Fui ler uma história à sala da minha filha. Ela estava excitadíssima. Eu, que ontem à noite escolhi o livro que queria levar e o reli para me preparar, fiquei nervosa. A história era fantástica (já falei dela aqui), as imagens eram bonitas e até tinha feito com a minha filha dois fantoches com as personagens principais. Estava tudo preparado para um começo de manhã feliz. Chegámos à escola e olhei para aquelas 21 criaturinhas de 4 anos e pensei que queria contar-lhes a história, que se divertissem, mas dali tirassem também algum proveito. Sim, é verdade, nem sempre é preciso tirar proveito das histórias. No entanto, achei que os "convidados" especiais, como as mães, devem impressionar os amigos dos filhos com histórias e aprendizagens. Enfim. Não sei se isto faz muito sentido. Mas assim foi o meu raciocínio.
Naqueles minutos em que esperei que marcassem as presenças e se sentassem, pensei ainda como cada vez que tenho um grupo novo à frente, que não conheço, sejam eles do 12º ano, adultos ou crianças de 4 anos, sinto um certo nervosismo. Sem sentido, pensava eu, pois acabava por correr sempre tudo bem, é verdade. Bom. Lá fui ler a história. Parafraseei as palavras mais difíceis. Mostrei os desenhos. Fiz perguntas para criar expectativas. Rimo-nos e foi divertido. Correu lindamente. Quando me vim embora, e perdoem-me a imodéstia, pensei que é isto (também) que faz um bom professor: quando começa a falar com o seu "público", esquece-se dos ditos nervos e consegue, ao ritmo e em função da adesão do grupo, levar a actividade a bom porto. Pensei ainda: que sorte que eu tenho em ser professora.
Ana Soares
Naqueles minutos em que esperei que marcassem as presenças e se sentassem, pensei ainda como cada vez que tenho um grupo novo à frente, que não conheço, sejam eles do 12º ano, adultos ou crianças de 4 anos, sinto um certo nervosismo. Sem sentido, pensava eu, pois acabava por correr sempre tudo bem, é verdade. Bom. Lá fui ler a história. Parafraseei as palavras mais difíceis. Mostrei os desenhos. Fiz perguntas para criar expectativas. Rimo-nos e foi divertido. Correu lindamente. Quando me vim embora, e perdoem-me a imodéstia, pensei que é isto (também) que faz um bom professor: quando começa a falar com o seu "público", esquece-se dos ditos nervos e consegue, ao ritmo e em função da adesão do grupo, levar a actividade a bom porto. Pensei ainda: que sorte que eu tenho em ser professora.
Ana Soares
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