Oferta da Associação de Pais |
Onde está o limite da intervenção dos pais na vida da escola? Até onde podem ir? Podem interferir em questões pedagógicas? As perguntas vêm de um pai.
A mãe que queria estar na sala de aula volta a intervir. Também como representante de turma chamou a atenção para um problema e a docente visada decidiu destratar o seu filho em sala de aula, de tal maneira que a criança chegou a casa e pediu-lhe: "Ó mãe, nunca mais fales!" "Mas eu estava a tratar de um assunto da turma, decidido pelos pais e que dizia respeito a toda a turma e a professora dirigiu-se especificamente ao filho da representante da turma!"
O director da escola diz, claramente, que aquele não é um comportamento adequado e que os professores não devem interpelar os alunos com situações relacionadas com os pais. Mas que não há nada a fazer, a escola não contrata, não escolhe os profissionais que ali trabalham e em 200 docentes será 1% a percentagem de professores sobre os quais recaem queixas.
Numa das escolas do agrupamento, a associação de pais organizou formação para os professores lidarem com a indisciplina dentro da sala de aula, diz uma das mães. Participou 1/3 dos docentes.
Faz-lhes falta formação não só em gestão da indisciplina mas também em "cultura de empresa", neste caso, "cultura da escola", contrapõe outra mãe.
São muitos os pais e mães que são também professores e que deitam água na fervura. Os professores não são assim todos tão maus! Pois não, mas os que são fazem muita mossa, sobretudo na vida dos filhos daqueles pais que se queixam.
A associação de pais está de parabéns pela iniciativa e por todo o trabalho que tem tido de trazer os pais à escola, diz o director da escola e oferece-lhe uma prenda, um livro de poesia. Afinal, um dos alunos daquela escola ganhou o primeiro prémio do concurso nacional de poesia do país, numa iniciativa do PNL e do CCB. Parabéns!
Mas as perguntas do pai sobre o limite da intervenção dos encarregados de educação deixaram-me a matutar.
BW
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