A gramática que os nossos alunos e filhos aprendem na escola.
Para professores, pais e educadores em geral, o termo TLEBS (Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário) é quase sinónimo de tensão e discussão, desconhecendo, no entanto, a maior parte dos opinantes, que as terminologias não nasceram em 2004, momento a partir do qual se iniciaram longas querelas e debates, por entendidos e menos entendidos, acerca do assunto.
Para professores, pais e educadores em geral, o termo TLEBS (Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário) é quase sinónimo de tensão e discussão, desconhecendo, no entanto, a maior parte dos opinantes, que as terminologias não nasceram em 2004, momento a partir do qual se iniciaram longas querelas e debates, por entendidos e menos entendidos, acerca do assunto.
Já em 1967, a Portaria 22 664 de 28 Abril deu formalmente a conhecer uma terminologia que se apresentou como original e revolucionária. Também esta velha Tlebs suscitou discussão e várias versões , para além de um período experimental de adopção. Até aqui tudo semelhante ao que aconteceu com aTlebs de 2004. O que não terá, eventualmente, acontecido foi a mesma ter sido alvo de tantos avanços e recuos.
Mas relembremos outros pormenores deste nascimento conturbado e precoce. O processo de revisão curricular do Ensino Secundário teve início em 1997. Os novos programas deviam avançar em 2004/05, mas alguns programas foram homologados antes. Foi o caso do programas de Português. Nestes, anacronicamente (em 2001/02), a terminologia adoptada é a da Tlebs, que, todavia, só nasce três anos depois, em Dezembro de 2004, a 24 de Dezembro (portaria 1488/2004. de 24 de Dezembro), ao jeito de prenda de Natal para professores e alunos.
Também reconheço que a nomenclatura de 1967, revogada em 2004, deixara já de “constituir uma referência produtiva”. Escolas, professores e manuais orientavam-se por uma tradição quase anónima e pelos manuais, surgindo assim a inquestionável necessidade de uma revisão. O que não era preciso era um processo tão complicado, com tantos avanços e recuos, oscilações e dúvidas que lançaram as escolas, professores, alunos e editores numa confusão da qual, só agora, em 2009, todos começamos a sair.
Ana Soares
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