Assisto à transmissão das cerimónias que decorrem em Lisboa.
Faço zapping e na Tvi ouço o Padre Carreira das Neves falar com emoção e respeito de Saramago.
Na RTP, leio em rodapé que o jornal do Vaticano descreve Saramago como "populista", "extremista e anti-religioso". Falta o contexto, é verdade. Mas só assim, num dia em que os portugueses e o mundo se despedem do escritor, entristece-me a falta de capacidade de destacar o profundo humanista que José Saramago foi e será para sempre.
"Se toda a gente fizesse o que pode o mundo estaria,
com certeza, melhor. "
José Saramago, A Viagem do Elefante, Caminho, p.255
Ana Soares
E será que ser pedófilo não é pior do que esses cognomes todos: porque é que uma pessoa tem que ser religiosa, não tem que ser extremista por ser correctamente conivente com tudo o que se passa?
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