"Portugal surge ao lado de Espanha como o país que revela a maior diferença entre o salário de indivíduos com pais licenciados e o das pessoas cujos pais não completaram o ensino secundário. Por cada 100 euros que recebe o filho de pais com o secundário, o filho de um licenciado ganha 143 euros. Já o indivíduo com pais que não completaram o secundário recebe, em média, 76 euros, concluem os autores. A comparação baseia-se em dados de 2005 e tem em conta as diferenças entre os 14 países analisados.
"De acordo com este indicador, a persistência intergeracional é particularmente forte em alguns países do Sul da Europa e no Reino Unido, sendo menor nos países nórdicos, na Áustria, em França e na Grécia", escrevem os autores.
A escola explica parte do problema. Quando os pais não foram além do secundário, os filhos têm, em Portugal, maior probabilidade de não conseguirem melhores qualificações."
São as conclusões de um estudo da OCDE que avalia o grau de mobilidade intergeracional, divulgado na edição impressa do DN.
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