sábado, 18 de abril de 2009

Consenso partidário

Na quinta-feira esteve em Lisboa a ex-secretária de Estado da Educação do Governo Bush. Em entrevista ao PÚBLICO (hoje, na edição impressa), Margaret Spellings fala da reforma do sistema educativo que começou em 2001. Chama-se No Child Left Behind e o objectivo é que todas as crianças frequentem o ano escolar adequado à idade que têm.
A lei foi discutida, discutida e acabou por ser aprovada por Democratas e Republicanos. Houve consenso em torno de um problema flagrante - o estado da educação nos EUA - e os partidos uniram-se. Era bom que em Portugal se fizessem pactos em torno de questões essenciais como a Educação, a Saúde e a Justiça. Se assim fosse, professores e alunos não se queixariam, de quatro em quatro anos, com as novas reformas e mudanças impostas por cada novo ministro da Educação. Se houvesse maior consenso provavelmente os resultados académicos dos estudantes portugueses seriam melhores.

BW


PS1: O princípio da lei dos EUA é bom, o modo como se chega a ele é que pode ser mais polémico: há exames anuais para todos os anos; as escolas públicas que não conseguem atingir os objectivos deixam de ser financiadas ou podem mesmo fechar. Os sindicatos dos professores norte-americanos continuam a criticar a lei.

PS2: Spellings foi o único membro do gabinete de Bush que aceitou ser entrevistada por Jon Stewart.



The Daily Show With Jon StewartM - Th 11p / 10c
Margaret Spellings
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Mas não só!


The Colbert ReportMon - Thurs 11:30pm / 10:30c
Margaret Spellings
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1 comentário:

  1. Duas notas breves.
    1 - A excessiva "partidarização" e politização (no sentido pequenino do termo) das grandes áreas de funcionamento das comunidades, educação, saúde e segurança, por exemplo, impedem o "consenso" que a situação grave do nosso sistema educadivo de há muito exige
    2 - O equívoco da liberdade de educação e do cheque educação. Conhecendo a nossa realidade, sabemos que, dificilmente, muitas escolas privadas, acederão a receber determinado tipo de alunos, mesmo que as famílias tenham um cheque estatal que suporte a mensalidade. A questão é mesmo rigor, exigência e qualidade na escola pública, aí não podemos falhar.

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