Eles não vão à Biblioteca Nacional nem sequer à biblioteca da escola porque está tudo online, não sentem o cheiro dos livros antigos, não lêem a ortografia do século passado, nem descobrem os desenhos deixados pelo bicho do papel. Eles plagiam e nem sabem! É por isso que não devem ter computadores nos quartos, nem aceder à Internet sem estarmos ao seu lado. Só assim podem aprender a pesquisar e a compreender que, depois de encontrada a informação é preciso confirmá-la noutras fontes e reescrevê-la por palavras nossas (o que nem sempre é fácil, mas é possível!). E nós, com a idade deles, ainda no 2.º ciclo, também plagiavamos, não era a wikipedia, era a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.
BW
O maior problema é quando, ao plagiar, ninguém lhes explica que aquilo que estão a fazer não se pode, não se deve fazer. E vão-no fazendo à medida que crescem, não tendo consciência desse procedimento e, mais tarde, quiçá no ensino superior, alguém os chama a atenção e eles não entendem. Genuinamente, sinceramente, não conseguem entender. Porque, afinal, sempre o fizerem e, até certo ponto, foi essa a metodologia utilizada na elaboração de muitos trabalhos que realizaram. Este para mim é o maior problema: permitirmos que estas crianças e adolescentes se tornem jovens adultos sem terem consciência daquilo que fazem.
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