Numa acção promovida pela Texto Editores, tive oportunidade de ouvir Joaquim Segura, coautor dos Novos programas de Português do Ensino Básico, apresentar algumas linhas de leitura do referido documento. Das mesmas, destaco a chamada de atenção para o risco da escola estar a privilegiar actividades de leitura em detrimento da apropriação e fruição dos textos, nomeadamente dos textos literários. Concordei em absoluto.
Na aula de Português pode e deve ler-se. Não apenas para treinar técnicas de leitura e análise, mas também para estimular o gosto pela leitura. E esse gosto nem sempre é estimulado quando os textos são "afogados" em questionários infindáveis.
Que também existam nas aulas momentos de leitura. Que a escola, e em particular a aula de língua materna, proporcione momentos de encontro com as palavras e com os textos.
Ana Soares
Infinito % de acordo consigo. Falta é tempo.
ResponderEliminarAliás, durante a formação efectuada em 2010 a propósito dos novos programas, o grupo de que fiz parte insistiu imenso em aumentar a carga horária da disciplina de Português, não só porque, na nossa opinião, os ditos o exigiam, mas para proporcionar momentos de leitura, isto é, para permitir ao aluno pegar num livro e lê-lo. Cada um o seu, incluindo o professor, que facilmente se sentaria na sua secretária ou ao lado de um aluno, «sacaria» do seu livro, abri-lo-ia e... leria.
Sabemos no que estamos e para onde caminhamos. Valham-nos as bibliotecas escolares, que, por pouco que façam, sempre proporcionam actividades de contacto com o livro e a leitura.
Pois é. Temos Novos Programas, mas uma carga horária Antiga!
ResponderEliminarAS
O principal, que é a motivação para a leitura, a exploração do texto, a descoberta...está muito espartilhado pelos exercícios-orientações que habitualmente se encontram no manual e que os professores seguem.
ResponderEliminarMuitos desses professores estão muito presos a esses "formatos", o que dificulta desde logo a criatividade e intervenção dos alunos.
Aguardava sempre as aulas de Português com uma alegria imensa!
No colégio, o meu professor, ensinou o que devia ensinar. Sobretudo, preocupou-se em fazer de nós bons exploradores do texto, despertando-nos para uma oralidade correcta e para o fascínio da escrita.
Deslumbrou-me.
Muito obrigada, Senhor Professor.
Nazaré Oliveira