Foi no já referido passeio no comboio turístico que assistimos a uma manifestação de estudantes da Universidade de Santiago de Compostela. Ostentavam cartazes que diziam que não podiam ter aulas em inglês, mas que as podiam ter em castelhano. Defendiam o regresso do Galego às suas salas de aula. A diversidade linguística é uma riqueza maravilhosa. Confesso que não entendo as quezílias que não dão espaço à manifestação desta diversidade. Segundo percebi do que li aqui, o processo de implementação do galego pelos serviços administrativos da universidade não foi absolutamente pacífico (pois o mesmo exigiu um processo de adaptação / formação) e, quanto aos professores e aulas, o castelhano continua a ser predominante. Mas não é esta uma universidade galega? Nem Bolonha justifica este facto. Não nos imaginamos em Lisboa com as aulas na faculdade todas noutra língua que não o português. Um seminário, uma cadeira ocasionalmente em inglês, por exemplo, sim, isso até é enriquecedor. Mas tudo?
Ana Soares
Bom dia, nem de propósito recebi a seguinte informação:
ResponderEliminar"Convite
A Asociación Couto Mixto de Bruxelas
convocan á presentación da Plataforma "Queremos Galego", con motivo do programa de traballo que van manter en varias institución europeas, para explicar a grave situación pola que está a pasar a Língua Galega despois da presentación do Decreto do Multilingüismo polo Goberno da Xunta e debater co público as diversas accións que se están a realizar na Galiza e no exterior en defensa do Galego.
A delegación está composta por catro representantes da Plataforma, representantes da sociedade civil de varias das 700 asociacións, entidades e partidos políticos que forman parte da mesma, como son Xurxo Souto- cantante e activista cultural e radiofónico, en representació n do mundo cultural, Carlos Callón - de A Mesa-, en representació n das asociacións de defensa da lingua, Anxo Louzao- CIG Ensino- en representación do ensino, e Bieito Lobeira -Deputado do BNG no Parlamento de Galiza, en representació n dos/as asinantes da Iniciativa Lexislativa Popular.
Porque QUEREMOS GALEGO, VEN E PARTICIPA!
Na Orfeu, Rue du Taciturne, 43, 1000 Bruxelles
Terça, 13 de Abril de 2010, às 19 horas"
É uma língua bonita, a galega!BW
Giro, eu sou aluna da universidade de Santiago de Compostela, e sempre que lá vou, o meu orientador fala galego, eu português e por vezes discutimos textos em castelhano. Eu sou apologista da diversidade linguística, ou antes de todas as diversidades, sejam elas biológicas, de pensamento, religiosas etc...
ResponderEliminarSe na Catalunha as aulas são em catalão, porque não na Galiza em galego, com uma ligeira ressalva, que os alunos que não falam essas línguas, tenham na universidade um curso de galego para que possam entender e expressar-se na língua oficial da terra.
E pronto, foi somente uma pequena reflexão...
A situação resume-se de modo muito simples: ao contrário do catalão, o galego é e será sempre tratado como língua de segunda classe na Espanha. Isto por dois motivos: o primeiro devido ao fraco peso económico da região galega e o segundo porque o galego não é uma língua separada como o catalão mas um co-dialecto com a língua portuguesa.
ResponderEliminar"Não nos imaginamos em Lisboa com as aulas na faculdade todas noutra língua que não o português."
ResponderEliminarMas é o que temo esteja quase a acontecer. Cursos há em que as aulas são maioritariamente em inglês, e isto está a ser levado ao que considero ser um extremo. Saibamos parar a tempo.
Eu discordo de quem diz que galego e português são codialetos!! (Notem a nova ortografia, também!) Em galego, "meiga" não significa o mesmo que em português: dócil, afável, amável. Significa bruxa, maga. Ademais, ambos têm conjugação verbal diferente, gramática e literatura próprias. São línguas distintas, na atualidade! Sou brasileiro, e falo português, não galego, embora tenha havido uma literatura e língua comum a Portugal e Galiza na época do Trovadorismo... Hoje em dia, é utopia chamar galego e português de dialetos! Dialetos são as variantes de Português existentes em Portugal, Angola, Moçambique, Brasil...
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