segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Os livros que devoraram o meu pai

"O título não é nada apelativo", disseram cá em casa.
Mas eu comecei a ler, influenciada pela maravilhosa Contradição Humana.
Nas primeiras páginas li: "- Vivaldo! Vivaldo! Vivaldo! Vivaldo -gritava o chefe da repartição, mas ele lá ouvia aquela voz lá muito ao fundo, a desaparecer numa esquina. Foi assim que a minha avó me começou a contar a história de Vivaldo Bonfim, o meu pai. Ele trabalhava no 7º Bairro Fiscal e achava-se num mundo entediante, chato, plano, cheio de papéis, papeladas e outras burocracias que se fazem com a madeira das árvores." 
Nestas primeiras páginas recordei Saramago e o Todos os nomes. Depois, ao longo da obra, foram muitos outros grandes nomes da literatura que recordei, desta feita por sugestão do próprio narrador ou personagens. Ray Bradbury, Dostoievski, Gogol, etc...
Rendida à história, ao sentido de humor, à riqueza das referências, consegui convencer várias pessoas a lê-lo. Todos se renderam, tal como eu, à mestria de Afonso Cruz.
Um livro, para ser lido a partir dos 12 anos. Sobre os livros, a magia, as relações humanas e a adolescência.

Ana Soares

2 comentários:

  1. eu queria era a historia do "os livros que devoraram o meu pai" que eu tinha de fazer uma prova desse livro e não o encontro em nenhum lado.
    se faz favor
    obrigada :)
    Ana Soares

    ResponderEliminar
  2. Caro leitor ou leitora,

    leia o livro, é mesmo divertido e interessante.

    Vai ver que vai gostar!

    ResponderEliminar