quinta-feira, 28 de maio de 2009

Vanessa, Esmeralda, Alexandra

Lembram-se da Vanessa, a menina de cinco anos que foi encontrada no Douro já sem vida, a quem o pai e a avó davam banhos de água a ferver e queimavam com um ferro do leite de creme, de cada vez que a criança pedia para ver a madrinha, que a tinha criado? E da Ana Filipa, ou melhor, da Esmeralda que, seis anos depois de ser criada por um casal de Torres Novas, é entregue ao pai biológico? A biologia voltou a vencer nos tribunais portugueses. Desta vez é Alexandra, que chora em português, a centenas de quilómetros de Moscovo, quando a mãe biológica lhe dá uns estalos no rabo e critica a permissividade com que foi criada em Barcelos.

Ao vê-la na televisão, lembro-me de outros meninos e meninas que são mantidos em casas de pais e de mães biológicos que não os amam, que não os sabem amar, que os maltratam. Ao vê-la, solta-se-me a língua e digo alguns impropérios contra as comissões de menores, a segurança social, a burocracia e os juízes deste país. Ainda não perceberam todos o quanto estão errados?

Há uma petição a correr online.

BW

3 comentários:

  1. revoltante! a semana passada no expresso vinha a história de uma menina, nos eua, que parecia de outro mundo, uma coisa mesmo de limite. mas aí, não houve complacência com a biologia, mas condenação. tão permissivos para umas coisas e tão pouco para outras, é o que nós somos. é o peso do sul...

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  2. Como diz Laborinho Lúcio e cito muito frequentemente, "só as crianças adoptadas são felizes, felizmente a maioria é adoptada pelos seus pais biológicos". O problema é que muitos pais biológicos não adoptam os seus filhos e a delinquência de alguns magistrados trata do resto, sempre em nome do supremo interesse da criança.

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  3. hoje não queria acreditar quando ouvi um dos juizes do caso, na SIC, dizer que "não há pais perfeitos", pois não, mas isso não devia descansar o senhor juiz... BW

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