terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PISA

Porque não gostamos de boas notícias?

4 comentários:

  1. Eu gosto de boas notícias. Mas para perceber até que ponto esta notícia é realmente boa gostava de saber como foi constituída a amostra dos alunos avaliados pelo PISA e que critérios presidiram a essa constituição.

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  2. Eu gostaria que a Bárbara nos dissesse primeiro qual é a boa notícia. Que o governo socratino é especialmente habilidoso a manipular estatísticas? Que uma organização económica internacional que não é isenta em termos ideológicos acha que o sistema de ensino português melhorou na forma como serve determinados interesses económicos?

    Indo um pouco mais longe, eu questiono mesmo se o relatório só por si é notícia. Como foi feito, como se constituiu a amostra de alunos que foram avaliados, que aconteceu aos piores alunos de 15 anos que no exame anterior estavam no ensino regular e actualmente estão, em grande parte, nas diferentes modalidades de ensino profissional ou especial... Enfim... jornalismo de investigação, precisa-se!

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  3. É a OCDE que escolhe os alunos de forma aleatória, não são as escolas portuguesas, finlandesas ou coreanas. Os alunos têm que ter 15 anos. Assim como os testes são iguais para todos os alunos, de todos os países. O que nos fez subir e aproximar-nos da média da OCDE foi a diminuição dos alunos com testes mais fracos (de nível 1 e -1). No entanto, ainda há cerca de 20 por cento (não me recordo das percentagens certinhas) dos alunos nesses níveis negativos. Sinceramente, acho que há medidas que poderão ter contribuido para esta progressão e não são a escola a tempo inteiro ou o inglês no 1.º ciclo, nem os portáteis; mas as provas de aferição e os exames nacionais habituaram os alunos a saber responder e a prestar provas do que sabem; contribuiu o trabalho dos professores em sala de aula; contribuiu a decisão das escolas em usar as horas de Estudo Acompanhado para dar mais horas de Matemática ou de Português. Acho que ainda não houve tempo para o PNL fazer efeito até porque a dado momento do relatório, a OCDE diz que os alunos não lêem tanto quanto deviam. Nem o programa de Parque Escolar, embora acredite que este possa a vir beneficiar os alunos no futuro: é muito melhor trabalhar num espaço com condições e convidativo do que na escola fria, onde chove. Vamos continuar a dedicar-nos ao PISA! BW

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  4. Há umas semanas, esteve em Portugal um investigador norte-americano em políticas de educação, a convite do Fórum para a Liberdade de Educação. O professor universitário também trabalha com a OCDE e defendia o modelo sueco, onde actualmente é dominante a liberdade de escolha das famílias e o cheque-ensino. Nas tabelas da OCDE a Suécia não está assim tão bem, Sócrates aproveita o exemplo sueco para defender a escola pública como a única capaz de combater as desigualdades sociais e promover a mobilidade social.

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