sábado, 30 de julho de 2011
Provas de superação
- Não sei... De recuperação, sei que existem.
A partir daqui, ouço-o lamentar-se porque os professores, seus colegas de trabalho, só têm preocupações com os alunos que estão em risco de chumbar, que é com os que têm mais dificuldades que trabalham, esquecendo os outros, os medianos e os que se podem superar. Cada turma pode ter, pelo menos, três níveis e os professores trabalham para a mediania ou para a mediocridade.
Nós, os pais nunca estamos satisfeitos, seja em que patamar estejam os nossos filhos. Se eles estão em risco de chumbar, queremos lá saber se o professor trabalha ou não com os outros! Queremos é que o professor trabalhe com o nosso e o prepare para conseguir superar os obstáculos. Os outros estão bem, o nosso é que não!
Se o nosso filho pode fazer melhor, queremos que o professor trabalhe com ele e reconheça as suas capacidades e ambições, que o ensine a superar-se, a ser melhor.
Contudo, o que nos parece, é que os professores não fazem nem uma coisa, nem outra. Mas isso somos nós, do lado de cá do muro, que não temos acesso a tudo. Assustador é ouvir um pai/professor fazer essa análise, frustrado com os conselhos de turma que levam horas a discutir a passagem de um 2 para 3 (numa escala se 1 a 5), mas que não querem saber dos que poderiam ter um 5 em vez do 4.
BW
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Não existindo quotas, somos todos excelentes...
Leia a notícia aqui.
Falta de articulação entre ciclos
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Mais exames no final do 3.º ciclo
Os meus amigos que até à legislatura anterior eram contra o facilitismo dos exames e a sua falta de rigor; agora são contra os exames porque são caros. Fica caríssimo, do papel ao transporte; das medidas de segurança ao número de professores necessários, insistem. Um deles até fala do impacto ambiental. Sim, sim, vou acenando com a cabeça enquanto penso como é curioso terem mudado de opinião sem, na verdade, o terem feito.
Se antes, os exames eram maus porque não eram rigorosos; agora são bons (ainda ninguém viu uma prova feita pelo serviço externo a que o actual Governo vai encomendar os exames, mas todos têm a certeza que serão melhores pelo nível de exigência que o ministro proclama) mas ficam caros, por isso, é melhor não fazer tantos e deixar tudo como está.
BW
segunda-feira, 25 de julho de 2011
As cinco 3
BW
domingo, 24 de julho de 2011
Burro, é um livro!
Não era este o livro que eu procurava na livraria... mas este foi um dos que não consegui lá deixar.
Espreitam. É fabuloso! Muito giro para ler aos pequenos, ansiosos por tecnologia; para recomendar aos graúdos já viciados em teclados; para brincar com os adultos que se esquecem do valor do livro.
As cinco 2
Não, cá em casa todos comem sopa. Podes comer uma concha, em vez de duas.
Sentam-se à mesa com ar de sacrifício e comem a sopa que não tem um único vegetal a boiar, não queria ouvir : "Posso deixar as couves?" quando eram feijões verdes, como aconteceu uma vez, com uma delas.
No relatório diário que envio às mães sobre o que fizeram e o que comeram (por SMS), escrevo: "Já sei que não gostam de sopa, mas comem uma concha!", não quero ser acusada de maus tratos. Uma responde: "não deve haver 1 criança k goste de sopa". Por acaso eu conheço várias! É verdade que são todas da minha família...
Ao terceiro dia ouço: "A sopa da tua mãe é boa! Há mais sopa?"
Portanto, o problema não é da sopa... E, quem me conhece, sabe que eu não sou grande cozinheira! Aliás, quando contei esta história ao meu filho, ele mandou uma gargalhada e não foi de elogio aos meus dotes culinários...
BW
sábado, 23 de julho de 2011
As cinco 1
Como são tudo miúdas relativamente bem educadas, o facto de me ignorarem valentemente deixou-me meio atordoada... Eu tentava meter-me na conversa e elas nem ouviam, eu perguntava qualquer coisa e não respondiam, eu pedia e elas ignoravam... Que raça! Então não estão em minha casa? Não sou eu o único adulto? Eu, com a idade delas não fazia isto... Cantava genéricos de desenhos animados e falava de rapazes mas, aí de mim, se imaginasse sequer ignorar a voz de um adulto! Serei eu que não tenho um ar suficientemente convincente? Serei invisível?
Sim, aos olhos delas eu sou completamente transparente, como são os seus pais com quem falavam quando eu dizia, com voz de poucos amigos: " toca a ligar para casa!"
Falavam com aquele ar de frete. Sim... Está tudo bem... Fomos à praia... O que é que achas? Aí, mãe, já sei isso tudo...
Filhos meus, quando estão fora, não falam assim comigo ao telefone. Falam! Porque se não o fizerem sabem que correm o risco de uma ou duas horas depois (conforme o tempo de caminho) eu estar lá à porta, a recolhê- los. Por isso, houve momentos em que apeteceu-me dar-lhes uns abanões: "Ei! Eu estou aqui! Estão a ver?! Eu, a adulta que vos alimenta, suas ingratas!" Mas depois, respirava fundo e pensava: "São três dias, três, o que é isso na tua vida? nada!"
BW
PS: Também as imaginei na escola com aquela atitude e não é bonito de se imaginar...
sexta-feira, 22 de julho de 2011
2ª época de exames
quinta-feira, 21 de julho de 2011
O grito de guerra da mãe tigre
Eu compreendo perfeitamente Amy Chua, a mãe perfeccionista que quer que as filhas sejam as melhores do mundo. E por isso as obriga a treinar piano e violino até à exaustão (seis a oito horas diárias) e, nem quando fazem o melhor, ela fica satisfeita. Eu não sou bem assim, não sou nada assim, mas quando acho que eles conseguem fazer melhor sou incapaz de lhes dar os parabéns pelo pouco (eu acho)que fizeram. Às vezes, o pai fica desconcertado, como é que não fui capaz de dar uma palavra de alento? De onde me vem essa frieza? Porque eu sei que conseguem mais!
Essa minha reacção motiva-os a fazer melhor? Nem sempre. Às vezes ouço: "A mãe nunca está satisfeita" e penso que sou uma besta... Mas depois, digo o que podem fazer melhor e eles ouvem.
No livro, Amy Chua, uma bem sucedida professora universitária, define os "pais chineses" e os "pais ocidentais", esclarecendo que um ocidental pode ser um "pai chinês" e vice versa, ou seja, não tem tudo a ver com a etnia, mas com o modo de ver a vida e a educação dos filhos. E passa a explicar:
"(...) os pais chineses podem fazer coisas que pareceriam inimagináveis - até mesmo puníveis por lei - aos ocidentais. As mães chinesas podem dizer às filhas: "Ei gorda... tens de perder peso". Em contraste, os pais ocidentais têm de abordar o assunto com luvas de pelica (...)
Os pais chineses podem ordenar aos filhos que tenham notas máximas a tudo. Os pais ocidentais podem apenas pedir aos filhos que tentem fazer o seu melhor. (...) Os pais chineses exigem notas perfeitas porque acreditam que os filhos as conseguem alcançar. Se o filho não as conseguir, os pais chineses partem do princípio de que isso se deve ao facto de a criança não se ter esforçado o suficiente. É por isso que a solução para um desempenho abaixo do esperado é sempre ralhar, castigar e envergonhar a criança. Os pais chineses acreditam que os filhos são suficientemente fortes para aguentar a humilhação e melhorar com ela. (...)
Os pais chineses acreditam que os filhos lhes devem tudo. (...) Os pais chineses acreditam que sabem o que é melhor para os filhos e, portanto, ignoram todos os desejos e preferências dos filhos. (...)"
Claro que não é nada tão líquido e a mãe chinesa que tentou educar as filhas com base nestes pressupostos nem sempre teve sucesso e mudou algumas destas suas afirmações (feitas logo no início do livro). Pois, os filhos têm personalidades e vontade própria e nem sempre a "educação chinesa" funciona.
O segredo não está na "educação chinesa"!
BW
quarta-feira, 20 de julho de 2011
As diferenças entre as notas dos exames e as dadas pelos professores
Enumeremos alguns exemplos de aspetos não contemplados pela avaliação externa:
-componente oral - que no caso do Português conta obrigatoriamente 25%;
- componente laboratorial - que no caso da Física e Química conta 30% da nota final do aluno;
- participação e empenho;
- progressão ao longo do ano.
O Público ouviu alguns professores e seus representantes quanto a esta questão. Leia a notícia aqui.
Ana Soares
terça-feira, 19 de julho de 2011
De quem é a culpa dos maus resultados no Português?
Todos os professores com quem falo referem os conteúdos programáticos excessivos, para além de ser consensual que as competências também devem ter um espaço privilegiado nas salas de aula e que as mesmas precisam de tempo para ser desenvolvidas e aperfeiçoadas.
Discordo da leitura da referida colega. Discordo da análise que faz dos exames, particularmente da que faz do exame de 9º ano deste ano, que não me parece ter sido "infantilizante" nem me parece que tenha tido perguntas "estupidificantes".
Mas a colega faz afirmações polémicas. E isso dá audiência.
Os Homens Precisam de Mimo
Obrigada ao João Miguel Tavares por partilhar connosco as suas vivências familiares sem nunca sentirmos que estamos a saber de mais, mas só o essencial, o muito em que nos revemos!
BW
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Declaração do Ministro da Educação
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Exames nacionais: De quem é a culpa?
1. Os alunos - nunca chegaram tão mal preparados, não sabem nada, não há uma cultura de exigência, passam-nos... enfim, uns ignorantes, uns brutos, uns preguiçosos!
2. O Ministério da Educação - do modelo de avaliação dos professores, da falta de autonomia das escolas, do tempo que é exigido aos professores para estarem na escola, da falta de condições, dos exames que foram mais difíceis, da tutela que não pagou aos professores correctores...;
3. O Mundo - a sociedade já não é o que era, no meu tempo de liceu é que era bom, hoje chegam todos à escola, os filhos dos pais que não foram à escola, os que não gostaram da escola, os que têm fome, os pobres, os violentos, os ciganos, os filhos de pais divorciados, os filhos dos pais casados mas mais valia estarem divorciados, os filhinhos dos papás que lhes dão tudo menos educação...
E os professores?
Quem é que ensinou (ou não) os meninos? Quem é que os preparou (ou não) para responder aos exames? Quem é que esteve (ou não) durante um ano inteiro na sala de aula com os alunos? Perdão, um bloco de 90 minutos por semana, com os alunos na sala de aula?
Os estudantes estiveram sozinhos? Estiveram com o primeiro-ministro, com a ministra, com os secretários de Estado, com os senhores do Eduquês, com os pais?
Afinal, com quem estiveram os alunos o ano inteiro?
A culpa dos maus resultados dos exames é só dos professores? NÃO! Mas não pode ser de todos os actores educativos menos deles. Haja um bocadinho de bom senso e de reflexão no interior da classe.
BW
PS: A história da menina de quatro anos esquecida na carrinha também não foi culpa das educadoras, nem das auxiliares, foi da criança que adormeceu, foi dos pais que não estavam à porta do autocarro às 16h em ponto, porque os pais deixam os meninos nas escolas, esses armazéns de crianças...
Organização Curricular 2011-12
no 2º ciclo os alunos terão, tanto no 5º como no 6º anos, 3 blocos de 90 minutos;
no 3º ciclo a disciplina, em qualquer dos anos, corresponderá a 2,5 blocos de 90, ou seja, 5 blocos de 45 minutos.
Constata-se ainda que o Estudo Acompanhado só existirá no 2º ciclo e que a Área de Projeto, como já fora anunciado, desaparecerá do currículo.
A disciplina de TIC (Tecnologias da informação e comunicação) fará parte do currículo do 9º ano de escolaridade.
E nos exames nacionais do secundário...
Leia a notícia aqui.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Os resultados dos Exames Nacionais do 9º ano (2011)...
segunda-feira, 11 de julho de 2011
O Principezinho na Quinta da Regaleira II
O Aviador www.oprincipezinhonaregaleira.com from SOMBRA on Vimeo.
O espetáculo não tem nada o ar misterioso (ou até assustador) deste vídeo. Coloquei-o aqui pelo facto de ter ficado fascinada pelo espaço da Quinta da Regaleira. Para além do teatro, a Quinta, por si só, merece uma visita. Com miúdos, claro!
Ana Soares
sábado, 9 de julho de 2011
O Principezinho na Quinta da Regaleira
Saint-Exupéry aparece-nos na cafetaria da Quinta da Regaleira em Sintra e é ali mesmo que nos conta como os adultos nunca compreenderam os seus desenhos. Mostra-nos ainda os seus desenhos, nomeadamente a sua jibóia com o elefante lá dentro.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
TEDx Lisboa ED
Depois, Vera Monteiro, psicóloga, falou sobre a promoção da motivação no contexto de sala de aula, onde essencialmente foi apresentada uma síntese de várias teorias sobre o referido tema. Também não trouxe novidade.
Para além das referidas intervenções, tivemos oportunidade de ver dois vídeos. Um do Ken Robinson, já nosso conhecido, o outro de Salman Khan.
Aqui fica este último.
Espreitem, vale a pena.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Erro informático - Caim de Saramago para o 6º ano
Ana Soares
terça-feira, 5 de julho de 2011
Saramago e o Plano Nacional de Leitura
Aqui fica a informação e, por outro lado, o meu espanto ou mesmo incredibilidade por ter verificado que José Saramago, escritor que muito admiro, faz parte da lista do 6º ano das obras para leitura autónoma e leitura com o apoio do professor e pais com a obra Caim, conforme se pode constatar ao consultar aqui a referida lista.
Quem me segue sabe que tenho publicamente mostrado o quanto admiro a obra deste grande escritor. A maior flor do mundo é uma obra que pode ser recomendada às crianças. As pequenas memórias aos adolescentes. Mas o Caim no 2º ciclo?!? Não, por favor!
Ana Soares
domingo, 3 de julho de 2011
Os novos programas de Português
Ana Soares
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Implodir ou não, eis a questão!
O ministro não prometeu a implosão mas continua a defender acabar com a "máquina gigantesca". Resta saber como.
BW