segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cortes na cultura

Não me escandalizam os cortes no cinema português, preocupa-me que 45 pessoas tenham ficado sem trabalho no caso do filme de João Canijo, mas, por outro lado, irrita-me pensar que o Estado financia filmes, sejam de quem for, que ninguém vê; quem vê, vê com um encolher de ombros, como um favor que fez a um amigo, o cineasta, o argumentatista, o montador, o produtor (Portugal é pequenino...).
Filmes que não têm audiências, nem prémios são investimentos falhados e foi uma pena chegar a crise para decidir cortar com esses custos. Se se tivesse tido coragem de o fazer há mais tempo, certamente não se teria que cortar em coisas mais importantes do que o inexistente cinema português.
Já me choca que o Museu de Serralves feche, actualmente, às 17h00 para poupar custos, choca-me que num país com o sol e os dias compridos, os portugueses não aproveitem para, depois do trabalho ir a museu, sentarem-se no jardim, verem uma exposição. Por mim, que estou em Lisboa, o museu de Serralves devia estar aberto a partir da 17h. Como os museus da capital. É uma questão de hábito. Afinal, as aulas nunca terminam antes das 16h e os trabalhos normais prolongam-se até às 18h. Que tal criar umas tardes de família, aos dias de semana, depois das 17h? Certamente que já alguém pensou nisto...
BW

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