sexta-feira, 25 de junho de 2010

Agrupamentos à força!

É um triste fim de ano lectivo. Pelo menos, confuso e irritante para os professores das escolas públicas. De repente, têm todos de agrupar, de escolher novas direcções provisórias, de se juntar. Ficava caro ter tantos directores e tantas direcções? Uma pena o Ministério da Educação ter descoberto isso tão tarde. Mas, por outro lado, uma pena as direcções terem-se formado, traçado planos e projectos para agora deitar tudo para o lixo, para começar de novo e com que motivação?
Resultarão os mega-agrupamentos? Ou as escolas ficarão ainda mais isoladas? Como gerir os egos dos ex-directores e futuros directores? E a mão de ferro de alguns?
É caso para dizer como costuma referir a Fenprof: é o "ataque à escola pública"!
Mas que não se fique a pensar que a escola privada também não é atacada, há uma crise, lembram-se? Há pais a tirar os filhos das privadas e, provavelmente, a dormir pouco de noite quando lêem as notícias, quando vêem que a escola pública vai de mal a pior porque não basta ter escolas bonitinhas, com quadros interactivos e corredores imaculados, é preciso um corpo docente estável e motivado, duas coisas que os professores do ensino público não sabem o que é, há muito tempo...
BW

2 comentários:

  1. Sabes bem como concordo contigo, Barbara.
    As escolas às quais estão a ser comunicadas as alterações estão em total confusão, sem saber bem como vai ser...já em Setembro...

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  2. Maria Nazaré Oliveira29 de outubro de 2010 às 13:55

    Palavras sábias, as suas! A realidade assustadora criada por um ME que sistematicamente e pretensiosamente insiste no discurso da modernidade e da tecnologia nas escolas, esquecendo a desmotivação que continua a ver-se nas nossas escolas, apesar do esforço e excelente trabalho que muitos professores fazem...à custa de muitos sacrifícios.

    No meio disto tudo, o que cada vez mais me interessa (a mim e a milhares de colegas!)são os alunos e o trabalho que desenvolvo com eles, mas custa muito saber que a tutela faz de conta que nada disto sabe, tornando prioritário aquilo que de facto não é (e não é só na Educação!!!).

    Cumprimentos à BW e AS

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