Afinal ainda não temos as metas, mas temos já a confirmação de que no próximo ano - 2011/12 - teremos novos programas, nova ortografia e novos manuais nas escolas. Até lá, os professores de Língua Portuguesa terão nos seus horários uma redução de duas horas na componente não lectiva a fim de preparar a implementação do Novo Programa de Língua Portuguesa (NPLP).
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Pôr os mais pequenos a ler II
Gradualmente, permitir o contacto com obras de graus de dificuldade distintos, com temas sempre variados para que a criança possa fazer escolhas.
Fazer desenhos sobre as histórias, imaginar pormenores sobre as mesmas e respectivas personagens, inventar outros fins.
Mil e um caminhos possíveis, sempre com livros por perto!
Ana Soares
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010
A República explicada às crianças
"República das Perguntas é uma série criada para contar aos meninos dos 8 aos 12 anos como se implantou a República em Portugal e como se vivia há 100 anos.
O primeiro episódio, a exibir no dia 4 de Outubro, explica o que é uma Monarquia e “como se fica Rei “. O segundo episódio, a exibir no dia 5 de Outubro, explica o que é uma República e “como se fica Presidente”. A partir do terceiro episódio vamos mostrar às meninas e aos meninos de hoje como, há 100 anos, se mandavam SMS, a que se brincava, como se escovavam os dentes, como eram os hospitais, a escola, o cinema, as roupas, as festas de família e de amigos e muitos outros assuntos da vida quotidiana. República das Perguntas parte sempre de uma pergunta. E quem responde é o galo Columbano."
Na RTP2, a partir das 19h30
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Pôr os mais pequenos a ler
PROPOSTA DE GUIA PARA PAIS E EDUCADORES
Ler com as crianças , mesmo que ainda não saibam ler:
- ver as imagens, comentá-las;
- brincar com os livros;
- deixar a criança virar a página se quiser;
- ler as palavras ou frases, apontando-as com o dedo;
- dar vivacidade às histórias, mudando de voz, imitando as personagens (não tenha receio de parecer ridículo)
Não estranhe se a criança lhe pedir muitas vezes para ler a mesma história. Aceite o convite!
Ler com as crianças , mesmo que ainda não saibam ler:
- ver as imagens, comentá-las;
- brincar com os livros;
- deixar a criança virar a página se quiser;
- ler as palavras ou frases, apontando-as com o dedo;
- dar vivacidade às histórias, mudando de voz, imitando as personagens (não tenha receio de parecer ridículo)
Não estranhe se a criança lhe pedir muitas vezes para ler a mesma história. Aceite o convite!
Deve deixar que a criança escolha o livro.
Permita que a criança brinque e leia sozinha. Nessa altura, deve arrumar brinquedos e desligar a tv. Evite que outras solicitações se interponham no caminho dos livros.
Permita que a criança brinque e leia sozinha. Nessa altura, deve arrumar brinquedos e desligar a tv. Evite que outras solicitações se interponham no caminho dos livros.
Ana Soares
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domingo, 26 de setembro de 2010
Waiting for Superman
Não sei quando estreará entre nós Waiting for Superman, um documentário sobre educação nos EUA e a tábua de salvação que as famílias mais pobres vêem nas charter schools.
BW
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ler e amar
"Digamos que, como no amor, a leitura é um encontro entre duas peças imperfeitas [o leitor e o livro] que se podem completar na perfeição."
Rui Zink, Anibaleitor, p. 82
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sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Livro de José Luís Peixoto
Não tem artigo definido, nem indefinido, chama-se tão somente Livro, mas alguém há-de colocar-lhe um artigo, como quando ligo para algum lado e me dizem: "Ah! Fala do jornal o Público!"
Foi esta noite apresentado em Lisboa e o autor estava feliz, muito feliz, de tal maneira se sentia nas nuvens que teve necessidade de dizer: "Eu sou um gajo... que espirra, tosse e faz outras coisas que não posso contar aqui". Pois é, José Luís Peixoto é um gajo, é terra-a-terra, é simples, tem aquela pronúncia doce do Alentejo e a sua escrita é bela. Por isso, eu e a Ana andamos a ler um livro que se chama Livro!
BW
Foi esta noite apresentado em Lisboa e o autor estava feliz, muito feliz, de tal maneira se sentia nas nuvens que teve necessidade de dizer: "Eu sou um gajo... que espirra, tosse e faz outras coisas que não posso contar aqui". Pois é, José Luís Peixoto é um gajo, é terra-a-terra, é simples, tem aquela pronúncia doce do Alentejo e a sua escrita é bela. Por isso, eu e a Ana andamos a ler um livro que se chama Livro!
BW
O papel dos professores
Os dilemas dos nossos professores são os dilemas dos professores dos EUA. O texto de Brad Johnson e Tammy Maxson McElroy chama-se The changing role of the teacher in the 21st century e começa com uma frase lapidar: "Many of our schools are good schools, if only this were 1965.", de Louise Stoll & Dean Fink .
Eis algumas citações do trabalho de Brad Johnson e Tammy Maxson McElroy:
"With easy access to cable television, music, video games, cell phones, movies, and all other multi media outlets, it is easy to see how culture can influence the education of students. But did you know that research suggests culture influences student learning more than formal education? This means we can no longer separate the classroom from the real world, but rather have to find ways to make learning relevant and applicable to the real world so that students are influenced by intellectual information rather than simply the pop culture of today, which has changed drastically over the past 30 years."
(...)
"The effective educator of today has to understand the importance of making education applicable to the lives of the students. Students have to understand the world in which they will live and understand how to survive and thrive in that world. The effective educator understands that part of her responsibility is to help the students become educated consumers."
E também fala do papel dos pais!
É uma boa leitura para o fim-de-semana!
BW
Eis algumas citações do trabalho de Brad Johnson e Tammy Maxson McElroy:
"With easy access to cable television, music, video games, cell phones, movies, and all other multi media outlets, it is easy to see how culture can influence the education of students. But did you know that research suggests culture influences student learning more than formal education? This means we can no longer separate the classroom from the real world, but rather have to find ways to make learning relevant and applicable to the real world so that students are influenced by intellectual information rather than simply the pop culture of today, which has changed drastically over the past 30 years."
(...)
"The effective educator of today has to understand the importance of making education applicable to the lives of the students. Students have to understand the world in which they will live and understand how to survive and thrive in that world. The effective educator understands that part of her responsibility is to help the students become educated consumers."
E também fala do papel dos pais!
É uma boa leitura para o fim-de-semana!
BW
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
O que vem aí?
Depois da praia e descanso, vem aí muito teatro, música e exposições... Um mundo de actividades para os mais pequenos. Basta estar atento à imprensa ou navegar em sítios como a agenda cultural da Câmara Municipal de Lisboa (ou de outros municípios) e programação dos museus.
Para quem vive em Lisboa, ou perto, destaco a adaptação do texto de José Gomes Ferreira - As Aventuras de João sem Medo - no Teatro da Trindade a partir de 16 de Outubro.
O Til (Teatro Infantil de Lisboa) vai oferecer-nos esta temporada uma adaptação do Quebra Nozes.
A FCGulbenkian volta a presentear-nos com concertos para a família (destaco o do dia 22 de Outubro).
A Plano 6, no Tivoli, apresenta uma peça sobre a amizade a partir de 25 de Outubro: Bzz, Bzzz, A União Faz a Força.
O CCB organiza mais um Mercadinho - actividade em que as crianças e famílias podem organizar uma venda de brinquedos a preços simbólicos.
Ana Soares
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agenda
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Metas para 2015
Depois das metas de aprendizagem - que ainda não estão disponíveis -, foi ontem publicado no site do Ministério da Educação as metas para 2015, feitas com base em três indicadores: resultados nas provas aferidas e exames, taxas de repetência e taxas de abandono.
O ministério pede também às famílias que trabalhem com as crianças em casa.
No fundo pede-nos para fazermos o que devemos fazer: ler com eles e afins. Vamos lá!
BW
O ministério pede também às famílias que trabalhem com as crianças em casa.
No fundo pede-nos para fazermos o que devemos fazer: ler com eles e afins. Vamos lá!
BW
A Praça
Mário Cordeiro, o pediatra, agora noutro registo: um texto narrativo. Pela curta extensão e pela densidade do texto, uma novela, diria eu. A Praça oferece-nos uma viagem pelas personagens e vidas dos habitantes de uma qualquer praça, que podia ser a nossa. Em curtos capítulos, vamos conhecendo as personagens e suas vidas. Gostei, mas, por alguns momentos, fiquei com vontade que o autor me tivesse contado mais. Pela verosimilhança, humor e escrita intensa, vale a pena visitar esta Praça.
Ana Soares
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livros
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Oficialmente acabou o Verão
No Entardecer dos Dias de Verão
No entardecer dos dias de Verão, às vezes,
Ainda que não haja brisa nenhuma, parece
Que passa, um momento, uma leve brisa...
Mas as árvores permanecem imóveis
Em todas as folhas das suas folhas
E os nossos sentidos tiveram uma ilusão,
Tiveram a ilusão do que lhes agradaria...
Ah, os sentidos, os doentes que vêem e ouvem!
Fôssemos nós como devíamos ser
E não haveria em nós necessidade de ilusão ...
Bastar-nos-ia sentir com clareza e vida
E nem repararmos para que há sentidos ...
Mas graças a Deus que há imperfeição no Mundo
Porque a imperfeição é uma cousa,
E haver gente que erra é original,
E haver gente doente torna o Mundo engraçado.
Se não houvesse imperfeição, havia uma cousa a menos,
E deve haver muita cousa
Para termos muito que ver e ouvir ...
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XLI"
No entardecer dos dias de Verão, às vezes,
Ainda que não haja brisa nenhuma, parece
Que passa, um momento, uma leve brisa...
Mas as árvores permanecem imóveis
Em todas as folhas das suas folhas
E os nossos sentidos tiveram uma ilusão,
Tiveram a ilusão do que lhes agradaria...
Ah, os sentidos, os doentes que vêem e ouvem!
Fôssemos nós como devíamos ser
E não haveria em nós necessidade de ilusão ...
Bastar-nos-ia sentir com clareza e vida
E nem repararmos para que há sentidos ...
Mas graças a Deus que há imperfeição no Mundo
Porque a imperfeição é uma cousa,
E haver gente que erra é original,
E haver gente doente torna o Mundo engraçado.
Se não houvesse imperfeição, havia uma cousa a menos,
E deve haver muita cousa
Para termos muito que ver e ouvir ...
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XLI"
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poesia
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Como vai a avaliação de desempenho dos docentes?
Podia ir melhor. Leia aqui porquê.
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avaliação dos professores
Medicina narrativa
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literatura é
Deixem-nos dormir (ou não)!
Sestas no pré-escolar em discussão. Eu, por mim, defendo as sestas no 1.º, 2.º, 3.º ciclos e secundário! Defendo sestas no local de trabalho! Está estudado que é a sesta é importante!
BW
BW
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domingo, 19 de setembro de 2010
Ser adulto
Ele, armado em crescido, diz: Eu vou ser adulto antes dela [a irmã de três anos].
E ela, que não gosta de ficar atrás do mano, responde: E eu vou ser muito adulta e chegar à lua.
AS
E ela, que não gosta de ficar atrás do mano, responde: E eu vou ser muito adulta e chegar à lua.
AS
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filhos soares
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Eu, mãe de dois filhos com mais de dez anos...
... tendo a concordar, infelizmente!
Deixem-me intrometer-me, controlar, dizer o que está bem e mal, de quem devem ser amigos, sim? Por favor!
E quando eu cumprimento os amigos deles como se ainda fossem uns bebés?! Abro muito os olhos, esboço o meu melhor sorriso e com uma voz carinhosa pergunto: "Olá, meu querido, estás bom?"; toda eu sou mel, os miúdos ficam com um ar comprometido e os meus filhos reviram os olhos e repreendem-me!
O que é que querem?! Para mim são uns bebés, são todos uns bebés, mesmo que tenham mais 20 cm do que eu!
BW
Deixem-me intrometer-me, controlar, dizer o que está bem e mal, de quem devem ser amigos, sim? Por favor!
E quando eu cumprimento os amigos deles como se ainda fossem uns bebés?! Abro muito os olhos, esboço o meu melhor sorriso e com uma voz carinhosa pergunto: "Olá, meu querido, estás bom?"; toda eu sou mel, os miúdos ficam com um ar comprometido e os meus filhos reviram os olhos e repreendem-me!
O que é que querem?! Para mim são uns bebés, são todos uns bebés, mesmo que tenham mais 20 cm do que eu!
BW
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Aos jovens alunos de espanhol
Ainda não é muito vasto o material para as aulas de Espanhol. São poucas as editoras que produzem materiais e nem sempre é fácil descobrir textos interessantes. Por isso, hoje, aos professores e jovens aprendizes (e a pensar especialmente numa recente aprendiz de espanhol, muy guapa e com una sonrisa contagiante, que hoje faz anos), sugiro a leitura dos livros do Manolito Gafotas, um jovem que retrata, com humor, a vida de uma família nos subúrbios de uma cidade espanhola.
Ana Soares
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quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Novo livro de José Luís Peixoto
Ontem, foram cinco os admiradores de JLP que tiveram a oportunidade de, na presença do mesmo, assistir ao "nascimento" do seu último romance.
Quanto a mim, ainda não o li.Ainda não está à venda. Mas tenho a certeza de que vou gostar.
Livro, de José Luís Peixoto, à venda a partir de dia 24.
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terça-feira, 14 de setembro de 2010
Ainda a entrevista da Ministra da Educação
Na edição em papel é possível ler outras respostas interessantes para além das que estão disponíveis aqui.
SOBRE A CARGA HORÁRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
"É urgente aumentar o número de horas de Português e de Matemática no sistema educativo?
Não. É importante que haja uma focalização do trabalho para assegurar as competências básicas nessas áreas, que o tempo seja bem aproveitado e que haja um investimento dos alunos no estudo e no treino."
SOBRE AS METAS DAS ESCOLAS
"Como é que as metas de aprendizagem se relacionam com as metas que vai pedir às escolas?
Quem vai definir as metas a alcançar são as próprias escolas (...)"
"Prefere mudanças pontuais?
Sim, é essa a nossa perspectiva. Este ano também vamos propor aos directores das escolas que tracem metas de melhoramento.
Como?
Imaginemos que temos um determinado nível que a escola atingiu em 2009/2010: vamos propor que adoptem como prática o traçar metas de melhoria, usando as metas de aprendizagem e as estratégias e recursos que já têm, como o Estudo Acompanhado e os apoios de grupo ou individual."
Ana Soares
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segunda-feira, 13 de setembro de 2010
A Ministra da Educação em entrevista
Neste link podemos acompanhar um excerto da entrevista da Senhora Ministra da Educação ao jornal Público. O mesmo versa sobre as metas - da Língua Portuguesa e Matemática - e o concurso extraordinário para os docentes. Com alguns exemplos práticos, explicando às jornalistas e professores o que é parafrasear. Sem grandes novidades. Ainda assim, vale a pena ver. Esperemos pela entrevista na integra.
Ana Soares
Um leitor chamado Aníbal
Para um fim-de-semana de Setembro posso sugerir ao fãs de Rui Zink o livro O Anibaleitor. Editada pela Teorema, esta novela começa por ameaçar ser, nas primeiras páginas, um retrato traumatizado de um filho de pais divorciados. No entanto, o desenrolar da acção, sempre com muitas relações com outros livros, conduz-nos a uma história surreal com um leitor sui generis.
O melhor do livro, a meu ver, são a reflexão sobre os livros e a leitura e as relações com outros textos, através referências mais ou menos claras (com algumas claramente assumidas e enumeradas numa nota de autor no final) .Um texto diferente a fazer a apologia da leitura.
Ana Soares
domingo, 12 de setembro de 2010
Concurso de acesso ao ensino superior
As listas podem ser encontradas aqui. Cá estão para os mais curiosos porque os alunos receberam a informação por que tanta ansiaram durante a tarde de hoje. Se nós tinhamos de ir à Aula Magna, eles só têm que ter um telemóvel!
BW
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livros para entreter
"Não há grande mal em muitos livros serem só para entreter. Os piores são aqueles que não passam de hamburgueres, Parecem saborosos, e são fáceis de consumir, mas é porque já vêm pré-mastigados. Lê-los dá o mesmo trabalho que ver uma série na televisão. Distraem, mas evaporam-se num ápice da memória e, quanto mais comes, mais ficas com uma sensação de vazio."
Rui Zink, O Anibaleitor, p. 62
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sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Metas
A notícia do Público é clara: as metas de aprendizagem para o ensino básico, ainda que em fase experimental, podem ser adoptadas pelos docentes. A partir de dia 15, as mesmas estarão disponíveis no site da DGIDC. Talvez com as mesmas se perceba o que vai acontecer aos Novos Programas de Língua Portuguesa - homologados, mas suspensos...
Em Outubro, serão dez as escolas a adoptar as metas oficialmente.
Ana Soares
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Livros de viagens
Numa edição mais económica, a Tinta da China vê a sua colecção sobre viagens associada à imprensa. Deste modo, é possível adquirir cinco volumes da colecção coordenada por Carlos Vaz Marques com a revista Sábado.
Na primeira semana, Uma Ideia da Índia, de Alberto Moravia. Uma viagem em registos e matérias diferentes, capítulo a capítulo, que nos permite sentir e cheirar a Índia.
Uma sugestão já com saudades das férias.Ana Soares
"Ainda não me disseste o que é a Índia.
A Índia é a Índia.
Diz-mo numa fórmula, numa frase, num slogan.
Pois bem, a Índia é o contrário da Europa."
Alberto Moravia, Uma Ideia da Índia, p. 14
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Magalhães a um canto
No dia em que o Governo anuncia mais Magalhães, o Correio da Manhã traz uma notícia sobre o tema para dizer que o computador não é usado na escola, nem em casa, que para os miúdos é como se fosse mais uma consola de jogos. Sim, mas eu também já fui ao interior do país, em reportagem, e vi o computador a ser bem usado na escola e em casa! Há muitas realidades!
A verdade é que se os professores quiserem podem dar algum uso à máquina, em vez de se queixarem de falta de formação e assim. Ninguém lhes dá formação para aprender a usar o comando da nova televisão ou o relógio do forno lá de casa, ou seja, não é preciso formação para tudo. É preciso ter vontade própria e querer aprender, coisas que para os professores deveriam ser inatas!
E os pais idem! Os pais são pais e se quiserem que a criança em vez de jogar faça uma pesquisa ou um trabalho é uma questão de o sugerir e até de se sentarem ao seu lado a ajudar a fazê-lo. Mas para isso é que há menos tempo... Por isso, o melhor é criticar as horas que ela passa a jogar ou pôr o Magalhães (que foi dado ou pago um preço reduzido, logo, tem pouco valor) a um canto.
BW
A verdade é que se os professores quiserem podem dar algum uso à máquina, em vez de se queixarem de falta de formação e assim. Ninguém lhes dá formação para aprender a usar o comando da nova televisão ou o relógio do forno lá de casa, ou seja, não é preciso formação para tudo. É preciso ter vontade própria e querer aprender, coisas que para os professores deveriam ser inatas!
E os pais idem! Os pais são pais e se quiserem que a criança em vez de jogar faça uma pesquisa ou um trabalho é uma questão de o sugerir e até de se sentarem ao seu lado a ajudar a fazê-lo. Mas para isso é que há menos tempo... Por isso, o melhor é criticar as horas que ela passa a jogar ou pôr o Magalhães (que foi dado ou pago um preço reduzido, logo, tem pouco valor) a um canto.
BW
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Cesário na voz de Mário de Carvalho
"Nas nossas ruas, ao anoitecer, há tal soturnidade, há tal melancolia, e no século XXI, Cesário amigo, pouca é a melhoria. As municipalidades poupam nos gastos de iluminação, porque interiorizam que os habitantes já chegam à noite fartos da célebre luz de Lisboa e precisam de descansar os olhos e os sentidos."
Mário de Carvalho, A Arte de Morrer Longe, Lisboa, Caminho, p. 100
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Quanto custa educar um filho?
Falámos com famílias diferentes. Ok, são todas numerosas e em quatro, três são de uma classe média/média-alta. Por isso, gostei tanto (e sofri, que ouvir pessoas também tem destas coisas, de nos envolvermos e assim) de conhecer a família Inácio porque Rute, doente e desempregada, quer para os filhos exactamente o que os outros pais da reportagem (um arquitecto, um médico, uma professora, uma funcionária pública, etc...) querem: uma educação de qualidade, um futuro que sabe que passa pela educação que der aos filhos. Tal como os outros (ou mais do que os outros) esta mãe sabe que a educação não é só a escola, é tudo o que dá aos filhos, da alimentação às idas ao museu, da saúde à religião.
Para ler, com paciência porque é muito comprido, aqui.
BW
Para ler, com paciência porque é muito comprido, aqui.
BW
Os pais dos colégios privados
Por estes dias há quem amaldiçoe os pais dos colégios privados, os que - porque perderam o emprego, fizeram as contas ou porque sim - tomaram a decisão de tirar os filhos dos colégios e escolheram as escolas públicas. O problema é que estes pais escolhem as "melhores", as que estão mais bem colocadas nos rankings feitos com os resultados dos exames nacionais. Os pais do privado são pais elucidados, informados.
Quem fica a perder, os de sempre, o elo mais fraco, os alunos que não pertencem à área de residência da escola onde até ao ano passado estavam porque a escola não estava cheia, os seus lugares podem ter sido ocupados pelos filhos destes pais. É que muitos deles moram precisamente nessas áreas onde estão os antigos liceus, outros movem influências, fazem as falcatruas do costume, dão moradas falsas e há direcções que preferem ter um aluno que vem do colégio A e B a outro que vem de outra pública. O problema é que sabemos que isto acontece mas não há ninguém a dizê-lo em "on".
BW
PS: Já agora, leia.
Quem fica a perder, os de sempre, o elo mais fraco, os alunos que não pertencem à área de residência da escola onde até ao ano passado estavam porque a escola não estava cheia, os seus lugares podem ter sido ocupados pelos filhos destes pais. É que muitos deles moram precisamente nessas áreas onde estão os antigos liceus, outros movem influências, fazem as falcatruas do costume, dão moradas falsas e há direcções que preferem ter um aluno que vem do colégio A e B a outro que vem de outra pública. O problema é que sabemos que isto acontece mas não há ninguém a dizê-lo em "on".
BW
PS: Já agora, leia.
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segunda-feira, 6 de setembro de 2010
diz-me o que lês, dir-te-ei quem és
Tenho de confessar que, na praia, não resisto a olhar à volta a ver o que lêem os meus vizinhos. Na verdade, não é pelos vizinhos, é mesmo pelos livros, esses estranhos objectos com poder de hipnotização. E não é por mal que o faço, mas não resisto a espreitar os títulos dos livros, autor ou o "tipo". Uns invejo, outros nem por isso. E depois, também sem querer, crio imagens das pessoas. Na verdade, não acredito na versão do provérbio português que diz "diz-me o que lês, dir-te-ei quem és", pois também eu, por obrigação ou para conhecer, leio coisas com as quais não me identifico. No entanto, alguns retratos são impossíveis de evitar e começam a desenhar-se na minha cabeça. Por exemplo, que retrato fazer da avô rezingona que se queixa da correria dos meus filhos na praia cuja neta de dez anos (no máximo!) lê Nicolas Sparks deitada na toalha? E que pensar da família - pai, mãe e filha adolescente - que aluga uma barraca na praia e dela não saem os três e cujo pai passa as tardes a ler e sublinhar a bíblia e uma revista de uma seita religiosa? Bom, estes foram os casos que, este ano, mais me permitiram efabular, pois, na realidade, na vizinhança mais próxima e debaixo do mesmo toldo, partilhamos gostos e até livros.
Para o ano, no culminar das férias, faço antes um post a partir de uma nova versão do provérbio que me parece mais justa: diz-me o que gostas de ler e dir-te-ei quem és.
Ana Soares
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O nosso Verão é mais azul!
E para celebrar o último dia de praia, mais uma memória vintage: O Verão Azul!
O nosso Verão sempre foi mais azul do que o de Chanquete, Julia e dos miúdos da série espanhola! Mais azul, mais fresco, com uma vila e praias mais bonitas, com família e amigos, tudo melhor! Para o ano, há mais! Apesar disso, é inevitável assobiar a música do genérico quando nos/os vemos em cima de uma bicicleta!
Por agora vamos aproveitando os fins-de-semana!
BW
ulminar
O nosso Verão sempre foi mais azul do que o de Chanquete, Julia e dos miúdos da série espanhola! Mais azul, mais fresco, com uma vila e praias mais bonitas, com família e amigos, tudo melhor! Para o ano, há mais! Apesar disso, é inevitável assobiar a música do genérico quando nos/os vemos em cima de uma bicicleta!
Por agora vamos aproveitando os fins-de-semana!
BW
ulminar
domingo, 5 de setembro de 2010
Frases ilustradas
Do outro lado do Atlântico, um blogue bem engraçado! (para ler com sotaque de português do Brasil)
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sábado, 4 de setembro de 2010
Surf ao contrário
Um post ainda com sabor a mar e férias para os apreciadores dos desportos no mar (e a pensar especialmente num apreciador especial que leva, com muito carinho, a minha jovem a banhos). O Skimming voltou a estar na moda na minha praia. Agora já não são pranchas de madeira, mas sim de fibra (e que têm um aspecto mais alongado). Neste link podemos ver algumas imagens e testemunhos de jovens praticantes desta modalidade assim como ler algumas curiosidades das quais esta me pareceu a mais interessante:
" A título de curiosidade, em alguns locais, como Bahia - Brasil, este desporto é conhecido como frus (surf ao contrário) por conta de inversão: em vez de-se partir da onda para a praia, o skimmer corre da praia para o mar."
Ana Soares
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Karate Kid
Alguém se lembra do Ralph Macchio? O poster da Bravo, dentro do roupeiro, ao lado do de Tom Cruise em Top Gun, é um facto indesmentível na minha vida...
Primeiro em Os Marginais - contracenando com Cruise e outros actores que poderiam muito bem estar na porta do roupeiro como Matt Dillon, Emílio Estevez, C. Thomas Howell, Patrick Swayze e Rob Lowe, não necessariamente por esta ordem -, veio a saga de Karate Kid.
Com o mesmo nome surge um remake que se passa na China, com Jackie Chan e Jaden Smith, o filho de Will Smith. Os miúdos da casa irão ver, a mãe não, gosta da memória de Macchio, com a sua voz rouca, a lutar pelo amor de uma miúda que, na altura, podia muito bem ser ela!
Macchio não envelheceu bem, temos pena!
BW
Primeiro em Os Marginais - contracenando com Cruise e outros actores que poderiam muito bem estar na porta do roupeiro como Matt Dillon, Emílio Estevez, C. Thomas Howell, Patrick Swayze e Rob Lowe, não necessariamente por esta ordem -, veio a saga de Karate Kid.
Com o mesmo nome surge um remake que se passa na China, com Jackie Chan e Jaden Smith, o filho de Will Smith. Os miúdos da casa irão ver, a mãe não, gosta da memória de Macchio, com a sua voz rouca, a lutar pelo amor de uma miúda que, na altura, podia muito bem ser ela!
Macchio não envelheceu bem, temos pena!
BW
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O Livro de José Luís Peixoto
Não é um post original, mas achei que não valia a pena criar outras palavras para falar do novo livro de José Luís Peixoto, O Livro, que dia 24 de Setembro chega às livrarias.
Aqui fica o que está disponível no site da Bertrand:
Este livro elege como cenário a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura.
Livro confirma José Luís Peixoto como um dos principais romancistas portugueses contemporâneos e, também, como um autor de crescente importância no panorama literário internacional.
«O dom de Peixoto para a escrita é algo raro, de beleza rítmica.» The Guardian
«Um escritor que levanta bem alto a literatura do seu país.» Le Figaro
«Peixoto surpreende pela profundidade estilística com que mostra seguir o exemplo maiúsculo do grande José Saramago e pela coragem de criar, hoje, estruturas narrativas solidamente actuais sob os exemplos, também, de Faulkner, Rulfo, Donoso.» L' Unitá
«A prosa encantatória e audaz de Peixoto é consistentemente bela, inacreditavelmente rica e ressonante.» The Independent
«A escrita de Peixoto é, ao mesmo tempo, fresca, ágil e envolvente, contendo toda uma herança literária universal. Estamos perante um escritor maduro. Um admirável escritor português.» Luís Sepúlveda
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quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Simplificação da Avaliação do Desempenho dos Professores
“A mensagem que trouxemos foi no sentido de, garantindo que a avaliação seja séria, rigorosa e exigente, seja também simplificada, que não se transforme naquilo que venha a ser o mais importante da actividade do professor”, disse aos jornalistas o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, no final de uma reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Ventura.
Subscrevo.Leia a notícia aqui
Ana Soares
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avaliação dos professores
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Quadros dos estabelecimentos de ensino subdimensionados
É desta forma que os sindicatos reagem aos números que resultam do concurso de colocação de professores que ontem foram tornados públicos. Leia a notícia aqui.
Concurso de professores: a confusão cíclica
Ontem foi um dia difícil para milhares de candidatos ao concurso de professores. Dos 50 mil cerca de 18 mil foram colocados, sabe-se lá onde, muitos foram desterrados para longe de casa e terão de resolver as suas vidas pessoais em dois dias, para se apresentar nas escolas atribuídas.
Mas dos cerca de 18 mil, houve 10 mil que foram reconduzidos com horários completos nas escolas onde já o ano passado leccionaram, o que significa que não são "necessidades transitórias" que esses estabelecimentos de ensino têm, mas permanentes. É por essa razão que os sindicatos pedem que sejam abertos concursos para quadros de escola e lembram que, nos últimos quatro anos, cerca de 15 mil professores se aposentaram.
O sistema precisa mesmo de mais professores, profissionais que estejam nos quadros? Este concurso vem dizer-nos que sim. E se a ele somarmos o alargamento da escolaridade obrigatória, então, de facto, a resposta é positiva.
O problema é orçamental. É muito mais barato para o sistema ter pessoas que praticamente pagam para trabalhar do que ter quadros estáveis a progredir na carreira e a engrossar as despesas do ministério.
Deste modo, continua-se a sacrificar a educação porque um professor contratado, por muitos anos de tarimba que tenha, por muito quilómetro que esteja habituado a percorrer, precisa sempre de um tempo para se adaptar à nova escola - as escolas são públicas mas não são todas iguais! -, ao funcionamento, ao saber onde ficam os lugares das coisas, a ganhar confiança, a fazer parte da casa, aos alunos e isso demora, com eventuais prejuízos para os estudantes.
BW
Mas dos cerca de 18 mil, houve 10 mil que foram reconduzidos com horários completos nas escolas onde já o ano passado leccionaram, o que significa que não são "necessidades transitórias" que esses estabelecimentos de ensino têm, mas permanentes. É por essa razão que os sindicatos pedem que sejam abertos concursos para quadros de escola e lembram que, nos últimos quatro anos, cerca de 15 mil professores se aposentaram.
O sistema precisa mesmo de mais professores, profissionais que estejam nos quadros? Este concurso vem dizer-nos que sim. E se a ele somarmos o alargamento da escolaridade obrigatória, então, de facto, a resposta é positiva.
O problema é orçamental. É muito mais barato para o sistema ter pessoas que praticamente pagam para trabalhar do que ter quadros estáveis a progredir na carreira e a engrossar as despesas do ministério.
Deste modo, continua-se a sacrificar a educação porque um professor contratado, por muitos anos de tarimba que tenha, por muito quilómetro que esteja habituado a percorrer, precisa sempre de um tempo para se adaptar à nova escola - as escolas são públicas mas não são todas iguais! -, ao funcionamento, ao saber onde ficam os lugares das coisas, a ganhar confiança, a fazer parte da casa, aos alunos e isso demora, com eventuais prejuízos para os estudantes.
BW
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