Vamos ter na nossa escola a escritora Ana Maria Magalhães que vai falar aos pais sobre o tema "Ajudar a Ler +". Esta actividade, cujo título foi inspirado no Plano Nacional de Leitura (Ler+), é a tentativa de, na escola e na semana do livro, integrar mais os pais nesta dinâmica do LER.
É que são eles, os pais, que, numa fase inicial, têm o papel principal neste processo. Naturalmente que não nego o papel da escola, todavia, também neste assunto da leitura, o papel dos pais é determinante.
Pensei nisto quando ouvi na sala de professores uma colega e amiga dizer que já tinha descoberto como pôr os miúdos a ler. Dizia ela: "Agora já tenha uma teoria sobre o assunto. A solução é tirar-lhes as outras coisas.". Contava que nas férias, na casa dos avós, com mil e um canais televisivos apetecíveis, dos pandas aos Disney Channel ou outros equivalentes, os seus miúdos teriam passado de livre vontade aqueles dias de papo para o ar, no sofá. Ela resolveu limitar. Nas férias e fins-de-semana vêem tv enquanto se anda a fazer ronha lá por casa e todos estão ainda a acordar e preparar os pequenos almoços. Depois, a alternativa é brincar ou ler. E muitas vezes a opção dos próprios miúdos é mesmo, com gosto, ler.
Não é fundamentalismo. Eles vêem tv, jogam computador ou playstation. Mas tudo com conta peso e medida... Limites que é preciso saber colocar desde cedo. Temos de ajudar os nossos filhos, afilhados ou amigos a descobrir o prazer de ler. Educar para a leitura implica, às vezes, ter de dizer não a outras coisas.
Tenho a certeza que a comunicação da escritora Ana Maria Magalhães será muito interessante, mas as palavras da minha colega ficaram-me na cabeça.
Ana Soares
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