Lembram-se da Vanessa, a menina de cinco anos que foi encontrada no Douro já sem vida, a quem o pai e a avó davam banhos de água a ferver e queimavam com um ferro do leite de creme, de cada vez que a criança pedia para ver a madrinha, que a tinha criado? E da Ana Filipa, ou melhor, da Esmeralda que, seis anos depois de ser criada por um casal de Torres Novas, é entregue ao pai biológico? A biologia voltou a vencer nos tribunais portugueses. Desta vez é Alexandra, que chora em português, a centenas de quilómetros de Moscovo, quando a mãe biológica lhe dá uns estalos no rabo e critica a permissividade com que foi criada em Barcelos.
Ao vê-la na televisão, lembro-me de outros meninos e meninas que são mantidos em casas de pais e de mães biológicos que não os amam, que não os sabem amar, que os maltratam. Ao vê-la, solta-se-me a língua e digo alguns impropérios contra as comissões de menores, a segurança social, a burocracia e os juízes deste país. Ainda não perceberam todos o quanto estão errados?
Há uma petição a correr online.
BW
revoltante! a semana passada no expresso vinha a história de uma menina, nos eua, que parecia de outro mundo, uma coisa mesmo de limite. mas aí, não houve complacência com a biologia, mas condenação. tão permissivos para umas coisas e tão pouco para outras, é o que nós somos. é o peso do sul...
ResponderEliminarComo diz Laborinho Lúcio e cito muito frequentemente, "só as crianças adoptadas são felizes, felizmente a maioria é adoptada pelos seus pais biológicos". O problema é que muitos pais biológicos não adoptam os seus filhos e a delinquência de alguns magistrados trata do resto, sempre em nome do supremo interesse da criança.
ResponderEliminarhoje não queria acreditar quando ouvi um dos juizes do caso, na SIC, dizer que "não há pais perfeitos", pois não, mas isso não devia descansar o senhor juiz... BW
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