Jane Lynch interpreta Sue, uma professora de Educação Física muito peculiar, fria, seca, antipática e, no entanto, muito divertida e até, à sua maneira, uma excelente educadora. Faz bem o contraste com o professor de Espanhol Will Schuester que assume a direcção do coro da escola e que se envolve com os miúdos e os seus problemas.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Apenas dois Emmy para Glee
Jane Lynch interpreta Sue, uma professora de Educação Física muito peculiar, fria, seca, antipática e, no entanto, muito divertida e até, à sua maneira, uma excelente educadora. Faz bem o contraste com o professor de Espanhol Will Schuester que assume a direcção do coro da escola e que se envolve com os miúdos e os seus problemas.
A arte de morrer longe
Ana Soares
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Fernando Pessoa em São Paulo
E para quando o "nosso" Museu da Língua Portuguesa?
domingo, 29 de agosto de 2010
Glee: a Fame dos nossos filhos (e a nossa!)
São adolescentes, são os inadapatados, os ex-populares, os que passam pela escola e parece não deixarem marca, mas que estão vivos e têm os sonhos, as ansiedades e os problemas próprios da idade. São os professores, os adultos com os mesmos medos e desejos dos mais novos.
Somos nós quando tinhamos aquela idade, quando viamos a Fame e sonhávamos a escola cheia de ritmo e de música.
Na verdade, Glee é muito parecido com Fame, tem os rapazes e raparigas de todas as cores, feitios e orientações sexuais mas muito mais cientes e conscientes das suas diferenças do que os personagens mais inocentes da década de 1980 (ou seríamos nós que não atingíamos tudo?)!
Hoje é noite de Emmies
BW
sábado, 28 de agosto de 2010
a máquina de fazer espanhóis
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Casos de leitura
"Os sons do X fazem-lhe muita confusão. Não há maneira de os entender."
Ana Soares
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Entrevista a Jorge e Daniel Sampaio
O que podemos aprender com Arnaldo Sampaio e Fernanda Bensaúde Branco de Sampaio, os pais destes dois irmãos?
Jorge Sampaio:
"Os seus pais promoviam a individualidade? Que existissem autonomamente, sem uma ligação umbilical permanente?
Isso sim, no sentido de cada um ser aquilo para que tem vocação. Um por todos e todos por um - não gosto da divisa, mas é significativa, praticamo-la muito. Outra divisa: a necessidade de falar sempre a verdade. Uma vez, sobre um ponto do liceu não disse a verdade sobre a nota que tinha tido. Isso durou meio dia. (...) No caderno estava uma nota pior do que aquela que eu tinha dito. "Isso não se pode fazer" [disse o pai]. Foi à estante e tirou um livro, era a história de um jovem a quem foi feita uma perseguição injustamente e o pai bateu-se por ele até ao fim. (...) "Lê este livro, tens de ser assim para eu ter confiança em ti".
(...)
Quando teve medo de dizer a nota verdadeira teve medo de o defraudar?
Acho que éramos educados para não falhar. (...) Nós podíamos falhar, tínhamos compreensão. Mas escamotear que falhámos era mau. Era preciso dizer que estávamos ali prontos para ir à luta, para levar as coisas a sério."
Daniel Sampaio:
"Fale-me das pessoas da família que acha que são importantes nas vossas vidas, mais especificamente na sua vida.
Os pais, porque eram educadores muito bons. Eram educadores para a cultura, estavam sempre a fomentar o estudo, a reflexão, a leitura. As refeições ao jantar eram a discutir temas, não havia conversa mole; às vezes até era um bocadinho exagerado e protestávamos contra isso. Mas hoje vejo que foi uma coisa boa solicitar constantemente a nossa opinião sobre as coisas e saber o que estávamos a pensar. (...)
Sentiu-se na infância especialmente amado pelos seus pais?
Senti-me muito admirado. (...) Os meus pais não eram pessoas que demosntrassem um grande afecto do ponto de vista da proximidade física. Mas estamos a falar dos anos 60, 50.
E do que era ser pai e mãe então.
A distância entre gerações era enorme. (...) Não havia essas demonstrações de afecto que adoro nos pais de hoje, de andarem com os filhos pendurados.
Mas admiração é diferente de expressão de amor. Isso levanta uma questão interessante: perceber se podia falhar e se tinha medo de defraudar as expectativas que tinham em si.
Claro que sim, os meus pais não admitiam fracasso em nenhum campo. Não se podia falhar nos estudos, nas horas, não se podia falhar sequer nos namoros. Tínhamos de ser muito responsáveis com as raparigas.
Não as engravidar - é disso que estamos a falar?
Sim, respeitá-las como pessoas, não andar a saltar de umas para as outras. A educação era muito séria e exigente. Mas disso estou extremamente grato. Não chego atrasado a lado nenhum, nunca falto ao hospital. (...) Faltar à escola porque se tem uma dor de cabeça? Tomávamos uma aspirina e íamos às aulas. Nunca nos desculpávamos, nunca dissemos que não podíamos ir porque estavamos cansados. Os nossos pais não diziam para sermos os melhores, diziam para fazermos o melhor possível. E quando se faz o melhor de que se é capaz, às vezes é-se o melhor."
terça-feira, 24 de agosto de 2010
ser-se velho
domingo, 22 de agosto de 2010
O ano lectivo pode começar sem estatuto do aluno
BW
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Sarkozy expulsa ciganos de França
Não são de origem búlgara nem romena, mas fazem parte da banda sonora com que os meus filhos cresceram. Lembrei-me de O Tempo dos Ciganos por causa da decisão de Sarkozy de expulsar cidadãos da UE de França. Face à notícia, depois da tentativa de contextualizar a coisa, acabámos por dizer qualquer coisa como: "É um pequeno Hitler, a repetir os mesmos erros e nós impávidos."
BW
A tabacaria a propósito de A máquina de fazer espanhóis
Aqui fica.
Ana Soares
- TABACARIA
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Fecho das escolas do 1.º ciclo
Não é melhor para elas ter melhores recursos, uma biblioteca, um anfiteatro, um ginásio, quem sabe, uma pisicina? Fica a dezenas de quilómetros de casa, paciência. Quantas famílias não vivem na periferia das grandes cidades e levam os seus filhos, todas as manhãs, para as escolas da capital do país ou do distrito? O Estado está a fazer com estas crianças o que os pais fazem porque querem um futuro melhor para os seus filhos.
A escola da aldeia é melhor porque se conhece toda a gente, vai-se comer a casa, vai-se a pé para a escola, a vó vai lá buscar? É verdade. Mas estar numa turma com meninos de todos os anos de escolaridade, com o mesmo professor o dia inteiro não é desvantajoso para estas crianças? É. (Lembro-me sempre de uma foto do PÚBLICO de umas crianças sujas, de faces rosadas, de camisolas de lã e sobretudo vestido, junto à salamandra montada na sala de aula, num daqueles invernos muito frios, numa aldeia da Beira Alta e de pensar nas disparidades que ainda se vivem no país.).
Fechar a escola é fechar a aldeia? Não necessariamente, a escola do plano centenário pode ser convertida em centro de dia para os mais velhos, associação de música, loja de artesanato local, restaurante de comida regional... A escola pode ganhar vida e trazer mais vida para a terra.
Fechar a escola é empurrar os mais novos para o litoral? Talvez, mas se não forem agora, antes dos dez anos, irão depois. Não foi o fecho da escola que os empurrou, mas não haver oportunidades locais.
Pode ser mau para as crianças estar numa escola maior? Parece que sim, que nem sempre se conseguem adaptar bem, que por vezes são gozadas pelas outras da vila ou da cidade. Mas cabe aos pais exigirem que a escola esteja atenta às necessidades dos seus filhos, que os acompanhe nos primeiros tempos e, em casa, transmitir-lhes a confiança necessária para começarem o ano lectivo da melhor maneira, confiantes e sem medos. Sim, sou da aldeia, e depois?!
AGORA, o que não me parece nada bem é a menos de um mês das aulas começarem, ainda o ministério, as autarquias e as escolas estarem a discutir este assunto e, não tenho dúvidas, que o ano vai começar com alguns atrasos, pelo menos para estes meninos que não merecem.
BW
Um dragão violinista
Ana Soares
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Superbactéria: onde é que já vimos este filme?
Agora, há uma nova bactéria, uma superbactéria, já morreu uma pessoa na Europa. Começo a ver o filme, o pânico, as farmacêuticas a esfregar as mãos de contentes com o medo que começamos já a sentir. (Pensando bem, o melhor é ficar com as máscaras, ainda podem fazer falta...)
BW
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Dicionário de internetês
:) - alegre
:( - triste
:'( - a chorar
:8) - porquinho
:P - língua de fora
:S - Duhh
***** - Beijos
( . )( . ) - boazona, mamas
(^-^) - está lá
:'-? ) - chorar de alegria
^ F^ - feliz
B-) - feliz e de óculos
):-):-):-) - gargalhada ruidosa e grosseira
:-) - ha ha
I-) - he he
:-> - hey hey
I-D - ho ho
: -)))) - mt feliz
: ))))))) - mto mto feliz
(hmmm) ooo..:-) - pensamentos felizes
^*-*^ - retribuir sorriso
(^-^)/? ? - rindo e dizendo adeus com um lenço
:-D - rindo muito
:-)))) - rir às gargalhadas
(^-^) - rir contendo o nervosismo
\V/ - saudação vulcãnica
") - sorriso
$ - dinheiro, riqueza, massa e afins
@ t - escrevo-te um mail
+/- - mais ou menos
+ trd - mais tarde
= mente - igualmente
= - igual
1mnt - um minuto
1mmt - um momento
2 - tu
6 - cinema
7D - semana
Leia mais sobre esta nova foma de comunicar aqui.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
só se vê neles o que a pessoa tem dentro."
domingo, 15 de agosto de 2010
"As férias dão cabo de mim"...
João Miguel Tavares tem "uma tese sócio-demográfico-económica" que diz que: "O pessoal trabalha pouco porque basicamente deixou de ter filhos". O jornalista tem a certeza de que se os portugueses tivessem mais filhos, seriam mais produtivos, ou seja, quando estivessem de férias com os filhos não viam a hora de voltar ao trabalho!
"Não se pode atribuir o mesmo nome [férias] à actividade praticada por uma família de cinco em Armação de Pêra e à de dois adultos saudáveis em Bora Bora.
Quando estes belos 15 dias chegarem ao fim, vou estar mais queimadinho psicologicamente do que um recém-doutorado em física nuclear e mais esgotado fisicamente do que um ciclista que tenha trepado os Alpes suíços no pino do calor."
Pois, a mim acontece-me exactamente o mesmo - o esgotamento, o cansaço, a gestão de personalidades e conflitos, quando o que queria mesmo era devorar um livro, à sombra, sem que ninguém me incomodasse - mas, apesar de tudo, não consigo imaginar as férias de outra maneira!
BW
PS: Para o sítio que está na imagem iremos nós, pais, quando os nossos filhos e os nossos netos já não precisarem de nós para os levar à praia, dar-lhes de comer, tomar conta deles, passar o creme protector, etc. É o paraíso para os bons pais que se sacrificam para lhes dar férias condignas e felizes!
Obrigada professor!
sábado, 14 de agosto de 2010
Caderneta de Cromos de Nuno Markl
Pelo menos para nós, os que nascemos na década de 1970, nos inícios, logo, com muito mais memória do que foram o spectrum, o cubo mágico, as cassetes, o vinil, a abelha maia, o miami vice, a samantha fox, a Bravo (em alemão), as bombocas, as cadernetas e a cola cisne num boião, com uma pequena espátula verde com que colávamos os cromos (também havia bisnagas, mas como éramos muitos lá em casa, com muitas cadernetas, a cola em boião era mais barata e durava mais tempo).
A Caderneta de Cromos, de Nuno Markl, com ilustrações de Patrícia Furtado, da editora Objectiva, além de um livro que junta os textos que Markl escreveu para as Manhãs da Comercial, é também uma caderneta. Mais informações aqui .
BW
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Cortes na educação
Para já, a tutela ainda está melhor do que muitas famílias portuguesas por isso ainda só começou a cortar nos luxos:
1. ensino especializado da música? quem disse que o país precisa de uma orquestra em cada esquina? músicos? precisamos é de engenheiros e médicos!
2. ensino à distância para os filhos dos profissionais itinerantes? mas esses não têm já as suas vidinhas asseguradas nos circos e nas feiras? quem disse que devem ter aspirações a ser diferentes dos seus pais? ou que possam, um dia melhorar os negócios dos seus pais, graças à escola?
3. formação para os professores do 1.º ciclo em ciências? mas eles não aprenderam tudo na escola superior de educação (ESE) quando eram ainda aspirantes a professores? (neste caso irrita-me saber que estes docentes não foram devidamente preparados nas ESE, de onde são originários os mesmos professores que depois são formadores dos planos de acção para a Matemática, o Português e as Ciências - andamos a pagar a dobrar, embora a formação contínua seja necessária)
4. professores bibliotecários? bibliotecas nas escolas? que extravagância! os meninos não têm tudo nos portáteis? bibliotecas, jogos...
O problema é que são os pequenos luxos que nos fazem pessoas melhores, mais abertas, mais cultas, mais generosas, mais inteligentes, mais críticas.
BW
PS: O Governo arranjou não uma mas duas equipas para decidir o que cortar na Educação. Só esta medida parece-me uma despesa.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Ferreira Gullar e o acordo ortográfico
"Eu acho que o Brasil e Portugal, com os outros países de língua portuguesa, têm de parar com essa coisa de ficar mudando as regras ortográficas. Eu acho que é uma coisa que não ajuda em nada. É uma perda de tempo. Cria confusão, inclusive dá prejuízos. Já imaginou o que vai acontecer? Colecções de livros vão ter que ser jogadas fora e reimpressas, para obedecer a uma nova ortografia porque uma ou duas pessoas resolveram mudar a maneira de escrever a língua. Isso é uma arbitrariedade. Quem é que outorgou a essas pessoas o direito de fazer isso? A língua é património do país, da população, não é propriedade de ninguém. Não pode haver uma entidade que decide mudar a língua de todo o mundo. Isso é um absurdo. É uma coisa precária, que cria confusões, porque é impossível você encontrar uma forma de colocar todos os países de língua portuguesa em que não se crie ambiguidade nenhuma. É um sonho vão. A ortografia tem de ser uma representação da linguagem falada. Então é uma bobagem. Uma perda de tempo."
A entrevista na íntegra pode ser lida aqui.
BW
Dia Internacional da Juventude
A pirâmide está cada vez mais invertida com os avós, tios-avós, primos-avós, viúvos, solteiros e casados a pesarem do outro lado. Em 1900 eram 5,7 por cento; o ano passado eram 17,9.
Se tudo continuar como está, os jovens serão cada vez menos, sobretudo se os pais começarem a emigrar, a procurar vidas e futuros melhores para eles e para os seus filhos, noutras paragens. E aí, deixarão de ser apenas as aldeias e as vilas envelhecidas mas também as cidades.
BW
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Se fosse viva, Enid Blyton fazia hoje 113 anos!
BW
Combarros - Galiza
Os palheiros armazenam também as feridas de quem lá tentou proteger o alimento perene. O gato afasta-se do peso das histórias que a pedra tem marcadas. Deita-se no chão, mas também ele fala. Ecoam os pés dos que calcorrearam aquele chão, dos que fugiram, se esconderam, dos que ali amaram.
Ana Soares
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Fecho da Escola Móvel
A Escola Móvel é um projecto caro. Apesar de não conhecermos os números tem que ser caro, senão vejamos: rácio de um professor para três alunos; estudantes ligados diariamente por Internet, a fazer trabalhos, a ter aulas, a comunicar entre si; quatro semanas por ano os alunos reúnem-se todos, ficam internos e têm aulas presenciais com os professores que durante o ano conhecem do contacto pelo computador; quatro semanas para fazer visitas de estudo, ter aulas práticas.
É um ensino à distância e de luxo, pensarão muitos, por isso, dispensável em época de crise. Errado.
É a forma de ter alunos, filhos de profissionais itinerantes, dos circos e das feiras, na escola a tempo inteiro. Através da Internet é possível controlar as suas presenças e se estão a cumprir os horários ou não, estejam no Minho ou no Algarve, como poderá ler aqui. É uma forma de combater o abandono e o insucesso escolar - que criança ou jovem terá sucesso a entrar numa nova escola sempre que a família muda de lugar?
Depois da direcção da Escola Móvel, confrontada com a possibilidade de encerrar o projecto ter aceite um corte de 20 por cento nos professores que acompanhavam 110 alunos (entre eles mães adolescentes da associação Ajuda de Mãe que de outra maneira também terão mais dificuldade em estudar), a decisão foi conhecida na sexta-feira passada: a Escola Móvel acabou.
Ontem, dezenas de pais inundaram as caixas de correio electrónico dos governantes: o que fazer com os seus filhos que com a Escola Móvel tiveram sucesso e podem ansiar a outra vida que não a dos seus pais?
A resposta do Ministério da Educação é que estes estudantes devem regressar às suas escolas de origem, onde estavam matriculados antes de ingressarem na Escola Móvel (poderão estar a 600 km de distância mas isso não é um problema para a tutela, calculo) e que serão acompanhados por uma equipa da DGIDC, garante.
Para trás ficam anos de trabalho, de ganhar a confiança dos feirantes e profissionais circenses sobre a bondade deste projecto, de ganhar o respeito dos alunos habituados a muita liberdade de trato e de vida, de reconhecimento nacional e internacional deste que era um projecto inovador. Tudo para o lixo.
Pode ler mais aqui. No Facebook já existe o movimento Salvem a Escola Móvel.
BW
sentir na infância
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Férias e chumbos
Interrompidas as férias por uns dias, dou uma vista de olhos pelo que se passou nas últimas semanas. Parece-me que na educação, o mais palpitante foi mesmo a entrevista da ministra que defende acabar com os chumbos e recordo uma conversa de praia, com um amigo que, por acaso é professor. Na sua escola fazem turmas por níveis (errado, digo eu, lembrando as correntes que dizem que os meninos devem estar todos misturados, é bom para todos, continuo já com alguma ironia na voz).
Este ano, continua ele, fizeram uma experiência. Uma turma só com os maus, 20, com direito a dois professores de cada disciplina, dois de Português, dois de Matemática, dois de Educação Física, pares para tudo. Resultado: só um aluno é que passou, os restantes 19 chumbaram.
A escola falhou, digo para o acicatar. "Eles não querem saber, eles não estão minimamente interessados em estudar. Foram todos recambiados para CEF's", e a conversa fica por ali.
BW
O meu primeiro livro de verão
domingo, 8 de agosto de 2010
Comprar devagarinho custa menos do que em catadupa!
Assim que me lembre:
1. Passar a pente fino todo o material escolar do ano passado e ver o que é possível ser reaproveitado. Deste modo, escusamos de voltar a comprar a régua e o esquadro, material que já compramos o ano passado, o anterior e no outro... Tudo o que for passível de ser usado, é menos uma despesa que se faz.
2. Aproveitar uma viagem ao estrangeiro ou a um museu e comprar um estojo que mais ninguém tem, as canetas, as borrachas, os cadernos, a carteira para por o cartão magnético aquele que lhes possibilita a entrada na escola, no refeitório, etc.
3. Nas idas ao supermercado, comprar uma ou outra coisa para que quando chegarem as campanhas do regresso às aulas já só se adquira o que falta.
4. Pedir todos os recibos, todos, para meter nas despesas de Educação, no IRS, do tubo de cola ao manual escolar. É a forma do Estado cumprir, muito parcialmente, o que diz a Constituição sobre a gratuitidade do ensino.
Continuação de boas férias!
BW
sábado, 7 de agosto de 2010
Princesas bonitas
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Colecção 1001 livros
Para mim, o conceito pareceu-me interessante e por isso adquiri um par de títulos. Tive duas reacções negativas: de um, o aborrecimento de ter um livro que lhe parece uma espécie de manual escolar; do outro, a completa ignorância das partes que são para ser trabalhadas - a leitura não deve ser interrompida com distracções, explicou-me.
Pois... E eu, mãe que gosto tanto de coisinhas pedagógicas e educativas...
BW
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Livros nos hiper
O Arquitecto
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
a poesia e a literatura
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Constantino guardador de vacas e de sonhos
Para os filhos, assim com a idade do Constantino, é a descoberta de um mundo que não é o deles, é a entrada num tempo antigo, real mas também de sonho. Melhor que qualquer Harry Potter!
Alves Redol é o autor deste livro, uma incursão pelo neo-realismo português, pelo Portugal pobrezinho mas honrado. (Se fosse vivo, o escritor ia odiar esta última frase!)
BW
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Bordalo Pinheiro no Jardim
O resto do texto da autoria de Catarina Portas de onde retirei esta citação, e que explica o projecto, pode ser lido aqui. E vale a pena!
Ana Soares
domingo, 1 de agosto de 2010
A viagem de Saramago - Viagem de um Elefante
Nesta reportagem acompanhamos Saramago pelos caminhos de Salomão, o elefante. Mas descobrimos também Pilar e Saramago, a relação entre ambos. O que os aproximou e manteve juntos. Vale a pena fazer esta viagem.
Boas viagens para os que hoje começam as suas férias!