quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Novo desenho curricular

Novo ano lectivo, novo desenho curricular. Foi hoje publicado em DR. Pode consultá-lo aqui.

Em síntese:
- tempos de 45 ou 90 minutos (à excepção da disciplina de Educação Física);
- Estudo Acompanhado com o objectivo de reforçar a Língua Portuguesa e a Matemática, tem um só professor e os alunos que frequentam esta aula são determinados pelos conselho de turma;
- Formação Cívica orientada para a educação sexual, saúde e cidadania;
- as Tic, Língua Portuguesa e Educação para a Cidadania serão áreas a desenvolver transdisciplinarmente;
- a leccionação da disciplina de Educação Visual será feita por apenas um docente (e não em par pedagógico) ao longo do ano;
- no 2º ciclo, a Língua Portuguesa, a Língua Estrangeira e a História e Geografia de Portugal terão 10 horas no 5º e 11 horas no 6º para dividir;
- as disciplinas de História e Geografia terão 4 tempos no 7º ano, 5 no 8º e 5 no 9º para partilharem (14 no final do ciclo);
- as disciplinas de Ciências Naturais e Físico-Química terão 4 tempos no 7º ano, 4 no 8º e 5 no 9º para partilharem (13 no final do ciclo);
- TIC (tecnologias da informação e comunicação) só no 9º ano, 2 tempos.


Carga horária dos alunos

No 2º ciclo, no 5º ano os alunos terão 28 a 30 horas semanais; no 6º ano, a carga horária irá de 29 a 31 horas semanais.
Quanto ao 3º ciclo, no 7º e 8º anos os alunos terão uma carga horária de 31 a 33 horas semanais, e no 9º de 33 a 35 horas semanais.

4 comentários:

  1. Eu gostava de saber se um neto da Srª ministra tiver um acidente na aula de EVT, a quem é que ela vai imputar a responsabilidade...Bem, concerteza não tem netos e por isso a falta de sensibilidade...
    Gostava muito de avaliar uma aula dada pela Senhora numa sala de aula de 90m com 30 alunos em movimento e a usarem objectos cortantes e outros...

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  2. O que me parece que vai acontecer é que os professores vão evitar determinado tipo de actividades. Sozinhos, numa sala, é impossível desenvolver algumas das competências previstas pelo programa da diciplina de EVT. Sem dúvida. E é uma pena.

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  3. Lá vai o tempo dos trabalhos manuais e oficinais, fizemos tapeçarias, trabalhámos o barro… A vertente artística inerente a estas e outras actividades têm um papel fundamental na educação das nossas crianças, a experimentação o trabalho com as mãos o conhecimento e o manuseamento dos diferentes materiais , a criação de uma peça estimula a criatividade a destreza o sentido estético, fá-los ser inovadores. Andamos de cavalo para burro, quanto mais avançamos nas ciências educacionais, quanto mais sabemos que é importante a diversidade das experiências e a educação pela arte, mais cortam nessas mesmas áreas, será que a Educação Musical vai continuar? Por quanto tempo. Querem fazer máquinas dos nossos filhos? Dos meus eu não vou deixar, tento dar-lhes em casa o que falta, os colégios também costumam ser empenhados nestas áreas. Quem é que vai sofrer com estes cortes? A nossas crianças, estamos a comprometer o futuro das nossas crianças.

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  4. As 2 línguas estrangeiras têm 6 tempos para dividir no 7.º ano, 5 no 8.º ano, e 5 no 9.º ano... Ou seja, uma das línguas terá, no 8.º e 9.º anos, uma carga semanal de apenas 90 minutos. Se nos lembrarmos que algumas turmas têm 28 alunos, alguém será capaz de aprender uma língua estrangeira assim? Só os alunos que puderem frequentar aulas particulares e escolas de línguas. Faz sentido iniciar o Inglês no 1.º ciclo e depois desvalorizar a língua nos anos seguintes? Os alunos de Línguas e Humanidades, que têm duas línguas estrangeiras, são obrigados a optar por uma no 12.º ano! Os alunos dos outros cursos apenas têm Inglês no 10.º e 11.º anos. Mas muitos cursos universitários (engenharia, gestão, etc.) têm cadeiras de Inglês logo no 1.º ano. Mas que país é este que desvaloriza, no mundo em que vivemos, a aquisição de línguas estrangeiras, factor de empregabilidade e mobilidade profissional? Não faz sentido... mas como o PISA não afere os conhecimentos em língua estrangeira, no problem...

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