"Eu era uma mãe em luta; agora sou uma mãe em luto..."
Ana Granja
Não há uma palavra que descreva o que é um pai ou uma mãe que perde um filho. Existe para os casais, viúvos; para os filhos, órfãos; mas não para os pais talvez porque parece sempre improvável que sobrevivamos aos nossos filhos. No entanto, há pais que sofrem a morte dos seus filhos. Foi o que aconteceu a Ana Granja, professora de Filosofia e Psicologia, que escreveu o livro Sem ti, Inês, publicado agora pela Caderno.
Em 150 páginas, Ana Granja descreve de uma maneira muito sóbria e quase objectiva o luto. Não há espaço para lamechices, para curiosidades mórbidas, sabemos logo de início que Inês, uma adolescente de 15 anos morre de anorexia e não entramos demasiado na vida de uma família que terá lutado imenso contra aquela doença tantas vezes incompreendida. Há só espaço para compreendermos a dor de uma mãe que procura conforto nas palavras dos filósofos, dos poetas, dos compositores, dos psicólogos, em tudo o que possa ajudá-la a sobreviver sem a filha, menos em Deus porque não acredita.
Depois de lido fiquei com a certeza que é um livro que poderá ajudar muitos pais em luto, aliás, é esse o fim último a que Ana Granja se propõe. A autora está agora a fazer uma tese de doutoramento sobre as consequências do luto nos alunos do ensino secundário.
BW
Inteligência, sabedoria, emoção, afecto.
ResponderEliminarUm amor infinito, uma dor infinita.
Direito ao luto, sem tempo, sem pressa.
O Pedro, a Ana, a Inês e a Matilde serão sempre quatro.
Tanta era a felicidade desta família que os deuses ficaram invejosos e resolveram vingar-se. Apesar da dor, da saudade (que "é o inferno dos que perderam"), a Ana, o Pedro, a Inês e a Matilde serão sempre quatro!
ResponderEliminarJá tinha ouvido falar da Ana de forma muito elogiosa... não a conheço pessoalmente mas fiquei a admirá-la muito despois de ler o seu livro.
ResponderEliminarA Ana, o Pedro, a Inês e a Matilde serão sempre quatro! Uma família muito unida!
Um forte abraço para esta mulher de coragem
Não é pela razão ou pela psicologia académica que podemos "entender" a morte de um filho, mas sim pela Psiquê que significa "Estudo da Alma"
ResponderEliminarQue o amor da Unicidade possa ser plataforma de consolo para a Ana Granja e sua familia.
madel.holos@gmail.com
Era sábado á tarde estava eu a escolher um livro para ler quando peguei neste livro e foi imediato, arrepiei-me dos pés á cabeça e senti uma energia e uma vontade inexplicável de o levar comigo....Levei, li e adorei.....
ResponderEliminarNo Comments.
Hoje ao ver esta grande pessoa e professora que é Ana Granja, minha antiga professora de Filosofia e Psicologia, arrepiei-me por me relembrar da dor nunca esquecida, vista naquela pessoa que acabava de perder a sua filha !
ResponderEliminarSe há professora que me marcou foi ela, por tudo o que é e por tudo o que conseguia transmitir aos seus alunos, espero que um dia consiga voltar a dar aulas !
Obrigada à Ana. Em comum os nossos filhos tinham a idade e ambos escreveram na composição do exame de 9º. ano um texto dedicado a uma pessoa que admiravam, a mãe. O meu filho com 17 anos partiu de repente em Março, a praticar basquetebol, que tanto gostava, na escola com os amigos, o seu bem mais precioso. Sem ele a vida ficou mutilada, mas tanbém eu tenho outra filha e por ela e por auilo que ele mais apreciava em mim, «uma mãe em luta», vou continuar a viver. Ainda não sou capaz, mas decidi que quero muito mais celbrar a sua vida feliz e tudo aquilo que nos proporcionou, do que chorar. Por enquanto quero lembrar-me sempre de quando me dizia «NÃO STRESSES MÃE, SOU UM PUTO FELIZ». A ti João Pedro, todo o nosso amor.
ResponderEliminarPaula
Horacio Alves
ResponderEliminarPERDI O MEU MAIOR TESOURO. O MEU MENINO.
TIAGO ALVES SEU NOME, FALECEU NO IPO LISBOA,
O TIAGO ANTES DE FALECER DEIXOU UM BLOG.
IPPONFORLIFE-TIAGOALVES, ONDE COM IMENSA CORAGEM PASSA UMA MENSAGEM IMPAR.
É TUDO LINDO............
SÓ A NOSSA DOR NÃO PASSA NUNCA, NÃO SABEMOS POR ONDE ANDAMOS, NÃO SABEMOS ONDE VAMOS, NÃO SABEMOS PARA QUE CÁ FICÁMOS.
NÃO CONSIGO LIDAR COM ESTA DOR, ESTOU A ASFIXIAR CADA DIA QUE PASSA.
samalmipb@sapo.pt
Que a força e coragem do Tiago permaneça em vós.
ResponderEliminarde uma mãe que perdeu um filho...
ResponderEliminarterei de ler o livro, pode ser que me ajude a enfrentar os meus demónios.
Ao menos ler isto levou-me a criar um blog.
e a perceber que existe mães que me conseguem sentir.
Adoro-te filhote
Sou uma mãe que também perdeu um filho,há 18 meses ,com 25 anos num acidente de viação,continuo a perguntar : porquê?porquê?
ResponderEliminarTenho outro ,mas não preenche o vazio e saudade que tenho do meu filho,que nos deixou mutilados para sempre,uma vida oca ,sem objectivos.
Sei que ele não gostaria de ver e saber que estou tão amargurada ,tento tudo para conseguir vencer esta minha caminhada .
Vou comprar esse livro para me ajudar
Não conhecia muito bem a Inês, mas andamos na mesma escola ( Paranhos )ainda me lembro do rosto dela e do sorriso dela :x
ResponderEliminarquando soubemos do que aconteceu , toda a escola chorou ,os funcionários, os alunos os professores. Todos sentimos que devíamos ter feito algo.
Sei que estas num lugar melhor , a tua família adora-te e tens uma mãe com imensa coragem e força que fez um livro sobre ti e para ti , para sermos tocados pela tua história.
descansa em paz querida Inês.
Maria.
Sou uma mãe que enfrenta esta doença a quase 5 anos. Minha filha começou apresentar sinais com
ResponderEliminar9 anos. Hoje tem 13 anos, é uma luta, e cada dia uma vitória.Fui até a livraria já por duas vezes
com este comovente livro, sai de lá aos prantos..
Deixo aqui o meu desejo de muita força a todos.
volta Inês... Volta!
ResponderEliminarSei que sou egoísta, chama-me o que quiseres...
(...)
Sei que não vais chamar nada. Vais pôr a mão no meu cabelo e pedir-me para não chorar.
Meu amor, tenho saudades tuas...
As flores já não cheiram a primavera. O Sol não derrete a neve. Onde está o sorriso que iluminava o meu dia?
"Hoje vai ser uma festa..."
Prometo, fazer de todos os dias... da vida... uma festa.
Tenho pena que vocês, mundo... Não a tenham conhecido! A vossa vida seria mais rica. Tal como a minha é hoje, por me ter cruzado (e durante um tempo caminhado lado a lado) com a Inês.
ResponderEliminarInfelizmente sei muito bem o que a Ana fala no seu livro, também perdi a minha menina "Claudia Sofia"(era muito inteligênte, adorava lêr e escrever,queria ser jornalista de investigação) em apenas dois meses e meio(em 21/07/2008), com um tumor "rabdssarcome"(o que é isto, ainda hoje não consigo perceber?, revejo no seu livro toda a verdade,também tenho o meu filho que por ele tenho que lutar pois tinha 11 aninhos quando se viu sem a sua ídolo como ele lhe chamava,embora muito mas muito difícil lá temos que ir indo.Muito se poderia dizer... Um beijinho grande
ResponderEliminarSilvia Duarte/Oliveira de Azemeis (sfpduarte@hotmail.com)
Já tenho este livro praticamente desde o dia em que foi lançado. Infelizmente, ainda não consegui terminar a leitura, mas estou decidido a fazer. Quando soube que ia ser publicado, a ânsia de o ter foi muita, mas a rotina (escola), não me deixa concluir a tão desejosa leitura . Contudo, no passado dia 4 durante a aula de português, foi proposto a leitura de um livro á escolha de cada um, que teria por fim, uma apresentação á turma. Pensei imediatamente, que está era a hipótese para terminar a leitura, e mostrar a alunos da minha idade, um caso verídico onde a anorexia é foco principal desta obra.
ResponderEliminarÁ mãe da Inês, só me resta desejar "Força".
gostei muito o que vc escreveu mas para melhor o seu site seria melhor colocar palavras em portugues com o significado de cada uma aumentaria a visita do seu site
ResponderEliminarperdi meu menino ha 13 meses..e um sofrimento que nunca mas nunca acaba...eu ja nao vivo,,,,sobrevivo.coragem aos pais em luto....
ResponderEliminarAcabei de receber este livro. Perdi o meu filho há 1 ano! Tinha 23 anos e desistiu de viver... não espero que o livro me tire a dor mas que me ajude a ter nova esperança.
ResponderEliminarQueria muito poder abracar essa mae que foi capaz de por no papel o "tamanho" da dor, esta dor terrivel e mutilante de se sobreviver a um filho.
ResponderEliminarPerdi a minha filha, minha amiga, melhor e unica amiga, ha nove meses e cada dia que passa "e mais verdade".
O livro sobre a Ines, ajudou-me sobremaneira a partilhar a minha dor e faz parte dos "tesouros" que ne ajudam a sobreviver todos os dias desde entao.
Obrigada Ana Granja, por ter sido capaz de o fazer