No meio do zapping dei com um novo programa na SICNotícias, Ponto contra Ponto, onde Pacheco Pereira (PP) fala sobre jornalismo. Apanhei-o a falar sobre as quebras de vendas dos diários para dizer que os que mais tinham caído no último semestre, o PÚBLICO e o 24 Horas, tratavam mal essa informação porque não lhes convinha.
PP, que escreve no PÚBLICO (poderá ser uma das causas porque este título tem menos leitores?), esquece que este jornal tem feito vários trabalhos, inclusivé destaques, sobre o assunto. Quanto ao 24 Horas, PP acusa de não ter incluído o próprio título numa tabela onde estavam todos os diários e mostrava a página desse jornal, que o contrariava: o 24 Horas estava na primeira linha da tabela. Confrangedor.
Critica ainda a existência de famílias que pagam obituários que saem na mesma página que os obituários de personalidades, no Expresso. Diz que não se percebe se é publicidade paga e volta a mostrar a folhinha do jornal: Lá está! PP não vê, mas o espectador em casa consegue ler a palavra Servilusa!
Depois elogiou um trabalho da revista Exame onde, mais uma vez, o computador Magalhães é notícia, para mostrar como as peças do portátil não são portuguesas e outro texto sobre os concursos públicos e as suspeitas. Nada de novo, não há jornal neste país que não tenha já escrito sobre tal. Mas PP, além de falta de vista, está esquecido ou, então, sublinha o que lhe interessa: atacar o Magalhães, que é o mesmo que dizer o Governo, mesmo com notícias requentadas.
Por fim, pôs o ex-ministro Manuel Pinho a repetir, até à náusea, o bonito gesto feito a semana passada na Assembleia da República, enquanto dizia que o pior de tudo era a repetição que se tinha feito da imagem!
Qual é o objectivo de tão desinteressante programa? A SICNotícias precisa de um PP a falar sobre jornais? Não há especialistas sobre o assunto, professores ou investigadores universitários que saibam mesmo do que falam?
Pacheco Pereira é uma espécie de faz-tudo de um partido que não gosta especialmente dele. Um destes dias ainda o veremos, com a monotonia que o caracteriza, de pé, junto ao mapa de Portugal, a comentar a meteorologia e a reforçar como o céu ao fim do dia está laranja, laranja, lindo, lindo!
BW
:)
ResponderEliminarCoisa mais linda!!!!!
O Pacheco Pereira tem razão porque os números que vem no 24 Horas não correspondem aos que vem em todos os jornais e do controlo da tiragem, mas sim apenas uns números de Março e Abril que o jornal foi buscar para disfarçar a quebra e que não permitem a comparação. Também ouvi-o dizer alto e bom som que as necrologias do Expresso eram de uma agência funerária. Será que viram o programa sem som?
ResponderEliminarO que PP disse é que o 24 Horas NÃO apresentava os dados, quando eles estavam na primeira linha da tabela. Quanto ao Expresso o que disse é que não se percebia bem se era publicidade paga ou não.
ResponderEliminarBárbara,
ResponderEliminarFelicito-a por este post dedicado a um dos maiores tudólogos da nossa praça, o enorme Génio Pacheco Pereira, que, como é hábito, fala de tudo com a arrogância da ignorância. Mas tem seguidores.