quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

São voltas e voltas sem parar

Mais notícias. Desta vez, são os diretores das escolas que se pronunciam sobre as mais recentes medidas tomadas pelo Ministério da Educação relativamente ao fim dos exames de 6.º ano, já este ano lectivo.
São voltas e voltas sem parar...
Estas são palavras de uma música dos Entre Aspas que me vem à memória quando penso no que temos vivido no ensino em Portugal. Reforma e contra-reforma. Proposta e contra-proposta. Programas versus metas. Depois novos programas e metas. Provas de aferição. A seguir, exames que, pouco tempo depois, deixam de ser exames e passam a ser, de forma politicamente correta, apelidados de Provas Finais. Entretanto, menos exames. Novas provas de aferição. Pelo meio, Associações de Professores em desacordo com propostas do ME; Conselho Nacional de Educação com propostas diferentes das ministeriais. Atrasos generalizados no cumprimento dos programas (leia a notícia aqui). E hoje CE defende exames e provas de aferição. E a seguir?

Esta entediante enumeração resume meia dúzia de anos da nossa educação, em constante mutação e desacordo. Revela a forte instabilidade que a Escola vive em Portugal.

Diz a mesma música que
«São voltas e voltas sem parar
Em sonhos nocturnos
Em sonhos de encantar
Muitos enredos histórias reais.»

São, de facto, mundos reais. Mas não são sonhos. Às vezes parecem pesadelos, estas voltas e voltas sem parar. Sonhos que pouco têm de encantar.

AS

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