Um estudo realizado pela Universidade do Texas revelou que as crianças brancas preferiam as fotografias de outros bebés da sua própria etnia, revela o Expresso on line. A coordenadora da pesquisa, Brigitte Vittrup, começou por considerar o estudo um fracasso ao perceber que os pais das crianças não pareciam fazer distinções baseadas nas diferenças étnicas.
Mas quando inquiridas sobre se os seus pais gostavam de pessoas negras, a resposta das crianças não deixava margem para dúvidas: "Não", responderam 14% dos participantes e 38% disseram que não sabiam. "A explicação da cientista para o comportamento infantil discriminatório é de que as crianças pretendem revelar gostos semelhantes aos das pessoas que demonstram gostar delas. E quando não têm certeza, improvisam pelo que pensam que será a opinião mais provável. É a chamada tendência para a procura pela identidade, baseada na aparência.", diz o Expresso.
Pois... Não basta dizermos que somos todos iguais, é preciso termos amigos de outras cores e com outros sotaques; e evitarmos os juízos de valor sobre os brasileiros, cabo-verdianos ou romenos.
BW
no outro dia percebemos que corremos esse risco (em relação às pessoas de etnia negra)... de repente os amigos africanos que frequentam a nossa casa saíram do país e, estranhamente, este ano na escola do joão, onde há vários meninos do leste e do centro da europa e chineses, não há nenhum menino de origem africana. dei com ele a fixar muito seriamente um senhor mesmo muito "escuro" e a dizer "olha mãe, aquele sr é como o chocolate da catarina, castanho escuro!" não sendo negativo, não deixa de ser discriminatório.
ResponderEliminarTenho muitas dúvidas com tudo que vem, ou seja feito nos Estados Unidos. Esses estudos só servem para meter mais lenha na fogueira!!!! Crianças racistas por favor, tenham dó!!!!!!!! Só mesmo os americanos!!!!!! Acerca do racismo, para mim é facto global, não há país no mundo onde a descriminação étnica não marque presença e não tem a ver com a cor da pele, mas sim com as ideias retrógradas que a sociedade nos proporciona.
ResponderEliminarO estudo não deixa de ser interessante, mas há uma pergunta que me assalta: a partir de que idade é uma criança se apercebe, realmente, e quiçá intencionalmente, de que está a discriminar? Apenas quando ouve falar e lhe explicam o que é tal verbo?
ResponderEliminarPara o tema, uma sugestão de leitura:
ResponderEliminarhttp://revisitaraeducacao.blogspot.com/2009/11/educar-para-prevenir-discriminacao.html
Aindei à procura mas não encontrei. Há uns tempos mandaram-me um video que mostrava crianças negras, com uns cinco ou seis anos. Uma a uma, com dois bonecos à frente, um branco e um preto, era-lhes perguntado qual dos bonecos era bonito/feio, bom/mau, etc. Tudo o que era negativo, as crianças apontavam para o boneco que era exatamente do seu tom de pele. Ou seja, aquelas crianças crescem com baixa auto-estima e vêem-se como péssimas. Elas têm em si mesmas o preconceito racial. Quando é que lhes foi incutido? Desde sempre, desde que vêem televisão e não vêem ninguém da sua cor a não ser se for o personagem que mata ou que rouba. Nos EUA o preconceito existe e está muito arreigado.
ResponderEliminarQuando é que os nossos filhos começam a discriminar? Desde o momento que nos ouvem a falar mal do outro que é diferente de nós. Quando dizemos que não se pode confiar naquela pessoa porque é "cigana"; que o avô é "judeu" porque é forreta, que a empregada é mole porque é "preta"... Nós somos o modelo deles e se dizemos coisas destas (e piores)é natural que discriminem desde cedo. BW
PS: na Ilha das Cores, um programa infantil da RTP, a médica é de origem africana e a diversidade fica-se por aí.