Lembrei-me deste poema quando analisei com os meus alunos uma crónica de Ricardo Pereira Araújo, na revista Visão, acerca de uma entrevista deste a Adília Lopes. Se tiverem coragem, leiam os dois textos. Caso contrário, fiquem , pelo menos, com o poema desta original poetisa portuguesa.
Ana Soares
Degrau a degrau
verso a verso
o poema
a escada
***
No metro
cruzam-se as pessoas
como cartas de jogar
postas sobre a mesa
***
Dia
sem poesia
não é dia
é noite escura
Mas a poesia
é noite escura
***
Mesmo
uma linha
recta
é o labirinto
porque
entre
cada dois pontos
está o infinito
Adília Lopes in Caderno, & Etc, 2007
Degrau a degrau
verso a verso
o poema
a escada
***
No metro
cruzam-se as pessoas
como cartas de jogar
postas sobre a mesa
***
Dia
sem poesia
não é dia
é noite escura
Mas a poesia
é noite escura
***
Mesmo
uma linha
recta
é o labirinto
porque
entre
cada dois pontos
está o infinito
Adília Lopes in Caderno, & Etc, 2007
Lindo! Eu adoro a poesia da Adilia Lopes pela sua simplicidade, objectividade e, mesmo que ela não queira ou que lhe dê gozo, a possibilidade de a interpretarmos livremente. Eu não sou o RAP, mas já entrevistei a Adilia e foi das experiências mais desconcertantes da minha vida profissional! BW
ResponderEliminarDegrau a degrau
ResponderEliminaro poema
verso a verso
a escada