A dislexia é, ainda, um campo árido para os professores. Para além de pais, psicólogos e tantas outras coisas que se pedem que os professores sejam, não se nos pode pedir que sejamos terapeutas também! Bem sei que é nossa obrigação, nomeadamente dos professores do 1º ciclo e dos das línguas, estarmos atentos e irmos actualizando o nosso saber à medida que mais coisas se descobrem sobre esta "learning disability" (Associação Internacional de Dislexia, 2002). A sensibilidade do docente deve estar mais desperta e atenta, de forma a atempadamente se diagnosticarem as dificuldades e se poder intervir o mais cedo possível. Todavia, aquilo que podemos fazer não pode nunca substituir o que os técnicos, e esses sim, especilistas nesta área, podem fazer. Este é um trabalho no qual o professor é apenas um elo. Um elo importante, claro que não nego, até porque pode detectar precocemente aquilo que pode passar despercebido às famílias. No entanto, o professor deve ser assumido como mais um parceiro (dedicado, deseja-se) neste acompanhamento que deve passar pelo professor de ensino especial, médico de família ou pediatra e terapeuta.
Ana Soares
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