sexta-feira, 30 de abril de 2010

O Regresso do Magalhães

Afinal ainda vai haver Magalhães este ano para os meninos do 1º ano do 1º ciclo, assim o indica a notícia do PÚBLICO. A novidade é que, desta vez, vão também ser distribuídos computadores aos professores.O programa e-escolinha, que tanta polémica tem levantado, regressa assim às escolas.

Como mãe, até fico contente que seja só no final do ano lectivo. Não temos sentido especial falta do Magalhães ao longo deste 1º ano de escola do nosso rapaz. Consolidar a leitura e a escrita, assim como a caligrafia, tem sido a nossa preocupação principal. Mas também sei que para ele vai ser uma alegria e uma promoção ter um Magalhães como os crescidos das salas do 2º ano! Novas competências para desenvolver. Com conta, peso e medida, espero eu!

Ana Soares

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Feira do Livro de Lisboa II

Quando eu era nova (!), melhor, quando eu andava na faculdade (portanto, há pouquissimo tempo!) combinava com alguns amigos e iamos à Feira do Livro, aproveitavamos um intervalo maior ou saiamos mais cedo e lá iamos nós. Uns dias com uns, outros dias com outros, por vezes, conseguia ir diariamente à Feira do Livro, sobretudo para aproveitar as promoções do "livro do dia". Por exemplo, este ano, gostava de ir nos dias abaixo assinalados!

ORFEU NEGRO PAVILHÃO A 64
LIVROS DO DIA
29 Abril QUI O Livro Inclinado 8,40€
30 Abril SEX Espelho do Mundo – Uma Nova História da Arte 29,40€
1 Maio SÁB O Coração e a Garrafa 8,00€
2 Maio DOM Burros 8,90€
3 Maio SEG Animalário Universal do Professor Revillod 8,40€

E com este post lembrei-me dos anúncios da Sumol que rezam mais ou menos assim, não os sei de cor: "Um dia vais pensar que sair à noite é levar o lixo à rua", "Um dia vais achar que se viaja no sofá" e coisas assim deprimentes que parecem querer retratar a vida dos adultos. Os anúncios terminam com um "quando esse dia chegar, não lhe fales", eu ando a cumprir e a fugir desses dias a sete pés! Por isso, vou tentar ir à Feira do Livro diariamente!
BW

Petição por turmas mais pequenas

O Movimento Escola Pública promove o lançamento da Petição Pública pela redução do número máximo de alunos por turma, hoje, pelas 16h, na Livraria Ler Devagar (LXFactory - Rua Rodrigues de Faria, 103, Lisboa).
A Petição contém uma lista de primeiros subscritores de várias áreas da educação e será apresentada, em conferência de imprensa, por Miguel Reis (Professor, Movimento Escola Pública), Helena Dias (ex-Presidente da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais, Movimento Escola Pública) e Paulo Guinote (Professor, autor do blogue “A Educação do Meu Umbigo”).
"Com turmas mais pequenas é possível melhorar o combate ao insucesso escolar, ajudando igualmente a prevenir fenómenos de indisciplina. Trata-se de uma medida que reúne um consenso social alargado e que urge pôr em prática", defende a petição que se encontra-se disponível aqui .

Feira do Livro de Lisboa

A Feira do Livro de Lisboa começa hoje! De 2.ª a 6.ª feira das 12h30 às 23h30 e ao fim-de-semana abre às 11h00. Até dia 16 de Maio.
A organização tem um espaço próprio para os pais deixarem as crianças. Pode ser interessante mas há coisa melhor do que eles andarem connosco, de stand em stand a folhear os livros, a fazerem a sua seleccção, a aprenderem a escolher? Acho que não!
BW

O estranho mundo de Jack

"O Estranho Mundo de Jack, história que inspirou o filme com o mesmo título, é já um clássico infantil e conta-nos a história de Jack Esquelético numa assustadora véspera de Natal.
Uma noite, enquanto passeia entediado na floresta de Halloween, Jack encontra algo que nunca vira antes: uma porta esculpida numa árvore. Ao abri-la, entra no mundo alegre e cintilante da Cidade do Natal!Maravilhado com tanta luz e animação, Jack decide raptar o Pai Natal e levá-lo para Halloween, planeando as mais medonhas traquinices para a véspera de Natal.
Um mundo fantástico e irreverente que promete tantas gargalhadas como sustos!
Tim Burton , um dos cineastas mais aclamados e controversos de Hollywood, divide a sua carreira entre grandes êxitos de bilheteira, como Eduardo Mãos de Tesoura (1990) ou O Estranho Mundo de Jack (1992) – a sua primeira longa-metragem de animação –, e projectos marginais mais arriscados, tendo criado algumas das obras cinematográficas de referência das últimas décadas. Escritor, produtor e realizador, Tim Burton continua a deliciar leitores e espectadores de todas as idades pelo mundo inteiro com o seu universo fantástico e sombrio, inspirado nos ambientes góticos de Edgar Allan Poe e habitado por estranhas criaturas. Burton é também autor de A Morte Melancólica do Rapaz Ostra & Outras Estórias, publicado pela Antígona."

Deste press-release o que retive é que o filme é de 1992... E que eu já era adulta quando o fui ver...
BW



quarta-feira, 28 de abril de 2010

Estatuto do aluno: o ME e os números

Há um ano o Ministério da Educação sabia e anunciou a redução do número de faltas dos alunos e que isso se devia à realização de provas de recuperação. Nas escolas, os directores diziam que tal não era bem assim, que as faltas tinham provocado um aumento da realização de provas. Por esse motivo, Maria de Lurdes Rodrigues ordenou uma inspecção às escolas que o disseram. Agora, no preâmbulo da proposta de alteração do Estatuto do Aluno o mesmo Governo (só mudou a ministra) diz que afinal as provas incentivaram os alunos a faltar mas... não há números, aparentemente não se fez ainda essa contabilidade ou pelo menos essa não é tornada pública. Em que é que ficamos? Eles faltam porque podem sempre fazer as provas ou não?
Entretanto a nova proposta prevê mais educação para a cidadania. Parabéns!
BW

E se um dia me acontecer a mim?

No supermercado vemos uns cegos. Seguem-se as perguntas da praxe: como ficaram cegos? Como se orientam? Como lêem? Dadas as respostas possíveis, ouço: espero que nunca me aconteça nada assim nem nenhuma doença, diz ele. Recomeça a minha resposta à pergunta que leio na sua cabeça de sete anos: o mais importante é ser sempre feliz. Saber aceitar o que a vida nos vai dando e arranjar maneiras de continuarmos a divertirmo-nos, cantar, dançar e rir. É claro que para isso precisamos dos outros. Nunca nos devemos esquecer disso e por isso devemos sempre ajudar e apoiar os outros. Se algum dia ficares doente, deves tentar ser feliz na mesma. Na escada rolante, ao nosso lado, alguém acompanha a conversa e sorri.
Fim da conversa com um sorriso.

Ana Soares

terça-feira, 27 de abril de 2010

Cristina Sá Carvalho dixit

Cristina Sá Carvalho é psicóloga de formação, professora universitária e directora do Departamento Nacional de Catequese, escreve periodicamente no jornal Página 1, da Rádio Renascença. Hoje escreveu sobre a avaliação dos professores. Concordo com os sublinhados!
BW

"Mais de trinta anos de ideologia dos direitos adquiridos e uma propaganda sindical falsamente naïve, alicerçada em visões patetas sobre a distribuição da igualdade entre os seres humanos, conduziu a uma defesa irracional da ideia de que todos os professores são bons – quando não são,
nem serão, porque ensinar bem é um processo extremamente complexo, amplo e difícil, acessível apenas a alguns e totalmente dependente daquele factor, indeterminado e potente, que se chama vocação – conduziram, a meu ver, a um sistema de quotização deficiente e injusto.
Tenho visitado muitas escolas e parece-me evidente que, no nosso país, a distribuição da competência educativa é muito pouco normativa. De facto, há escolas que, mesmo operando em zonas socialmente complexas e, por vezes, explosivas, beneficiam de um corpo docente estável em que a maioria dos professores é muito competente e, por isso, um grande número merece ser avaliado como muito bom ou excelente.
De um modo geral, esse grupo exerce uma influência positiva e estruturante nos colegas mais jovens, nos “flutuantes” e naqueles que já estão a perder a pedalada, equilibrando competências e vigiando os processos mais decisivos, reproduzindo, pois, a competência e o empenho. Recentemente aplicaram o novo sistema de escolha dos seus actores e não se terão arriscado a escolhê-los mal.
Em contrapartida, tenho visto escolas que, independentemente de trabalharem em circunstâncias adversas como favoráveis, fazem, na generalidade, um trabalho perfeitamente medíocre. Nestes casos, a própria liderança não só é absolutamente desprovida de critério, método e reflexão, como muitas vezes é refém de um grupo de docentes que controla metodicamente os privilégios disponíveis, como os horários e as turmas especiais, fazendo dos professores mais inexperientes uma carne para canhão que roda continuamente à procura de melhores condições. É evidente que, nestas escolas, quase nenhum professor merece chegar aos escalões mais elevados.
Como sempre foi previsível, parece claro que a Ministra da Educação não vai deixar passar em branco as reivindicações dos sindicatos quanto à avaliação dos professores. Muito à sua maneira, tocada de irónica e diálogo calculado, contando com a vantagem acrescida de conhecer muito bem todas as derivações e nuances que as próprias reclamações contêm e, tendo passado muito mais anos na sala de aula do que os augustos dirigentes sindicais, já percebeu que escolas repentinamente esvaziadas pela reforma súbita de muitos dos seus melhores só querem paz e um projecto de futuro que lhes devolva alguma autoridade e espaço de maneio suficiente para resolverem os problemas quotidianos.
O novo Estatuto do Aluno cumprirá o seu papel, o rearranjo curricular quase completará a tarefa. Só falta, mesmo, não ter receio de pagar melhor a quem é mesmo bom e de penalizar aqueles que não são capazes de avançar para além dos mesmos mínimos que propõem, com grande desrespeito, aos seus próprios alunos. Já agora, também não se deveria perder a oportunidade de rever os vários sistemas de formação inicial e contínua de professores."
in Página 1, Rádio Renascença

A importância da Educação e dos professores

O Fórum para a Liberdade de Educação convidou Mona Mourshed, consultora da McKinsey e responsável pelos estudos "Como os melhores sistemas de ensino chegam ao topo" e "O impacto económico do insucesso das escolas americanas", para vir a Lisboa, no passado dia 14. Por motivos profissionais não pude assistir à conferência, mas o Diário Económico conversou com a especialista. Eis algumas das ideias que deixou:

Se o sistema de ensino norte-americano tivesse acompanhado, "entre 1983 e 1998, os resultados de países de topo como a Finlândia, o seu Produto Interno Bruto (PIB) podia ter tido mais dois milhões de milhões de dólares em 2008 (cerca de 1500 milhões de euros).
Para Mona Mourshed, os maus resultados das escolas americanas condenam o país a uma "permanente recessão".
Uma das principais frentes de combate na Educação é a redução da diferença nas notas de alunos provenientes de zonas mais desfavorecidas e a média geral, o que acaba por influenciar o próprio mercado de trabalho. "Começa com o facto de estudantes que vêm de ambientes desfavorecidos viverem em comunidades com escolas desfavorecidas. Ou seja, o contexto socioeconómico coloca-os logo um nível abaixo. Se vão para uma escola de fraca qualidade, voltam a descer mais um nível. A qualidade do ensino é mais baixa e limita a sua capacidade de ter boas notas, o que afecta também as suas possibilidades de ir para a universidade e tirar uma licenciatura. E a capacidade de ir para a universidade também afecta as futuras possibilidades de arranjar um emprego. É este o ciclo", explica Mona Mourshed.
Os estudos da McKinsey mostram a influência que um maior grau académico pode ter nas nossas vidas. Especificamente, os dados da consultora mostram que um adulto licenciado, em comparação com um cidadão que se tenha ficado pelo 12º ano, ganha 70% mais em salários ao longo da sua vida, cultiva um estilo de vida mais saudável, tem uma menor tendência para ser preso e uma maior tendência para votar.
(...)
Para Mona Mourshed, os melhores sistemas educativos compreendem que a qualidade dos professores é o factor mais influente na melhoria dos resultados escolares. Assim, países como a Finlândia recrutam os professores na elite dos dez por cento de melhores licenciados em áreas específicas de conhecimento, que não a de ensino, e depois fazem-nos passar por um exigente regime de treino para a docência. Nestes países, lembra a norte-americana, é difícil chegar a professor e apenas um em cada 10 candidatos consegue satisfazer os requisitos necessários. Nos sistemas educativos de topo, ser professor é uma posição de prestígio."

Ministra da Educação em entrevista ao DN

Isabel Alçada dá uma entrevista hoje ao DN. Algumas citações:

Sobre os concursos e a avaliação
"Fomos muito claros quanto a isso: a lei não estava suspensa. O que agora solicitaram foi que alterássemos a lei, mas dissemos sempre que não íamos fazer alterações retrospectivas, apenas uma alteração prospectiva para não desrespeitar o investimento e o trabalho de muitos professores que foram avaliados com Muito Bom e Excelente. Senão, os que não se submeteram à avaliação seriam beneficiados pela infracção."

O piscar do olho aos professores
"(...) Do meu ponto de vista, a principal qualidade de um professor é a competência científica e um professor tem de dominar muito bem a matéria que ensina. Também tem de estar aberto a, continuadamente, aprofundar o estudo para se ir actualizando e acompanhar a evolução da disciplina científica que trabalha.
- Mas hoje muitos professores vêem a actividade como uma saída de emprego e não como vocação.
Talvez as pessoas possam pensar isso mas quem está por dentro, quem está com alunos, gosta de ensinar. Há momentos em que há um brilho especial na nossa profissão, porque o comunicar com os outros, o levar os outros a desenvolverem-se , traz uma alegria especial.
- Pensava-se que ao aceitar ser ministra iria romper com a conflitualidade entre professores, sindicatos e ministério. Conseguirá que os professores pendam para o ministério e não para os sindicatos?
Até tenho uma ambição maior queria que houvesse uma harmonia de forma a que tivéssemos um entendimento, embora com divergências. Mas não podemos viver com divergências e sem conflitualidade permanente porque é péssimo na relação humana. É preciso que as pessoas dialoguem, que possam mostrar que há pontos de vista que são divergentes e que, quando se chega à decisão, que prevaleça a decisão mais benéfica para o país, para os que estão no sistema educativo e para os alunos.
(...)
- Creio que está a tentar seduzir os professores a olharem para o ministério como sendo o órgão que os representa. Vai conseguir isso?
Acho que sim, porque estamos a fazer aquilo que acreditamos que é o melhor para o País, e os professores também reconhecem isso. Reconhecem que queremos que as escolas tenham as melhores condições no que respeita às instalações, equipamento, horários, organização do ano lectivo, em todos os domínios do currículo e outros.
Naturalmente, quando fazemos um esforço, esperamos que seja entendido por quem se dirige. Neste caso, é para beneficiar as novas gerações e os alunos que estão a estudar. Aliás, até o professor Marçal Grilo sempre disse que deveria haver um pacto no quadro da educação, um pacto educativo. Usou- -se esta expressão e noutros países ainda continua a ser usada."


O piscar do olho aos directores
"(...) Se me perguntar qual é a preocupação primeira de um director, digo logo que é a harmonia na convivialidade da escola, a par da aprendizagem. Mas a harmonia, a convivialidade, a segurança e a disciplina são prioridades. Eu já fui directora, tenho muito contacto com directores, e sei o que é que se passa nas escolas e que os professores preocupam-se muito. Aliás, posso dizer também que a maior causa de ansiedade do professor é a indisciplina. A agressividade vem a seguir à indisciplina e à violência, que é o limite máximo da indisciplina. Muitas vezes o que acontece é que, se a pessoa gere bem a questão da indisciplina, evita o recrudescimento de outras situações. E os professores têm hoje na sua formação inicial essa componente.
Essa agressividade tem gerado casos de suicídio como os que foram noticiados nas últimas semanas.
Não, isso não é verdade. Eu partilho absolutamente da visão e da análise que o professor Daniel Sampaio tem feito e vindo a publicar. Ele chama a atenção para os casos-limites, como é o caso de um suicídio, e refere que nunca é apenas devido a um factor externo. Nunca é só a profissão, a situação familiar ou a situação amorosa, há uma conjugação de factores que têm a ver com a personalidade das pessoas."

Acordo ortográfico em 2011/2012 nas escolas
"Sou a favor. Acho que a língua evolui e neste caso houve um entendimento com vários países e, em termos internacionais, é uma afirmação do português no mundo. Considero que o Acordo Ortográfico é um factor benéfico e temos um planeamento já feito para a sua introdução. Não é muito complicado, pois na verdade é só ortografia e estamos articulados com outros ministérios. Os professores podem perfeitamente integrá-lo estudando as alterações."

Acolhimento Familiar

Acolhimento Familiar. Poder receber uma criança e ajudá-la a ter uma vida melhor. Aqui está um projecto que quero abraçar daqui a uns anos, quando os miúdos sairem de casa!

A Santa Casa precisa de famílias de acolhimento em Lisboa, pessoas ou famílias entre os 25 e os 65 anos que possam acolher uma criança ou jovem e prestar todos os cuidados. Tratam-se de crianças que por dificuldades familiares, têm de ser separadas da sua família natural temporariamente. Normalmente, "são crianças em grande sofrimento emocional que necessitam, por um período de tempo, de uma família substituta que as ajude a devolver a confiança em si e nos outros, que as aceite incondicionalmente e cuide delas com ternura e seja capaz de as devolver à vida mais fortes e mais felizes", avisa a Santa Casa em comunicado. Não são iguais à da imagem, são meninos sofridos, de todas as cores e estratos sociais.
Antes de receber uma criança as famílias de acolhimento "benefi­ciam de sessões de preparação e formação, atenção individualizada, acompanhamento durante (e pós) o acolhimento da criança, apoio telefónico durante 24 horas por dia para situações de emergência, contactos com outras famílias de acolhimento para troca de expe­riências e ajuda financeira para gastos com o acolhimento".

A candidatura faz-se através do Serviço de Acolhimento Familiar da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, telefones: 213 235 118 / 213 235 177; e-mail: diadij@scml.pt
BW

segunda-feira, 26 de abril de 2010

“A Língua Portuguesa no século XXI - Desafios e Oportunidades”

ISCTE-IUL discute a língua portuguesa no século XXI na preparação do IV Festlatino

O ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) discute amanhã, terça-feira, 27 de Abril, os desafios e oportunidades para a língua portuguesa no século XXI, durante o seminário preparatório para o IV Festlatino - Festival Internacional de Culturas, Línguas e Literaturas Neolatinas.
Este evento, que se realizará no Recife, no Brasil, em Novembro de 2010, tem como objectivo ampliar os vínculos entre os países europeus de línguas neolatinas, os países ibéricos, a América Latina, os Estados membros do Mercosul e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O seminário decorrerá no auditório B – 203 do ISCTE-IUL, com o patrocínio desta universidade, da CPLP, do Instituto Camões, da Associação Mares Navegados e do Gabinete Português de Leitura de Pernambuco. Além de preparar o IV Festlatino, o principal objectivo do seminário será debater sobre as principais potencialidades do uso da internet para a difusão de conteúdos em línguas latinas, principalmente em língua portuguesa.

A cerimónia de abertura tem início às 9h30, com a participação de Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura; Domingos Simões Pereira, secretário executivo da CPLP; José Marcos Barrica, embaixador de Angola em Portugal; Celso Marcos Vieira de Souza, embaixador do Brasil em Portugal; Luís Reto, reitor do ISCTE-IUL; Eliane Zugaib, directora do Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores do Brasil; Simonetta Luz Afonso, presidente da Assembleia Municipal de Lisboa; Ana Paula Laborinho, presidente do Instituto Camões; Silvana Lumachi Meirelles, secretária de Articulação Institucional do Ministério da Cultura do Brasil; e Humberto França, coordenador-geral do Movimento Festlatino.

Os trabalhos decorrem entre as 9h30 e as 18h30, hora em que terá lugar a conferência de encerramento proferida por Luís Reto. Durante o evento serão ainda entregues os diplomas às Personalidades da Neolatinidade 2010.

Vicky Harrison não aguentou 200 recusas aos seus pedidos de emprego

Vicky Harrison era uma jovem inglesa de 21 anos, depois de dois anos e 200 recusas de emprego pôs fim à vida. Pode ler mais aqui. Neste espaço é possível deixar uma mensagem à família que quer criar uma fundação para ajudar os jovens a lidar com as dificuldades que encontram num mercado de trabalho cada vez mais fechado. No Reino Unido o desemprego atinge dois milhões e meio de jovens, são já chamados uma "geração perdida".
Continuo sem perceber como é que a economia evolui, como é que cresce, com um mercado de emprego cada vez mais reduzido, com as empresas a cortar em postos de trabalho claramente necessários, com os administradores e accionistas a manter regalias, com uma classe média estrangulada, com jovens que terminam os estudos e não obtêm trabalho e sem meios de sair de casa dos pais... Alguém me explica?
BW
"O 5 de Outubro e a Primeira República é uma obra de divulgação sobre um período crucial da História de Portugal – a instauração da República e o regime republicano até 1926. Aliando rigor científico e clareza de exposição, os autores colocam à disposição do público uma síntese, que é também uma chave para entender este agitado e complexo período da nossa História.
O presente volume faz parte de uma colecção de divulgação da História de Portugal que Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada têm vindo a publicar, em colaboração com prestigiados historiadores.

A sessão de lançamento decorrerá no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa, no dia 27 de Abril (terça-feira), às 18h30 e contará com a presença de António Reis, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada."

Memorial do Convento

Memorial do Convento. Uma obra magnífica, mas nem sempre fácil .... Aqui ficam alguns apontamentos e ideias que podem ajudar os alunos na hora de sistematizar o trabalho da aula. Para os outros leitores, esta é uma forma de relembrar a obra.


Memorial Do Convento

Ana Soares

domingo, 25 de abril de 2010

Dia Internacional da Consciencialização sobre a Alienação Parental

O dia podia ter um nome mais simples mas o problema que estas família vivem não é fácil...

A Associação Portuguesa para a Igualdade Parental e Direitos dos Filhos (Portugal) conjuntamente com Apase – Associação de Pais e Mães Separados (Brasil) e Asociación de Padres de Familia Separados (Espanha) juntaram-se pela primeira vez para a realização de um comunicado internacional sobre o Dia Internacional de Consciencialização sobre a Alienação Parental – 25 de Abril de 2010. Esta iniciativa pioneira conta ainda com a parceria internacional da Parental Alienation Awareness Organization e da Parental Alienation - Parent Association, ambas dos E.U.A..

Este dia tem como objectivo chamar à atenção para o fenómeno da Alienação Parental. Este foi pela primeira vez identificado em 1985 pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner, no qual se identificam comportamentos por parte de um pai / mãe em manipular o seu filho com a intenção de predispô-lo contra o outro progenitor e a sua família (como os avós), cada vez mais frequente depois de um divórcio ou separação e mesmo em famílias não separadas.
Assim identificam-se os seguintes comportamentos:
- Processo destrutivo da imagem de um dos progenitores;
- Afastamento forçado, físico, psicológico e emocional, das crianças em relação ao progenitor alienado, geralmente o progenitor não residente;
- Actos jurídicos e comportamentais com o objectivo de isolar as crianças do progenitor com quem não reside habitualmente.

E isto traz consigo consequências para as crianças, tais como:
- Relações interpessoais: dificuldade em estabelecer relações de confiança com outras pessoas e em relações de maior intimidade;
- Baixa tolerância à raiva e hostilidade: dificuldades em lidar com situações que despertem emoções fortes como a raiva (“ferver em pouca água”), em aceitar o “não”.
- Problemas no sono e na alimentação: dificuldades em adormecer, pesadelos, sono inquieto; pode também existir falta de apetite.
- Maior conflitualidade com figuras de autoridade: dificuldades em seguir ordens e orientações de figuras de autoridade (professores, polícias, superiores hierárquicos…)
- Maior vulnerabilidade e dependência psicológica: auto-estima e auto-confiança mais baixas.
- Sentimento de culpa: a criança é constantemente forçada a escolher um lado e tomar partido, crescendo com um sentimento de culpa e de impotência.
- Doenças psicossomáticas: dores de cabeça, dores de barriga e outras são muito comuns, em particular nas situações de stress.

O Expresso tem um trabalho aqui .

Lembrar os nomes, feitos e coragem do 25 de Abril

Visitar on-line a exposição «25 de Abril: da efemeridade à história» é um passeio pela arte e história de Portugal. Vale a pena redescobrir aqui a exposição que foi organizada pela Biblioteca Nacional. Lembrar nomes, feitos e a coragem olhando para cartazes e autocolantes que fizeram a História.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

25 de Abril - O Tesouro

Leia com os miúdos esta história digital de António Pina, O Tesouro, a preparar o dia de domingo. Para que tudo faça mais sentido para eles.

Boas leituras em família. E, já agora, viva a liberdade!

Ana Soares

Era uma vez um cravo

É antigo, de 1999, mas é bonito!
Chama-se Era uma vez um cravo e conta a história em verso do país antes do 25 de Abril e ao longo daquele dia, em Lisboa. A personagem principal é a D. Floripes, a florista que gosta de cravos e os oferece a quem passa, num dia em que recorda o seu pai, que sempre ansiou pela liberdade, e os seus filhos, um emigrado e outro na guerra.
Editado pela Câmara Municipal de Lisboa, os versos são de José Jorge Letria e as ilustrações de André Letria, todas a preto e branco, à excepção dos cravos, muito vermelhos!
A dada altura, lá mais para o final reza assim:
"Era uma vez um cravo,
nascido no mês mais puro
com pétalas de esperança
e perfume de futuro"
Saibamos nós, num momento tão difícil como aquele que o país atravessa saber fazer futuro, para nós e para os nossos filhos! Há que ter esperança mas também agir e mudar!
BW

Dia Mundial do Livro

"Só aparentemente todos iguais. Que o conteúdo é diferente, desnecessário referir: no tema, nas abordagens, nos autores ou nos colaboradores. Quilómetros de prateleiras estão aí a testemunhá-lo; milhares de pedidos de leitura cada ano, comprovam-no. Alinhados por tamanhos, até por data de registo na biblioteca, raramente os mais velhos convivem com a geração mais recente, cada uma a exigir atenções diversas. Como denominador comum, a paciência, a vontade de servir, de ir à leitura, privilégio que nem todos chegam a conhecer. "


Do catálogo da exposição comemorativa do Dia Mundial do Livro.

Vale a pena revisitar a exposição «O livro de dentro para fora» aqui.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Estatuto do aluno

Leia no Público sobre a alteração ao estatuto do aluno hoje aprovada.

Como nós podemos influenciar a vida dos nosso filhos

Senta-se à frente da criança. Casaco de executiva, de dentro da mala tira o portátil que liga enquanto atira à criança: "Sabes quais são os TPCs?", a voz rispida sobe de tom para continuar: "Não sabes?! Sua burra, és mesmo burra, não admira que a professora ralhe contigo, como é que não sabes?". A menina tenta explicar que não tem TPCs, que precisa de ler um texto e terminar uns exercícios de Matemática. "Mas para isso é preciso saber umas regras ou não?! Sabes as regras, sua estúpida?!".
Não aguento, preciso de mudar de lugar, antes de me levantar olho para os rostos da mãe e da filha. A mãe de olhos irados, a menina de cabeça baixa enfiada no livro do 2.º ano, tem sete ou oito anos. Estão num lugar público, rodeadas por outros pais e filhos. Sim, aquela criança vai ser burra e estúpida, por culpa de quem? daquela mãe, mil vezes burra e estúpida.
Ao meu lado, outra mãe mostra-se incomodada, revira os olhos e abana a cabeça. Antes de pegar no casaco apetece-me dizer-lheque não pode falar assim com a filha, que está a fazer-lhe mal, que eu devia chamar a comissão de protecção de menores, qualquer coisa para proteger aquela criança de uma mãe bem vestida que aparenta um bom nível de vida e de educação, mas que é uma fraude, que agride verbalmente a criança, que está a dar cabo do seu futuro. Será que o posso fazer? Vou perguntar porque certamente voltarei a encontrar aquela família.
BW

SPIN

Spin é o nome de outra das obras de Joana Vasconcelos que tivemos oportunidade de ver e "experimentar" no Museu Berardo. Não estamos habituados levar máquinas fotográficas para os museus e tivemos imensa pena de a não termos connosco no Domingo para registarmos algumas imagens das peças que vimos. Esta foi a melhor imagem que encontrei e que retrata Spin: uma espécie de cabine aberta com um espelho e uma roda de secadores que ciclicamente se ligam e nos "arejam" os pensamentos. Esta foi outra das obras que o meu rapaz escolheu para desenhar. Aqui fica.



Ana Soares

Preparar o 25 de Abril com livros

Se passar por aqui pode ler sobre "O 25 de Abril contado às crianças" de José Jorge Letria e aqui pode ler sobre João Pedro Mésseder e o seu Romance do 25 de Abril em prosa rimada e versificada, sugestões que fizemos em 2009 a propósito de livros sobre o 25 de Abril para os mais pequenos.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A Noiva - Joana Vasconcelos



A Noiva é mais uma das conhecidas obras de Joana Vasconcelos.

Feita com tampões (OB), ao longe parece um candeeiro de cristais pouco brilhantes. Ao perto, é, de facto, desconcertante. O meu filho gostou. Vá-se lá saber porque, eles não conseguem explicar bem os "porquês". Gostou e ponto. Aqui fica a sua reprodução ao lado do original.

Ana Soares

terça-feira, 20 de abril de 2010

O nome impronunciável do vulcão islandês

Eis a explicação sobre o que é que o nome do vulcão significa. Obrigada à jornalista Ana Machado do PÚBLICO que pediu um esclarecimento sobre a maneira mais correcta de escrever o nome do vulcão e recebeu esta resposta da Universidade da Islândia.

"The correct name of the volcano is Eyjafjallajokull. The volcano is under the glacier like many other volcanoes in Iceland. Some volcanos under a glacier have a proper name, but this one doesn´t. It is named after the glacier itself. Like many icelandic words the name of the glacier consists of more than 2 words. Eyja means island, fjalla means mountains and jokull is glacier. So what it really means is: the glacier of the mountains next to the islands (Westman islands)."
Ása Kolka Haraldsdóttir, Information Office - University of Iceland

O coração de Joana

Não houve desenhos do coração, mas todos ficámos impressionados com a grandeza destes corações portugueses feitos com talheres de plástico. Numa sala escura, com a Amália e o seu perfeito coração como música de fundo, foi um momento fantástico da visita à exposição de Joana Vasconcelos no Museu Berardo.



CAMÕES, O SUPER-HERÓI, EM NOVO LIVRO DE MARIA ALBERTA MENÉRES

Chega hoje às livrarias o livro para os mais novos que nos traz o poeta de “Os Lusíadas” como super-herói da língua portuguesa. O texto é de Maria Alberta Menéres, as ilustrações são de Fernanda e José Fragateiro. Editado pela ASA, o livro é uma biografia romanceada do mais conhecido dos poetas portugueses.
Quase nada se sabe, ao certo, sobre a verdadeira vida de Luís de Camões. Mas uma coisa é certa: em tudo o que até hoje se disse e escreveu sobre o assunto, a grandeza da sua poesia prevaleceu sempre como o seu maior legado às gerações vindouras e à Língua Portuguesa! E há ainda outra coisa que é certa: a sua vida foi tão recheada de peripécias e aventuras que, para os padrões da sua época, Camões bem poderia ter sido um super-herói como os que hoje povoam o dia-a-dia das nossas crianças! É desta constatação que nasce o livro “Camões, o Super-Herói da Língua Portuguesa”.

Para além do lançamento deste inédito, agendado para o dia 24 de Abril, às 16h00, na Biblioteca Almeida Garrett, no Porto, a ASA vai ainda promover uma série de iniciativas, como forma de assinalar a longevidade e multiplicidade da carreira da autora, que este ano comemora 80 anos de vida.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

30 horas depois...

Foi assim e assim.
A comitiva era grande e foi convida pela ex-ministra e actual eurodeputada Maria da Graça Carvalho, para um encontro de três dias. A professora universitária foi incansável e bem sucedida na tentativa de tirar-nos de Bruxelas. A sua equipa procurou, procurou e encontrou uma empresa de transportes espanhola que nos traria para Lisboa por terra, na impossibilidade de viajar de avião. Ao longo da viagem, Graça Carvalho foi mantendo-se a par do que se passava, preocupada com o nosso regresso. Muito obrigada!

Sábado: A partida estava marcada para as quatro da tarde mas só às cinco é que o autocarro de origem espanhola chegou à porta do hotel, em Bruxelas. Salvo erro vinha do Luxemburgo.
Na primeira paragem prevista, o primeiro atraso. Foi pedido a todos que demorassem o menos tempo possível e que cabia à consciência de cada um não prejudicar o objectivo comum: chegar o mais rapidamente a Lisboa. Eu e a colega do DN saímos numa corrida porque ao lado estava estacionado outro autocarro de onde descia uma excursão de séniores. Não me envergonho de dizer que ultrapassei as velhinhas (não derrubei nenhuma!), tudo em nome do bem comum!
Depois da maioria fazer o que tinha a fazer, da casa-de-banho às compras de comida para a viagem, e de estar sentada na camioneta, faltava um elemento. A espera foi de minutos que pareceram horas. Finalmente o futuro profissional de saúde dignou-se em aparecer, passo descansado e, ao entrar não lhe pareceu necessário pedir desculpa pelo atraso, pelo contrário ficou indignado com a possibilidade de o deixarem ficar para trás. Está a começar o estágio sobre "como deixar os doentes várias horas à espera sem culpa porque sou um senhor doutor, um pequeno deus que tenho nas minhas mãos a vida dos outros que devem agradecer a minha existência".

Como não há quem não se conheça e viajavamos em direcção a Paris foi pedido para pararmos no aeroporto para apanharmos alguém com o meu destino de viagem que nós. Lá fomos. Não foi bem um desvio mas o desconhecimento dos motoristas espanhóis do aeroporto francês fez o autocarro andar às voltas e às voltas, a entrar e a sair de terminais vazios, onde não se via uma única pessoa, carro, táxi, aquele movimento de um aeroporto internacional, mais de hora e meia. Novo atraso.
Parados à beira de uma bomba de gasolina para os motoristas se revezarem, um grupo de dirigentes estudantis insiste que tem que fumar. Na bomba?!? Devem ter faltado àquelas aulas onde se ensina que há liquídos inflamáveis.
À mais pequena paragem são os primeiros a levantar a voz devido às suas necessidades tabágicas e mostram-se bastante irritados - pouco habituados a ser contrariados, afinal são pequenos líderes -, quando lhes é dito que não e o não é justificado.

Às primeiras horas, a irritação grassa entre a parte da frente do autocarro onde estão os professores, os jornalistas e os ex-dirigentes associativos, estes têm as suas profissões, alguns quadros superiores, e que os anos deram-lhes bom senso, calma e a experiência política lhes trouxe um saber fazer, um levar a água ao seu moinho de maneira diplomática e educada; e a parte de trás, os actuais líderes, os que se forem entrevistados falam o "estudantês" e revelam grande conhecimento das leis, dos seus direitos e afins; mas que na vida real percebem muito pouco de deveres, de humildade, de solidariedade, de convivência, de viver em sociedade, com berço político mas o que beberam no leite materno foi somente a arrogância de quem acredita que é superior porque é filho do presidente da junta (não necessariamente do presidente da junta, mas lembrei-me várias vezes do Herman) e que a política é a bela arte de auto-promoção. Apesar de não ser do mesmo partido, o tal administrador da PT será certamente um modelo de vida para estes meninos.

HÁ EXCEPÇÕES, felizmente não eram poucas e ainda bem! Há rapazes excelentes, educados, bem dispostos, conciliadores. A esses desejo-lhes as maiores felicidades e votos que consigam vingar profissional e politicamente porque poderão contribuir para um país melhor.

A viagem foi correndo pela estrada fora, o dia sucedeu à noite, mais paragens, melhor convivência e tolerância entre as partes, mais alguns infortúnios como a falta de papel higiénico ou de água em determinadas estações de serviço, o dormir menos bem, a comida de plástico (não tivemos direito a catering como a comitiva do PR!), o inchaço do corpo e 30 horas depois (mais oito do que estava previsto) chegamos a Lisboa. Feliz por estar de regresso!
BW

Joana Vasconcelos no Berardo

Um domingo com uma festa de anos, uma ida a casa dos avós e pelo meio uma ida ao CCB. Foi uma animação. A exposição da Joana Vasconcelos é deslumbrante! Agradou imenso aos adultos, assim como aos miúdos que tiveram oportunidade de tocar em algumas das peças.
Prometo ir-vos mostrando algumas e como o meu filho, de 6 anos, olhou para elas, pois registou as peças de que mais gostou no seu caderno dos museus. Uma pequena malinha com lápis e um caderno apelativo. Não foi preciso mais nada para pô-los a gostar de entrar num museu. Neste, e nesta exposição em particular, foi ainda mais imediato o instinto de abrir o caderno e começar a desenhar!


Começo, hoje, pela peça intitulada "wash and go". A grande discussão entre os meus miúdos era se "aquilo" era feito com meias ou com collants. Depois, se eram os ou as collants. Arte e linguística de mãos dadas nesta visita ao Museu Berardo!

Divirtam-se ainda a ver o video.

Ana Soares

Ps - Até 18 de Maio, não percam a oportunidade!

Ps1 - Sugiro que visitem a exposição perto da hora do almoço. Depois, há sérios riscos de terem de aguardar em longas filas que se arrastam pelo pátio (ainda assim, valerá a pena!)




domingo, 18 de abril de 2010

Semestralização no Ensino Básico

Afinal, parece que há algumas escolas que já tinham adoptado a ideia da semestralização. Quem no-lo diz é Isabel Leiria na edição do Expresso deste fim-de-semana (17 de Abril). A jornalista foi ouvir quem, no terreno, aplica esta medida em disciplinas com poucos tempos semanais. Um dos exemplos dado e comentado foi o das disciplinas de Ciências e de Física e Química. Quem aplica reconhece as vantagens da medida. Quem comenta (nomeadamente os professores de História ouvidos pela jornalista) vê nela uma diminução da importância da disciplina. Escrevo de memória, pois não tenho o jornal comigo e não sou assinante do Expresso on-line. Espero estar a ser fiel às principais ideias da notícia.
Ana Soares

Para pensar

"Para as crianças é cada vez mais difícil ter a infância de que necessitariam. Todos os dias têm de aprender coisas novas, ainda que muitas continuem a ser inúteis, tem menos tempo e menos espaço para brincar, menos irmãos, menos crianças à sua volta, menos ambiente descontraído, menos alegria...

Podemos realmente pensar que têm a vida facilitada?


As crianças necessitam essencialmente de amor, de dedicação, de tempo, de paciência e de segurança. Estamos realmente em condições de lhes oferecer o que precisam? Porque, de resto, precisam de nós para isso, não de outros adultos que tentem substituir-nos ou preencher as lacunas."


María Jesús Álava Reyes, O Não também ajuda a crescer, Lisboa, Esfera dos Livros, p. 25


Para relembrar a autora e respectivo livro, leia o post da Bárbara no «bebé filósofo». Aqui.

sábado, 17 de abril de 2010

Escrita criativa na Companhia do Eu

Em Abril e Maio, um workshop de 3 sessões onde se escreverá sobre uma viagem marítima imaginária, a bordo de um cruzeiro, recorrendo à autobiografia e à auto-ficção, interagir criativamente com personagens reais e ficcionados.

3 sessões de 150 minutos
Sábado das 10h30 às 13h30
24 de Abril, 1 e 8 de Maio

€65 (+ €25 de inscrição)
Formador: Alexandre Nave
(sujeito à inscrição mínima de 5 pessoas)

Peça o Programa em companhiadoeu@gmail.com

Espera-me um dia de autocarro

Com o espaco aereo fechado, viagens de comboio esgotadas e sem carros para alugar, foi uma agulha num palheiro mas foi possivel conseguir alugar um autocarro para fazer Bruxelas - Lisboa. Estao previstas 24 horas de autocarro, sem parar e tres motoristas para se revezarem. Imagino as excursoes da escola ao Portugal dos Pequenitos e as peregrinacoes a Fatima: anedotas, cantigas, jogos, adivinhas e historias. Estou a preparar o meu reportório: "De Paris até Lisboa, o emigrante portugues...", "Vamos brindar, com o vinho verde que é do meu Portugal", "Como o macaco gosta de banana". Neste grupo parece-me que vai ser inevitável ouvir o "A mulher gorda a mim nao me convém". A ver vamos!
BW

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Como não perder um filho no supermercado, segundo a Reisenthall

A Reisenthall aproveitou a ideia que qualquer mãe tem quando anda às compras com miúdos atrás: ter um saco de compras com uma pega para os miúdos agarrarem.

Assim nasceu o motherchildbag. Vale o que vale, pois não é por por o saco da mãe ter uma pega extra, feita a pensar neles, que os miúdos se vão deixar de perder... mas não deixa de ser giro. E é verdade que às vezes apetece ter um saco destes. Vi-os à venda numa loja distribuidora da marca e encontrei-os na net. Custam cerca de 20 euros. Não comprei, mas achei que há dois anos atrás me teria apetecido comprar (ou imitar).
Ana Soares

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Os meninos belgas

No avião viajam três criancas sozinhas. Clara, 10 anos é brasileira; voou de Brasilia para Portugal e segue para Bruxelas. Ao seu lado vão dois irmãos de origem portuguesa, a viver na Bélgica desde pequenos.
"Em que série vocês estão?", pergunta.
"Série?"
"Sim, eu estou na sétima série. Primeira, segunda..."
"Classe? Ano?", perguntam os portugueses. Estão no 4.° e 6.°, concluem. Ele tem 11, a irmã 9.
"Quantas línguas falas?", pergunta o rapaz.
"Português, só uma", responde Clara.
"Eu falo português e francês. Como é que no Bresil (sic) se diz salada?"
"Salada?"
"Sim, avec carrots, letuce..."
"Não sei..."
"E caraille (sic)? E f... ?"
"Da mesma maneira", diz incomodada.
"Tu já f... alguém?", insiste ele. "Eu já". A irmã ri-se.
"Acabei de perceber que os meninos da Bélgica são piores do que os do Brasil..."; responde-lhe Clara.
Os meninos portugueses, lamentei.
BW

Mais um teclado maluco!

Em Bruxelas os teclados não são iguais aos nossos; mas têm acentos e os meus companheiros de "sala de computadores" são ingleses e não sabem se amanhã têm avião para a UK por causa do vulcão e da nuvem de fumo; na verdade eu tambem não sei... Antevejo uma confusão nos aeroportos, nos próximos dias...
BW

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O miúdo que pregava pregos numa tábua

O último livro de Manuel Alegre é imperdível.
A novela (ou seja, o texto narrativo que se situa entre o conto e o romance) é um texto com marcas autobiográficas que nos faz acompanhar O miúdo que pregava pregos numa tábua até à vida adulta.
De criança até ser avô, numa escrita circular e cativante, com constante recurso às referências literárias do autor, num intertexto que nos faz sentir também numa viagem pela literatura portuguesa.
Ao acompanhar a vida deste miúdo, somos também conduzidos pelo narrador numa viagem por um eixo paralelo que é o da reflexão sobre a literatura versus a vida.
Soberbo. Excelente para ler num fim-de-semana a saber a férias!

Ana Soares

terça-feira, 13 de abril de 2010

Autarquia introduz fruta nas escolas

As 37 escolas do 1º ciclo do ensino básico de Oliveira de Azeméis passaram a incluir, desde hoje, na alimentação dos seus alunos o consumo de maçã, pêra e banana ao abrigo do Programa «Regime de Fruta Escolar».
O lançamento do projecto, que envolve um total e 2720 crianças, decorreu a meio da manhã na EB1 do Outeiro, na freguesia de Santiago de Riba-Ul.
O programa, resultante de uma candidatura apresentada pela autarquia em Novembro de 2009 ao Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), destina-se a promover, junto da população escolar, hábitos de consumo de alimentos saudáveis.

Duas vezes por semana os alunos vão consumir peças de fruta no âmbito do projecto aprovado pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas. Até ao final do período escolar será distribuída maçã, pêra e banana, mas existe já a garantia por parte do IFAP de, no próximo ano lectivo, o leque de frutas a distribuir ser alargado.

O programa visa promover hábitos de consumo de alimentos saudáveis, reduzindo os custos sociais e económicos associados a regimes alimentares pouco sadios mas não substituindo programas já existentes, como o do leite escolar e o da distribuição de fruta nas refeições escolares.

O projecto «Regime de Fruta Escolar» resulta de uma parceria entre o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, as autarquias e os Ministérios da Saúde e da Educação (portaria nº1242 de 12 de Outubro de 2009).

Universidade de Santiago de Compostela - aulas em Galego?

Foi no já referido passeio no comboio turístico que assistimos a uma manifestação de estudantes da Universidade de Santiago de Compostela. Ostentavam cartazes que diziam que não podiam ter aulas em inglês, mas que as podiam ter em castelhano. Defendiam o regresso do Galego às suas salas de aula. A diversidade linguística é uma riqueza maravilhosa. Confesso que não entendo as quezílias que não dão espaço à manifestação desta diversidade. Segundo percebi do que li aqui, o processo de implementação do galego pelos serviços administrativos da universidade não foi absolutamente pacífico (pois o mesmo exigiu um processo de adaptação / formação) e, quanto aos professores e aulas, o castelhano continua a ser predominante. Mas não é esta uma universidade galega? Nem Bolonha justifica este facto. Não nos imaginamos em Lisboa com as aulas na faculdade todas noutra língua que não o português. Um seminário, uma cadeira ocasionalmente em inglês, por exemplo, sim, isso até é enriquecedor. Mas tudo?
Ana Soares

Aprender a educar no Porto

Programa: Aprender a Educar
Local: Universidade Católica do Porto (Campus da Foz)
Data: 16 e 30 de Abril
Hora: 21h30

Inserido no programa “Aprender a Educar”, a Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica do Porto promove, durante o mês de Abril, a discussão em torno de duas questões: “Quando o Pai e a Mãe não vivem juntos” e “Irmãos: (In) separáveis”. Os módulos, que decorrem entre as 21h30 e as 23h30, procuram incidir sobre casos práticos e serão dinamizados por psicólogos. A inscrição numa sessão tem o custo de 20 euros; já a inscrição em três ou mais tem o preço de 15 euros por módulo.

Quando o Pai e a Mãe não vivem juntos… 16 de Abril
Como se explica a uma criança que a família mudou? Como se consegue fazer entender que, apesar de o pai e a mãe não viverem na mesma casa, continuam a ser seus pais e nem todo o seu mundo se transforma? Este módulo ajuda os pais a construir respostas capazes de atenuar as reacções e os medos dos filhos, apoiando-os neste tipo de transições familiares.

Irmãos: (In) separáveis 30 de Abril
Um irmão facilita o desenvolvimento da criança e favorece a sua relação com os outros. No entanto, por vezes, é difícil explicar aos mais pequenos que a chegada de outra criança é positiva. Este módulo ensina os pais a lidar com a situação, de forma a gerir as diferenças e promover uma atitude positiva no seio familiar.

Endereço para inscrições:
http://www.porto.ucp.pt/site/custom/template/ucptplpag.asp?SSPAGEID=284&lang=1&artigoID=2402

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Concurso de professores

Sobre o concurso de colocação de professores que hoje começou pode ler mais aqui. Fenprof apela a que os docentes não apresentem as suas candidaturas, invocando irregularidades.

Update após as férias da Páscoa

Bom, vamos lá ver, então, que novidades nos trouxeram as férias da Páscoa no que diz respeito à educação.

1. Segundo o jornal Expresso de três de Abril, parece que se confirma
a) a morte da Área de Projecto no 3º ciclo;
b) a reestruturação do Estudo Acompanhado (que será, talvez, só para alguns alunos);
c) a semestralização de algumas disciplinas (a senhora ministra referiu a História e a Geografia, mas pode deduzir-se que o mesmo se pode aplicar às restantes disciplinas com pouca carga semanal);
d) a recusa em aumentar a carga horária da Matemática e do Português, embora continuemos a ser dos países onde a carga horária atribuída à língua materna é mais baixa.

2. Os conteúdos curriculares de Educação Sexual já foram publicados em DR. Pode ler mais sobre este tema na notícia do PÚBLICO.

Ana Soares

domingo, 11 de abril de 2010

Galiza e Santiago de Compostela

Foi, então, por terras galegas que andámos estes dias. Saímos às seis da manhã, com destino último a Santiago de Compostela, com os miúdos ainda de pijama, para que dormissem ainda um bom bocado na viagem e a mesma lhes parecesse mais pequena. O pequeno almoço para despertar e o trocar de roupa ainda em Portugal. Passámos o rio-fronteira já todos acordados. Aprendemos as cores da bandeira de Espanha. Treinámos dizer obrigada. Uma grande emoção para os mais pequenos: estar noutro país e ir dormir fora de casa! Para os pais, a emoção de uma aventura a quatro. Gostamos de visitar, passear, andar de carro, mas os tempos dos miúdos nem sempre são compatíveis com os objectivos que nos propomos para cada etapa da viagem. Agora que ela já tem três anos, pareceu-nos que podíamos arriscar. E, de facto, correu bem. É claro que tivemos de nos ajustar, parar também em parques infantis e em Noia, junto à costa, até fizemos os quatro o nosso piquenique dentro de um grande barco - um equipamento de um parque infantil!
Ana Soares

sábado, 10 de abril de 2010

Educar em americano (outra vez) no PÚBLICO

Os dois últimos textos sobre os EUA estão hoje no PÚBLICO.
Este é sobre o ensino tecnológico e este reflecte o que o video em baixo espelha ainda melhor (!): o despedimento dos professores. Na Califórnia há uma petição para que se deixe de cortar na educação e, neste video, a actriz Megan Fox é confundida com uma professora pelos alunos de uma escola básica onde, nos dois últimos anos houve cortes orçamentais. A ver.



Os últimos agradecimentos ao Departamento de Estado dos EUA e à Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento pela experiência proporcionada. Obrigada!
BW

Galiza - Zeca Afonso

Estivemos pela Galiza de férias. Nos próximos dias, vou deixar-vos alguns apontamentos sobre a nossa viagem.
A primeira curiosidade tem a ver com as vantagens dos "comboios turísticos". Estas viagens são, a meu ver, uma boa escolha pois agradam a graúdos, que desta forma conseguem uma panorâmica geral sem terem de andar a arrastar os mais novos, e agradam também a estes que se sentem numa aventura. Além disso, ao contrário do que se poderia pensar, descobrem-se curiosidades nestes passeios. Ora vejam, no circuito por Santiago de Compostela, no comboiozito turístico, passámos por um jardim com o nome de José (Zeca) Afonso. Sim, o nosso Zeca Afonso. Não consegui tirar a máquina a tempo de tirar uma foto para colocar aqui. E foi por puro acaso que reparei na placa, pois a guia não assinalou o facto nem li sobre o mesmo em nenhum dos guias que consultei. Não consegui saber enquanto estávamos em Santiago o motivo da homenagem que, naturalmente, me agradou. Para além das características humanistas reconhecidas a Zeca, aqui fica, então, em galego, o motivo mais concreto para esta atribuição:

"José Afonso escolleu ademais a cidade de Santiago para interpretar por vez primeira en público con carácter de estrea mundial a súa canción “Grândola, vila morena”, no recital celebrado no Burgo das Nacións na tarde do 10 de maio de 1972. Esa canción converteríase, sen el sabelo nin pretendelo, dous anos máis tarde no sinal e símbolo da Revolución do 25 de abril, que derrubou á dictadura e devolveu a liberdade ó pobo portugués nun dos acontecementos máis fermosos da historia contemporánea.

A canción “Grândola, vila morena” e a figura de José Afonso representan pois os mellores anceios de liberdade, igualdade e fraternidade que aniñan nos corazóns de tódolos demócratas, sentimentos que temos a obriga de promover e defender
."

(abaixo assinado de um grupo de intelectuais galegos que deu origem à atribuição do nome de Zeca Afonso ao jardim)

Ana Soares

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O exemplo da Finlândia

A ida aos EUA fez-me compreeder o quanto os resultados dos alunos nos testes internacionais levados a cabo pela OCDE, como o PISA e o TIMMS têm repercussões nas decisões políticas dos países.
Algumas reuniões fizeram-me recordar uma das primeiras, se não a primeira, conferência de imprensa convocada por Maria de Lurdes Rodrigues, no início do seu mandato, em que apresentou um estudo feito pelo Ministério da Educação, com base nos resultados da OCDE e delineou algumas das medidas a tomar nos anos seguintes.
Na altura fiz um trabalho sobre os modelos da Finlândia e da Coreia do Sul, dois dos países com resultados mais consistentes nesses estudos, sempre no topo da tabela. Quais eram os seus segredos? Para pena minha nunca fui a nenhum dos países, em vez disso, falei com finlandeses e coreanos em Portugal, nomeadamente os responsáveis das respectivas embaixadas!
Os dois sistemas não têm nada a ver! Os meninos coreanos fartam-se de trabalhar, os finlandeses nem por isso!
Ontem, MVL, um leitor do educaremportugues, enviou-me este link e eu fui ainda espreitar este.
Obrigada!
BW

Educação Ambiental

Uma ajuda para os professores está aqui. Trata-se de um manual para professores e educadores mas que também pode ser lido pelos pais e mesmo pelos miúdos quando na escola lhes propõem um trabalho sobre o ambiente. Há propostas de actividades para fazer e tudo!
O educaremportugues tem entre os seus leitores incondicionais a coordenadora do mesmo!
BW

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Desconstruir o bullying

Leia aqui e, caso precise, contacte e conte com a equipa de Margarida Gaspar de Matos, da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa.
BW

educar em americano na blogosfera

Mais olhares sobre os dez dias nos EUA podem ser lidos aqui (procure os post de Suzana Toscano) e aqui. Por estas bandas também gostamos de conhecer todos os que participaram neste programa!
BW

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Manual Escolar 2.0

O Educaremportugues foi citado aqui. Obrigado

Mudar a sala da aula...

... pode ajudar a combater a indisciplina mas também o desinteresse dos alunos, conforme se pode ler aqui .
BW

Paula Rego em Évora

Todos os motivos são bons para visitar Évora. Aqui fica mais um: a exposição de Paula Rego na Fundação Eugénio de Almeida.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Inquérito da IGE sobre o caso de Leandro

Leandro, de 12 anos, saiu da escola pelas grades e não pelo portão da escola, os amigos esses sairam pelo portão, atrás dele, em direcção às margens do Tua. O inquérito realizado pela Inspecção-Geral da Educação (IGE) iliba a escola de Mirandela (que durante todo o processo se manteve em silêncio) de qualquer responsabilidade e não confirma que o menino fosse vítima de agressões. Apesar disso, diz que naquele dia, Leandro envolveu-se em dois incidentes com outros colegas no interior da escola mas a investigação não concluiu se houve agressão porque as declarações dos alunos envolvidos são contraditórias (provavelmente os presumíveis agressores terão negado tê-lo feito). Para a IGE a escola portou-se bem em todo o processo e será necessário reforçar as condições de segurança da mesma. Pode ler mais aqui .
BW

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mais leituras sobre a adolescência

Pequenos livros, de Maria Gabriela de Sousa Silva e editados pela Coisas de ler, com cerca de 60 páginas, num registo pessoal e intimista, que nos levam a uma reflexão pessoal sobre os temas específicos de cada volume:


- Os Sonhos dos Adolescentes;

- O Prazer da leitura na Adolescência;

- O Ser e o Estar na Adolescência.


Qualquer um dos volumes é complementado por interessantes, mas frequentes citações de poetas e autores vários: João dos Santos, Ruben Alves, Fernando Pessoa, Daniel Pennac, etc.

Do volume dedicado à leitura, destaco os dados estatísticos que a autora apresenta sobre o que os adolescentes lêem. Do volume sobre o Ser e Estar, destaco o estudo da "identitária" do adolescente feita a partir de cerca de 800 questionários.

Uma leitura leve, rápida, mas agradável sobre esta difícil fase do desenvolvimento humano.

Ana Soares

domingo, 4 de abril de 2010

Miguel Torga no dia de Páscoa

"Depois do Inverno, morte figurada,
A Primavera,
uma assunção de flores.
A vida Renascida
E celebrada
Num festival de pétalas e cores."

Miguel Torga, "Glória", Abril de 1985 - diário XIV

Fazer sondagens nas escolas

A ideia é engracada e podia ser aproveitada por mais escolas. Fazer sondagens.
Neste caso, as perguntas foram feitas à comunidade de uma escola rural em Turner Falls, Massachussetts, aqui ficam alguns dos resultados:
94 por cento não autorizamos os nossos adolescentes a beber álcool
93 por cento falámos sobre sexo com os adolescentes, o ano passado
91 por cento falámos sobre que atitudes e acções tomar para ver o melhor no nosso próximo
Havia mais conclusões espalhadas pelas paredes dos corredores da escola, mas fixei estas.
BW
PS1: Uma escola rural é uma escola no campo (!) que recebe alunos diferentes dos do meio urbano e por isso com uma população mais homogénea (embora em alguns casos comece a mudar) e, por isso, com outras necessidades.

sábado, 3 de abril de 2010

Educar em americano no PÚBLICO

O primeiro texto da América pode ser lido aqui .

Recados que fui apanhando 3

Numa sala de aula, afixado na parede em letras azuis garrafais:
Be respectful
Be prepared
Be safe
Use proper language
BW

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Julie and Julia versus Ana e Bárbara

1 ano, 654 posts, 104.804 visitas.

Parabéns a nós!
Obrigada, leitores.

Foi no Dia do Livro Infantil que eu e a Bárbara decidimos lançar o nosso blog. Faz hoje um ano!

Quando vi o filme Julie and Julia imaginei logo o post comemorativo do primeiro aniversário do Educar em Português, embora a nossa missão não termine hoje, ao contrário da de Julia Powell, a jovem "blogger" do filme, que terminou após cozinhar as 524 receitas em 365 dias.

Por outro lado, é verdade que não desossamos patos como Julia Powel - mas aqui falamos de problemas bicudos como a suspensão dos novos programas de Língua Portuguesa do bullying.

Não pusemos em perigo os casamentos - até porque os maridos contribuíram muito para o sucesso deste ano.

Não deixámos queimar Beef de Bourguignonne - mas reescrevemos muitos posts e trocámos muitos mails e comentários para remediar o que pudesse estar menos bem.

Não estávamos perdidas nem frustradas com os nossos empregos e profissões - porque somos profissionais e mães felizes, mas encontrámos aqui mais um projecto que nos realiza.

Então, por que motivo pensei neste post quando vi o filme?

Fi-lo pois a paixão pelo que fazemos me pareceu idêntica à que caracteriza tanto Julia (a jovem que decidi reescrever as receitas no seu blog) como Julie (que se apaixonou pela cozinha francesa e criou a Bíblia da culinária parisiense).

E porque me alegrei com o facto de este projecto não ser um projecto tão solitário como o das personagens do filme, mas antes um projecto a quatro mãos e duas amigas.

Ana Soares



Recados que fui apanhando 2

No departamento responsavel pela gestao das escolas publicas de Springfield, Massachussets, h'a um grafico de barras com o nome de todas as escolas e os seus resultados, nao muito famosos. Nao 'e uma folha de excel mas uma enorme folha de papel cenario com as barras pintadas a caneta de filtro, enormes, expostas 'a vista de todos. Ao lado est'a uma pequena folha com cinco regras para a percepcao dos resultados:
1. I understand the results
2. I understand my responsability in the results
3. I understand what needs to be done differently to get different results
4. I'm able to implement the changes to get different results
5. I understand the new results
BW
PS: Continuo sem acentos!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A aventura americana termina hoje...

... mas nos proximos dias ainda aparecerao mais alguns posts, escritos por estes dias mas agendados, como que para fazer durar a experiencia!
O balanco so pode ser positivo! Foi bom ter falado com tantas pessoas diferentes, visto algumas escolas. Uma pena nao termos visto mais porque 'e no terreno que se sente se as coisas funcionam ou nao!
O programa foi muito intenso, com muitos encontros e muita informacao que ainda estou a digerir, que exige fazer pesquisa. Com reunioes a comecar cedo, visitas, conversas, viagens de um lado para o outro e, muito cansativo, mas 'e um cansaco bom!
O que 'e que se pode aprender com o sistema educativo americano? A ser mais responsavel. 'E a responsabilidade dos directores, dos professores e dos pais que me espantou. 'E o empreendedorismo, a angariacao de fundos, o querer mais e melhor para os estudantes que me fez admirar o sistema. 'E o sistema todo ser avaliado e nao apenas os alunos, mas os outros intervenientes. 'E os professores terem que fazer prova de entrada na carreira e ter de a repetir de cinco em cinco anos (como acontece em Massachussetts), serem avaliados e, caso as coisas nao corram bem, saiam do sistema.
Contudo, eles reconhecem, ainda ha muito a fazer - eles tem pessimos resultados nas avaliacoes internacionais e essas fazem os paises pensar sobre o que 'e que devem fazer para melhorar - e nao tenhamos ilusoes, os problemas sao iguais: como combater o abandono, o insucesso, como fazer os alunos aprender, como combater a violencia, a desigualdade de acesso 'a educacao, a gravidez adolescente, o desinteresse das familias, a pobreza, a falta de financiamento das escolas. Tudo isto multiplicado por milhoes e milhoes de alunos.
Por esta experiencia tenho de agradecer ao Departamento de Estado dos EUA e 'a Fundacao Luso Americana para o Desenvolvimento, sem os quais nao seria possivel fazer esta viagem. Muito obrigada.
BW