domingo, 30 de maio de 2010

Conversa entre primas

M - No teu colégio aceitam crianças deficientes?!
L - Sim... É um colégio católico... - com aquele ar "é evidente".
M- Mas o meu também é e se eu chumbar vou ter que sair...
L - No meu não!
O "católico" de universal, de fraternidade entre pessoas, de tolerância, de amor ao próximo não se aplica a todos, sejam colégios, sejam pessoas.
BW
PS: Se "deficientes" vos escandalizar, lamento mas elas ainda não sabem o que são crianças com necessidades educativas especiais, que é o caso.

6 comentários:

  1. Mas os rankings das escolas ainda só traduzem notas! Temos que construir um ranking que valorize os valores da fraternidade, da tolerância, da humildade, amizade e outros valores que tentamos passar aos nossos filhos e que os faz crescer como pessoas. Deixaríamos de ver no topo das listas os nomes que estamos habituados a ver que já conhecemos, e que até ambicionamos que os nossos filhos frequentem no intuito de queremos o melhor dos melhores para eles.
    Todos somos Homens e todos erramos e os colégios católicos têm à sua frente homens e mulheres como os outros colégios, erram como todos os outros, não olhemos a rótulos.

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  2. Relativamente ao post, por algumas reacções que tenho recebido, consta que os colégios privados, católicos ou não, discriminam os alunos com necessidades educativas especiais (NEE), não os aceitando.
    Seria importante proceder a um estudo, ou um simples levantamento, do número de alunos com NEE que frequentam os colégios privados e, também importante, as medidas de que beneficiam.

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  3. choca-me mais a discriminação da escola. não conhecia a versão do "x chumbos = expulsão", mas conheço várias situações de "tolerância/encobrimento" que não é melhor. um estudo, como o referido por JAS parece-me urgente, principalmente porque, cada vez mais, podemos identificar estes casos precocemente e levá-los a bom porto.

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  4. os colégios são privados e por isso podem escolher os seus alunos. Não são obrigados, como a escola pública, a receber e a ter condições para todos os estudantes. E hão-de sempre resguardar-se neste princípio. Choca-me mais que depois de admitidos os alunos, ao primeiro problema de aprendizagem ou de comportamento a solução seja convidá-los a sair. Aí penso que não estão a cumprir a sua primeira função que é a de ensinar. BW

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  5. A legislação relativa à Educação Especial, e aos alunos com NEE, é clara quanto ao âmbito de aplicação: todos os estabelecimentos de educação, públicos, privados ou cooperativos! Não poderá o Ministério da Educação tomar posição perante situações de rejeição ou "convite" a abandonar as instituições privadas só pelo facto do aluno ser NEE?! Pelos relatos que me têm chegado, o Ministério da Educação não tem tomado posição, infelizmente.

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  6. Independentemente da questão da educação especial, que só por si merece outro tratamento, para além dos convites a sair no caso dos privados, o maior problema é os que são forçados a sair nas escolas públicas. O ministério fecha os olhos em ambos os casos, como é que dentro da mesma área geográfica e residencial existem escolas que resultados (ao nível dos exames nacionias)tão díspares, como é que é possível que os agrupamentos consigam fazer selecção dos alunos? Não me choca que os priovados convidem a sair sabendo que fizeram testes para aceitar esse aluno, esses não nos enganam, aí já sabemos com o que contamos e temos que proteger as crianças dessas situações!

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