terça-feira, 30 de junho de 2009

walkman versus mp3

30 anos de walkman.


Estranho objecto, dirão os nossos filhos e alunos.





Esta geração, a geração mp3, mp4, mp5, nem acredita que houve tempos em que nos tinhamos de levantar do sofá para mudar de canal, em que os canais eram só 2 e a preto e branco.

Pina Bausch 1940-2009

Morreu a coreógrafa Pina Bausch. Hoje.
Visite a fotogaleria. Relembre imagens.

Alargamento da escolaridade obrigatória e universalidade do pré-escolar

O alargamento da escolaridade obrigatória e universalidade do pré-escolar aos cinco anos é hoje votada na especialidade na comissão de Educação do Parlamento.
Algumas das questões em debate são as que aqui enunciamos, conforme notícia do Público.
O "dever" dos pais de "proceder à inscrição dos seus educandos em jardins-de-infância e o de assegurar a respectiva frequência", segundo a proposta de alteração dos socialistas, deveria ser substituido por "o direito" de proceder à inscrição. Não faz, naturalmente existir esse dever quando a rede pública ainda não cobre os 100% dos alunos.
O BE, por seu lado, propõe a universalidade do pré-escolar para todas as crianças, mas a partir dos quatro anos de idade, e que seja dada prioridade às de três anos oriundas de ambientes sociais desfavorecidos. Enfim... existissem condições para que assim fosse e talvez até a taxa de natalidade fosse superior...Defende ainda o "direito à educação familiar" até ao ingresso no ensino básico.
José Paulo de Carvalho, antigo deputado do CDS-PP, pretende que a escolaridade obrigatória cesse "[...] no final do ano escolar em que o alunos perfaça 18 anos" e não "no momento do ano escolar em que o aluno perfaça 18 anos", como propõe o Governo. O diploma proposto pelo Governo torna obrigatória a frequência de ensino ou de formação até aos 18 anos de idade, mesmo para os jovens que se encontrem inseridos no mercado de emprego.

A nova terminologia em papel

A nova terminologia não é tão nova como se poderia pensar, não o é nas faculdades nem para os linguístas. Nova é a sua aplicação aos Ensinos Básico e Secundário (se bem que neste último ciclo ela já esteja em vigor desde 2001).


Para formar professores, esclarecer dúvidas, para depois se criarem materiais de apoio e proporcionar os instrumentos necessários à prática diária na sala de aula, Isabel Casanova, Professora Associada da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, ex-docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, editou, então, uma obra incontornável: Dicionário Terminológico - Compreender a Tlebs. Esta visa enriquecer em explicações e exemplos o Dt disponível em linha no sítio da DGIDC, ferramenta de trabalho essencial de todos os docentes e que ganhará destaque com os novos Programas de Língua Portuguesa do Ensino Básico.

Ana Soares

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O estado da educação

Quando mudámos de casa, contratámos uma empresa de mudanças. Quando chegou a hora de desmontar o quarto do miúdo (na altura era só um), a cama de grades suscitou uma conversa com o indivíduo que a desmontava. Perguntou que idade tinha o bebé, eu lá respondi.
Ele disse que também tinha uma filha. Lá. Longe. Ele era do Leste. Não me lembro de onde. Mas lembro-me do que me respondeu quando eu, ingenuamente, num jeito interrogativo, lhe dizia que, então, qualquer dia, ela viria cá ter com ele. Respondeu-me prontamente que não. Que a nossa escola era fraca. Que não amava as artes e não primava pelo rigor. Que não percebia como é que um dia sem aulas ou um furo eram motivo de alegria. Que lá, no seu país, o regresso às aulas, esse, sim, era o motivo de alegria dos estudantes e famílias. Não queria, portanto, que ela estudasse cá, em Portugal.
Não disse que era professora. E a conversa acabou por tomar outro rumo, de que já não me recordo. Fiquei só com esta ideia, triste, do quanto alguns de nós tentamos dar e de, como, ainda assim, pouco conseguimos fazer.
Esta conversa foi há 4 anos. Lembrei-me dela pois recentemente, na TSF, no programa Pano para Mangas, João Gobern deu conta de uma tese de mestrado sobre os alunos do leste nas nossas escolas. Falou do exemplo que vem do frio. Fez um retrato. Positivo, claro. Pouco mudou. Ainda há muito por fazer.

Ana Soares

domingo, 28 de junho de 2009

Avaliação de Desempenho dos Professores: Ficha de Avaliação e FAQ

Para os curiosos que não conhecem bem o actual sistema de avaliação de desempenho dos docentes, aqui fica o link para a ficha de auto-avaliação que os docentes preenchem.
Para os professores, deixamos ainda o link para o sítio de Perguntas e Respostas do ME acerca desta mesma avaliação. Um sítio que pretende ser de esclarecimento. Está organizado por temas (grupos disciplinares, professor titular, quotas, departamentos, dispensa de avaliação, etc) e apresenta várias questões sobre os mesmos.
Ana Soares

É impossível que todos gostem de nós

Wayne W. Dyer, psicólogo norte-americano, dos EUA, (o Canadá também fica na América do Norte e, como dizia um computador infantil dos meus filhos, "a América do Norte fica a Norte da América do Sul"), diz que metade das pessoas com quem nos cruzamos não estará de acordo com as nossas opiniões. E que, quando isso nos acontece, é simples, estamos perante alguém que faz parte desses 50 por cento!

É um facto! Não somos populares, simpáticos, inteligentes, etc, aos olhos de todos, mas só de alguns. Por isso é importante relativizarmos as opiniões dos outros, em nome da nossa autoestima, felicidade e sanidade mental. Também seremos infelizes se procurarmos gostar e estar de acordo com toda a gente. Portanto, o melhor meio de encontrar um equilíbrio saudável é: rodearmo-nos de quem gosta de nós!

Obrigada amigos!

BW

sábado, 27 de junho de 2009

Os Erros dos Exames...

Depois da Biologia Geologia, da Física e Química A e da História chegou a vez da Geografia. São estes os quatro exames nacionais que suscitaram dúvidas, onde se apresentaram imprecisões (ou mesmo erros, conforme os pontos de vista). É verdade que o erro pode acontecer a qualquer professor, a qualquer bom professor. Mas em condições normais de avaliação, este erro tem remédio.
O que não pode acontecer é haver erros, ambiguidades ou lapsos num exame ou nos critérios de correcção que têm um ano inteiro para serem pensados e preparados e revistos! As equipas, sim equipas, pois não é certamente um só indivíduo que faz o exame, podiam resolvê-lo para aferir se as questões são adequadas ao tempo, à extensão - estou a pensar no grupo IB do exame nacional de Português -, se as perguntas são claras, sem enquadradores que condicionem as respostas dos alunos, se são adequadas aos programas e se não têm erros! Um faz, o outro lê e corrige. Esta é prática corrente nas escolas, entre colegas. Não poderá ser assim também com os exames de forma a evitar esta triste situação de estarmos a discutir ambiguidades, imprecisões ou erros dos exames nacionais?

Ana Soares

Avaliação do Desempenho - quem falou em quotas?

Na sequência do estudo da Deloitte, de que já aqui falei, a Ministra da Educação afirmou que afinal as quotas são uma medida transitória! Já podia ter dito, senhora ministra!
Deste modo o principal aspecto diferenciador do nosso pretenso modelo de avaliação do desempenho dos docentes dos de outros países tem os dias contados, pois, de acordo com o também confirmado pelo gabinete de comunicação do ME ao Público, esta medida só vigorará "numa primeira fase em que o processo está em fase de implementação e ainda não existe uma cultura de avaliação consolidada que permita uma correcta diferenciação das classificações".

Ana Soares

Ainda o Magalhães como exemplo a seguir por Obama

O que o especialista em tecnologia canadiano Don Tapscott não viu quando andou pelas escolas portuguesas é o uso comum que os miúdos dão ao Magalhães: jogar! Mas já adivinho os outros especialistas virem a público louvar os benefícios do jogo no computador, a destreza dos dedos e dos olhos, o desenvolvimento de uma qualquer inteligência e que este é o primeiro passo para fazer outras coisas maravilhosas! Não ponho nada disso em causa. Eu gosto do Magalhães e até queria um para as crianças lá de casa. Gosto sobretudo pela ideia de igualdade que transmite: todos têm acesso a uma ferramenta tecnológica. Claro que em algumas mãos funciona como o ditado das nozes e dos dentes... Mas também acontece como com aquele menino alentejano, em cuja casa nunca tinha entrado um computador e que a família se reunia em torno do mesmo, à noite, a explorar a Internet, a jogar e a filmar as cenas familiares, como já escrevi no PÚBLICO. O que parece que Tapscott não compreendeu é que a relação professor/aluno não mudou, apenas está adaptada ao novo meio. O professor continua a ser o rei da sala de aula e ainda bem!
BW

Novos programas de Língua Portuguesa - Formação e implementação

Os Novos Programas de Língua Portuguesa do Ensino Básico chegaram para ficar. Neste novo ano lectivo vão ser já implementados em algumas escolas, pelo que está aberto concurso para que escolas do 2º e 3º ciclos do ensino básico se possam propor para receber formação e apoio ao longo do ano lectivo 2009/2010.
Em 2010 está previsto que os novos programas entrem em vigor, então de uma maneira generalizada, em todos os anos. Os manuais estarão já a ser feitos atendendo a estas alterações e esta formação pretende começar a preparar docentes e escolas.
Ana Soares

Nota Final na Antena 1

A ideia partiu do jornalista do PÚBLICO Ricardo Garcia: fazer um blogue de alunos que realizassem os exames nacionais este ano. Foi concretizada pela filha, Marta Garcia, aluna que estava nessa situação e que lançou o blogue, com uma ajudinha da Bárbara Wong, que reuniu os ditos alunos, procurando a diversidade regional. Eles são de Barcelos (maioritariamente, pela mão da professora de Português Fátima Gomes), de Braga, de Coimbra e de Lisboa. São cerca de uma dezena, mas só seis puderam responder ao convite de João Gobern e Pedro Rolo Duarte para participar no programa Hotel Babilónia, da Antena 1. A ouvir hoje, das 10h00 às 12h00, na rádio. A escrita deles pode ser lida no Nota Final.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Orquestra Geração na Gulbenkian

Eles estão de férias e esta pode ser uma boa maneira de terminar uma tarde de um dia de semana! É na quarta-feira, no anfiteatro ao ar livre, na Gulbenkian, em Lisboa.
Se a saída vale só pelo sítio, o programa também é aliciante! Assistir a um concerto executado por miúdos, mais ou menos das suas idades, a tocar que nem gente grande.
A particularidade das Orquestras Geração é que são constituídas por rapazes e raparigas oriundos de bairros sociais. O projecto é da Escola de Música do Conservatório Nacional, de Lisboa e é inspirado no modelo do Programa das Orquestras Sinfónicas Infantis e Juvenis da Venezuela, de que a Orquestra Simón Bolívar é o expoente máximo - esta esteve em Lisboa há pouco tempo.
A orquestra inicial, criada em 2007 no âmbito de um projecto social no Casal da Boba, na Amadora, tem vindo a integrar novos agrupamentos. Em Vialonga, Vila Franca de Xira, e no Bairro da Mira, Amadora, estão em formação mais duas orquestras, abrangendo mais de 190 crianças. É este conjunto de jovens que se apresenta agora a público.
O objectivo é que as crianças aprendam a expressar-se através da música e a desenvolver a auto-confiança e o conhecimento necessários a um crescimento equilibrado, esperançoso, afastado da exclusão e da marginalidade.
Se puderem, não percam!

As férias do próximo ano

As aulas começam entre 10 e 15 de Setembro em todas as escolas do ensino básico e secundário.
E as férias do Natal decorrerão entre 19 de Dezembro e três de Janeiro.
A interrupção do Carnaval ocorre nos dias 15 e 17 de Fevereiro e as férias da Páscoa serão entre 27 de Março e 11 de Abril.
O final do ano é a partir de oito de Junho para os 9.º, 11.º e 12.º anos, por serem anos sujeitos a exames nacionais. Para os restantes anos de escolaridade o ano lectivo acaba a partir de 18 de Junho.

No pré-escolar as interrupções estão previstas por um período de cinco dias úteis, seguidos ou interpolados, entre os dias 21 de Dezembro e 1 de Janeiro, e entre 29 de Março e 5 de Abril. Haverá, também, um período de interrupção das actividades educativas entre os dias 15 e 17 de Fevereiro, tal como no básico e no secundario.

Avaliação do Desempenho - teimosamente sós

A reconhecida consultora Delloite elaborou, a pedido do Minstério da Educação, um estudo sobre o processo de implementação do Modelo de Avaliação de Desempenho dos Educadores e Professores onde compara o processo de avaliação dos docentes em Portugal, França, Inglaterra, Holanda e Polónia.
Neste estudo , quando comparados os processos de avaliação dos professores destes cinco países constatam-se várias afinidades (por exemplo, a adopção de objectivos e de competências científico-pedagógicas como componentes dessa mesma avaliação) e algumas diferenças (em França, por exemplo, o processo de avaliação é externo à escola e não é obrigatório). E se por um lado em todos os países a avaliação tem consequências na progressão na carreira, Portugal destaca-se pelo facto de ser o único que apresenta quotas. Serão precisas mais palavras?
Ana Soares

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Estatuto da Carreira Docente - ninguém cede

Depois da Ministra da Educação ter anunciado que o modelo de avaliação (embora, talvez, na sua versão simplificada) se vai manter, o Ministério reitera que não abdica da divisão da carreira em duas categorias e os sindicatos também não abdicam da abolição da referida divisão. Esta tem sido das questões mais contestadas pelos docentes e vários sindicatos. Este é um cavalo de batalha do Ministério de Maria de Lurdes Rodrigues. Uma guerra que parece estar longe do fim. Leia aqui a notícia do Público sobre o tema.
Ana Soares

Obama: Quer resolver os problemas das escolas? Olhe para Portugal!

Note to President Obama: Want to Fix Schools? Look to Portugal!
Na sequência do post anterior, é curioso verificar que Don Tapscott, especialista canadiano em tecnologia, aponta Portugal como um exemplo a seguir na educação, elogiando, num artigo de opinião publicado no blogue Huffington Post - onde já escreveu Barack Obama - , o investimento em computadores individuais nas salas de aulas em Portugal. Logo no título, Tapscott dirige-se directamente ao presidente dos EUA: "Quer resolver os problemas das escolas? Olhe para Portugal!" ("Note to President Obama: Want to Fix the Schools? Look to Portugal!"). Um exemplo, é verdade. Desejamos um uso prudente destas novidades.

Ana Soares

Novas tecnologias nas salas de aula

A propósito do meu trabalho na área da análise do discurso, defendi recentemente que a matriz discursiva da sala de aula, a médio ou mesmo curto prazo, vai sofrer alterações decorrentes das novas fontes de influência do Discurso da Escola e da Sala de Aula. Sejam as escolas virtuais para quem as pode pagar, seja o moodle, sejam os Magalhães, o facto é que, em breve, as salas de aula mudarão.
Concordo com a mudança? É evidente que estes indicadores são sinal de desenvolvimento. Mas preocupa-me o uso que possa ser dado ao computador nos primeiros anos do ensino básico. Nesta fase, é para mim muito claro que o que os miúdos precisam é do lápis, da prensão do mesmo; da memória, e respectivo treino; do cálculo e da sua rotinização. Da minha experiência com docentes deste ciclo retive que os mesmos rapidamente se entusiasmam com a possibilidade de trabalhar com "novas" e "criativas" ferramentas na sala de aula. No entanto, é um risco se o papel que se lhes der for igual ou, pior ainda, superior ao que o treino de outras competências básicas deve assumir. Os programas não o fazem, mas sabemos que as práticas nem sempre são 100% fiéis aos princípios do programas... Não queremos daqui a 10 ou 20 anos ter alunos que não sabem escrever sem corrector ortográfico, que não sabem consultar um dicionário, que não vivem sem o excell para fazer cálculos. Por isso, é preciso ser prudente.

Mais para a frente, noutros anos escolares, depois de consolidadas as competências a que já me referi, lido bem com todas essas coisas na sala de aula e até com a sua regular utilização. Estamos, naturalmente, a falar de ferramentas essenciais nos tempos que correm. E a escola deve também desenvolvê-las.
Ana Soares

Animais com roupa?

Os animais não se podem vestir, Judy Barrett e Ron Barrett, Sá da Costa Editora



Ora imaginem lá as razões mais plausíveis para justificar o facto dos animais não poderem usar roupa.



Pois é, é um exercício difícil! E é este exercício que temos vontade de continuar a fazer depois de explorados os motivos pelos quais os 14 animais apresentados no livro o não devem fazer.

Um livro para ser lido com os mais pequenos, pela simplicidade do texto e ilustração, e com os que estão a fazer a iniciação à escrita e à leitura, pelo divertimento.

Foi por acaso que encontrei este livro. Mas foi, sem dúvida, um feliz acaso.

Ana Soares

À procura do ó-ó perdido


"Um bebé adormece no pequeno jardim. Durante o sono, um passarinho apodera-se do seu ó-ó branco e macio e leva-o para longe no céu. Quando acorda, o bebé não fica nada contente. Propõem-lhe outros ó-ós, mas um ó-ó não se substitui. Com a ajuda do ar, da água, do fogo e do contador de histórias, o bebé, depois de várias aventuras, reencontra o seu querido ó-ó."

Foi dos primeiros livros comprados, daqui a pouco há 12 anos... É lindo e desde que o lemos, vezes sem conta, que as fraldas deixaram de se chamar fraldas para serem ó-ós. À procura do ó-ó perdido, de Pascal Sanvic e ilustração de Danuta Wojciechowska. A peça também a vimos pela companhia Lua Cheia teatro para todos , há uns oito anos. Eles eram muito pequenos e ficaram presos do princípio ao fim. Quem nunca viu, pode aproveitar, pegar nos bebés a partir do um ano de idade e ir até Alcobaça - Feira do Livro 26 Junho 2009 - amanhã, às 21h30.
BW

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Critérios de correcção de História A

A pedido de várias famílias, aqui estão os critérios de correcção do exame de História A: aqui!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Educar para a Ecologia III

Num registo menos infantil do que aquele que já aqui vos propusemos, lançamo-vos hoje o desafio de observarem um filme que nos obriga a querer mudar comportamentos: HOME.
Aos pais que aqui costumam vir, aos alunos, depois dos exames, de vistos e revistos os critérios de correcção dos exames, não apenas aos que hoje aqui vieram à procura dos critérios de correcção do exame nacional de Matemática, nem apenas os de Biologia Geologia, mas os de todas as disciplinas, aos nossos fiéis leitores e amigos, aos que aqui passam por mera curiosidade, deixamos o convite: vejam o trailler. São 2:27 minutos, vejam...



Depois, com mais tempo vejam o filme. Está disponível no you tube.

Temos de acreditar que dia-a-dia, todos, juntos,com pequenos e grandes gestos, podemos reverter o que numa só geração se fez ao planeta terra, a nossa casa, home.

Ana Soares

Aos alunos - depois dos exames nacionais e conhecidos os critérios de correcção

"Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida"
Educar em Português é um sítio que nasceu do desejo de partilhar ideias, livros (muitos livros e para todas as idades), comentários sobre a escola, tempos livres, preocupações dos educadores e professores, sobre a educação numa perspectiva alargada.
Curiosamente, foram os alunos que, recentemente, fizeram subir exponencialmente as visitas ao blogue nesta primeira época de exames nacionais. Com reacções de naturezas variadas aos critérios de correcção das mais variadas disciplinas, do Português, à Matemática, passando pela Biologia-Geologia ou Física e Química, mostraram a sua receptividade às sugestões e comentários que aqui fomos fazendo.
Para eles, que terão provavelmente terminado agora, com os exames nacionais da primeira fase, o ensino secundário, entrando assim numa fase diferente das suas vidas, aqui fica o convite para que nos continuem a visitar, fazer sugestões, propostas. Teremos muito gosto em ir lendo as vossas opiniões.
Para os que ainda vão continuar a estudar para a 2ª fase, ânimo.
A pensar já no fim do ensino secundário, aqui fica esta mensagem para todos os alunos nossos leitores: "Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida".

Vivam-no com alegria e responsabilidade.
Ana Soares

Critérios de correcção de Matemática A e de Matemática B

Os critérios de correcção estão no sítio do costume e não é no supermercado do bairro, mas no site do Gave. A proposta de resolução da Associação de Professores de Matemática (APM) está...
aqui para Matemática A; e aqui para Matemática B. Agora é só carregar na palavrinha sublinhada que mais interessa!
Num post abaixo, está a proposta da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM).
Agora podem ver as duas propostas, da APM e da SPM, comparar com os critérios do ministério e fazer as vossas contas.

Uma caça ao tesouro



"O Mestre reparou na tristeza do rapaz e disse:


-Um tesouro não tem de ser apenas com moedas de ouro, pode ser também um livro como este. (...).

Pedrito não tinha pensado nisso, mas depressa concordou com o Mestre:

- O verdadeiro tesouro são as coisas de que nós gostamos."

Rui Sousa, A Baía do Tesouro, minutos de leitura

A Baía do Tesouro é um livro feito à medida dos miúdos que gostam de pequenas aventuras e caças ao tesouro. O Pedrito embarca com o Mestre Hildo em direcção a uma pequena ilha. Várias peripécias vão culminar com a descoberta de um tesouro inesperado que origina o diálogo que vos transcrevi.

Uma excelente proposta da Minutos de Leitura que escolhi a pensar nos miúdos dos 5 aos 9 anos.

Ana Soares

E depois dos exames?

Os alunos vivem já, na sua grande maioria, dias de descanso.
A nós, professores, cabe-nos agora a tarefa de fazer as escolas continuar a andar (apesar de meio mundo achar que estamos já de férias).
São, eventualmente, as turmas dos outros anos que só agora vêem chegar o fim das aulas, pelo que se avizinham mais reuniões de avaliação.
São as correcções dos exames, as reuniões de supervisão, os telefonemas entre colegas e supervisores com dúvidas sobre os critérios de correcção. É que há sempre uma resposta, aquela resposta, que parece não encaixar em nenhum dos descritores (e o defeito nem sempre é das respostas... há mesmo critérios de classificação e descritores que não estão feitos de forma suficientemente "elástica" para abarcar todas as respostas, mesmo algumas mais previsíveis...). E qual, então, o mais justo?
Enfim, depois as pautas, reuniões, planificações, papéis e mais papéis e tudo aquilo que, quem tem a sorte de estar na escola onde sabe que vai continuar, pode fazer já a pensar nas suas novas turmas.
Depois, quem sabe, ainda uma segunda rodada de exames a coincidir com tudo o resto...
Ana Soares

Correcção e parecer do exame de Matemática segundo a SPM

As resoluções propostas pela Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) estão nas palavras subinhadas. Quanto ao que a SPM pensa sobre as mesmas...
... o exame de Matemática A "é mais razoável que a do ano anterior. Sem ser difícil, não é escandalosamente fácil". A parte sobre os números complexos estava bem concebida; sobre as questões de probabilidades as perguntas não são difíceis. A matéria de trigonometria "é tratada marginalmente". A parte de funções tem perguntas "razoáveis, mas pouco exigentes no cálculo (predominância de equações lineares)". O raciocínio dedutivo continua a estar praticamente ausente da prova.
A SPM questiona a duração de prova de três horas. "Apesar de o exame não ser trivial e testar adequadamente algumas partes do programa, não nos parece ainda que, na sua globalidade, cubra bem as matérias, com o grau de exigência necessário. Um desempenho positivo nesta prova não é ainda garantia de uma preparação adequada à saída do ensino secundário e entrada no superior".

... o exame de Matemática B "não tem incorrecções científicas e contempla bem os diversos tópicos do programa", à excepção da Estatística, que apenas surge numa pergunta "trivial" (questão 2 do grupo II). "O enunciado de algumas questões é desnecessariamente complicado e palavroso: são exemplos o grupo I e o grupo IV. Neste último, à força de se tentar ser preciso, acaba-se por gerar um texto que pode confundir os alunos. A tentativa de encontrar a qualquer preço aplicações da Matemática às chamadas “questões da vida real” tem o seu expoente máximo no grupo II, formado por uma série de questões desconexas."
Muitas questões são "excessivamente fáceis": o grupo I está ao nível de um 7º ano de escolaridade e o grupo V ao nível do 9º ano. Mesmo as perguntas sobre tópicos do secundário são "tão elementares que não permitem distinguir os alunos que dominam realmente bem a matéria daqueles que têm apenas os conhecimentos mínimos".

Critérios de correcção do exame de Matemática A e Matemática B

Caros alunos
Leiam esta mensagem com calma e sigam as instruções.
Os critérios de correcção do exame de Matemática A e do exame de Matemática B estão no site do Gave. Podem clicar aqui e depois na frase: "Exames 2009 - provas e critérios de classificação". Carregam e seguem para uma lista onde estão todas as disciplinas sujeitas a exame. Procurem o exame de Matemática e a versão que realizaram.
Ao longo da tarde, assim que forem conhecidas as propostas de correcção dos professores, prometemos dar conta delas aqui, no blogue. Para isso, terão que cá regressar mais tarde. Até já!

Cartoon sobre o acesso ao Ensino Superior

Encontrámos este cartoon no blogue De rerum natura. Aqui fica o convite para passar por este sítio.

Final da 1ª época - datas de afixação dos resultados dos exames

Termina hoje a época de exames. Ontem foi o Básico, com o exame nacional de Matemática do 9º ano. Hoje, com Matemática e História termina também o secundário. Antecipando a pergunta "Quando saiem os resultados?" aqui ficam, então, as datas: as pautas e os resultados dos exames dos exames do Ensino Secundário saem a 7 de Julho e os do Ensino Básico (Matemática e Língua Portuguesa) a 13 de Julho.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Critérios correcção exame Geometria Descritiva A (708)











Aqui está a resolução dos quatro exercícios pedidos no exame de Geometria Descritiva A (708), realizados pela Associação de Professores de Desenho e Geometria Descritiva (Aproged). Todos estarão bem mais visíveis no seu site. O Gave também tem disponíveis os critérios de correcção. Amanhã tudo pode ser visto com outra dimensão no PÚBLICO.



Avaliação dos professores - modelo simplificado ou modelo final

A Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, assume com naturalidade este compasso de espera enquanto se decide se o modelo de avaliação aprovado em 2008 avança (ainda que com as alterações que se considere necessárias) ou se se vai manter mais um ano o regime simplificado aplicado este ano lectivo. Parece que espera pelo resultado de pareceres, diz MLR...

Ana Soares

O que pensa a SPM sobre o exame de Matemática 9º ano?

Sobre o exame de Matemática do 9.º ano, a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) insiste no facilitismo, que o Ministério da Educação tem contestado desde o início da época de exames.
Um dos pontos do parecer da SPM responde a muitos dos comentários que têm caído aqui no blogue:
"Pode pensar-se que provas elementares têm a vantagem de ajudar a perceber que as questões matemáticas não são intransponíveis. Mas estabelecer patamares demasiado baixos, em vez de incentivar a mais estudo e mais conhecimento, acaba por prejudicar todos — tanto os melhores, que se sentem desincentivados, como os menos treinados, que sentem menos necessidade de trabalhar para aumentar o seu domínio das matérias. Em suma, uma prova demasiado elementar como esta não serve o progresso do ensino. Pelo contrário, cria precedentes difíceis de contrariar."
Concordam?

Já chegaram os Critérios de Correcção de Matemática 9.º ano

Ora aqui estão os critérios de correcção de Matemática do 9.º ano. É só carregar na palavra seguinte: esta!
A Associação de Professores de Matemática também já realizou a prova e apresenta os seus resultados, aqui! Quanto ao que pensam sobre a mesma, acham que está adequada aos alunos do 9.º ano.
E mais uma proposta, a da Sociedade Portuguesa de Matemática, aqui.
Agora é só comparar e fazer as contas!

Exame Nacional de Matemática - 9º ano

Aguardam-se os critérios de correcção do Exame Nacional de Matemática - 9º ano que levou quase 97 mil alunos, hoje, de volta às escolas. Entretanto fomos já recebendo ecos de que o mesmo era acessível. Logo que os critérios estejam disponíveis, será apenas necessário clicar aqui (já podem clicar!).

"Os pais e os peritos" por Daniel Sampaio

"Os pais precisam, acima de tudo, de ter acesso a boas condições de vida para os seus filhos, em comunidades que tenham respeito pelas crianças, dirigidas por políticos que não produzam legislação excessiva sobre a vida privada. No seu quotidiano, não devem esquecer um princípio fundamental: é na interacção com os seus filhos que poderão compreender o que está certo ou errado na educação dos mais novos. Uma relação de intimidade - como a de pais e filhos - fornece elementos únicos específicos inacessíveis a qualquer outro observador e é a partir da experiência do que se vai passando nessa relação que surge o correcto caminho para os pais, que afinal só pode ser um: ancorados na experiência dos seus próprios pais (agora avós), estimulados pelo contacto com outros progenitores em situações semelhantes, os pais de hoje encontrarão na relação íntima com os filhos o melhor guia para educar."
Daniel Sampaio, na crónica deste domingo, na Pública, a revista do Público, sobre "Os pais e os peritos". Sobre, por vezes, a incapacidade dos pais em se sentirem educadores e assumirem as suas funções por estarem presos às críticas que lhes chegam da sociedade, em geral, e dos peritos em particular.
BW

domingo, 21 de junho de 2009

O investimento público em infantários e lares

O blogue O valor das ideias propõe aqui uma reflexão muito actual e pertinente sobre o investimento público em infantários e lares.

Fica aqui uma amostra do texto que nos faz pensar no que mudou, ou não, nos últimos anos.

"O problema das creches e dos infantários pode ser colocado até numa lógica de mercado. Se ajudar os liberais a aceitar a ideia. Um estudo conduzido em 1989, com uma amostra de mulheres francesas casadas procurou aferir quais eram os factores que determinavam a sua participação no mercado de trabalho. Está disponível na Econometrica. E concluiu que o impacto do nº de filhos com menos de 5 anos na probabilidade de participação no mercado de trabalho era negativo. O mesmo seja dizer, que 200 anos após a revolução, em média, as mulheres francesas ainda tinham problemas em ter uma carreira full time porque os filhos até 5 anos exigem atenções especiais. E porque a sociedade não tinha evoluído ao ponto de haver uma substituibilidade no casal nestas funções."
in ovalordasideias.blogspot.com

sábado, 20 de junho de 2009

Fernando Pessoa online

A digitalização integral da biblioteca pessoal de Fernando Pessoa encontra-se concluída e devia estar, a partir de hoje, disponível no sítio da Casa Fernando Pessoa . Com ela, vamos poder folhear os livros do poeta e encontrar as suas notas pessoais nas margens dos textos.
Um desafio para os leitores, investigadores e alunos.

A boneca proibida numa história de Matilde Rosa Araújo


A Boneca Palmira é o primeiro livro que escolhemos para vos apresentar as edições Eterogémeas.
Trata-se de um livro em que as palavras de Matilde Rosa Araújo, autora da história, surgem alinhadas em páginas sem qualquer ilustração. Deste modo, os pequenos ou grandes leitores são deixados a sós com o texto.


Só depois surgem as ilustrações de Gémeo Luís.
Ao seu estilo, são um convite à releitura do texto. Enigmáticas e mágicas.

Po fim, texto e imagem cruzam-se, no final da história. As emoções das palavras e das imagens reúnem-se para o final da acção.
Uma edição fantástica que conta a história da boneca Palmira, cuja dona não tinha licença para brincar com ela…

Porque nem sempre encontramos as edições Eterogémeas nas livrarias, aqui fica o sítio onde as podemos visitar e adquirir os seus livros.

Ana Soares

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Aos seguidores do Educaremportugues

Caros seguidores
Não, nós não enlouquecemos com os exames, embora pareça!
Na última semana, inundámos o blogue com os exames nacionais porque são muito importantes para os alunos do básico e do secundário - conforme podem ver nos comentários que vamos recebendo.
Prometemos voltar à normalidade dentro em breve. Vamos tentar conseguir um equilíbrio entre as informações sobre os exames e as nossas próprias reflexões. Entretanto, não desistam de nós!
BW

Critérios de Correcção do Exame de Língua Portuguesa do 9º ano

Os critérios de correcção do exame de Língua Portuguesa do 9.º ano estão aqui.
Esta é a proposta de correcção da Associação de Professores de Português:

Prova Escrita de Língua Portuguesa
(9º ano, Prova 22/1ª Chamada)

Os tópicos que se apresentam devem ser cruzados com os critérios oficiais disponíveis no sítio do GAVE (ME).

Grupo I
1. F – G – B – A – C – D - E
2. Ele, Yann Arthus-Bertrand.
3.1. D; 3.2. A; 3.3. C; 3.4. A; 3.5. B
4. O espaço (desolado, deserto) reflecte o estado de espírito do rei (tristonho, gasto).
5. Terra infértil; rei velho e gasto; salões vazios; falta da rainha; ou príncipe solteiro...
6. Príncipe teimoso e independente.
7. O casamento é importante para a continuação da vida e da dinastia.
8. Acordo ou desacordo, total ou parcial, devidamente justificado.
9. Episódio de Inês de Castro; Inês, Pedro (filho) e D. Afonso (pai); D. Afonso decide morte de Inês; o que diz o povo, celibato de Pedro, única solução possível; reprovação; tratar Inês como tratou os mouros.

Grupo II
1. B – D – F – G – J.
2. Reconto C, chuviscar B, biblioteca A, ilegal C, apodrecer D, prever C, crueldade B, morfologia A, paredão B, ensurdecer D.
3.a) de que; 3.b) cujo; 3.c) a quem; 3.d) que.
4.a) Embora os ecologistas...
4.b) ... e ...
4.c) ... tão esforçada que o director...
5. Subordinada integrante ou subordinada completiva.

Grupo III
O texto escrito será avaliado de acordo com o tema seleccionado, a tipologia textual (texto de opinião), a coerência e pertinência do seu conteúdo, a coesão da sua estrutura (incluindo a pontuação), a morfossintaxe, a riqueza lexical, a ortografia e o cumprimento da extensão.

Critérios de Correcção de História da Cultura e das Artes

E pronto! O que faltava: critérios de correcção do exame de História da Cultura e das Artes (724). Para a semana há mais!

Comentário aos critérios de classificação do Exame Nacional de Língua Portuguesa - 9º ano

Já noutro post fizemos o link para os critérios do exame nacional de Língua Portuguesa 9º ano. Aqui ficam agora alguns comentários: este exame afigurava-se como um exame completo, quer isto dizer, um exame com uma grande variedade de itens, tipologias de exercícios e textos, acessível deste ponto de vista e sem surpresas desagradáveis.

Ainda assim, creio ser excessiva a forma como no exame, duma maneira geral, e no Grupo III, em particular, se "guiam" os alunos nalgumas tarefas. Acho que os alunos do último ano do ensino básico devem conhecer obrigatoriamente a estrutura do texto expositivo (introdução, desenvolvimento e conclusão). Parece-me excessivo e creio que muito alunos provavelmente até concordam comigo. Não queria dizer que se trata de um exame fácil, alguns alunos podem achar que estou a exagerar, mas como docente, parece-me que houve, por parte dos elaboradores do exame, um excessivo cuidado em orientar os alunos, tanto no exemplo que já apresentei, como nas escolhas múltiplas, para além de algum medo no que à gramática diz respeito. Ouvi professores de outras escolas comentar o mesmo. Uma das docentes estava ainda especialmente contente, pois o excerto da aula tinha mesmo saído no último teste!

Colegas professores, bom trabalho na dura fase que se avizinha, a da correcção.

Alunos, toca a estudar para a Matemática. Este exame já está!
Pais, tenham paciência este fim-de-semana. Está sol e calor, mas os miúdos precisam de estudar. Passeios, almoços de família ou praia qb.

Ana Soares

Critérios de Correcção do exame de Geografia A

E já são também conhecidos os critérios de correcção do exame de Geografia A (719). Estão aqui.
Dos de hoje, só falta um!

Descomprimir dos exames nacionais!

Pronto! Esta semana já passou para examinandos, irmãos, pais e amigos que levam com o stress e as neuras de quem está a estudar para os exames nacionais! Segunda-feira é dia de Geometria Descritiva A e terça-feira é a vez das Matemática A e B.
Se houver tempo para descomprimir e ir à praia - o sol lá fora chama mesmo por nós... - estruturem o estudo de maneira a que não sintam pesos de consciência! Se conseguirem, levem os apontamentos; senão, vão e descansem, depois conseguirão trabalhar melhor!
Mas antes de ir, aqui fica uma proposta que nos chegou pelo Uma Aventura Social. É para participar num estudo que pretende comparar a forma como cidadãos de diferentes países europeus se protegem do sol. É um estudo em colaboração com várias universidades, coordenado pela Universidade de Berlim. Quem quiser contribuir para esta pesquisa é só responder ao inquérito online que está em http://www.sunsurvey.org/. E um destes dias, saberemos se os portugueses se preocupam ou não quando apanham sol. Boa praia e bons estudos!
BW

Critérios de Correcção Exame de Física Química

Diz uma professora de Física Química que o exame era bom, embora grande, aparentemente sem erros, mas com algumas rasteiras. Em alguns exercícios eram pedidos cálculos, para explicitar bem. Os critérios de correcção, estão aqui.

Museu da Pólvora



Em Oeiras há actividades gratuitas para os mais pequenos no Museu da Pólvora Negra. Começam já amanhã! Mais informações pelo telefone 214 381 400.

Critérios de Correcção de Português Língua Não Materna

Para os alunos do ensino secundário, hoje foi dia de exames nacionais de Português Língua Não Materna. Para o nível de iniciação (739) e para o nível intermédio (839).

Critérios de Correcção de Língua Portuguesa 9º ano

Os critérios de correcção do exame nacional de 9.º ano de Língua Portuguesa já são conhecidos. Estão aqui.

Sobre o Exame de Física e Química A e os tão desejados critérios de correcção

Para além do exame de Geografia, hoje é o dia do exame de Física e Química. Também neste caso, dois anos de matéria, centenas de páginas, exercícios, fórmulas e reacções químicas. Os meus alunos são de ciências e tecnologia. Mais um exame determinante para eles. Esta é uma disciplina importante para muitos dos cursos em que sonham entrar.

O exame é às 14h. Está calor. Espero que isso não comprometa o sucesso de quem deu o seu melhor ao longo deste dois anos e nesta recta final se preparou com seriedade. Quanto aos critérios, espero que não tardem no sítio do Gave. O fim-de-semana está à porta e é tempo de esquecer um pouco os exames.

Quanto a mim, vou começar, com a reunião de supervisão, a longa jornada de correcção dos exames...

Ana Soares

Doutoramentos

Embarquei na aventura de um doutoramento, no ano antes de Bolonha arrancar. Mau negócio, diriam alguns, sobretudo numa carreira onde a valorização pela formação académica não passa de carolice e gosto pessoal. É que alguns meses depois, as 300 páginas passaram a 150 e os 5 anos a 3, creio eu. Acabo, portanto, agora, 26 anos de escolaridade não obrigatória.
Um projecto deste género, só é possível com o apoio da família e muita garra, tenho que reconhecer. É com simplicidade que assumo que continuar a trabalhar a 100% (às vezes até a 150%), organizar o quotidiano de forma a todos os dias ter "aquele" tempo para os meus filhos e toda a rotina necessária ir avançando com naturalidade... não é fácil. Não é nada fácil. Aprendi nestes 6 anos a gerir ainda melhor o meu tempo. Todos os bocadinhos foram aproveitados. E assim cheguei às provas. Correram lindamente. Quando comecei a falar, os nervos foram desaparecendo e fui defendendo aquele projecto que tão bem conheço. As sugestões de melhoria foram justas. Não tive sabática, cumpri os prazos de entrega, continuei a ser mãe, esposa, professora, amiga. Continuei a ser eu.
Ana Soares

Exame Nacional de Língua Portuguesa 9.º ano

Hoje é a vez dos alunos do 9.º ano se estrearem nos exames nacionais! Quase 97 mil estudantes estão inscritos para fazer a prova de Língua Portuguesa. Os alunos respondem a esta e ao exame de Matemática, na segunda-feira. Os estudantes têm 90 minutos e mais 30 de tolerância para porem à prova os seus conhecimentos. As pautas das classificações serão afixadas a 13 de Julho. A prova conta 30 por cento para a nota final de cada uma das disciplinas.

Exames do Ensino Básico - Língua Portuguesa, agora do Básico

Também os alunos do 9º ano fazem hoje exame de Língua Portuguesa. É, mais uma vez, uma forma de "atestar" o trabalho de um ciclo inteiro, mas na verdade, pela incidência habitual em conteúdos e competências do 9º ano, é uma forma de valorizar o que se consolidou no 9º ano. Para muitos esta é a oportunidade de passar, na disciplina e, eventualmente, de ano. Se no final do ano tiverem tido um 2, e na prova conseguirem um 4, passam. Também os critérios de avaliação do exame nacional de Língua Portuguesa do Ensino Básico serão publicados pelo Gave durante o dia de hoje. Aqui fica o link onde, quando existirem as respostas, o Educar em Português vos convida a passar. É só clicar.

Ana Soares

Provas de aferição: os pseudo exames dos mais pequenos

Em plena época de exames, temos também notícias quanto às provas de aferição realizadas em Maio último pelos alunos mais jovens. "Em termos globais, os estudantes do 4.º ano obtiveram 89 por cento de notas iguais ou superiores a “satisfaz” a Matemática e 91 por cento a Língua Portuguesa. O ano passado, conseguiram 90,8 e 89,5 a Matemática e a Língua Portuguesa, respectivamente.Quanto aos alunos do 6.º ano, desceram de 93,4 para 90 por cento a Língua Portuguesa. O mesmo movimento se verifica a Matemática: no ano passado, 81,8 por cento tiveram um desempenho positivo, valor que caiu este ano caiu para 79 por cento." BW .
O balanço é positivo, no que à opinião da Ministra da Educação diz respeito:
Que dirão as escolas e as famílias?
As subidas e descidas não me parecem particularmente reveladoras de mudança. Deste nova forma de estar em educação, que passa pela aferição, concluo que o positivo é, na verdade, a consciência que se cria em todos, pais, alunos e professores, da necessidade de valorização destas duas áreas, a Matemática e a Língua Portuguesa, para o pleno desenvolvimento de cidadãos do amanhã.
Ana Soares

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Um erro é um erro

É pouco importante e passou despercebido aos alunos e aos professores, mas não a todos, um leitor do PÚBLICO descobriu-o na prova de Biologia e Geologia, de ontem. O erro não prejudica em nada as respostas dos alunos, é um erro numa legenda, na página 8, onde se lê "epicentro" deveria ler-se "hipocentro". Entretanto, o Ministério da Educação corrigiu o erro na página de Internet do Gave e agora já se lê "hipocentro" onde ontem estava "epicentro"! No fim da página 14, do mesmo exame, esclarece a mudança: "* Hipocentros e não epicentros como, por lapso, se refere na prova impressa". Que importa que aquele seja um documento oficial!

Actualizações dos critérios de correcção de ontem

Bom dia!
Os critérios de correcção são colocados na página de Internet do Gave muitas horas depois dos exames terem sido feitos.
Foi o que aconteceu ontem, com os exames de línguas, todos colocados depois das 20h20. As actualizações de ontem estão aqui.
À medida que formos tendo novidades sobre os exames de hoje, vamos pondo aqui!
Boa sorte!

Critérios de Correcção dos exames nacionais

Hoje é dia de línguas, mas não só!
Alemão (501)
Espanhol (547)
Francês (517)
Inglês (550)
E ainda...
Desenho A (706)
Economia A (712)
O comentário a cada exame nacional cabe às ordens profissionais ou às várias associações de professores de cada uma das disciplinas, mas também aos alunos que as realizaram. Foi fácil ou difícil? Saiu a matéria que esperavam? Podia ter saído aquele tema que tanto estudaram?
Quanto a nós, à medida que formos conhecendo os critérios de correcção, iremos assinalando, mesmo por cima de cada uma das seis disciplinas que hoje foram matéria de exame.
Boa sorte!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Proposta de correcção da APM

A Associação de Professores de Matemática (APM) também fez o exame de MACS e propõe a correcção que se encontra aqui. Quanto ao comentário que faz à prova, considera que
"está em conformidade com as informações sobre o exame previamente publicadas", mas que "é
mais extensa, porque mais trabalhosa, que em anos anteriores". Uma visão um bocadinho diferente da que tem a SPM, como é hábito!

Já há critérios de correção dos seguintes exames nacionais...

... de MACS, História B, Alemão (701) , Francês (817), Espanhol (747) e Inglês (850)!
Amanhã as línguas continuam...

SPM diz que exame de MACS é "simples"

Mais um exame fácil, diz a Sociedade Portuguesa de Matemática, para quem o exame de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS) foi "simples". Apesar de ainda não serem conhecidos os critérios de classificação, as perguntas são "muito directas e orientadas (3 e 5.1 são excepções), nenhuma delas obrigando a raciocínios de alguma complexidade. Exagera-se na contextualização, que por vezes é desnecessária, levando a que se apresentem algumas condições pouco reais (é o caso das situações B e C da pergunta 5)."
Diz a SPM que o exame "cobre adequadamente a matéria do primeiro ano do programa, mas omite parte significativa do programa do segundo ano".
As classificações finais vão depender dos critérios de classificação mas, se os alunos tivessem todas as respostas certas, seria sinónimo de uma "preparação razoável do aluno". A SPM acha questionável que os critérios de classificação não sejam imediatamente divulgados. "Deveriam sê-lo, mas apenas o são depois de o ministério recolher informações sobre como decorreram as provas." Pois... E os alunos à espera...

Critérios de correcção do Exame Nacional de Biologia Geologia e comentário

Os alunos da minha Direcção de Turma fizeram hoje o exame de Biologia Geologia. É um exame duro para alunos do 11º ano. São dois anos de matéria, quatro volumes, e alguns deles ainda nem sabem bem aquilo que querem ser quando forem grandes, pelo que não foram para o exame com a mesma motivação daqueles que já sabem o que querem fazer no futuro. As suas professoras deram o seu melhor, organizaram a matéria, fizeram powerpoints e fichas que disponibilizaram no moodle. Nos dias de interrupção houve aulas de dúvidas. Mas ainda assim muito ficou para os alunos fazerem por conta própria.
Entretanto falei com a colega de Biologia Geologia. Achou o exame equilibrado: dois grupos mais acessíveis, dois em que os alunos tinham de pensar mais. Foi mais difícil do que os intermédios, talvez pelo facto de abranger mais matéria.
Oxalá lhes tenha, efectivamente, corrido bem.
Desta vez, os critérios de correcção do Exame Nacional de Biologia Geologia surgiram mais cedo e já estão disponíveis aqui.
Ana Soares

Época de exames - guias de estudo com soluções e critérios de correcção

Em época de exames, os alunos recorrem aos seus apontamentos, fichas, testes, testes de colegas e material fornecido pelos docentes. No entanto, todos os que podem acabam por aderir à moda dos "guias de estudo". Alguns, é verdade, estão muito bem feitos. Apresentam boas sínteses (aquelas que os alunos deveriam ter feito ao longo do ano, pensando no exame), provas de anos anteriores (que estão no sítio do Gave) e outras provas modelo. Este último recurso é que eu valorizo, pois creio que o estudo deve passar, após uma fase de revisão, por mais uma etapa de avaliação. Os testes que já foram resolvidos ao longo do ano, ou os de colegas de outras escolas, sem soluções, nem sempre fornecem aos alunos o feedback que pode ser essencial para perceber qual o domínio / matéria que devem rever.
Depois dos exames de hoje, Biologia Geologia, MACS (Matemática Aplicada às Ciências Sociais), História B, Espanhol, Alemão, Inglês, Francês, é hora de pensar nos seguintes. Toca a rever a matéria e a testar os conhecimentos.
Ana Soares

Mais Exames Nacionais - Critérios de Correcção

Hoje há mais exames. Não terão o mesmo número de alunos que o Exame Nacional de Português teve, pois nem todos os cursos e alunos têm as mesmas disciplinas. Mas também estes são particularmente importantes. Alguns deles virão a tornar-se as "específicas" com que os alunos acederão aos cursos de sua eleição.

De manhã:
- Biologia - Geologia,
- MACS (Matemática Aplicada às Ciências Sociais),
- História B.
De tarde, as línguas:
- Espanhol,
- Alemão,
- Inglês,
- Francês.

Na quinta-feira, Desenho A, Economia A e novamente as Línguas.

Na sexta, dia que se prevê muito quente, terão lugar os exames de Física e Química A e Geografia. Na segunda seguinte, Geometria Descritiva A e Latim A (quem é que ainda faz este exame? Corajosos!).

Na terça-feira, a encerrar a época, é a vez da Matemática A e B, da História B e da Literatura Portuguesa.

Os critérios de correcção de todos estes exames vão depois sendo publicados ao fim da tarde no sítio do GAVE.

A época começou com o Português e termina com o exame nacional de Matemática. Os dois exames que mais discussão trazem todos os anos. O de Português já está. Vamos agora vendo o que acontece nos restantes.

Ana Soares

A Corujinha - livros sem palavras

Os livros da Corujinha, são assim que cá em casa são conhecidas estas aventuras de Andy Runton (Top Shelf Productions). Quando trouxe para casa um destes livros, emprestado por uma colega, comecei por achar que estas leituras (só de imagens, pois a banda desenhada quase não tem texto) não iam resultar. Os livros têm cento e muitas páginas e eles ainda são pequenos. Talvez com miúdos mais crescidos, até adolescentes ou adultos com gosto pelas imagens. Enganei-me. O facto das imagens por si só narrarem a história não só prendeu os miúdos como também agradou aos graúdos cá de casa. A dada altura era eu que pedia para fazermos um intervalo. E foi assim que, depois de comprarmos os nosso próprios exemplares na King Pin , passámos a ter mais frequentemente uma Corujinha a passear cá por casa.

Foi a colega Alexandra Lopes que me sugeriu que a "Corujinha" aparecesse no Educar em Português, não sabendo que eu já conhecia a colecção. Resumia ela, no mail que me mandou: "O protagonista é uma coruja solitária de bom coração. No primeiro livro, conhece aquela que será a sua companheira nos outros – a minhoca. Um dos aspectos que me atraem para estas bandas desenhadas é o facto de quase não haver palavras. Qualquer criança pode ver a história e emocionar-se com as personagens. Outro aspecto de realce é o facto de todas as histórias abordarem o tema da amizade, da dádiva de si, do amor aos outros. Parece-me evidente a intenção simbólica na selecção das personagens. A coruja, símbolo da sabedoria, faz amizade com a minhoca que, no mundo real, faz parte da sua alimentação. Agora, aquele que, em aparência, seria o inimigo, é o salvador, o amigo. Daqui até tirarmos ilações para o mundo moderno e a necessidade de vermos para além das aparências... é um passo. Se pensarmos em termos morais, as crianças que lerem estas histórias estarão, de forma subconsciente, a assimilar valores de tolerância, confiança, solidariedade... Enfim, a lista é exaustiva. Que melhor livro para lhes colocarmos nas mãos? "

O primeiro volume tem como título The Way Home & The Bittersweet Summer e o segundo Just a Little Blue. Bem sei que não é um livro português... ainda assim, o Educar em Português não deixa de recomendar a colecção por isso.

Podemos ver excertos aqui e aqui.

Consultem, vale mesmo a pena!

Ana Soares

terça-feira, 16 de junho de 2009

Comentário aos critérios de classificação do Exame Nacional de Português

Agora sim, com os critérios de classificação, que entretanto já estão no sítio do Gave,vou comentar a prova que convidou os alunos a falar sobre a Liberdade.


O texto e perguntas são, efectivamente, acessíveis. Apenas uma ambiguidade no grupo I, para os alunos mais distraídos. Na pergunta 3, "Apresente dois dos traços caracterizadores de Beresford, ilustrando cada um deles com uma citação do texto", alguns alunos ficaram com dúvidas quanto ao número de exemplos a apresentar: 2 ou 4. No grupo II, apenas as ambiguidades dependentes da capacidade de interpretação do texto, mas sem as polémicas de outros anos.


Agora quanto aos critérios de classificação, creio que, este ano, eles se afiguram mais rigorosos e mais justos. Começando pela justiça, são propostos mais do que os três níveis de desempenho do ano passado, aspecto que muito dificultou a classificação de algumas perguntas em 2008. Quanto ao rigor, de uma maneira geral, é alto. O nível de desempenho mais elevado, aquele que dá direito à totalidade da cotação, é muito exigente. Por isso, alunos, cuidado com as vossas expectativas.


Queria ainda comentar o exercício B, do grupo I. Aqui a minha questão é a de sempre: a dificuldade em fazer um bom comentário, "com pertinência", "rigor" e com exemplos em apenas 8 a 12 linhas.

Último aspecto, na exercício de correspondência, este ano são só três patamares.


Bom... só me resta acrescentar que este exame daria para um excelente trabalho em Análise Crítica do Discurso que, para que não sabe, é a área da linguística que estuda a relação de poder subjacente ao discurso.
Agora, alunos, toca a estudar para os próximos exames.

Os resultados saem a 7 de Julho.
(Os alunos que faltaram talvez não tenham tanta sorte na segunda fase...)

Ana Soares

Critérios de correcção do Exame Nacional de Português

Para alunos, pais e outros interessados estarão em breve disponíveis, no sítio do GAVE, os critérios de correcção e classificação do Exame Nacional de Português 2009, código 639.
Também a App, Associação de Professores de Português, já comentou, positivamente, o referido exame.
Quanto a mim, não esperava que saísse Felizmente Há Luar!, o texto mais acessível do programa do 12º ano. Mas talvez tenha sido ingenuidade minha, dado que o ano passado, com Camões e um questionário que não era especialmente acessível, e questões de funcionamento da língua discutíveis, a disciplina de Português e respectivo exame obtiveram os piores resultados dos últimos 12 anos. Estou em crer que este ano o panorama será mais animador.
Pessoalmente, se já estava de consciência tranquila por ter dado o meu melhor ao longo do ano, fico agora também descansada ao confirmar que, como um aluno me dizia hoje de manhã, os meus testes e respectivas perguntas foram uma boa oportunidade de treino para aquilo que aconteceu hoje.Resta esperar pelos resultados, daqui a uns longos dias, e que os inevitáveis disparates não tenham sido muitos!
Ana Soares

Nem de propósito e ainda sobre as crianças...

"Mais três crianças morreram e ainda não chegámos ao Verão. Alguém sabe quantas crianças ficam em casa entregues aos cuidados dos irmãos menores enquanto os pais vão trabalhar?
Pois, pouco se sabe sobre os cuidados parentais prestados às crianças. A quem ficam entregues durante o dia, e a fazer o quê? Mas a razão porque todos os anos morrem crianças em incêndios domésticos é tão simples como isto. Estão em casa sozinhas. Não se pense que foi por uns breves instantes.
No Luxemburgo o abono de família é superior a 500 euros por mês. É certo que o custo de vida no Luxemburgo é bastante maior que em Portugal mas faz pensar que se trata de um país que protege os menores e lhes dá condições. O Estado tem uma responsabilidade.
Todo o dinheiro investido na primeira infância é bem gasto porque os três primeiros anos são os mais importantes. Dotar o país de creches do Estado é moroso e um pouco contra a corrente liberal actual, mas investir em serviços de amas e creches familiares talvez não fosse dinheiro mal empregue. Sendo assim, em todas os casos em que os pais não podem pagar um infantário ou creche o Estado devia prover esse serviço. O Estado podia igualmente começar por ter estatísticas sobre a situação das crianças menores de três anos. Onde estão, com quem estão e a fazer o quê.
Os cuidados parentais envolvem quatro tipos de acções parentais. Os cuidados primários dizem respeito à satisfação das necessidades da criança, assegurando o seu bem-estar, incluindo alimentação, limpeza e segurança. Quanto aos cuidados sociais, relações calorosas, afectuosas, sensíveis e adequadas ao momento e idade da criança têm uma influência positiva sobre o desenvolvimento social e intelectual da criança. Os cuidados didácticos implicam proporcionar oportunidades para as crianças observarem, imitarem e aprenderem, alertar e estimular os filhos. Finalmente existe a imposição de limites e regras e respeito pela autoridade. Situações em que as crianças ficam sistematicamente em casa ao cuidado umas das outras não cumprem aquilo que é básico."
António Pazo Pires, docente universitário ISPA / Psicoterapeuta

Javier Urra: os segredos que pais e filhos escondem

Enquanto espero pelas sugestões de correcção do exame de Português (pela APP) e pelos critérios de classificação (do GAVE), dou uma volta pelos jornais e aqui fica o convite para ler sobre os segredos que os pais e filhos escondem uns aos outros. Um trabalho da Bárbara, a propósito do último livro de Javier Urra, O que ocultam os filhos, o que escondem os pais. On-line só tenho acesso à primeira página do artigo que apresenta o original projecto. Li e gostei. Quando for à rua, vou comprar a versão em papel para ver a segunda página, segundo a Bárbara mais gira porque é uma infografia com os segredos dos pais e dos filhos, os principais erros e receitas!

Ana Soares

Exame Nacional de Português - 12º ano - 2009

Já está. O exame já acabou. Saiu Felizmente Há Luar! No novo modelo de exame, código 639, nunca tinha saído. Depois do ano anterior, com Os Lusíadas e umas perguntas muito enroladas, este é um exame que não parece ter criado muitas dificuldades aos alunos. No entanto, até ver os critérios de correcção do exame e as próprias respostas dos alunos, vou ter ainda alguns nervos. Depois avizinham-se longos dias de retiro a corrigir exames, com o terrível peso da responsabilidade que decorre do facto de saber que todas as décimas são importantes e podem afectar o futuro daqueles jovens anónimos de quem só conheci a letra.
Ana Soares

Exame Nacional de Português - 12º ano

Começou hoje a época de exames, com o exame de Português. Como este ano não sou coadjuvante, não estou "lá" dentro, no secretariado de exames. Por isso não sei o que saiu... Estou, como os pais e amigos, ansiosa. Desejo que o exame seja justo. Nem fácil, nem difícil. Simplesmente adequado ao programa e ao trabalho que realizámos.
Fui ver os meus alunos antes de entrarem. Últimos conselhos. Os mesmos de sempre: ler o enunciado até ao fim, não excluir alíneas nas escolhas múltiplas sem ler todas, não ter as habituais preocupações com o tempo, pois esse, hoje, comparado com os 90 minutos habituais, certamente que será suficiente. Eles estavam iguais a eles próprios. Uns nervosos. Outros nem por isso: "Nunca fico nervoso. Encaro isto com naturalidade. Além disso, os seus testes este ano foram com a estrutura do exame . Treinou-nos para isto.". Pois é... ainda assim, eu própria estou nervosa... Daqui a duas horas já todos saberemos o que saiu e conheceremos os critérios de correcção.
Até já.
Ana Soares

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Férias dos miúdos

Não me parece de bom tom comentar um artigo escrito por mim (e neste caso co-assinado pela Helena Melo), mas depois de ler os comentários quer noutros blogues, como na caixa de comentários do PÚBLICO on line, não resisto!
Há professores que acreditam que todas as notícias que digam respeito às crianças é para atribuir-lhes as culpas! Por isso, reagem de imediato: a culpa é dos pais! E lançam as farpas: não querem ir para a praia com os meninos, deixam-nos na creche para ir para a praia. E no nosso tempo é que era bom, tinhamos os avós, a terra e os carrinhos de rolamentos, pobres crianças as de hoje...
Eu também tinha quatro meses de férias e avós, férias na praia, depois no campo com vindimas e apanha da fruta à mistura, e no estrangeiro. Hoje não consigo oferecer o mesmo aos meus filhos - os avós trabalham, os que não o fazem têm outros netos para cuidar. Por isso, pai e mãe desdobram-se para poder oferecer 50 e poucos dias de férias com pais e o resto do tempo serão actividades, daquelas que propomos aos leitores do PÚBLICO.
E não há culpas a atribuir aos professores mas à sociedade, aos governos e aos patrões que não pensam nunca na renovação das gerações e do que é preciso para que estas cresçam fortes e saudáveis!
BW

Jogar faz mal à saúde física e mental!

Acontece nos EUA, mas também deve acontecer por cá: há quem fique lesionado por jogar muitas horas com a Wii. Dores musculares ou mesmo ossos deslocados podem ser o resultado de muitas horas a repetir os mesmos movimentos, frente ao écrã. Imaginem quando for com a Xbox360!
Não sei o que é melhor, se ficar lesionado física se mentalmente, como conta hoje o Diário de Notícias : um estudo com 11 adolescentes que jogam o Counter-Strike, um jogo de acção, online, com milhões de adeptos pelo mundo. O estudo vale o que vale com apenas 11 inquiridos... Mas a verdade é que eles confessam que têm dificuldade em gerir as frustrações quando perdem e admitem que ficam mais agressivos depois de jogarem. Há miúdos que estão mais de três horas aos tiros virtuais. O jogo já foi proibido no Brasil e na Alemanha também já se pensa na sua proibição.
BW

José Saramago num filme da animação

Não são recentes, nem o livro, nem o filme. Foi o próprio Saramago que trouxe A Maior Flor do Mundo de novo à blogosfera, no seu blogue.

E eu não resisto a falar-vos de ambos. Texto e imagens vivem de uma simplicidade que anda de mãos dadas com a profundidade, como é habitual no estilo de Saramago. Esta combinação, com um texto que é para crianças, talvez a partir dos 5 anos, é fantástica.
Não consegui colocar aqui uma versão em português, mas deixo o link (e, por favor, não deixem de clicar e ouvir ver o próprio Saramago, em plasticina, assim me parece, contar-vos esta história). Eu adorei. O meu filho também.
É, de facto, sublime. Texto, imagem e música criando verdadeiros momentos de magia.

Não escrevo mais nada. Por favor cliquem na versão portuguesa!

http://flocos.tv/curta/a-flor-mais-grande-do-mundo/

Para os que forem a fugir do clique, aqui fica uma outra versão.


Sugestão de Leitura sobre A Maior Flor do Mundo
Deixo ainda aqui o link para um estudo sobre o texto de Saramago, para os os potenciais interessados. É um artigo que surge no âmbito do projecto de investigação "Literacia crítica: o papel do texto na educação básica", desenvolvido no Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho.

Ana Soares

domingo, 14 de junho de 2009

Exames nacionais

A época de exames começa esta semana.
Muitos nervos para alunos, pais e professores.
Ora é também o nosso trabalho que aqui está em questão. E, para além disso, se, por um lado, o empenho e estudo dos alunos pode condicionar resultados, por outro, não é menos verdade que o grau de dificuldade e tipo de questões dos exames pode condicionar fortemente a prestação dos alunos.

Aqui fica o convite para visitar um blogue sobre estas duas semanas na vida dos estudantes: Nota Final.

Ana Soares

sábado, 13 de junho de 2009

Sítio dos Pais - trabalhos de casa

O sítio da DGIDC (mais uma sigla, é verdade...Esta quer dizer Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular), na secção subordinada à Língua Portuguesa, apresenta um espaço para os pais. Chama-se o sítio dos pais e apresenta pequenas ideias como a que aqui reproduzimos:

Quando fazem os trabalhos de casa, os filhos deveriam ouvir frases como estas:«Experimenta!»«Vamos experimentar.»«Tenta de novo»! «Vamos tentar.»«Já leste até ao fim?»«Vamos ler.».

Apesar de ser uma boa ideia, temos de reconhecer que este espaço não é especialmente claro nem apelativo do ponto de vista gráfico. Também não parece ser um sítio muito frequentado, pois na secção das dúvidas só existem perguntas para as letras A e P, mais exactamente uma para cada uma destas letras.

Ainda assim, vale a pena passar por lá e descobrir mais sítios interessantes por onde pais e filhos possam navegar juntos.

Ana Soares

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O cartão de cidadão

Quando era pequena, gostava de sair com a minha avó e ver toda a gente cumprimentá-la: "Como está, minha senhora?". A minha avó ía dia sim, dia não, ao cabeleireiro. A modista ía lá a casa todas as semanas. Às vezes, ía à mercearia, sentava-se, entregava a lista, esperava que a aviassem e levassem as compras a casa. Adorava pegar nos netos, ir de táxi ao Chiado, ao Jerónimo Martins (onde hoje é a Zara) e dar ordens. "É aquele vestido para esta menina, aqueles calções para o menino. E pode trazer mais duas saias iguais, para as mais pequenas, se faz favor". De repente, estavam mais de duas empregadas a atendê-la e todo o andar da roupa para criança num virote. A minha avó era uma "senhora dona" e era tratada com todas as mordomias.
Há dias, fui fazer o cartão de cidadão e lembrei-me da minha avó. "A sua morada, não sabe a sua morada?"; perguntava aos gritos a funcionária do registo a um velho, de fato de treino. "Vota na mesma freguesia?", falava abrindo muito as vogais, a um cabo-verdiano. "Então? Tem que olhar para a máquina, não pode baixar os olhos!", exasperava-se com uma mulher, natural de Angola. Chegou a minha vez, estava enervadissima com todos aqueles gritos. Não olhei para a objectiva, enganei-me a assinar, pressionei demasiado os indicadores contra a máquina. A funcionária foi compreensiva, sorriu-me, falou em voz baixa e voltamos a repetir todo o processo, só faltou tratar-me por "senhora dona". Em 30 anos, as coisas não mudaram assim tanto, pensei, lamentando que nem todos fossem tratados com o mesmo profissionalismo.


BW


PS: E eu não sou uma sombra da minha avó...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Avanços e recuos na vida de uma terminologia

História da Tlebs para os mais curiosos...
Publicada no dia 24 de Dezembro, a já referida prenda de Natal envenenada, a portaria n.º 1488/2004, fixou a nova terminologia linguística (TLEBS — Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário) destinada "a constituir referência para as práticas pedagógicas dos professores de Língua Portuguesa e de Português".
Um ano depois, uma nova portaria (n.º 1147/2005, de 8 de Novembro) reconheceu as dificuldades de implementação e de utilização plena dessa mesma terminologia, consequência, digo eu, da sua precipitada entrada em vigor. Por isso, a experiência pedagógica da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS), deveria ser adoptada, relativamente ao ensino básico, a partir do ano lectivo de 2005-2006.
No entanto, três anos depois, foi outra portaria, a portaria n.º 476/2007, de 18 de Abril, que determinou que, até Janeiro de 2009, a DGIDC devia proceder à revisão dos programas das disciplinas de Língua Portuguesa dos 5.º, 6.', 7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade e que os programas revistos e homologados entrariam em vigor no ano lectivo de 2010 / 2011. Assim vai acontecer! Estes programas foram mesmo homologados este ano e no próximo ano vão já ser "testados" num pequeno grupo de escolas. Depois, em 2010, todos os alunos do 1º ao 9º ano vão conhecer estes novos programas de Língua Portuguesa.


Ana Soares

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A nova gramática - da Tlebs ao DT

A Tlebs deu origem ao DT (Dicionário Terminológico), disponível na forma de plataforma on-line, de fácil e rápida consulta. Não é para os alunos. É um instrumento de consulta para docentes, e eventualmente pais e educadores interessados na matéria.
Esta é a nova bíblia da gramática (ou conhecimento explícito da língua, como agora é denominda esta área). É esta a nomenclatura dos novos programas de Língua Portuguesa que entram em vigor em 2010, para os alunos do 1º ao 9º ano. Quem já começou a aprender/ensinar de outra forma, terá, entretanto, de se adaptar.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Informações sobre os exames nacionais

O sítio do Gave deve ser, por estes dias, dos mais visitados pelos alunos do 9º, 11º e 12º anos, ou seja, os alunos que vão fazer os exames nacionais a partir da próxima semana. É neste sítio onde, para além de se poderem consultar os exames de outros anos e respectivas soluções, se encontram ainda informações várias quanto, por exemplo, a datas, material autorizado, dicas e conselhos vários.

No intervalo do estudo, vale a pena passar por lá.

Camões e os Os Lusíadas para todos

A obra Os Lusíadas é, de facto, um marco incontornável não apenas da nossa história da literatura mas da nossa própria História, pelo que todos, dos graúdos aos mais pequenos, devem poder a ela aceder. Reconhecendo a dificuldade formal da obra, existem no mercado adaptações várias que se adequam a públicos de diferentes idades.

Para os mais pequenos, entre os 5 e os 8 anos, temos, por exemplo, a excelente e divertida adaptação de Alexandre Honrado, com ilustrações de Maria João Lopes, das edições Ambar. Estes "Os Lusíadas" para os mais pequenos introduzem os mais jovens nas maravilhosas aventuras do povo português aqui exaltadas:

"Camões, poeta: com um olho tapado e o seu maior poema na mão. Salvou-o das águas, quando naufragou (...). O seu maior poema chama-se "Os Lusíadas" - a história dos portugueses (...)".







Para os alunos do 3º ciclo, sugerimos Era uma Vez um Rei que Teve um Sonho: Os Lusíadas Contado às Crianças de Leonoreta Leitão, Dinalivro.



Este, parte do Plano Nacional de Leitura, e com um registo acessível, conta de forma mais sequencial os pricipais momentos da obra original.











Depois existe ainda a versão adaptada por João de Barros: Os Lusíadas Contados às Crianças e Lembrados ao Povo.


Esta é, geralmente, a adoptada pelas escolas para leitura extensiva no 8º ano. No entanto, deixamos esta versão como uma sugestão a todos aqueles que se queiram aproximar pela primeira vez da obra, pelo rigor, fidelidade ao original, mas, simultaneamente, simplicidade.


Na edição mais recente, surge com as fantásticas ilustrações de André Letria. Mais um motivo para querermos este livro nas nossas casas!




Para os professores ou apaixonados por literatura temos ainda a obra da professora Vitalina Leal de Matos, Tópicos para a Leitura de Os Lusíadas. No meu caso, uma boa maneira de relembrar os tempos da licenciatura e a cadeira de Introdução aos Estudos Literários da Faculdade de Letras.











Por último, e a pensar nos cibernautas, o texto está também disponível aqui.

Ana Soares

segunda-feira, 8 de junho de 2009

TLEBS

A gramática que os nossos alunos e filhos aprendem na escola.

Para professores, pais e educadores em geral, o termo TLEBS (Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário) é quase sinónimo de tensão e discussão, desconhecendo, no entanto, a maior parte dos opinantes, que as terminologias não nasceram em 2004, momento a partir do qual se iniciaram longas querelas e debates, por entendidos e menos entendidos, acerca do assunto.

Já em 1967, a Portaria 22 664 de 28 Abril deu formalmente a conhecer uma terminologia que se apresentou como original e revolucionária. Também esta velha Tlebs suscitou discussão e várias versões , para além de um período experimental de adopção. Até aqui tudo semelhante ao que aconteceu com aTlebs de 2004. O que não terá, eventualmente, acontecido foi a mesma ter sido alvo de tantos avanços e recuos.

Mas relembremos outros pormenores deste nascimento conturbado e precoce. O processo de revisão curricular do Ensino Secundário teve início em 1997. Os novos programas deviam avançar em 2004/05, mas alguns programas foram homologados antes. Foi o caso do programas de Português. Nestes, anacronicamente (em 2001/02), a terminologia adoptada é a da Tlebs, que, todavia, só nasce três anos depois, em Dezembro de 2004, a 24 de Dezembro (portaria 1488/2004. de 24 de Dezembro), ao jeito de prenda de Natal para professores e alunos.

Também reconheço que a nomenclatura de 1967, revogada em 2004, deixara já de “constituir uma referência produtiva”. Escolas, professores e manuais orientavam-se por uma tradição quase anónima e pelos manuais, surgindo assim a inquestionável necessidade de uma revisão. O que não era preciso era um processo tão complicado, com tantos avanços e recuos, oscilações e dúvidas que lançaram as escolas, professores, alunos e editores numa confusão da qual, só agora, em 2009, todos começamos a sair.

Ana Soares