Depois do livro de Maria do Carmo Vieira, especificamente sobre o ensino da língua portuguesa, e sobre o qual acabei por escrever aqui , a propósito dos clássicos, e também aqui, sobre a terminologia linguística, foi agora a vez de ler um outro ensaio da Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre a educação. Este, agora mais generalista, é da autoria de David Justino.
Prometendo ser apartidário, este ensaio, de um antigo Ministro da Educação, afigura-se como uma obra de muita qualidade, um olhar pela história da escola e educação em Portugal, uma leitura crítica do que foi feito e do que ficou por fazer.
Escolhi alguns excertos que irei publicar no Educar em Português, nomeadamente aqueles que me parecem tocar nos principais pontos fracos do nosso sistema de educação.
Devo dizer que, quando terminei a leitura, concordando com algumas reflexões e discordando de outras, mas reconhecendo-lhes importância, lastimei o facto de termos tanto diagnóstico feito e tão poucas mudanças.
Com o título a parodiar a frase dos professores, difícil é sentá-los, este difícil é educá-los é uma leitura que recomendo a todos, especialmente aos professores. Fácil de encontrar, das livrarias aos hipermercados, por cerca de 3 euros, uma leitura séria sobre a educação em Portugal.
Ana Soares
Só uma correcçãozinha: A frase "Difícil é sentá-los" foi o título do livro de Eduardo Marçal Grilo, ex-ministro da Educação, da autoria da então jornalista do PÚBLICO Dulce Neto. A frase foi dita a Marçal Grilo por uma professora, numa das muitas visitas que o ministro fez às escolas. David Justino pegou na frase e modificou-a precisamente porque foi usada por um seu antecessor (digo eu!, que não sou de intrigas!)BW
ResponderEliminarE concordo! é tão fácil falarmos depois de passarmos pelos cargos! porque é que não fizeram COISAS enquanto lá estavam? Por isso, o livro de Maria de Lurdes Rodrigues é tão diferente destes, mais do que reflexões é a apresentação da obra feita e por isso chama-se "A escola pública pode fazer a diferença". BW
ResponderEliminarD. Justino refere a "fonte" do seu título logo na introdução. Eu é que acabei por não querer tornar o post mais longo e omiti.
ResponderEliminarAna