Uma menina terrível, que nunca pedia por favor.
O que a Leonor queria, tirava sem pedir:
Uma torrada, uma cadeira, um livro para colorir.
A Leonor nunca esperava pela sua vez,
Não pedia por favor nem agradecia.
Ela nunca aprendia..."
in Leonor, pede por favor! (Say please, Louise, na versão original)
Uma vez, a Rosa rasgou a camisola.
- Fui raptada por piratas! - gritou.
De outra vez, a Rosa partiu uma janela.
- Foi um meteorito medonho!
Ainda outra vez, a Rosa encharcou a casa de banho.
- A culpa foi do elefante!"
in Rosa, não sejas mentirosa! (Don't tell lies, Lucy, na versão original)
Todos os dias na escola, o João bate...tira...puxa...e esfola......
e todos lhe pedem:
- João, não sejas rufião!"
in João, não sejas rufião! (Don't be bully, Billy, na versão original)
A colecção chama-se Comportamento e é publicada pela Texto Editora. São pequenas histórias que chamam a atenção dos mais pequenos para alguns comportamentos que eles conhecem tão bem, seja porque os praticam ou porque são vítimas dos mesmos...
Ficamos à espera do Give that back, Jack e do Don't be greedy, Graham, dos mesmos autores. Phil Roxbee Cox (texto) e Jan McCafferty (ilustração).
BW
Estive para comprar o da Leonor mas achei q a história termina de uma forma mto violenta. A Leonor é levada por uma águia e termina a história em cima do ninho a pedir "por favor". Sinceramente não gostei.
ResponderEliminarConfesso que gosto (quase) sempre de um final escatológico! que seja divertido para eles e para nós! desde que não seja de mau gosto.BW
ResponderEliminarComprei o livro esta semana, para oferecer por altura do Natal, à minha filha.Fiquei desapontada por não encontrar um com o nome de Diogo para poder oferecer ao irmão. Gostava de lhes oferecer, além dos tradicionais brinquedos, livros didáticos que os ajudasse e a nós, pais, a falar, com alguma graça, da realidade do dia a dia e de como alterar comportamentos errantes. Pois foi com pena que, ao chegar a casa e mostrar o livro ao meu marido chegámos à conclusão que o livro não fazia nada do que ansiávamos. Primeiro, não se vendem águias em lojas de animais depois, por muito mal comportada que seja a nossa filha, qual é o pai que fica satisfeito ao ver a sua filha ser raptada por uma águia e abandoná-la num ninho onde não existe nada nem ninguém e a pobre criança chora desalmadamente por ajuda???? Será que algum pai/mãe ou qualquer outro familiar, consegue ler o livro até ao fim e, mesmo assim, oferecê-lo a uma criança? Afinal que valores queremos nós transmitir às nossas crianças e aos seus familiares? Que à simples birra ou sinal de mau comportamento, as abandonamos? Onde está a compreensão, o amor eterno. Sinceramente, penso que este livro devría ser retirado do mercado pois quem o comprar/receber, vai ter uma grande desilusão.
ResponderEliminarAinda bem que não pedi para embrulharem e, ao mostrar a excelente compra que tinha realizado ao meu marido, deparei-me com o desenrolar da história e com o seu final trágico.
Acho que não devemos nunca erradicar livros do mercado, por piores que sejam. A nossa liberdade está precisamente na escolha! Se não presta, não se compra e ponto final! É um livro para crianças e é bom que seja imaginativo. Não se vendem águias nas lojas? Pois não, mas não têm de se vender; assim como não há sete anões a viver numa floresta,com uma linda princesa como empregada doméstica; assim como não há um boneco com um guizo no barrete vermelho que conduz um táxi amarelo; assim como não há "n" situações que aparecem em milhares de livros e por isso é que é bom ler e ir além do que se lê! Ou seja, uma história onde há uma criança teimosa que é castigada, é isso mesmo: uma história que mostra aos mais novos que há consequências para os nossos actos e que essas podem ser pesadas. Mas lá está, todos temos liberdade para ler! BW
ResponderEliminarLá está: "(...) se não presta, não se compra (...)", só que para se saber isso, provavelmente terá que se comprar, para ler e depois não se gosta... tarde demais! Não querendo defender nenhuma das outras histórias... são idílicas, este facto é facilmente depreendido no decorrer da história, já no caso da Leonor, os pais existem , os irmãos existem, as águias existem tudo na história pode ser verdadeiro (tirando o facto da águia conseguir levantar a Leonor do chão), facilmente podemos induzir as crianças a ter medo das águias (ou outros pássaros) ou mesmo das lojas de animais... se os meus pais me estão a levar à loja de animais...
ResponderEliminarQuando cada vez mais se sugere que não se conte histórias do "papão" para as crianças comerem, se alteram letras das músicas "atirei o pau ao gato", etc, não me parece construtivo ter uma história que, a meu ver, de "imaginativo" não tem nada!!! Exceptua-se a ilustração que está de facto, muito boa.
Nunca compro um livro ilustrado sem o ler antes porque gosto de perceber bem a mensagem antes de os dar seja aos meus filhos, sobrinhos ou amigos. Gosto de os escolher e adequá-los à personalidade de cada um. Já os de 200 páginas confesso que não fico a lê-los de fio a pavio, mas folhei-os, leio o primeiro capítulo e o último para perceber se vale a pena. Os de 200 páginas (para eles, porque para mim, gosto de ser surpreendida e, lá está, nem sempre somos bem surpreendidos!). Quanto aos medos e às mudanças dos finais das histórias para não susceptibilizar os mais pequenos, já há muitos investigadores da infância a dizer precisamente o contrário: que nos devemos deixar do politicamente correcto, que as histórias não devem ser romanceadas mas contadas exactamente como nos foram contadas porque isso permite às crianças saber lidar com o medo. Claro que não devemos dizer-lhes que vem aí o papão comê-los, mas se eles não souberem lidar com esses medos seguros que são os transmitidos pelas músicas ou histórias, mais dificuldade terão em lidar com medos reais dos quais, mesmo que queiramos muito, nem sempre os conseguimos proteger.Ou seja, não devemos traumatizá-los mas o mal, a inveja, a morte, tudo isso deve fazer parte das suas vidas. BW
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