A manchete que referia a distribuição de preservativos nas escolas é naturalmente polémica... Enquanto mãe, professora e cidadã, aquilo que me preocupa verdadeiramente é a leviandade que a mesma pode sugerir.
Depois, a senhora ministra escusa-se a tomar uma posição sobre a notícia. Parece ainda que, segundo o Expresso, para além da distribuição de preservativos, os diplomas em discussão prevêem "a criação de gabinetes de apoio aos alunos sobre questões relacionadas com a educação para a saúde e a sexualidade em todas as escolas” e que a respectiva distribuição será feita por professores ou técnicos de saúde com formação na área…
Ora, já aqui escrevi que concordo com o que ouvi de uma profissional da área da saúde, que trabalha exactamente com adolescentes, quando a mesma reforça que a educação sexual começa na família e não obriga a um “gabinete” de sexualidade nas escolas… e alegrei-me com a responsabilização das famílias neste processo.
Bem sei que nem todas as realidades são iguais e que, em determinados contextos, um gabinete de educação para a saúde tem mesmo de existir. Mas que não se espere que esse “gabinete” faça aquilo que é responsabilidade das famílias e que também se aposte na educação e formação destas.
Ana Soares
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