Todos os Verões, um dos meus descendentes vai ao Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, ao serviço de Traumatologia. Invariavelmente sai de muletas, com gesso e sempre com ordem de descanso e anti-inflamatórios. Este ano, não foi excepção.
Desta vez, por causa da gripe A, obriguei-o a ficar na rua, enquanto não era chamado para ser observado. Esperavamos e, de repente, os corredores encheram-se de seguranças e de auxiliares com máscaras no rosto. Fomos empurrados para uma sala e fechados, com um pedido de desculpas e um recado: Assim que fosse possível, a porta voltaria a ser aberta.
Pelo vidro martelado, tentava perceber o que se passava do lado de fora, sem sucesso. Era, concerteza uma criança com um possível diagnóstico de gripe A que passava. Na sala, estava outro pai com o filho e tinham o pânico estampado no rosto. Quando as portas se abriram, ouvimos os profissionais de saúde comentar que não se sentiam seguros no seu local de trabalho.
Ao chegamos a casa, lavamos as mãos, pusemos toda a roupa para lavar e tomamos um banho. E pensei: Não está mal, para quem não queria ser muito paranóica com esta coisa da gripe A...
De repente, deixei de ser racional e comecei a pensar no regresso às aulas.
Os ministérios da Saúde e da Educação estão atentos e têm planos de contingência. Salas para isolar os suspeitos, enquanto os familiares não os vão buscar.
Será suficiente? Como combater os pais com comportamentos anti-sociais? Aqueles que dão o Brufen de manhã e mandam os miúdos doentes para a escola (não por inconsciência, mas porque não têm com quem deixá-los)? Estas coisas são impossíveis de combater.
BW
PS: Todas as dúvidas podem ser esclarecidas aqui.
E como será com cerca de 45 mil alunos a terem aulas em contentores, espaços ainda mais exíguos, claro, do que a maior parte das salas de aula?
ResponderEliminarÉ por inconsciência SIM! Se a criança está doente e näo têm com quem deixar, façam como eu e TIREM O DIA DE FÉRIAS! Mas olha lá incomodarem-se, o-ho!
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