terça-feira, 1 de junho de 2010

Idade pediátrica até aos 18 anos

A última vez que fui ao pediatra com o mais velho, metade da consulta fiquei na sala de espera. Havia coisas que o menino queria falar com o pediatra e a relação com o médico deve ser como com o padre, de confidencialidade, mesmo quando se tem 12 anos, 10 ou menos ainda, pensei, sentada na sala... Hoje a ministra da Saúde anunciou que a idade pediátrica mudará, gradualmente, dos 14/15 para os 18 anos.
Não é de estranhar, já sabemos que se é adolescente até mais tarde, logo, que se é jovem até aos 35 ou 40 (uma ideia de que gosto!), que iremos trabalhar até mais tarde (com esta já simpatizo menos...), etc, etc.
Com o alargamento da escolaridade obrigatória para os 18 anos ou 12 de escolaridade faz sentido que em termos de saúde também se faça o mesmo movimento, apesar dos mais críticos acharem que se está a infantilizar os adolescentes, eu por mim, gosto de pensar que se as minhas crias de 18 anos precisarem de ser internadas poderão estar ao lado de outras crianças e não numa enfermaria cheia de idosos. Até eu quererei ir para essa enfermaria, sff!
BW

3 comentários:

  1. Em que é que isto se aplica? Nas urgências pediátricas dos hospitais! É que os Centros de Saúde não têm pediatras! Acho que o ministério da saúde deveria pensar em colocar pediatras em vez de médicos de clínica geral a observar a saúde das nossas crianças. Na prática o que temos é um médico dos 0 aos 100 anos.

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  2. Fiquei agora a saber que só há pediatras para os ricos... Ou seja, que as especialidades não estão no centro de saúde já sabia mas como a minha médica de família é também pediatra e no centro de saúde há um piso só vocacionado para as crianças, com azulejos com bonecos e tudo (!), pensei que todos os médicos daquele piso fossem pediatras, afinal são clínicos gerais... Vivemos no nosso mundinho e achamos que todos são como nós...Pois bem, a medida ontem anunciada destina-se ao atendimento e internamento em hospital. BW

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  3. Não quer dizer que seja só para os ricos, mas para aqueles que como eu também não são pobres e acham que a saúde das crianças é um bom investimento é uma questão de prioridades. Ainda fui a algumas consultas ao Centro de saúde com o meu primeiro filho...desisti. Só lamento que outros não o possam fazer, nós temos sorte!

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