sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Governo corta nos apoios ao ensino privado

Tenho uma boa escola pública perto de casa. Os meus vizinhos da frente, do outro lado da rua, podem mandar os seus filhos para essa escola. Eu não, que moro deste lado da rua, pertenço a outra que fica mais longe e é menos boa, para não dizer má (não se pode dizer que as escolas são más. Será que se pode dizer que são mal frequentadas?, também não).
Os meus filhos estão no ensino privado, num colégio que fica ao lado da tal escola boa. Os meus filhos fazem parte dos 56 por cento de alunos que não recebem qualquer apoio do Estado para frequentar o privado. Só têm o apoio dos pais que também não trabalham no sector público.
Já tentei beneficiar de um contrato simples (o Ministério da Educação dá uma quantia simbólica aos pais, dependendo de uma fórmula que é aplicada ao rendimento da família) mas, aos olhos do Estado, sou rica e nem um cêntimo para esta pobre mãe. Em contrapartida, não posso pôr todas as minhas despesas com Educação no IRS porque há um tecto e, para o ano, esse vai baixar o que significa que apresentarei ainda menos despesas (embora elas existam). Tudo somado: eu pago a educação dos meus filhos e dos filhos de outros que os têm na escola pública. Tudo bem, sou caridosa, posso fazê-lo e hei-de ganhar o céu.
Agora, fico um bocadinho irritada com o discurso da dor de cotovelo, de quem não vê além do seu umbigo. Ou seja, irrita-me quem diz: Vão cortar no ensino privado? Acho muito bem! O Estado tem que investir é na escola pública! Os meninos de bem, esses betinhos, que vão para a escola pública, que só lhes faz bem! Não têm dinheiro para continuar no privado? Azar!
Fico irritada com os invejosos que não acompanham este raciocínio. Ora vejam: nos últimos 30 anos, o Estado, em nome de uma ideologia, andou a construir escolas públicas mesmo ao lado das privadas.
As privadas já lá estavam, com boas instalações, com corpos docentes estáveis (a ganhar menos do que os do público e a trabalhar mais - é bem feita!, dizem os senhores da dor de cotovelo - que é para não serem parvos!), com projectos educativos que põem os alunos a aprender não só a matéria, mas regras de civilidade; são escolas que funcionam e quando isso não acontece cai-lhes a inspecção em cima, a inspecção do Ministério da Educação.
Ao longo dos anos, o Estado gastou dinheiro a fazer escolas novas, a admitir mais professores e, paralelamente, a pagar às privadas para manter o serviço público que ofereciam. Porque nestes colégios privados andam todos, dos ricos aos pobres, todos com as mesmas oportunidades, tal e qual como na escola pública. E agora, toca a cortar - é mesmo assim, calha a todos, o que é que pensavam, que só cortavam na pública?
Irrita-me a má gestão dos dinheiros públicos e os invejosos.
BW

76 comentários:

  1. Há escolas particulares que substituíram o Estado quando ele não podia. Depois o Estado construiu esc. públicas pagando 10x mais pela sua construção, e onde já financiava as primeiras.Erros políticos de gestão que nos custaram milhões e que agora os culpados são os outros...continuamos a ser sugados pelos políticos que sabem gerir o que é dos outros para o seu bolso...

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  2. "nos últimos 30 anos, o Estado, em nome de uma ideologia, andou a construir escolas públicas mesmo ao lado das privadas."

    Isto é um facto demonstrável, uma mera opinião ou um daqueles bitaites que em nome de convicções ideológicas se tenta fazer passar por verdade inquestionável?

    Eu desconheço quais foram essas escolas públicas que o Estado construiu ao lado de privadas COM contrato de associação. Se quiser indicar algumas, agradecido.

    Em contrapartida, conheço um colégio privado nos arredores de Coimbra que foi construído numa zona onde já existiam não uma mas duas escolas públicas com capacidade de para acolher todos os alunos. Claro que o facto de um dos promotores ser a viúva de um antigo líder partidário não deve ter tido nada a ver com o facto de ainda estar a ser construído e já se saber que iria ser financiado pelo Estado...

    Mas isto é passar ao lado da questão. Na realidade, não foi o número de escolas que aumentou significativamente. Foi, isso sim, o número de alunos que diminuiu, consequência da diminuição da natalidade. Se se cortam os orçamentos às escolas públicas, porque há menos alunos e é preciso poupar, faz sentido exigir que esse corte não aconteça em relação aos privados que montaram um negócio assente no financiamento em dinheiros públicos e exigem agora a salvaguarda dos seus lucros?

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  3. "nos últimos 30 anos, o Estado, em nome de uma ideologia, andou a construir escolas públicas mesmo ao lado das privadas." é uma opinião, não é um bitaite, não tem qualquer convicção ideológica, nem tão pouco é uma verdade inquestionável.
    É a minha opinião. Mas é também o constatar de uma realidade: falei há pouco com uma escola com contrato de associação que perdeu alunos nos últimos anos porque foram construídas duas EB 2,3 em freguesias vizinhas. Eram necessárias? Não está o Estado a duplicar a oferta? Pois se paga àquela escola para receber os alunos porque é que precisa de construir outra?
    Também é verdade que, nos últimos anos, foram construídas VÁRIAS escolas privadas, perto de públicas e não estamos desatentos (veja: http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/metade-tem-contratos-de-associacao_1430781
    ou em: http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/grupo-privado-quer-escolas-portuguesas-no-estrangeiro_1430780 )pode haver outras, não sei.BW

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  4. Bárbara Wong, se quer uma boa razão para o Estado tenha continuado a construir escolas públicas, aqui tem: porque os alunos indisciplinados ou com necessidades especiais precisam de ter escola para onde ir quando os colégios - incluindo os que têm contrato de associação - "convidam" os pais a retirar o menino, pois está a causar problemas...

    Quando se fala na rentabilidade do privado, tem de se ver que este trabalha com uma população escolar mais homogénea e tem mecanismos formais e informais para excluir todos aqueles alunos que implicam mais custos - turmas reduzidas, ensino especial, apoios individualizados. É a aplicação destas medidas que faz disparar os custos do ensino público, que não exclui ninguém e tem de trabalhar com todos.

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  5. Está-me a dizer que todas as EB 2,3 que entretanto foram criadas estão cheias de meninos indisciplinados e com NEE? Uma coisa que os rankings vêm provar é que as escolas com contratos de associação estão tal mal como as escolas públicas, precisamente porque recebem todos os meninos, os bons e os maus e levam-nos todos a exame.
    Quanto às outras privadas, que não têm contratos de associação, essas sim, convidam os alunos para sair, pressionam as famílias ou dizem-no claramente. Enfim, não é muito bonito, nem muito cristão, mas estão lá no seu direito! BW

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  6. Cara Bárbara Wong
    Faça favor de concretizar com factos "a sua opinião".
    "falei há pouco com uma escola com contrato de associação que perdeu alunos nos últimos anos porque foram construídas duas EB 2,3 em freguesias vizinhas." Como jornalista, confirmou a veracidade dessa informação? Qual o grau de qualidade dessa escola com contrato de associação? Que resultados teve? Qual o grau de satisfação dos 'utentes'? Que freguesias?
    Nem é necessário referir que o seu interlocutor lhe transmitiu a sua opinião unilateral. Provavelmente constatou factos a que atribui legitimamente uma relação directa com a diminuição de alunos na sua escola. Pode é haver uma análise simples e incompleta.
    Não faltará o contraponto e o completar da caracterização do contexto?
    "Eram necessárias?" Falou com alguém responsável por essa decisão sobre a necessidade? Qual é a evolução do número de alunos da própria freguesia bem como das freguesias adjacentes? Qual é a cobertura de escolas na zona? Qual é a distância entre as escolas e os locais onde moram as crianças? Qual é a rede de transportes públicos existentes? Enfim, talvez fosse mais útil para o debate de ideias a apresentação de mais do que um contacto...
    Não caia na tentação de trocar a árvore pela floresta.

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  7. O que lhe estou a dizer é que a grande maioria das EB 2,3 que entretanto foram criadas ou que já existiam antes têm problemas de indisciplina, nuns casos graves, noutros controláveis. E muitos alunos com problemas de aprendizagem, incluindo NEE.

    Não afirmei que as causas destas situações radiquem na existência de ensino privado. O que afirmo é que é no ensino público que os problemas se concentram, sobretudo nas escolas que servem os meios social, económica e culturalmente mais desfavorecidos. E sim, há escolas com contratos de associação que arranjam formas de mandar embora os alunos demasiado problemáticos. Conheço essas situações na zona onde vivo e já lidei directamente com elas como professor e director de turma de alunos "convidados" a sair de determinados colégios.

    Não queria que visse na minha insistência uma vontade de estar a alimentar uma polémica gratuita. Sou professor e pai, interesso-me sobre as políticas e realidades educativas e o que escrevo resulta directamente do conhecimento que tenho e da reflexão que procuro fazer.

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  8. Caro António Duarte: na globalidade, estamos de acordo. Mas pergunto: se não houver mais nenhuma oferta em volta, esses alunos são na mesma obrigados a sair do colégio com contrato de associação? Os pais não chamam a IGE?
    Caro Filipe Ferreira: disse-me ontem o secretário de Estado da Educação que uma turma num colégio com contrato de associação custa 100 mil euros/ano. A Associação de Escolas do Ensino Particular e Cooperativo (Aeep) diz que um aluno do privado fica mais barato do que um do público (já apresentaram contas que não foram contestadas pelo ME). Ainda segundo a Aeep, a maioria das escolas com contrato de associação são cooperativas sem fins lucrativos e que o dinheiro que lhes sobra, do enviado pelo ME, aplicam na escola (veja as condições desta www.didalvi.pt ou desta www.eidh.eu - tudo com o dinheiro dos contribuintes e cujos alunos não pagam mensalidades, tal como no ensino público). O que pergunto é: se estas escolas têm condições físicas e humanas, se estas oferecem um serviço público de qualidade, porque é que se constrói uma escola pública ao lado? Porque houve um aumento da população? Provavelmente... E agora diminuiu? Pois e por isso é preciso repensar a rede e cortar os gastos supérfluos. De acordo. Mas para trás talvez tenha ficado a oportunidade de fazer crescer o tal colégio, em vez de fazer uma nova escola. É preciso lembrar que há também o interesse político dos presidentes de câmaras que gostam de ter a sua escola e, de preferência, a sua universidadezinha por motivos de desenvolvimento da região (ainda há dias, ouvia umas pessoas influentes da região de VFXira que diziam: "O que nos falta é uma universidade para sermos uma cidade de futuro!" - a 20 quilómetros de Lisboa, com todos os meios de transporte que existem, mas falta-lhes a universidade!).
    "A minha opinião" é que tudo isso deveria ser controlado e combatido, se assim tivesse sido, ao longo dos últimos 30 anosm, não estavamos agora com o FMI à porta. E quanto aos transportes, um colégio que tem dez autocarros e que vai buscar os meninos a toda a freguesia faz a diferença da escola pública que não tem transporte e que este tem que ser articulado com a autarquia e os meninos saem de madrugada para regressarem à noite a casa. BW

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  9. Cara Bárbara, não resisti à afirmação de que "a maioria das escolas com contrato de associação são cooperativas sem fins lucrativos"! Esses senhores da AEEP têm muita lata! Na região centro, realidade que conheço melhor, a quase totalidade das escolas privadas com contrato são empresas com fins lucrativos. Boa parte delas pertencem a um grupo económico que tem merecido pouca atenção da comunicação social: o grupo GPS, onde pontifica o antigo deputado António Calvete. Um grupo económico bastante opaco, sobretudo se tivermos em conta que foi formado e se alimenta de dinheiros públicos e ao longo dos anos foi desenvolvendo e refinando as formas de "rentabilizar" a actividade educativa de maneira a torná-la cada vez mais lucrativa.
    Os negócios do Calvete e dos seus sócios que permanecem na sombra: um bom tema para uma reportagem de fundo, se me permite a sugestão...

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  10. António Duarte, na minha primeira resposta pedia-lhe para ir espreitar dois links, espreitou? BW

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  11. Pareceram-me interessantes, mais o segundo do que o primeiro, embora reflictam, como é natural, mais a imagem que essas instituições desejam dar de si mesmas do que a realidade concreta que só é apreendida por quem vive o quotidiano dessas escolas.

    Não tenho objecções a que cooperativas de professores ou até de pais possam prestar o serviço público de educação. Saliento no entanto que as escolas públicas poderiam funcionar melhor se, a exemplo das privadas, pudessem beneficiar de maior autonomia para desenvolver os seus projectos educativos.

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  12. "diz que um aluno do privado fica mais barato do que um do público (já apresentaram contas que não foram contestadas pelo ME)."

    Mal seria se não fosse mais barato.* Só uma minoria dos professores é que conseguem receber mais do que 1500 euros. E sei bem do que falo. Fui durante 6 anos professor na Didáxis (que fica em Famalicão, bem perto das duas cujos sites indicou). Os salários mais elevados estão reservados à hierarquia (família, professores muito amigos, etc. ), a maioria dos docentes abandona estas colégios quando atingem a casa dos 40-45 anos, por duas razões: começam a ficar demasiado caros; já não aguentam horários de 27, 28 e 29 horas semanais com os alunos. É isto que defende? É isto democrático, receber milhões do estado e escorraçar os seus trabalhadores quando a idade já pesa e o salário vai atingido valores mais elevados?


    E quanto a alegada construção de escolas públicas nas imediações destes colégios, aqui já não se aplica a tal "liberdade de escolha", não terão todas as zonas do país direito a uma escola pública?


    * Se compararmos escolas públicas, onde o salário médio dos professores se aproxima dos destes colégios, verificamos que o custo por aluno acaba por ser inferior.

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  13. Concordo com tudo o que a Bárbara expõe. Sou professora numa escola particular, com contrato de associação, situada num meio bastante desfavorecido em termos culturais e económicos, que não faz qualquer selecção de alunos! Pelo contrário, aceita muitos alunos que outras escolas (públicas) consideram 'incómodos' devido ao seu comportamento.
    De facto, um professor de uma escola privada trabalha muito mais que um colega do público (já estive dos dois lados), existe nestas escolas uma maior preocupação com o decoro profissional, pois dele está dependente a manutenção do nosso posto de trabalho. Não é à toa que muitos alunos fora da zona pedagógica da minha escola, a escolheram, porque a gestão eficaz desse tal dinheiro público entregue ao ensino particular e cooperativo, permite investir na escola, em prol dos alunos, melhorando os espaços, o equipamento, os transportes, construindo piscinas e bibliotecas.
    Tudo isto, com menos dinheiro por aluno que uma escola pública!
    Escolas assim são algo em que não me importo que seja investido o dinheiro dos impostos que pago.
    É assim o nosso país... Exemplos de gestão adequada de recursos financeiros são pouco apoiados e criticados, enquanto toda a imoralidade em termos de gestão do país se deixa perpetuar...

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  14. António Duarte: na altura não houve um professor que desse a cara ou mesmo sob anonimato que falasse sobre o que nos chegava aos ouvidos, como o que diz aqui; também não recebemos qualquer resposta cabal do ME... Autonomia: é o que todas as escolas públicas pedem e continuamos com apenas 24 escolas com contratos de autonomia...
    Daniel A: É verdade, os professores do privado ganham menos, as escolas ficam mais baratas, mas os seus salários são acordados entre os colégios e os sindicatos, não vejo estes últimos muito preocupados com o futuro destes docentes que, muitos, serão também seus associados.
    Paula: Obrigada pelo seu testemunho. BW

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  15. Sra Barbara Wong,
    Aprecio muito a sua dissertação acerca do ensino privado em Portugal. Só é pena que não tenha coerência nenhuma... Quando diz que tem o filho no privado, que paga e não é subsisiada está enganada. É subsidiada e de que maneira, porque o ensino privado em Portugal só se mantém por via do financiamento público. Se não fossem a massa dos contribuintes queria ver a sua reacção ao ver a conta do colégio ao fim do mês.
    A seguir refere que além de não ser subsidiada, ainda paga a educação dos filhos dos outros (só não usufrui do ensino público porque não quer - é universal e gratuito)
    Mais lhe digo que o ensino privado neste país é dominado e administrado por um bando de boys socialistas e de outras "etnias" políticas, escolhe os alunos conforme lhe apetece, explora os professores e ainda se gaba de ter os melhores resultados... Ensino privado é um negócio em qq país desenvolvido, e como tal deve sobreviver por meios própios, só que para isso é preciso ter qualidade e isso custa dinheiro (do ensino superior privado nem vale a pena falar, basta olhar para Universidades como a que "formou" o Sr Sócrates...)
    Sra Barbara, investigue o sistema de ensino de países como a Suécia ou a Finlândia e veja onde são investidos os recursos (não é no ensino privado...)

    PS- A mim não me venha com a desculpa da dor de cotovelo. Sou médico, tenho uma filha que estuda no Ensino Público porque (ainda...) acredito nele, pois tenho um rendimento mensal que me permitiria desafogadamente mantê-la no privado.

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  16. Actualmente a "escola pública" é um dogma. Um dogma ineficaz, caro e promotor de desigualdades. Mas que interessa isso? É pública e basta!

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  17. Sr César Preto: é um facto - não ususfruo do ensino público porque não quero. Porque quero aquele projecto educativo e não outro.
    Parabéns por ser médico, por ter dinheiro e por ter uma filha no ensino público! Certamente não a terá na escola frequentada maioritariamente por filhos de classes baixa e média-baixa. E se tiver: Parabéns e orgulhe-se de uma filha que aparentemente estará a aprender. Mas ainda que não esteja, parabéns por ter dinheiro para a manter nas explicações porque a menina não consegue aprender numa turma com crianças indisciplinadas que não aprendem, nem deixam aprender, mas está na escola pública!
    O engraçado é que os rankings mostram que os filhos da sua classe profissional e de outras (entre elas a dos professores e a minha) estão nas escolas públicas com melhores resultados nos exames nacionais, são os antigos liceus das capitais de distrito ou de concelho, outrora frequentados pelos pais e avós. E quando não estão na "melhor" pública (só com base nas notas dos exames), também sabemos que muitas escolas (a sua será certamente uma excepção) põe os filhos dessas classes todos juntos, na turma A, com o melhor horário (aconteceu-me enquanto aluna e continua a suceder: juntar os filhos dos licenciados e ainda os miúdos com melhores notas, ainda que sejam filhos de classes baixas). Mas isso são pormenores de uma escola pública que deve ser para todos, equitativa e de qualidade financiada por todos os contribuintes. O resto, vou investigar! BW

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  18. O que o Ministério da Educação diz é que 44 por cento dos alunos do ensino privado são apoiados pelo Estado, através dos contratos de associação, simples, de patrocínio, de desenvolvimento e ainda os vocacionados para as escolas profissionais. São 44 por cento dos 18 por cento de alunos que frequentam a escola privada. Além deste financiamento por aluno existe outro? É isso que o dr. César Preto diz? BW

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  19. Cara Srª Bárbara.
    Tive a curiosidade de seguir uma das suas hiperligações e retive o seguinte:
    “O ministério também não respondeu à pergunta se as escolas do grupo têm sido alvo de acções por parte da Inspecção-Geral de Educação (IGE). Em 2007, o Tribunal de Contas detectou, num relatório da auditoria financeira realizada à Direcção Regional de Educação do Centro, que entre 2003 e 2005 a IGE instaurara 12 processos devido a irregularidades no âmbito dos contratos de associações. Destas, quatro eram escolas do grupo GPS: por pagamentos a mais ou adiantamentos considerados indevidos deveriam então ao Estado quase três milhões de euros.”
    Que contraponho o que escreveu no seu artigo:
    “…são escolas que funcionam e quando isso não acontece cai-lhes a inspecção em cima, a inspecção do Ministério da Educação.”

    Sei que tem consciência que algumas destas escolas privadas e com contrato de associação fazem uma selecção de alunos. Interrogo-me se…
    1. Saberá a Srª Bárbara de alguma Escola Pública que faça o mesmo?

    2. Saberá a Srª Bárbara como é feita a contratação? Eu avanço uma pista – Não é por concurso público. É sempre contratado alguém que fale a mesma “linguagem” que o director. Se não quiser falar essa “linguagem” pode optar pelo Concurso Público… é uma questão de ver as listas e averiguar a posição em que está. : )

    3. Saberá a Srª Bárbara que, se um Director de uma dessas Escolas escolher PROPOSITADAMENTE uma pessoa com Formação em Biologia para professor de Ciências da Natureza / uma professora com formação em Ciências para dar Matemática / uma pessoa formada no Conservatório para dar Música / um atleta com experiência em Desporto para professor de Educação Física, etc…
    ESTA ESCOLA CONTINUARÁ A RECEBER O MESMO POR ALUNO E GASTAR MENOS POR PROFESSOR?

    4. Saberá a Srª Bárbara que existem regularmente as seguintes propostas “Dás 10 horas extraordinárias e eu pago-te 8H? Que dizes?” Caso o professor se mostre renitente poderá enveredar-se pelo plano B – “Aceitas ou queres ver o monte de currículos que chegou esta semana? ”
    Nesses casos a Escola continua a receber pelas 10horas obtendo indevidamente 2h.

    5. Saberá a Srª Bárbara a verdadeira precariedade da Carreira Docente? Investigue quantos profs da Escola do lado (a pública) têm horário incompleto. Pergunte-lhes, sem receio, qual o salário que auferem?
    Esta situação dos horários incompletos dá ainda mais cartas a indivíduos que ocupem lugar semelhante a A. Calvete pois na altura da entrevista/contratação eles dir-lhe-ão “Aqui na nossa Escola não há horários incompletos. Aqui o ano conta-te na totalidade. Connosco sobes um valor inteiro por ano na lista nacional.” E quando o professor já se está a babar ele remata: “Vou-te pedir apenas para dares uma ou duas horas a mais e um clube, pode ser?”

    Que diz Srª Bárbara? Mais uns trocos, não? Se chegar a interrogar os professores da escola do lado com horário incompleto pergunte-lhes “Se a Escola Pública o fizesse, recusariam?”

    Mais 4 perguntas no comentário seguinte. Até Lá

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  20. Continuação do comentário anterior.



    6. Saberá que há alunos que se transferem de turmas regulares para Cursos de Formação Profissional, dentro das mesmas Instituições e continuam a permanecer na ficha de turma regular? Que tal esta jogada? A escola recebe duas vezes pelo mesmo aluno.

    7. Saberá que os professores não recebem o subsídio de alimentação?
    É-lhes dada a possibilidade de almoçar na escola de graça. Se quiserem…

    8. Saberá que o grupo GPS – dirigido por A. Calvete, tem uma cadeia de Supermercados (Ponto Fresco), uma empresa de produção de refeições escolares e uma empresa de transportes (GPStransportes.com) que transporta a refeição produzida para as 14 Escolas com Contrato de Associação afectas à empresa referida? A refeição. O mesmo menu semanal para todas as escolas.
    Qual será o custo da refeição para a empresa/escola e qual a verba que deveria dar aos docentes?

    9. Saberá quantos funcionários estão na secretaria da Escola Pública e quantos estão na Escola dos seus filhos? Como é possível que no privado sejam necessários menos funcionários. Não se interrogou porque é que na altura das matrículas estavam professores a preencher processos, a colocar os selos, a conferir documentos, a pintar linhas do campo de futebol, etc... Como é possível que estejam todos os professores nas festas e apresentações públicas.
    Posta de forma clara como é feita a contratação acho que terá facilidades em compreender porque é que os docentes não se recusam a fazê-lo.
    Não digo que os professores não o devam ou não o queiram fazer. Infelizmente fazem-no porque não há outra possibilidade
    E estão sempre contentes não estão? Espero se saiba reconhecer uma “Paz Podre”.

    Por último, se continuar a defender algo que não seja a Escola Pública (que eu não classifico como boa) espero que se recorde disso depois de os seus filhos completarem os 18 anos.
    Como será que irá olhar para a Educação Estatal quando os seus filhos terminarem o 12.º Ano? Será uma opção de recurso ou nessa altura já é uma das melhores opções?
    A escola pública pode não ser boa mas é de todos nós. Sinto o dever de fazer algo por ela. Prefiro que parte de mim esteja na Escola Pública ao invés de estar na mansão vizinha do Instituto D. João Quinto no Louriçal.
    P.S. Para propósitos legais tudo o que escrevi são meras especulações não faço a mínima ideia do que falo. : )
    Ao dispor.

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  21. Joel Lopes terminou como eu esperava: com os propósitos legais e as salvaguardas... Ou seja, para qualquer jornalista não é fácil levar uma investigação a bom termo se não tiver ninguém com coragem para lhe dizer essas coisas todas e mantê-las até ao fim. Na altura, quem fez o trabalho foi a minha colega Clara Viana, uma excelente jornalista de investigação, que gosta de ir ao fundo das coisas, que falou com vários professores e não houve um que assumisse, mesmo respeitando ela o seu anonimato. Portanto, não se fazem ovos sem omoletes. Como acusar alguém com base em boatos? Impossível.
    Quanto à escola pública: que fique muito claro que EU NÃO SOU CONTRA A ESCOLA PÚBLICA. Não sou, nem poderia ser, eu sou "filha" do público e do privado, eu estudei no público e quero que os meus filhos experimentem o público, mais tarde ou mais cedo hão-de fazê-lo. Eu não sou daquelas mães que ameaçam com a escola pública -"se te portares mal, vais para a escola pública! esse sítio horroroso onde estão os pobrezinhos e os delinquentes!", nunca o disse. Eu quero que a escola pública tenha qualidade, tenha professores motivados, interessados e envolvidos, com alunos igualmente interessados e com sucesso. Eu preciso que a escola pública seja boa, para bem do meu país. Agora, eu penso que o privado tem espaço na rede escolar. Porque tal como a diversidade deve ser boa para a escola pública, também deve ser para o país (ter diferentes ofertas). Obrigada pela sua partilha! BW

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  22. Perdão! Não se fazem omoletes sem ovos! :) BW

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  23. Cara Barbara,

    Tenho noção de que os blogs foram criados como espaço e reflexão e divagação pessoal.
    Porém, de acordo com o lugar e profissão que desempenhamos na sociedade, é necessário atender a alguns aspectos de recatez e tento na escrita, para que no futuro não sejamos acusados de incúria e descredibilizados.

    Algumas respostas que aqui publicou não lhe ficam bem enquanto jornalista do Público.
    As respostas sarcásticas e de desdém nada abonam em favor de uma profissional da comunicação social.

    Proponho ainda que “vire o bico ao prego”.
    Apesar de todos os argumentos que terá a favor de um ensino privado, porque não tentar perceber quais as vantagens de um ensino público universal e gratuito? (se é universal e gratuito é impossível que dê lucro, se não dá lucro qual será o interesse para o investimento privado?)

    João Pedro

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  24. Sobre este assunto:

    http://www.aventar.eu/2010/11/10/ensino-publico-e-mama-privada/

    E já agora, sobre o sr. Calvete: autocarros com alunos de uma Escola Profissional, para encher o auditório da Faculdade de Economia da UC, onde um governante precisava de um auditório cheio, é uma das muitas estórias que conheço.

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  25. Caro João Pedro e João José Cardoso, certamente não leram tudo, nem leram com atenção.
    Ao João José Cardoso: Eu não meto os pés pelas mãos, todo o meu pensamento é coerente e agradeço-lhe mas não quero que me pague a escola dos meus filhos, por enquanto ainda consigo fazê-lo sozinha! O que digo é que a sociedade portuguesa lida muito mal com este assunto, como aliás se pode ver por esta caixa de comentários!
    João Pedro: Nada do que escrevo aqui (um espaço pessoal) interfere com a minha profissão e com a tentativa diária de ser imparcial naquilo que escrevo e na forma como escrevo. Se fosse tão parcial, certamente não escreveria isto http://jornal.publico.pt/noticia/06-11-2010/colegios-e-pais-preocupados-com-cortes--no-privado-20563253.htm , ou seja, não poria TODOS os intervenientes a falar, os privados e o Estado, ocultaria que uma turma de privado (segundo o ME) é cara e mais cara do que uma do profissional privado, que é isso que a tutela quer corrigir. Se fosse parcial punha só os privados a defender-se e não daria espaço a mais ninguém. Portanto, não ponha o meu profissionalismo em causa. Se o João Pedro tivesse lido tudo até ao fim, teria lido que eu não tenho nada contra o ensino público, pelo contrário, é sobre o ensino público que escrevo a maior parte dos meus dias e se acompanhar o que faço, verá que procuro a maior parte das vezes, o que de bom existe no público. Sarcástica sim, desdenhosa não. Eu respeito muito os outros para falar-lhes com desdém. O mesmo não acontece com outros, como se pode ler no comentário do aventar! BW

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  26. Cara Bárbara,
    à excepção do Ponto 4 todos os outros Pontos podem ser verificados objectivamente. E de uma maneira fácil.
    Falem com os Directores de Escola e digam que vão fazer uma reportagem sobre as Diferenças entre Público e Privado / Semi-Privado. Com a autorização dos directores irão solicitar os recibos de vencimento dos professores (onde está o subsídio de alimentação) depois
    compare com a mancha horária (porque não pagam horas extraordinárias).
    Ainda analisando o horário poderão ver que há clubes que contam como tempos lectivos (no público isso acontece?)
    Outra análise a efectuar é a das listas das turmas. Veja as listas e apareça nas salas para contar alunos. O somatório de todos os casos das 14 escolas do grupo referido, poderão representar várias turmas fictícias.
    Enfim... os ovos estão lá, a omolete não se fará sozinha.
    Em todo o caso disponibilizo-me para fornecer dados ou ajudar de outra forma.
    Como poderemos entrar em contacto?

    Atentamente

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  27. Pode mandar-me um email para bwong@publico.pt, sff. Obrigada. BW

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  28. BW, após ler inúmeros argumentos seus a defender a "liberdade de escolha" e de ter apreciado várias respostas, inclusive a de um médico (dr. César Preto), detive-me um momento sobre esta frases(sua, claro)


    «Mas ainda que não esteja, parabéns por ter dinheiro para a manter nas explicações porque a menina não consegue aprender numa turma com crianças indisciplinadas que não aprendem, nem deixam aprender, mas está na escola pública!»

    Agora pergunto eu, caso queira responder...

    a) afinal, parece que o seu maior problema é o "ambiente" da escola pública que os seus filhos poderiam frequentar gratuitamente mas não frequentam, por opção sua. Diz que "ah, o projecto educativo e tal...", "os professores do privado e tal...", mas denuncia, sem querer, o verdadeiro problema: os alunos da escola pública ao lado de casa. Os remelosos da escola pública com os quais a menina não quer misturar a sua prole.

    Ok, Bárbara, imaginemos que o Estado, num assomo de generosidade, lhe pagava a propina dos seus filhos na tal privada que tem o "tal" projecto educativo tão do seu agrado, com o dinheiro de todos. Agora imagine que os tais meninos remelosos e indisciplinados da escola pública ao lado da sua casa também se aborreciam com o "projecto educativo" da pública e ...migravam para a privada, onde estavam os seus filhos...

    Isto tudo numa lógica, claro, de patrocínio estatal para e liberdade de escolha todos (e os seus não são mais do que os outros, pois não?)e ainda mais na lógica da "não selecção", "não discriminação" e impossibilidade de afastar os "maus ambientes" da escola privada.

    Continuaria a bater-se pelo "projecto educativo privado" que agora tanto elogia?

    A menina está-se nas tintas para projectos educativos. A menina quer é os seus filhos numa escola privada longe dos "maus ambientes" que os professores do público têm que enfrentar todos os dias e ainda são crucificados por "expertos" como sua excelência.


    Ou só os meninos de bem é que poderiam ter a tal "liberdade de escolha" paga por, entre outros, pais de todos, remelosos inclusivé, que teriam à porta da distinta privada o letreiro, em letras pequeninas "para os que podem pagar, mas o estado paga por eles".

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  29. Gostei do seu texto e partilho das suas opiniões.

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  30. Caro anónimo: Agora é que me apanhou! Eu quero que os meus filhos aprendam e de preferência num ambiente seguro! O pai que não quer o mesmo que atire a primeira pedra...
    Quero que vão à escola e aprendam. É verdade, admito. Mas quero mais da escola, quero que seja minha parceira na educação dos meus filhos. Mas também quero que os filhos dos outros aprendam e que estejam em escolas igualmente boas, sejam públicas ou privadas!
    Ao contrário do que diz, eu não sacrifico/crucifixo/persigo professores da pública. Eu admiro o trabalho de muitos professores, que fazem das tripas coração, para que os seus alunos, desinteressados, desmotivados e delinquentes (porque também os há) aprendam. E são muitos e tenho escrito sobre eles. Não hei-de esquecer-me das professoras de uma escola de Sintra e dos seus alunos (completamente desinteressados) que acompanhei numa visita a uma prisão, numa espécie de "tratamento de choque" - vejam o que vos pode acontecer, se continuarem a não querer saber da escola. Não sei se resultou, alguns já lá tinham familiares que também não quiseram saber da escola.
    Não me esqueço dos que criam projectos, clubes, iniciativas para motivar os alunos. São todos assim? Não. Também não esqueço os que se reformaram mais cedo porque já não aguentavam a situação na escola (provocada por políticas agressivas, mas também porque não suportavam os alunos). Estes professores só estão no público? Não. Há maus professores no privado? Sem dúvida!
    Como já aqui disse, o privado tem a sua maneira de manter-se "limpo", convidando os alunos com maus resultados académicos ou de comportamento a sair; pondo os que têm NEE numa sala diferente, em vez de estarem numa turma inclusiva. Mas também há públicas que pedem aos alunos para se candidatarem a exame como externos ou quando seleccionam os alunos, no final do 3.º ciclo, os bons vão para a secundária pública "boa" e os maus para a outra. Isso não acontece? Pelo menos é o que dizem directores de escolas públicas e professores de escolas públicas, que tenho ouvido em trabalho. BW

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  31. Eu não quero ser chata, mas só para o caro anónimo confirmar que eu não tenho nada contra os professores do ensino público e que sou solidária com o que vivem em algumas escolas, pode ler um post que publiquei em Maio, que andou a correr as caixas de emails dos professores, de quem recebi felicitações e palavras amigas. Leia aqui http://educaremportugues.blogspot.com/2010/05/eu-pecadora-me-confesso.html . Obrigada. BW

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  32. Tanta ignorância. Ter liberdade de escolha não é ter de optar por um ensino pago, nem um que não seja universal.

    Tanta liberdade ganha mas a simples liberdade de escolher o ensino é negado. Hoje o estado é o ditador da educação, e não o precisa de ser assim para garantir a educação de qualidade, para todos, e gratuita.

    O estado já demonstrou que ser o decisor, controlador, e executor não tem capacidade e faz um mau serviço ao país.

    Só quem tenha outros interesses não consegue ver o óbvio...

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  33. BW

    Ainda bem que´ambas reconhecemos a importância de uma escola Pública vocacionada para um Ensino de Qualidade, onde o mérito,o esforço e a responsabilização devam ser uma obrigação de TODOS e não apenas de alguns.

    O meu maior desejo era ouvir exigências não de liberdade de escolha entre ensino público e privado, mas sim a exigência de termos um ESTADO(através de todos: governantes, professores, pais, alunos...)que respeite a Escola Pública e toda a sua essência, como ferramenta imprescindível para um país soberano e desenvolvido. Talvez nesse dia deixassemos de ver a escola Privada como a salvadora da educação dos nossos filhos e apenas como uma ramificação alternativa do ensino (por opção religiosa ou de regime disciplinar, p. exemplo)

    Exijam-se políticos competentes e desinteressados, e veremos como os maiores problemas do ensino desaparecem.

    Agora, não esperem apoio de todos para poderem afastar os vossos dos nossos, só porque os nossos têm pais que ainda acreditam que o futuro do País depende de um paradigma não lucrativo de escola pública onde TODOS são responsáveis pelo êxito ou pelo fracasso.

    A excelência de um povo está na sua cidadania e não no ensino privado.

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  34. Por outras palavras, saibamos escolher os nossos líderes, e saberemos que as escolas do Estado serão,invariavelmente, de excelente qualidade.

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  35. Senhora Dona Bárbara,

    Quer "liberdade pedagógica"? Pois quem quer liberdade deve responsabilizar-se por ela e assumir os seus lados menos positivos.
    A senhora parece querer tudo e o seu contrário: a liberdade de pôr os seus meninos no ensino privado e o direito a subsídios.
    Pois, minha cara senhora, quem tudo quer, tudo perde e quem quer a "liberdade" que se desenrasque.
    Ah, nem vale a pena responder-me pois nem sequer me vou dar ao trabalho de voltar a ler o seu querido blog.
    Boa noite.

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  36. Bárbara, se me permitir deixo uma sugestão para investigar no futuro: Instituto PIAGET, o maior logro do ensino cooperativo. Até já obrigaram os professores a serem solidários, quer dizer, a aparecerem, numa greve de fome qu o presidente vitalício fez porque o ME não deixou aabrir o curso de medicina... Já fui lá um aluno e sei do que falo e que é de norte a sul do país, com professores a serem explorados e denegridos no seu trabalho, por isso, os melhores profs e alunos têm fugido de lá. ^COntinuo sem entender como ainda ninguém investigou isto. Muito obrigado.

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  37. Senhor Dom Anónimo das 22:37 - não se amofine e é sempre benvindo ao meu querido blogue!
    Caro Anónimo das 23:03 - obrigada pela dica.
    Caro Anónimo das 21:14 - vão já dizer que eu ando aqui a meter os pés pelas mãos, que me contadigo e tal, mas não podia estar mais de acordo, em tudo, mas TUDO que diz: "a excelência de um povo está na sua cidadania e não no ensino privado". Obrigada. BW

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  38. No seguimento das mais recentes orientações do Ministério da Educação (ME), no que diz respeito ao Ensino Particular e Cooperativo (EPC), há que combater os erros crassos que tenho lido e ouvido na opinião pública. A começar com a terminologia utilizada - a escolas particulares com Contrato de Associação também são públicas, pois pertencem à rede pública do ensino...
    Para se avaliar a verdadeira dimensão do problema, importa perceber que o problema referido afecta de cerca de 500 escolas, mais de oitenta mil alunos e mais de dez mil trabalhadores. Estes professores, na maior parte dos casos, são professores que não couberam nos concursos nacionais e que tiveram de lutar pela vida. E eu, que já estive dos dois lados, como professora, posso garantir que um professor do ensino particular trabalha mais, mas é mais feliz, porque vê o resultado do seu trabalho, tem oportunidade de corrigir os erros que lhe são apontados, numa perspectiva de melhoria, não se deixa fechar num comodismo de querer sempre mais por menos - mais remuneração por menos horas de trabalho, entenda-se. Com todo o respeito. Há bom e mau nos dois lados... Há é, de um lado, mais vontade de corrigir o que está mal.
    É bom que saibam (quem não o sabe ainda!) que os CA surgiram a pedido do ME. Estas escolas dimensionaram-se, em termos físicos e humanos, de forma a irem ao encontro das necessidades da rede. As medidas agora anunciadas, de forma repentina, a meio do ano lectivo, soam a ingratidão, a facada nas costas, a falta de coragem política. Os contratos de associação foram assinados ao longo dos últimos 30 anos entre o Estado e escolas privadas, sempre que a oferta da rede pública não permitiu dar resposta às necessidades. Infelizmente, hoje o governo pouco liga a esta questão... Respeitar o ensino privado é respeitar a sua dedicação à causa da educação em todos os momentos, assim como as legítimas expectativas dos pais, que afinal são os primeiros educadores. É também, então, a instituição FAMÍLIA que é agora posta em causa. Este governo, noutros momentos, já tem mostrado não respeitar esta instituição, que é, bem sabemos, a base de qualquer sistema social. As grandes civilizações ruíram quando a família deixou de o ser. O governo serviu-se dos colégios, quando deles precisou e, agora, ignoram o que foi um serviço público de qualidade. E, como já foi referido neste blogue, o problema não é falta de alunos, se assim fosse, o Estado, tão endividado, não gastaria mais dinheiros públicos a construir novas escolas, a requalificar as mais antigas, ...para ficarem às moscas! Fê-lo, contando com os alunos dos colégios, aos quais já contava "tirar o tapete"! O Governo quer estabilidade para o Ensino Público às custas da precariedade do Ensino Privado. Será incapaz de "pôr ordem" na sua casa, sem ter de o fazer à custa dos que durante anos lutaram pela organização e equilíbrio do ensino?
    Eu também sou "filha" da escola pública, mas reconheço que urge melhorá-la. E acabar com todo um sector - o ensino particular - para o conseguir fazer não é, de todo, uma política inteligente!

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  39. Como professora de uma escola católica que sou e, acima de tudo, como cidadã portuguesa interessada quer pela educação quer pela nossa economia, e isenta de qualquer interferência católica ou profissional, agora pensando apenas financeiramente, que parece ser o actual modo pensante do nosso governo, como me explicam que, estando nós numa tentativa, por vezes quase cega, de cortar nos gastos, se vão acabar com os contratos de associação que, está provado, custam muito menos ao estado por aluno do que o que o que este dispende com cada um nas escolas estatais e têm excelentes resultados académicos?
    Agora falando como mãe e professora com experiência de uma escola católica, mas também de escolas públicas, não queremos todos nós o melhor para os nossos filhos? E o que é o melhor? Acho que temos de pensar um pouco nisso. Vivemos numa sociedade em que a perda de valores começa a ser preocupante, as nossas crianças precisam de referências, de se sentir activos no trabalho do bem comum, em vez de violência, falta de regras, entre tantos outros problemas.
    Não nos podemos nunca esquecer que as crianças e jovens de hoje serão os adultos do amanhã, amanhã que é quase hoje. Se não investirmos neles o que será da nossa sociedade? O que será de nós quando forem eles a mandar? Sim, que não tenhamos dúvidas, a menos que morramos antes, iremos viver com eles a dominar a sociedade e aí pagaremos pela educação ou deseducação que lhes tivermos dado.
    E como diz o outro... vale a pena pensar nisto.

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  40. Caros amigos, cara Bárbara:
    Li tudo com atenção e posso dizer-vos que trabalho no ensino privado. Não sou ofensivo para com os colegas do ensino público que trabalham e dão o seu melhor em prol de um ensino de qualidade. O que me move é a liberdade de escolha para os nossos filhos, a liberdade de escolha de um projecto educativo. Todos temos o direito de escolher a educação que damos aos nossos filhos, seja ela numa escola pública seja numa escola privada. Liberdade que foi conquistada pelos nossos pais e por alguns de vós e que agora está a ser posta em causa. Quero também para os meus filhos uma educação católica, porque sou católico praticante. Respeito muito quem não é, quem não professa nenhuma religião ou quem professa outra religião. Mas gostaria que me respeitassem também e quem dessem a todos aqueles que acreditam num ensino privado de qualidade seja ele católico ou não ou ainda numa escola pública a possibilidade de escolher o melhor projecto educativo para os seus filhos. Porque é na diversidade que se constrói a união. E é com união que ultrapassamos todas as dificuldades.As dificuldades que se nos deparam agora. Obrigado a todos.

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  41. Algumas afirmações dos últimos intervenientes levam-me a voltar a este debate.
    Laura Faro, as escolas com contrato de associação podem prestar um serviço público de educação mas não são escolas públicas: são propriedade privada, contratam quem querem e distribuem os lucros pelos seus proprietários como faz qualquer outra empresa.
    Quanto aos professores que lutam pela vida, existem nos dois sectores. Está a ver a coisa do lado do ensino privado, mas da mesma forma que este despede professores se tiver menos alunos, também as escolas públicas enviam professores contratados para o desemprego sempre que não têm serviço para lhes atribuir.
    Por outro lado, é curioso como aquilo que, feito pelos privados é considerado uma boa prática de gestão - contratar serviços à medida das necessidades em vez de criar estruturas permanentes que aumentarão a despesa futura - é visto como “facada nas costas” se for feito pelo Estado. Por muito que custe aos patrões e aos trabalhadores do ensino privado, os contratos de associação não são nem nunca deveriam ser considerados eternos: o Estado tem de assegurar um serviço, paga a outrem para o realizar apenas enquanto existir essa necessidade. Fará sentido o Estado estar a despedir os seus próprios trabalhadores para assegurar que o sector privado mantém intactos todos os postos de trabalho?
    Compartilho as suas críticas ao despesismo nas pseudo-requalificações de escolas públicas, apenas não me parece que isso tenha sido feito para prejudicar deliberadamente os privados. Foi apenas uma forma de desviar dinheiro da educação - um sector sempre desprezado pelo núcleo duro do socratismo arrogante e ignorante – para alimentar mais alguns negócios da construção civil que este e outros governos do centrão sempre apadrinharam.

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  42. Hoje, no Parlamento, o secretário de Estado da Educação João Trocado da Mata disse que o ensino privado é mais caro do que o público, que um aluno do público é mais barato do que um do privado, contrariando o que a Associação dos Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo tem vindo a dizer. BW

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  43. Fátima:
    Não está provado que o ensino privado seja muito mais barato que o público, muito menos que os seus resultados sejam excelentes. O que está provado é que conseguem ser um excelente negócio para algumas – muito poucas – pessoas. E que são mais eficientes a explorar o trabalho, quase sempre precário, dos professores. Além de terem maiores facilidades em se rejeitarem alunos que signifiquem acréscimo de problemas ou de custos.

    J L Coelho:
    Aquilo que defende – a liberdade de escolha do “projecto educativo” ou, mais prosaicamente, da escola para os filhos – não está previsto legalmente em Portugal. Contudo, tanto se usou e abusou, em certas zonas do país, dos contratos de associação, que há quem pense que esse direito lhe assiste efectivamente. A verdade é que o Estado não tem de pagar a “educação católica” de ninguém. Deve é assegurar um ensino público gratuito e de qualidade a todas as crianças e jovens. Quanto ao resto, todos podemos querer isto e aquilo, mas as coisas custam dinheiro. E se metermos pelo meio negócios privados a alimentar-se dos recursos públicos os custos são ainda maiores. O Estado pura e simplesmente não tem dinheiro para sustentar dois sistemas de ensino em paralelo e em concorrência desleal. Basta que se acrescente: o sistema da “liberdade de escolha”, ou “cheque-ensino” não existe de forma generalizada em nenhum país do mundo com a dimensão e os recursos de Portugal.

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  44. Caro António Duarte:
    Porque havemos de estar sempre a criar uma dualidade entre sistema público e privado? Porque havemos de estar sempre a criticar? Eu como professor, não quero ser parte do problema, mas parte da solução. O estado não tem que pagar a educação católica de ninguém?... Mas qualquer católico convicto e praticante tem "obrigatoriamente" que frequentar uma escola estatal e laica???? Isto é liberdade??? Eu não quero que o Estado me ofereça nada, mas que me dê as mesma condições que dá a quem não professa nenhuma religião, se considera ateu ou agnóstico. Eu respeito-o muito, senhor António Duarte, na sua ideologia e na sua relação com as religiões. E já agora... Não são dois sistemas, são um SÓ sistema, em que há liberdade de escolha do projecto educativo.
    Cumprimentos, meu caro António Duarte

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  45. O que tem vindo a ser escrito neste blog é preocupante. E é preocupante, pois corresponde à massa de opinião pública desinformada que grassa pelo nosso país fora. Todos mandam "bitaites" a respeito de tudo. É uma "estranha forma de vida". Não censuro ninguém. Apenas constato.

    Toda a gente fala e ninguém sabe o que diz. Todos falam a respeito de tudo sem se preocupar em saber se o que dizem é verdade. Veja-se o que HOJE, no Parlamento, o secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, disse: o ensino privado é mais caro do que o público!Mostra um discurso infundado, de conveniência, para legitimar decisões tomadas sem qualquer critério. Bastava ter lido com atenção o relatório de 2010 do estudo "Education at a glance" da OCDE, em que Portugal sobe seis lugares na tabela em relação ao relatório do 2008 (que usava dados de 2005), registando-se um aumento de cerca de 1000 euros por aluno, mas mantém-se abaixo da média da OCDE, que se situa nos 6400 euros anuais por aluno. Depois só tinha de se ter dado ao trabalho de fazer as contas aos dinheiros que saem do seu ministério para o ensino particular.
    Assim vão as (in)glórias deste país, entregue a dirigentes que chamam verdade à mentira com uma facilidade preocupante... Mentem conscientemente, descaradamente, para legitimar decisões perfeitamente ilegítimas, tomadas na perfeita consciência de que o são.
    Ouso terminar como Almada Negreiros, no remoto ano de 1915: "Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!"

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  46. Boa tarde Bárbara
    Gostaria que divulgasse por todos os interessados.
    Obrigado por defender esta causa que é de todos os cidadãos de Portugal.
    http://pelaliberdadedeensino.blogspot.com/

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  47. "Assim vão as (in)glórias deste país, entregue a dirigentes que chamam verdade à mentira com uma facilidade preocupante... Mentem conscientemente, descaradamente, para legitimar decisões perfeitamente ilegítimas, tomadas na perfeita consciência de que o são."

    Pois. E o sistema actual de um ensino virado para tudo menos a educação é o resultado desses dirigentes. Um sistema preocupado em manter o estado actual a todo o custo, onde centralmente se tenta desenhar uma educação única, sem olhar a necessidades reais dos alunos e professores, e dos pais (nessa ordem!).

    Um sistema que tenta a todo o custo fechar as alternativas para não haver comparações. Quem hoje em dia não tem dinheiro não tem opção. No interior mais pobre não há opção. O estado tira-te o dinheiro e meto-o onde quiser. Pode aparecer quem quiser (pais, professores) e não podem mudar nada. Continuamos a equilibrar por baixo.

    (António Duarte: Informe-se sobre o Chile e Suécia)

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  48. Li muitos dos comentários aqui feitos. Em alguns revi argumentos do Mário Nogueira. O ensino privado não dá tantos direitos aos professores como o ensino público. Qd este Sr, era do sindicato de professores do centro troquei alguns e-mails com ele e a sua posição era esta, tirar os alunos dos colégios para os colocar nas escolas públicas de Coimbra, não sei como já que estão cheias, sem querer saber se o serviço prestado era melhor ou pior, era uma questão ideológica, pareceu-me. Atacava MN na altura o facto de os professores no privado exercerem funções que não devem ser feitas por um professor, a saber, acompanhar os meninos ao refeitório, no recreio ou supervisionar alunos após terminar as aulas. Na altura disse a MN que se há listas de espera enormes para o privado e havia lugares em algumas publicas então que fechassem as publicas e dessem mais lugares ao privado. Seria uma gestão baseada no mérito e não em dogmas politicos.
    Mas de então para cá já passaram muitos anos e a minha filha que estava na altura a entrar para o 2º ano, está agora a frequentar o 9º. Sempre num colégio onde, engraçado, tem como colegas vários filhos de professores do publico...
    Não vou aqui fazer uma comparação económica, não tenho dados ou pachorra para o fazer, nem de resultados curriculares cruzados com populações diferentes, vou falar como pai, tio ou amigo de crianças que frequentam os dois lados. A minha filha não sabe o que é um "furo" ou um "feriado", não sabe o que é ter tardes livres no horário, nunca saiu antes das 17 horas da escola onde entrou às 08:15. Teve áreas de projecto, fez 3 festas anuais de teatro, música, dança ou ginástica. A minha filha não sai dos muros da instituição sem a presença de um dos pais e lá não entram pessoas estranhas à escola. A minha filha nunca foi roubada, ameaçada, perseguida. Na escola da minha filha os telemóveis são apreendidos se tocarem na aula e só são devolvidos no final do período. Podia continuar mas tornar-se-ia fastidioso para quem lê, mas em contraponto tenho uma amiga que a filha na pública não teve professora de Geografia durante o 1º período, tem 3 (TRÊS) tardes livres por semana, já lhe roubaram telemóveis, carteira, roupa, já teve o Facebook pirateado e ´quando comparámos o programa dado no 8º ano pelas duas... claro os livros dessa menina chegavam a 3/4 e depois estavam novinhos. A minha filha teve algum tempo para rever matéria mais importante depois de dar o programa todo. E quando punhamos uma a fazer os testes da outra? Pois é a minha ficava revoltada e a outra aliviada.
    Sei que estamos a falar de meios diferentes e diferentes níveis de autoridade. Mas também estamos a falar de diferentes níveis de rigor, exigência e busca pela excelência. Estes 3 são obrigatórios no privado e , quase sempre, facultativos e aleatórios no público. No público é preciso ter sorte com os professores que se apanham, no privado essa garantia é dada pela exigÊncia na contratação.
    Tenho agora um filho com 9 anos que está no privado e eu pago. Pensava ter 5 anos de qualidade e descanso garantidos sem pagar. Mas assim não será. Como não posso pagar, se for esse o caso terei de o colocar numa pública e repensar toda a minha vida para saber o que fazer nas 3 tardes que vai ter livres, como reagirei quando me disserem que não há professora já com um mês de aulas ou que farei quando me deparar com a escola estilo Mário Nogueira que não é mais do que um poço de direitos, uma arena de corporativismos estéreis, onde o dever é colocado em plano secundário. A escola em termos fisicos é a mesma onde eu e a mãe andámos, mas o que lá se passa, nada tem a ver com o de então. Por algum motivo os professores do público colocam os seus filhos no privado!
    Porque será?

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  49. Laura Faro,

    Os dados da OCDE incluem os gastos do estado e das famílias (livros, explicações, etc.).

    Rui Rodrigues,

    Sabe que nos melhores sistemas educativos as aulas terminam as 14 ou 15 horas (não me refiro ao horário da escola)?

    Tanto show para resultados quem nada diferem das escolas públicas.

    No ranking do público de 2010 (mais de 50 exames):

    Esc. Sec. Infanta D. Maria - 4.16
    Colégio Rainha Santa Isabel - 3.71
    Colégio São Teotónio - 3.48
    EB Martim de Freitas - 3.43
    EB Inês de Castro - 3.43
    Colégio Imaculada Conceição - 3.39
    EB Dr.ª Maria Alice Gouveia - 3.32
    Colégio São José - 3.29
    Colégio São Martinho - 3.25
    EB Eugénio de Castro - 3.21
    Esc. Sec. da Quinta das Flores - 3.18
    EB n.º 2 de São Silvestre - 3.18
    Esc. Sec. José Falcão - 3.18
    EB de Taveiro - 3.08
    Instituto Educativo de Lordemão - 2.98
    EB Rainha Santa Isabel - 2.97
    Instituto de Almalaguês - 2.62 9
    Cooperativa de Ensino de Coimbra - 2.55
    EB Miguel Torga - 2.39
    Instituto Educativo de Souselas - 2.36

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  50. Incluindo uma nota de rodapé para esta discussão:

    http://www.aventar.eu/2010/11/13/ainda-o-financiamento-do-ensino-privado-pelo-estado/

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  51. Inclui um rodapé para este post:

    http://www.aventar.eu/2010/11/13/ainda-o-financiamento-do-ensino-privado-pelo-estado/

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  52. Aquilo de que se fala neste blog é deveras preocupante! Não tenho nada contra as escolas públicas, antes pelo contrário, sou filha delas - toda a vida estudei em escolas públicas. Tenho 3 filhos, todos a estudarem na mesma escola privada, com CA. Depois de medidos os prós e os contras, foi uma opção que nós pais, tomámos em consciência. O projecto educativo já aqui muito falado agradou-nos, a exigência e rigor no trabalho também, já não falando no facto de ser uma escola católica que transmite valores de vida que se coadunam com a nossa forma de estar perante ela. Com isto não pretendo denegrir a escola pública, mas julgo ser do conhecimento geral que, enquanto na escola privada a exigência pelo rigor e disciplina é levada seriamente, sem medos, na maioria das situações com as escolas públicas, ainda que os professores sejam excelentes profissionais, quantas situações conhecem em que, pelo facto de chamarem à atenção do aluno A ou B, foi o professor "aconselhado" a ter cuidado... Isto é forma de educar? Por outro lado, quando confrontada com a situação de ter que ir buscar os filhos à escola (na pública) porque as aulas terminam às 14h ou 15h e não sabemos o que pode acontecer no espaço de tempo entre o terminus das aulas e o final da tarde - sim porque os pais trabalham e não são professores com horários destes - este factor também pesa e muito na decisão de escolha pela escola privada. Qual é o pai ou mãe que não pensa no bem estar e segurança dos seus filhos? Há muita coisa a mudar no público, é verdade. Mas enquanto o privado "serviu" ao público por não haver capacidade de resposta deste, estava tudo bem!
    Eu, tal como muitos outros concerteza, se esta decisão de acabar com os contratos de associação no privado for avante, terei de repensar muito bem a minha situação, pois será muito difícil pagar no privado pelos 3 filhos. Por outro lado, terei também um problema de lojistica, pois os 3 fihos, em estágios de aprendizagem diferentes, terão de se distribuir provavelmente por 3 escolas distintas!
    Se há assim tanta oferta no público, porque se continuam a gastar milhões de euros com a construção de novas escolas?
    Agora pergunto, se todos os alunos do privado tiverem ou optarem por se inscrever na escola pública, haverá capacidade de resposta desta? Duvido. Já me fui informar - as escolas da minha área de residência não têm vagas, pelo menos para já.
    Então como ficamos?

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  53. Boa noite.
    Depois de ler tudo isto vejo que há muita gente cujas preocupações principais são apenas as dos custos. Não se preocupam com os problemas de delinquência nas escolas públicas, escândalos como os do ano passado, em que uma aluna agrediu uma professora que lhe tinha tirado um telemóvel (que a mesma estava a utilizar indevidademente na aula), não se preocupam que nas médias de exames nacionais, em que as escolas públicas apresentam resultados em média 1/2 valores abaixo das notas dadas na pauta, em contrapartida as privadas têm uma subida de 1/2 valores.
    Tenho três filhos. Todos num colégio, dos melhores do país. Pago pelos três mais de mil e quinhentos euros mensais. Não vou discutir mais sobre valores. Quero apenas referir que muito me agradava não ter de pagar este valor e poder ter um grau de ensino satisfatório na escola oficial (que por sinal é mais perto). Por uma questão de consciência quero o melhor para os meus filhos, e o melhor é o Privado. Ponto.
    Em relação ao artigo da jornalista Wong, a qual é admiro profundamente, quero dar os parabéns por conseguir gerir toda esta discussão e legitimo-a por querer o melhor para os seus filhos, e querer desabafar um pouco na internet.
    O Sr. Daniel não sei onde foi buscar esse ranking porque eu sigo atentamente todos os rankings publicados e nunca vi nada assim. Vejo sim, no ranking do secundario, as 10 primeiras escolas todas privadas. Mesmo as primeiras públicas localizam-se:
    -Restelo,
    -Coimbra
    Não vou comentar.

    Defendo o ensino público, saem excelentes alunos do público.

    Não sei que escolas privadas analisaram, porque a escola dos meus filhos conta com professores motivados, que vão TENDO MENOS CARGA HORÁRIA À MEDIDA QUE AVANÇAM NA IDADE. O director de turma de dois dos meus filhos, tem sessenta e tal anos, lecciona apenas duas turmas de aulas o que dá 7,5h semanais. Contemos com mais algumas para a direcção de turma, nem 12h semanais. Nunca naquela escola vi professores a sair a nao ser para a reforma. Muitos (caso do ja citado), reformam-se e continuam a leccionar. Todos são excelentes e motivados, não sei onde vem a 'exploracao de docentes'...

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  54. Pois eu concordo com todos, mas tenho a minha filha numa escola privada católica por opção, gostaria de a manter e certamente que o conseguiria se entreatanto com a dita cuja crise não visse o meu ordenado diminuido para pagar sabe-se lá o quê, se calhar a escola pública do filho de outro alguém.
    O que me preocupa sériamente é a falta de valores e idealogias de gestão dos dinheiros públicos, subjacente a esta polémica. Não ao ensino privado, porque faz enriquecer uns, e então o aumento das parcerias público-privadas nos outros sectores já não faz enriquecer uns!!!

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  55. Parece-me que se até agora queriam fazer crer à opinião publica que só tinham os filhos no ensino privado os ricos... os nossos Ex.mos. governantes querem transformar essa mentira em verdade absoluta. Eu tenho dois filhos um no 2º ano e outra no 9º ano. Porque sou católica praticante e porque sei a qualidade do ensino ali praticado. Quero um lugar seguro a todos os níveis para meus filhos e ali eu tenho esse lugar. Este colégio católico leva-me todos os anos o dinheiro que eu poderia usar para trocar de carro, ir de férias, fazer obras em casa, etc, mas dá-me a certeza de que na minha área de residência estou a dar um dos melhores estabelecimento de ensino que existe aos meus filhos. Foi opção do casal... Agora, por uma questão de ignorância politica querem tirar-nos isso. Infelizmente neste país já não há valores nem coerência... Então é o ensino que leva a machadada? De onde vem bons profissionais, bem instruídos, bem formados...corta-se as bases? E já não haverá direitos adquiridos? Bem se calhar neste país neste momento, nem sequer já há direito?

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  56. Não posso falar com conhecimento de causa de todos os colégios com contrato de associação existentes no país mas posso falar da experiência que vivi no dito grupo "opaco".
    Não há qualquer intuito de serviço público apenas o lucro desmedido e a exploração de docentes, não docentes e alunos. Assisti a coisas inimagináveis(turmas falsas, formações falsas, notas dadas por imposição de direcções só para referir algumas) e que apenas por que outros interesses mais altos se levantam não há investigações sérias ao que se passa (muitos dos actuais do grupo são ex-governantes e ex-directores regionais de educação). A exploração é total e a humilhação dos profissionais é diária.
    Já estive no público e no privado,há bons e maus em todo lado, raramente faltei e sempre fui considerado bom profissional, pelo que posso falar com consciência de dever cumprido, mas voltar ao privado com os patrões existentes em Portugal nunca mais!!

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  57. Caro Tomás,

    Eu referi dados concretos, enquanto o SR optou por generalidades que não consegue comprovar, desde logo a diferença entre as classificações internas e as de exame, que são manifestamente falsas. E é perfeitamente normal que escolas que seleccionam os alunos apresentem melhores médias nos exames. Mal seria se fosse o contrário.


    Quando aos dados que apresentei retirei daqui:

    http://static.publico.clix.pt/docs/educacao/rankings2010.pdf

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  58. Cara Bárbara
    Li todos os comentários…. Ninguém se ache com a razão toda! Cada um conhece uma pequena realidade… eu própria fiquei a conhecer algumas….Nem me passaria pela cabeça muita coisa do que aqui está relatado….
    Ainda bem que o anónimo do dia 16 às 20.52 não fala de com conhecimento de causa de todos os colégios com contrato de associação existentes no país…. Onde eu trabalho não é assim e nunca o foi! Não me sinto explorada, não somos despedidos a partir dos 45 anos quando começamos a ficar caros, não somos despedidos para entrar um conhecido do director, não temos turmas falsas, nem tão pouco falsas formações - temos efectivas formações durante o ano lectivo e jornadas de formação . Nunca ninguém da Direcção deu sugestões acerca das notas a atribuir por cada docente…. Pedem-nos qualidade de ensino para que isso se traduza em bons…..bons não…..excelentes resultados académicos, que nem sempre conseguimos, pois não fazemos selecção dos alunos que frequentam a nossa escola - temos muitos alunos com Necessidades Educativas Especiais. Os seus encarregados de educação procuram-nos pela qualidade que temos, pelo apoio que lhes prestamos enquanto docentes e psicólogos e, porque somos uma escola inclusiva, não lhes fechamos a porta. Se o poderíamos fazer….poderíamos….também temos bons alunos que querem vir para cá e poderíamos escolhê-los preferencialmente….mas não o fazemos. Por que querem também os bons alunos vir para a nossa escola? Será que é porque temos boas instalações físicas, actividades diversificadas de complemento curricular, boa qualidade de ensino? Deve ser!
    Nem todos os professores da minha escola - sim minha - é assim que a sinto! - são excelentes profissionais. Claro que não…. Uns são melhores que outros….tal como no ensino público. A minha escola é melhor que uma pública? Não sei….somos melhores que umas, iguais a outras, piores que algumas? Se calhar…. EU NãO CONEÇO TODAS AS REALIDADES…..VOCÊS TAMÉM NÃO! Não metam tudo num saco único… Nem todo o privado, nem todo o público!
    Conheço a realidade da minha escola que sendo uma escola com contrato de associação presta efectivamente um serviço público numsa área desfavorecida em termos sócio-económcos! Essa é a realidade que conheço! E com o novo Decreto Lei aprovado a 4 de Novembro a minha escola pode vir a sofrer. Uma escola com um Excelente Projecto Educaivo, uma escola que sempre serviu a comunidade,uma escola inclusiva, uma escola que presta, há 30 anos, um serviço público.
    Eu e os meus colegas também podemos sofrer. Podemos ficar sem trabalho! É muito mau! Estamos mesmo em crise! E não sei se sabem…..mas nem em 1ª prioridade podemos concorrer no concurso nacional de professores….é verdade! É justo? Alguns dirão que sim! É a sua opinião que têm direito a ter! Mas mais uma vez ….NÃO SE ACHEM DONOS DA RAZÃO! Eu acho uma injustiça! Foi uma opção minha ficar na minha escola….Poderia ter ficado colocada no Ensino Público, como ficaram os meus colegas de curso… mas optei pela minha escola privada com contrato de associação que presta serviço público….Agora sofro as consequências desta escolha…. E,os meus filhos também sofrerão um dia, se eu não tiver a liberdade de escolher a escola que quero que eles frequentem! Mas em prol da crise fazem-se cortes a torto e a direito…. Mas iremos, provavelmente, de TGV para as “europas” pois isso, sim, criará muitos postos de trabalho!

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  59. Cara Jornalista Bárbara Wong
    Sou professor no ensino público não estatal há 30 anos. Não sou melhor que os outros colegas das escolas do estado, que na minha região tem vindo a construir escolas de necessidade duvidosa, quando há oferta não estatal. Mas o facto é que os pais preferem as escolas de gestão privada. Conheço famílias que se deslocaram para esta região para poder escolher uma escola de gestão privada.
    A questão levantada pelo governo é meramente ideológica e contra os valores pelos quais se fez o 25 de Abril. A liberdade é um bem precioso. Como é possível defender a liberdade de expressão, de votar, de imprensa e depois dizer que quanto ao ensino não. Aí quem manda é o Estado. Mas que raio de liberdade é esta?
    Na minha escola os alunos são admitidos por critérios transparentes, dando prioridade aos mais carenciados. Já recebemos, em Fevereiro um estudante que a escola estatal se recusou ilegalmente a matricular deixando-o sem aulas. Nunca recusámos nenhum estudante que a comissão de menores nos encaminhe. E os nossos aprendentes que acabam o 9.ºano voltam sempre e agradecem os valores que daqui levámos. Um dos nossos estudantes tornou-se prémio Nobel da Paz.
    Um estudante na nossa escola sai mais barato ao erário público do que na escola do estado...E numa época de crise o Governo quer acabar com as escolas como a nossa. O ensino privado poupa ao Estado 770 milhões de euros/ano. Os pais preferem o ensino de gestão privada. O que acontecerá se esta politica fascizante for avante. Eu e mais 20 mil trabalhadores vamos para o fundo de desemprego, gastar dinheiro ao orçamento. De seguida, eu e muitos outros pediremos a reforma. Passamos a não trabalhar e a gastar mais dinheiro ao Estado que irá ficar com mais 80 mil alunos e terá de contratar novos professores a quem vai pagar...É uma boa solução para a crise, ao nível de muitas outras que este governo socretino tem tomado. Vêm há memória velhas canções....eles comem tudo...a liberdade está a passar (ou acabar) por aqui...

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  60. Caros leitores e comentadores, tenho seguido os vossos argumentos com interesse. Obrigada pela vossa partilha! A alguns, lamento a preocupação que sinto nas vossas palavras. Mas, sinceramente, espero que haja bom senso nas decisões que estão previstas. BW

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  61. 1. Porque será que no colégio com contrato de associação onde trabalho, com, vá lá, as mesmas condições das outras escolas, as várias instituições da região aqui vêm trazer os depois de passarem à porta de várias escolas? Mas lá vamos sobrevivendo apesar das guerras das escolas vizinhas em cada início do ano e das trapaças administrativas para impedir os miúdos de vir para o colégio e os pais de exercerem o direito constitucional à livre escolha.

    2. Vai ministro, vem ministro, a educação em Portugal é um problema com solução cada vez mais longínqua. Se privatizassem metade das escolas e lhes fizessem contratos de associação, deixando aos pais/alunos a possibilidade real de escolha, resolviam 90% dos problemas.
    Apesar de não gostar dos mercenários da educação, investidores que fazem colégios ou redes de colégios para tirar dinheiro, ainda era menos mau. Lamento que os professores não sejam mais investidores e constituam cooperativas e pequenas empresas para gerir colégios.

    3. O momento presente é resultado de um processo ideológico, não financeiro. Sabe quem quer que os alunos no privado financiado pelo Estado ficam muito mais baratos que no estatal. (Há estudos académicos, nenhum estudo oficial. Não se divulgam contas. Porquê?)Portanto, não é para poupar que o cortam.
    Em outros sectores privatiza-se, na educação sovietiza-se...
    O que está em causa é que o Estado não quer nenhuma brecha no controle ideológico da educação dos nossos filhos.

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  62. Não é possível falar de democracia onde não é possível escolher os educadores e a educação dos nossos filhos.

    Já pensaram por que razão será que Salazar nunca reconheceu o ensino dos seminários? (A única rede de eslolas não controlada pelo Estado na altura).
    Afinal, eles são todos tão parecidos...

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  63. Caro António Duarte:
    Detive-me há pouco sobre um comentário seu, de 6 de Novembro. Tenho acompanhado o seu diálogo com a Srª Bárbara Wang (entre outros) e achei que estava na altura de intervir. Sou professor no Externato Infante D. Henrique (EIDH)e gostava de lhe lançar um desafio: Venha cá (pode ficar em minha casa - será bem vindo) para poder aferir esta realidade e a dita imagem. Tenho sérias dúvidas que encontre um encarregado de educação que prefira colocar o(s) seus(s) filho(s) nas escolas públicas que existem na vizinhança. Para além de ser gratuita, as diferenças relativamente à "concorrência" são de tal modo evidentes que ninguém no seu perfeito juízo optaria pelas segundas. Não digo isto por dizer! É um facto! Por outro lado, não quero dizer que todo o ensino particular e cooperativo com contrato associação é melhor do que o ensino público! o que defendo é uma espécie de selecção natural, isto é, não cortem às cegas. Avaliem, observem no terreno, não num mapa e depois tirem as conclusões sobre o que tem qualidade ou não! O serviço público não é exclusivo das escolas públicas. Olhe, eu já andei em algumas, quer como aluno, quer como professor, que enfim...era de bradar ao céu! Mas são públicas e, consequentemente, intocáveis. Então onde é que se vai cortar? Claro, num mapa...
    O desafio está lançado!
    Cumprimentos
    Bruno Silva

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  64. O Ministério da Educação diz que não haverá cortes nos apoios às escolas particulares onde não exista ensino público, mas a Associação que representa o ensino privado pede a actuação do PR.
    O secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, garantiu, em declarações à TSF, que vão manter-se os apoios aos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo nos locais onde não exista ensino público alternativo.

    O Governo decidiu alterar as regras de financiamento dos contratos de associação com estabelecimentos de ensino particular. O decreto-lei está para promulgação do Presidente da República (PR), Cavaco Silva, a quem já foi lançado um apelo pela associação que representa o ensino particular

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  65. FICO REVOLTADA COM ESTA DESPARIDADE!

    Frequento o 11.º ano de um escola pública no interior de Portugal e fico zangada ao ver pessoas que defendem que o Estado/Governo ou qualquer outra instituição deveria pagar mais aos colégios privados...

    Mas que falta de justiça é esta pergunto eu? É certo que há muito o interior despovoado (não desertifado)luta para ter as mesmas oportunidades que o litoral, decerto que nunca as terá, basta olhar para a diferença entre a população rural e urbana, mas "geografias" à parte... É DEPLORÁVEL a forma como este assunto desencadeia uma série de injustiças que apenas as zonas rurais parecem ver...

    PERGUNTO: Será justo o Governo subsidiar os colégios privados com o dinheiro dos MEUS pais, dos pais dos meus amigos e etc? Podem responder: Sim, orque um colégio privado oferece oportunidades para ricos e pobres, mas agora eu reformulo a questão... SERÁ JUSTO OS MEUS PAIS TEREM DE DAR AO GOVERNO DINHEIRO PARA ELE SUBSIDIAR UM COLÉGIO PRIVADO PARA QUAL A FILHA (EU) NUNCA PODERÁ IR?

    Pois claro que não... Há muita injustiça no tratamento deste caso ois por muito que digam que um colégio privado é para ricos e pobres todos nós sabemos que na prática é para ricos apenas... Apenas os filhos de pais ricos frequentam o colkégio e isso TODA A GENTE SABE mesmo que o nege... Eu vivo numa vila pequeniníssima e não tarde muito até que a escola que frequento feche e se faça uma "junção" de 3 concelhos para criar uma escola em comum... Caso eu quisesse frequentar um colégio privado eu teria de me deslocar para a cidade mais próxima de mim que de próxima não tem nada, os meus pais teriam de deixar o emprego e teria de ir viver para outro lugar... Mas que pouca vergonha e injustiça é esta? Quer dizer, os meus pais têm de andar a pagar os estudos dos meninos riquinhos enquanto que eu não tenho sequer hipóteses de ir para uma escola privada... ERA O QUE MAIS FALTAVA... não deveria o Governo ajudar as escolas públicas um pouco mais...? é que escolas públicas há em "todas as esquinas", principalmente nas cidades....

    NÃO TÊM DINHEIRO PARA SUSTENTAR O ENSINO PRIVADO DOS VOSSOS FILHOS... POIS BEM ELES QUE FREQUENTEM UMA ESCOLA PÚBLICA POIS EU TAMBÉM O FAÇO E NÃO POR ISSO QUE TENHO MENOS PRESTÍGIO, PIORES PROFESSORES, CONDIÇÕES OU NOTAS, MUITO PELO CONTRÁRIO...

    Isto seria o mesmo que o governo subsidiar as pessoas que sabem plantar couves (não fazendo sentido, é uma boa analogia), seria uma grande injustiçao pois apenas as populações rurais (os ditos compónios) o receberiam, uma vez que os citadinos acham que um frango nem penas tem e nem fazem idea do que é um tomate coração de boi... Seria justo subsidiar algo a que apenas uma pequena percentagem da população teria direito... Pois eu também acho que não!

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  66. os colégios financiados prestam um serviço público, não são colégios com meninos riquinhos, recebm todos os alunos, ricos, remediados, pobres e carenciados de uma determinada zona. Têm alunos com necessidades educativas especiais, têm alunos com SASE. Estas escolas que o Estado financia, na sua maioria, não são escolas de elites como os colégios das cidades, são escolas construidas no interior do país.BW

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  67. Barbara, isso é mentira. Veja esta vergonha:

    http://www.aventar.eu/2011/01/22/o-colegio-%e2%80%9crainha-santa%e2%80%9d-um-caso-de-assalto-as-financas-publicas-em-nome-de-deus/

    e vá à porta deste colégio e do S. Teotónio que é mesmo ao lado, pela manhã, conhecer o parque automóvel destes pais dos alunos destes colégios subsidiados com os nossos impostos.
    Não digo que não haja lá nenhum dos "remediados, pobres e carenciados" de que fala. Mas bem podem ir para o D. Maria ou para a Quinta das Flores, ou para a Avelar Brotero. Escolas que ficam ao lado, e são do melhor que o ensino público, sem exclusão de alunos pelo seu percurso escolar, tem em Portugal.

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  68. Então a IGE que vá ao terreno, mas que não se tome a parte pelo todo. Que se diga à Rainha Santa que vai deixar de receber turmas (que é o que o decreto lei e a portaria prevêem). E quando o ME decidir que vai dar um valor por turma às escolas do Estado? Um valor igual para todos? Imagine que são os 80 mil que vai dar às escolas com contratos de associação? As escolas com corpos docentes mais jovens e contratados vão chamar-lhe a sorte grande; e as escolas com os corpos docentes mais velhos e estáveis, com professores no topo da carreira? E as que receberam as obras do Parque Escolar? Os 80 mil por turma chegarão? Eu não, que não sou especialista em gestão escolar, nem director de escola.BW

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  69. Quem defende o apoio do Estado ao privado,
    Só pode ser proxoneta !....

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  70. "Uma coisa que os rankings vêm provar é que as escolas com contratos de associação estão tal mal como as escolas públicas, precisamente porque recebem todos os meninos, os bons e os maus e levam-nos todos a exame. "

    A)Se acha que as escolas PRIVADAS com contratos de associação estão mal nos rankings, logo não pecebo o porque afirmam, que o eprivado é melhor que o público...ou porque deve se rfinanciado um ensino privado de má qualidade.
    B)È MENTIRA que as escolas deste tipo recebem todas as crianças - excluem á partida crianças pobres, crianças ciganas, crianças de minorias étnicas ou com NEE...

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  71. "os colégios financiados prestam um serviço público, não são colégios com meninos riquinhos, recebm todos os alunos, ricos, remediados, pobres e carenciados de uma determinada zona. Têm alunos com necessidades educativas especiais, têm alunos com SASE. Estas escolas que o Estado financia, na sua maioria, não são escolas de elites como os colégios das cidades, são escolas construidas no interior do país.BW "
    Mais um chorrilho de mentiras.
    Inform-se antes de escrever

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  72. Anónimos das 01:57 e das 01:59 - Resposta às alíneas a) e b)
    Os privados com contrato de associação têm tão bons resultados como as públicas porque o privado com contrato de associação funciona como o público, ou seja, recebe os mesmos alunos que o público recebe. Note: Este é o princípio dos contratos de associação.
    Compreendo que está a dizer que nem todos recebem todos os alunos. Por isso é que é importante o ME divulgar o estudo onde poderá revelar isso mesmo: que há escolas que têm poucos alunos com acção social escolar, com NEE, com multiculturalismo, etc. Aí sim, poderemos todos dizer que ALGUNS (acho que o estudo não vai revelar que são TODOS porque nos últimos dias tenho falado com escolas que têm cerca de 40 por cento de alunos com acção social escolar)estão a seleccionar os alunos. E então também poderemos tirar as mesmas conclusões que o Anónimo das 01:57 tira. BW

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  73. BW
    Bem-vindo e não benvindo!

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  74. É realmente com desagrado que leio todas estas criticas ao ensino privado. Também eu, filho do ensino publico, que trabalho numa empresa privada tenho o meu filho num colegio privado - Colégio Bissaya Barreto em Coimbra. Sim privado! 100% privado! Porque tive liberdade de escolha. Porque quero para o meu filho o melhor ensino. Porque quero para o meu filho apoio e atividades nas muitas horas que passa no colégio. Mas eu pago... não tenho apoios! e pago também os meus impostos que servem para pagar o ensino publico. Não seria mais justo o estado estipular um valor a dar a cada aluno para o seu ensino? Depois os pais só teriam que escolher se queriam ter o su filho no ensino publico (para o qual o valor atribuido chegava) ou se o queriam no ensino privado (e pagavam o excesso)! Devo ainda dizer que no privado não andam só os ricos... o meu filho não é rico e anda lá... os meninos da Casa do Pai não são ricos e andam lá... ah! e crianças com NEE também frequentam este colégio perfeitamente integradas nas turmas, apoiadas por profissionais qualificados e acarinhadas pelos colegas. É esta a educação que quero para o meu filho, uma educação de igualdade, amizade, carinho pelo proximo.

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