quinta-feira, 4 de março de 2010

Guias para pais

Fiz este trabalho mas, infelizmente, não pude usar muitas das declarações que recolhi, aqui ficam algumas:
"A perplexidade com que alguns pais olham para os comportamentos dos filhos, sendo incapazes de os descodoficar, de os valorizar, de ter uma resposta adequada e de entender a via que esses comportamentos (e a resposta dos adultos) pode ir fazendo no percurso da vida da criança, leva a que adoptem uma atitude desculpabilizadora em relação aos filhos, pensando que "mais tarde se verá" e que "coitados, não fizeram por mal".
E não o farão, mas a condição humana não é totalmente boa e, dentro de nós existe (ou existiu) um sério candidato a tirano, narcísico e omnipotente, que se não for devidamente posto no lugar, em idades tão precoces como a partir dos nove meses de vida, reforçará o ser maldoso e escravizador que existe em nós, sendo cada vez mais autocrata e pouco empático e, abafando a outra parte da pessoa: a que é solidária, altruísta, bondosa e "pobre dos outros". (...)
Acresce que o receio de que "cresça, se revolte e vá para adroga", faz com que os pais se amedrontem e não façam frente ao pequeno tirano, que ao ouvir não respinga, grita, insulta, cospe, morde, arranha e bate a seu bel-prazer"

Mário Cordeiro, pediatra

"O "não" está na moda por razões sociológicas. Alguns de nós (sobretudo na classe média) sentem com pesar o declínio acentuado de valores tradicionais como a disciplina. Esse sentimento de orfandade já vem de longe, e não por acaso caiu o Carmo e a Trindade quando Vicente Jorge Silva se atreveu a falar da "geração rasca". Prefiro colocar o ênfase não na geração, mas nos pais: Permitimos que isso acontecesse e elegemos sucessivos governos que prolongaram no sistema de ensino um laxismo que já era muito lá de casa. (...)
Os filhos têm de ser amados ferozmente e isso vai dar-lhe toda a segurança que precisam. Mas esse amor construtivo passa justamente pelo fornecimento de um quadro de valores sólido, válido, dentro e fora de casa, que só pode ser aplicado conm a persistência do "não"."

José Prata, editor da Lua de Papel

"Os pais que se dedicam só aos filhos cometem um erro tremendo. Esses pais esquecem-se que são um modelo para a criança e que por isso devem ter hobbies, fazer coisas de que gostam, ter interesse pela sua profissão. Os filhos são importantíssimos mas não são a coisa mais importante do mundo."

Paulo Oom, pediatra

Confesso que quando ouvi esta última frase, fiquei em silêncio.
BW
PS: Entretanto, leia a entrevista à psicóloga María de Jesús Álava Reyes, que diz que os miúdos hoje são menos felizes; e do pediatra Eduard Estivill e da criativa Yolanda Saenz de Tejada que defendem que o tempo que se passa com os filhos deve ser de qualidade.

2 comentários:

  1. Bem, fiquei chocada, pensei q iria encontrar comentérios de mães e de pais desesperados, é importante partilhar as nossas experi~encias, é importante saber q por aí á mais mães desesperadas por não saberem como lidar com os filhos.A minha só tem 2 anos, e o que ao início parecia uma coisa passageira transformou se no normal. birras com recurso a muito choro, a gritos, gritos q fazem a quem está a ouvir de fora pensar q aquela criança está a ser mal tratada pelos pais.de ínicio parecia uma coisa normal, birra normal, agora começo a perceber que são simplesmente pequenas amostras de falta de educação, de egoísmo e falta de respeito para comigo e com o pai, na rua, em casa, seja onde fôr, com direito a magoar se prepositadamente para assim ter a nossa atenção e "piedade". posso dizer que num abrir e fechar de olhos passar o fim de semana com a minha filha começou a ser mais cansativo q toda a semana de trabalho. o meu fim de semana é exaustivamente pensado para evitar cenas e para poder dar o máximo de atenção, pq não consigo fazer mais nada, sempre que é contrariada é uma gritaria que nunca mais acaba, e mesmo assim ela preciste, dia após dia a birra aumenta, aqueles pulmões ganham cada vez mais força, e é impressionamte vêr como é capaz de suster a respiração durante tanto minuto para depois soltar o derradeiro grito. Acho que não são só as crianças que precisam de ajuda mas os pais também precisam, porque ficamos derradeiramente abalados, altera nos os sonos, influência a nossa produtividade e desempenho no trabalho, causa conflito na relação, e impede nos de sermos bons pais.
    O comportamento na creche é exemplar, a menina mais bem comportada da sala, a mais obediente, a mais amiga de todos, a que menos conflitos provoca, a que menos chamadas de atenção necessita, a que melhor sabe brincar em grupo e individualmente, a que melhor e mais rápidamente absorve os jogos educativos, e em casa o pior dos comportamentos

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  2. Já conversou com o pediatra sobre o assunto? Era bom ouvi-lo e quem sabe falar com um psicologo. Ouvi recentemente que a educação dos nossos filhos e os seus problemas estão muito relacionados com a nossa própria educação e com as nossas questões menos bem resolvidas quando eramos crianças. Foi uma psicóloga que me disse isto e parece-me que faz algum sentido. Não faço ideia do que é que se passa com a sua filha mas não acredito que faça tudo isso só por uma questão de afirmação (embora possa ser isso), quem sabe as coisas não são bem como dizem na creche ou ela sentir-se-á tão controlada na escola que precisa de descomprimir. Quem sabe não sente a atenção necessária por parte dos pais, alguma insegurança e por isso faz essas birras... O melhor é falar com um especialista. Boa sorte e que os dias com ela sejam os melhores da sua vida! BW

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