo, menos de cerca de 10 horas lectivas.

No 3º ciclo, menos 12 horas.

Resultado final: 30 mil docentes no desemprego.

Sobre estas contas, pode ler a notícia do Público aqui.

Ana Soares

Ps - os números apontados podem variar em função do número de alunos / turmas de EA.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Novo desenho curricular

Novo ano lectivo, novo desenho curricular. Foi hoje publicado em DR. Pode consultá-lo aqui.

Em síntese:
- tempos de 45 ou 90 minutos (à excepção da disciplina de Educação Física);
- Estudo Acompanhado com o objectivo de reforçar a Língua Portuguesa e a Matemática, tem um só professor e os alunos que frequentam esta aula são determinados pelos conselho de turma;
- Formação Cívica orientada para a educação sexual, saúde e cidadania;
- as Tic, Língua Portuguesa e Educação para a Cidadania serão áreas a desenvolver transdisciplinarmente;
- a leccionação da disciplina de Educação Visual será feita por apenas um docente (e não em par pedagógico) ao longo do ano;
- no 2º ciclo, a Língua Portuguesa, a Língua Estrangeira e a História e Geografia de Portugal terão 10 horas no 5º e 11 horas no 6º para dividir;
- as disciplinas de História e Geografia terão 4 tempos no 7º ano, 5 no 8º e 5 no 9º para partilharem (14 no final do ciclo);
- as disciplinas de Ciências Naturais e Físico-Química terão 4 tempos no 7º ano, 4 no 8º e 5 no 9º para partilharem (13 no final do ciclo);
- TIC (tecnologias da informação e comunicação) só no 9º ano, 2 tempos.


Carga horária dos alunos

No 2º ciclo, no 5º ano os alunos terão 28 a 30 horas semanais; no 6º ano, a carga horária irá de 29 a 31 horas semanais.
Quanto ao 3º ciclo, no 7º e 8º anos os alunos terão uma carga horária de 31 a 33 horas semanais, e no 9º de 33 a 35 horas semanais.

Conhecer o autor de Uma Viagem à Índia

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

férias? quando?

O Despacho 2237/2011, no DR nº 21 de 31/1/2011, que fixa os calendários de exames do 3º CEB e do ensino secundário e a afixação de pautas e recursos, deixou-me deprimida. Com o último exame a acontecer a 27 de julho e, consequentemente as pautas da segunda fase a saírem a 9 de Agosto, vamos ver este ano lectivo entrar por Agosto dentro.

Aqui fica, então, o calendário dos exames nacionais deste ano:

3º ciclo
1ª chamada
Língua Portuguesa - 20 junh0
Matemática - 22 de junho
2ª chamada
Língua Portuguesa - 27 junh0
Matemática - 30 de junho

Ensino Secundário
Consulte o calendário aqui.

Destacamos o exame nacional de Português (código 639) no dia 20 de Junho, a abrir a época de exames; o de Biologia-Geologia (702) no dia seguinte, dia 21; Matemática no dia 27 e Física e Química A no dia 28 de Junho.
A 2ª época começa uma vez mais com o exame nacional de Português, no dia 22 de Julho. O último exame desta 2ª época é o de Matemática, no dia 27 de Julho, que como habitualmente deverá ter muitos alunos... Tardíssimo, comparativamente aos anos anteriores...

Ana Soares

Terças a ler n' A Barraca


O Teatro A Barraca propõe um programa de luxo, de graça e às terça-feiras. Bom para professores levarem os seus alunos, para pais levarem os filhos, a hora pode ser um bocadinho complicada...
Eis o programa:


TERÇAS A LER
Concepção e coordenação do projecto: Maria do Céu Guerra
1ª terça-feira do mês

Correspondência – Outras Cartas Portuguesas
Correspondência de personalidades da cultura portuguesa.

1 de Fevereiro
Cartas de Pessoa e Ofélia
1 de Março
Sophia e Jorge de Sena
5 de Abril
Manuel e Maria João Bessa Múrias - selecção de cartas trocadas durante o período da Guerra Colonial
Correspondência de Guerra
3 de Maio
Cesariny, Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes
7 de Junho
Adolfo Casais Monteiro
Correspondência Familiar
5 de Julho
Luís Pacheco e Cesariny
6 de Setembro
A indicar
4 de Outubro
A indicar
1 de Novembro
Piteira e Stela - cartas de prisão e exílio
Correspondência Familiar



TERÇAS A LER
Concepção e coordenação do projecto: Maria do Céu Guerra
2ª terça-feira do mês

POESIA
Recitais com a participação especial de autores, músicos e actores convidados.

8 de Fevereiro
O Século XX – O Século da Poesia
8 de Março
As mulheres poetas do século XX
12 de Abril
Poesia Contra a Noite – Vozes na Resistência
10 de Maio
Carlos Mota d’Oliveira – O Poeta ao Sul (com a presença do poeta)
14 de Junho
O Feminino em Pessoa – com a participação de João D’Ávila
12 de Julho
David – O Poeta para além do Amor
13 de Setembro
João Pedro Grabato Dias – Facto - Fado
11 Outubro
Versos Comunicantes – com Olga Prats

GPS: não há muitas novidades...

... como se pode ver pela notícia do DN . E não é por falta de investigação ou de insistência dos jornalistas, é por falta de respostas.
Entretanto, o PSD começa a preparar-se para a governação, a medo, mas lá vai... Joaquim Azevedo, ex-secretário de Estado da Educação diz que o "Ministério da Educação pode ser implodido sem nenhum problema", que é como quem diz que a máquina burocrática da 5 de Outubro, da 24 de Julho e das DREs pode ser desmantelada.

E dizer ainda que o debate de ontem à noite do Prós e Contras foi confrangedor para todos: para a ministra (que esteve pouco à-vontade), para Pedro Duarte (que já estava a defender o cheque ensino, o PSD quer abrir essa porta?), para Nuno Crato (que de Educação só sabe falar da necessidade das provas de aferição e dos exames serem mais exigentes), para o professor do ano (que parecia que ia chorar a qualquer momento, mas que disse coisas interessantes sobre o que se passa realmente nas escolas), para os representantes dos colégios com contratos de associação (que não conseguiram fazer passar a mensagem - essa foi a parte em que Isabel Alçada esteve mais segura); e para Fátima Campos Ferreira que não sabe do que é que está a falar, mas fala com todas as certezas deste mundo.
Os homens da noite foram: O pai António ("Fátima, chame-me António que eu gosto mais", foi o máximo!, respondeu quando a apresentadora se enganou e chamou-lhe Afonso) trazia os números de quanto custa um aluno na escola pública, chamou mentirosa à minista e ainda promoveu Mário Nogueira a "secretário de Estado da Fenprof" - foi o momento da noite. Mário Nogueira esteve bem e era o único que realmente sabia do que é que se estava a falar.
BW