sábado, 25 de junho de 2011

Crise, crise, crise...

"Como é que estão? Já viram a Grécia? Acham que vos vai acontecer a mesma coisa? A nós estão-nos sempre a dizer que vai melhorar, vai melhorar, mas não vemos a luz ao fundo do túnel...", diz-me uma espanhola, abanando a cabeça, desanimada.
"Eu acho que estamos pior do que vocês, só que o Governo mantem-nos enganados. Já não há dinheiro, de certeza!", atira outra espanhola.
"A Europa vai acabar? Depois da Grécia, da Irlanda e de vocês, vai ser a Espanha e depois a Itália e chegará à França? A Bélgica já está sem Governo há um ano...", diz-me um francês, dando um arrepio logo de seguida e quase que engolindo em seco.
A Ecofin, o FMI, a Comissão Europeia, as agências de rating, a crise económica, a bancarrota, a corrupção, os obbies, a tentativa dos EUA de se erguerem e de esmagarem a Europa ou serão os países emergentes que nos estão a lixar? As palavras são as mesmas, sejam ditas em inglês com sotaque nórdico, francês, espanhol, irlandês ou escocês.
As frases voam e na minha cabeça permanecem as imagens dos pedintes nas ruas de Copenhaga.
Não devíamos estar a discutir sobre educação?
BW

3 comentários:

  1. Mas a Educação passa por aqui e por isto, ou melhor, isto passa-se através da (des)Educação...

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  2. Boa, Bárbara Wong!
    Realmente, no nosso país, andamos sempre com as prioridades trocadas.

    Está à vista de todos!

    Um abraço e bfs

    Nazaré Oliveira

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  3. Engraçado, tu vais para fora para trabalhar educação e eu vou para trabalhar florestas. Mas as perguntas e os comentários são os mesmos. Em Maio estive na Grécia e antes de partir, todos me diziam "vê lá como é que eles estão a aguentar a troika". E eu lá fui e vi as dificuldades. Mais tarde diziam-me os gregos "Vocês é que estão bem. Estão a aprender com os erros que cometeram connosco e agora vai ser mais fácil Portugal sair da crise".
    Pergunto-me, será?
    E pergunto-me novamente, com a tua frase que me agrada: "Não devíamos estar a discutir sobre educação?"

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