Os palheiros armazenam também as feridas de quem lá tentou proteger o alimento perene. O gato afasta-se do peso das histórias que a pedra tem marcadas. Deita-se no chão, mas também ele fala. Ecoam os pés dos que calcorrearam aquele chão, dos que fugiram, se esconderam, dos que ali amaram.
Gato que brincas na rua, invejo a sorte que é tua, pois nem sorte se chama. É o fado. O de ouvir, ver e cheirar aquilo que os turistas nem sonham.
Ana Soares
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