Até me apetecia, mas não vou falar das eleições, candidatos ou resultados. Em tempo de crise, em que os cortes atingem quase tudo e todos, vou só fazer uma sugestão a propósito deste tema: não seria boa ideia termos votos on-line? Só vejo vantagens. A primeira é que não precisaríamos de sair de casa e, assim, talvez até diminuíssem os números da abstenção (demonstrativos do desinteresse, desânimo e desespero do povo que, desta forma pouco feliz e silenciosa, se tenta fazer ouvir). A segunda e, na verdade, a que me levou a escrever estas linhas, são os custos: na freguesia onde votei havia seis mesas/salas de voto. Cada uma tinha três membros (que certamente ao longo do dia foram substituídos). Cada um destes apelidados "voluntários" ganhou cerca de 75 euros pela nobre tarefa. Façam-se as contas por este país fora! Aproveito para comentar ainda este conceito sui generis do que é ser voluntário: dar um dia do seu trabalho, por amor à pátria e cidadania e ser remunerado por isso. Que, ao menos, não lhe chamem voluntariado!
Ana Soares
É um voluntariado relativo... além disso quem costuma estar nas mesas de voto são membros dos diferentes partidos. Quando não se pagava nada, a comissão de eleições convidava pessoas sem qualquer vinculo partidário. A minha irmã ainda foi uma ou duas vezes (foi convocada) e não recebia nada. Entretanto, começou a pagar-se e só quem tem vinculo lá vai.
ResponderEliminarCidadanias relativas...