... são respondidas aqui .
E mais um trabalho bonito (eu adoro fazer trabalhos bonitos!, este com uma ajudinha da Natália Faria) sobre as escolas portuguesas seleccionadas pela OCDE para fazerem parte de um compêndio de arquitectura escolar. Aqui e aqui . Acho que só as fotografias deste trabalho merecem que hoje vá à rua e compre o PÚBLICO!
Bom fim-de-semana!
BW
PS: Eu não tenho dúvidas que um bom ambiente escolar, uma escola bonita, confortável, é meio caminho para o sucesso! Mas não é tudo.
Nos últimos dias lembrei-me de alguém que dizia que as autárquicas se ganhavam na televisão, na primeira hora após o fecho das urnas. Espero que o "Público" não pare de analisar cuidadosamente os resultados dos testes PISA, confirmando ou desmentindo os méritos das várias políticas que possam ter dado origem a esta melhoria, e que todos tenhamos a paciência para não tirar já demasiadas conclusões (ou aceitar que o nosso PM as tire por nós).
ResponderEliminarExemplo (que parece contrariar as teorias da conspiração quanto à metodologia seguida, mas que também reforça as posições dos defensores da liberdade de escolha na educação, tornando a referência à Suécia usada pelo nosso Primeiro-Ministro completamente irrelevante):
Resultados nas escolas públicas em 2006/2009 (Leitura & Matemática & Ciências):
469/485(+16) & 463/482(+19) & 471/489(+18)
Resultados nas escolas privadas (provavelmente com alunos de famílias que os favorecem em relação à média) em 2006/2009 (Leitura & Matemática & Ciências):
500/516(+16) & 497/514(+17) & 503/516(+13)
não esquecendo que bons resultados são mais difíceis de melhorar.
(ver
http://pisa2006.acer.edu.au/interactive.php
http://pisa2009.acer.edu.au/interactive.php)
Isto é perfeitamente compatível com o que foi escrito pela Bárbara Wong mais atrás, ou seja, a importância do Estudo Acompanhado e dos Exames Nacionais e Provas de Aferição. As políticas que só tiveram efeitos nas escolas públicas (como as aulas de substituição e avaliação dos professores, referidas pelo PM) não são validadas pelos resultados de 2009.
A questão de saber se todos os alunos dos CEF faziam parte da população da qual se retirou a amostra (e a do papel dos coordenadores de escola na decisão acerca dos alunos com NEE a excluir) continua de pé, embora pessoalmente não acredite que isso tenha tido influência sobre os resultados.
Enfim, há ainda muito a escrever sobre o PISA 2009. É melhor deixar isso para quem sabe, lembrando apenas que há leitores que aguardam (sem pressas) a vossa interpretação.
Caro leitor, eu não quero escrever mais sobre o PISA que nove páginas numa semana já chegam! Mas sim, o PISA pode ser muito mais esmiuçado. O que é que eu acho que contribuiu para a melhoria - boa, mas não excelente porque SÓ nos aproximámos da média, de recordar que antes estávamos no fim da tabela - as provas de aferição, os exames nacionais e a percepção pelas escolas de que os resultados dos alunos interessam. Estes miúdos que fizeram o PISA 2009 fizeram provas de aferição e exames nacionais, portanto estão muito habituados a prestar provas, a sentarem-se numa sala durante duas horas para responder a perguntas, num clima que os colegas que fizeram os testes do PISA em 2000, 2003 e 2006 não conheciam. O que é que contribuiu mais? Os professores estarem mais despertos para a necessidade de obter resultados. Há anos que escrevo sobre rankings e no início os directores diziam-me que não sabiam porque tinha tido maus resultados e de há anos para cá que sabem dizer exactamente que escola têm, que população e até sabem fazer prognósticos de como será o próximo ano. BW
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