domingo, 9 de maio de 2010

Pagamento do colégio

Eu não quero que o Estado me pague o colégio dos meus filhos. A opção pelo privado foi uma decisão familiar, por isso, ainda que a Constituição da República Portuguesa fale da gratuitidade do ensino obrigatório (que agora é até ao 12.º ano ou aos 18 anos de idade), eu faço questão de pagar o colégio. Gostava é que o Estado quando faz o acerto do IRS me devolvesse a parte que desconto para ser aplicada na Educação ou então que a entregasse ao colégio onde tenho os meus filhos. São duas sugestões. Entretanto fico sinceramente feliz por se estar a recuperar os velhos liceus e a construir melhores escolas. Sinto que o dinheiro que desconto está a ser bem aplicado.
BW

4 comentários:

  1. Está enganada. Não estão a recuperar os velhos liceus. Estão a dar cabo deles, a desfigurar edifícios funcionais e com valor patrimonial simplesmente para dar dinheiro a ganhar a uns quantos e enganar muitos mais.

    O dinheiro que desconta quando paga impostos está, isso sim, a ser desbaratado. O governo que gasta o orçamento da educação em empreitadas de construção civil é o mesmo que recusa diminuir o número de alunos por turma, isso sim, uma medida que teria impacto positivo na qualidade do ensino e das aprendizagens.

    Senhora jornalista, por favor não queira ser, porque isso não dignifica o seu trabalho, uma mera caixa de ressonância da propaganda governamental. Informe-se e informe-nos.

    ResponderEliminar
  2. O PÚBLICO tem escrito vários, variadissimos trabalhos, aliás muito mais do que qualquer outro meio de comunicação social, sobre a empresa Parque Escolar: as obras dadas aos colegas, sem concurso público. Também temos escrito sobre as obras feitas à pressa e mal. Mas também temos escrito bem porque há coisas cuja a concepção, a ideia, a arquitectura é boa; bem como a intenção de apetrechar as escolas com os melhores equipamentos tecnológicos. Eu já visitei obras da Parque Escolar e posso dizer-lhe que o que vi era bom e visitei obras diferentes: a do mais antigo liceu de Lisboa, o Passos Manuel, uma obra de regime, em que as janelas e portas foram recuperadas com madeiras antigas, em vez de substituidas por aluminio; e escolas mais novas. Nao é fácil agradar a todos e é isso que o PÚBLICO faz: manter a imparcialidade, identificar e denunciar o que de mal se faz. BW

    ResponderEliminar
  3. É justo reconhecê-lo: o Público destaca-se na imprensa portuguesa pela atenção que dá às matérias educativas.

    Mas eu insisto no meu ponto: investimento em educação é apostar nas pessoas que diariamente ensinam e aprendem nas escolas. Não é esbanjar dinheiro em obras inúteis e supérfluas.

    O facto de se fazer bonito em duas ou três escolas para mostrar aos jornalistas ou a outros convidados é apenas um exercício da principal especialidade deste governo: a propaganda.

    ResponderEliminar
  4. Concordo com os seus dois primeiros parágrafos! Mas discordo do terceiro: as obras não são só para os jornalistas e convidados verem, as obras são para os professores e alunos usufruirem. Acredito sinceramente que se ambos tiverem um melhor ambiente de trabalho, a aprendizagem terá necessariamente que correr melhor! Acredito que um aluno com frio não aprende tão bem como um que tem a sala climatizada; que um professor trabalha melhor numa sala cujas paredes abafam o som, do que numa onde as palavras, os risos e os gritos dos miúdos ecoam. Por isso, as obras deviam era ser mais e feitas com toda a seriedade/qualidade para não termos que noticiar que chove na escola nova! BW

    ResponderEliminar