O que o especialista em tecnologia canadiano Don Tapscott não viu quando andou pelas escolas portuguesas é o uso comum que os miúdos dão ao Magalhães: jogar! Mas já adivinho os outros especialistas virem a público louvar os benefícios do jogo no computador, a destreza dos dedos e dos olhos, o desenvolvimento de uma qualquer inteligência e que este é o primeiro passo para fazer outras coisas maravilhosas! Não ponho nada disso em causa. Eu gosto do Magalhães e até queria um para as crianças lá de casa. Gosto sobretudo pela ideia de igualdade que transmite: todos têm acesso a uma ferramenta tecnológica. Claro que em algumas mãos funciona como o ditado das nozes e dos dentes... Mas também acontece como com aquele menino alentejano, em cuja casa nunca tinha entrado um computador e que a família se reunia em torno do mesmo, à noite, a explorar a Internet, a jogar e a filmar as cenas familiares, como já escrevi no PÚBLICO. O que parece que Tapscott não compreendeu é que a relação professor/aluno não mudou, apenas está adaptada ao novo meio. O professor continua a ser o rei da sala de aula e ainda bem!
BW
Viva a República!!!
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