Diplomados precários mais do que duplicaram em dez anos .
Leia aqui a reportagem do Público, um trabalho de Raquel Martins, com Andreia Sanches, cujo título foi inspirado pelo "hino" dos Deolinda, Ai que parva que eu sou, que já vos oferecemos.
Aqui fica um excerto deste trabalho que me parece importante destacar:
"O lado certo da canção é alertar para as largas dezenas de estagiários sem remuneração e para os jovens que estão a recibos verdes. Mas também passa uma mensagem que deixa implícito que não vale a pena estudar", alerta o presidente do IEFP. "O que não é verdade. Um diplomado no desemprego demora em média oito meses a encontrar emprego enquanto um que não tenha formação superior demora 15 meses. O último relatório da OCDE Education at a Glance também é claro quando diz que Portugal é o segundo país da organização, a seguir ao Brasil, onde o prémio salarial dos licenciados que entram no mercado de trabalho é mais elevado. Quem faz uma licenciatura ou um grau mais elevado ganha duas vezes mais do que a média. E comparativamente aos que não foram além do secundário ou de um curso profissional, o ganho é 80 por cento superior. "
Ana Soares
Não concordo nada com o presidente do IEFP. Sou professora de matemática, mas já leram a letra da musica? Fala de uma pessoa, de uma situação especifica e difícil. O crescendo dramático poe-na a pensar. O que conclui nem ela esta certa disso... fico a pensar/que mundo tão parvo onde para ser escravo/e preciso estudar. É um desabafo, um ponto extremo. Acho muito forçado e de interesses intelectualmente desonestos, uma analise que conclua que a musica convida a nao estudar. Por outro lado, basta haver uma pessoa licenciada, numa situação assim, para que este refrão seja válido e pertinente. Cumprimentos
ResponderEliminarTambém não concordo com o presidente do IEFP: A música não convida a não estudar. Contudo, esta não é uma situação específica de uma pessoa; é de muitas. Bem como não é a situação de uma única geração, mas de várias, das gerações que têm agora 40, 30 e 20 anos; que são gerações que têm mais qualificações do que os pais mas menos direitos laborais. BW
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