
O trabalho abria com uma declaração em como não tinha sido feito plágio (uma novidade para os meus dias de jovem estudante universitária), de seguida todo o trabalho era um plágio completo: econômico, ação, fato... A formulação das frases... As citações de livros brasileiros, de editoras brasileiras... TUDO! Fiquei doente! Perante a minha indignação, um dos "autores" do trabalho ficou com aquele ar de que está tudo bem, qual é o mal? Português do Brasil? O que é isso?
Dias antes tinha participado numa avaliação sobre um sítio na Internet só de dados estatísticos. A dada altura perguntam-me se junto aos dados deveria vir alguma informação com contextualização sobre o que se terá passado para os números mudarem. Disse imediatamente que não, que é importante sermos nós a interpretar, a questionarmos porque é que de repente há uma quebra na natalidade (por exemplo) e que não há uma única justificação mas várias. Ainda dissertei sobre a importância pedagógica dos dados não serem interpretados pelos detentores do sitio; que um professor de Geografia ou de História pode pedir aos alunos para irem àquele site e a partir dos dados estatísticos estudarem qualquer coisa.
Na sala estavam dois professores do secundário que discordaram, que não, que é melhor estar lá tudo, que fica mais completo e é mais simples para os alunos.
A entrevistadora responde que também foram inquiridos estudantes universitários, que defendem a inclusão dessa informação, que dizem que não consultam tanto o site porque só tem dados.
Palavra de honra que a mediocridade me põe doente!
Ui, a quem o dizes!!!! A mediocridade deixa-me mesmo muito doente, e trabalhando numa universidade, local onde o conhecimento deveria ser inovador, quase que se deveria ouvir as engrenagens dos neurónios dos alunos, professores e cientistas a funcionar, a questionar, a criar, mas depois.... sempre que tenho de orientar algum aluno, seja de licenciatura ou mestrado, coloco as mãos à cabeça quase em desespero. Mas eles já sabem, comigo, têm de pensar e seguir as suas ideias e objectivos, e eu só estou cá para tentar conduzir (orientar).
ResponderEliminarAi ai, o que para aí vem....
Para essa doença, o melhor remédio é não pactuar!
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