sexta-feira, 24 de julho de 2009

Morreste-me, José Luís Peixoto

"E pensei, não poderiam os homens morrer como morrem os dias?
Assim, com pássaros a cantar sem sobressaltos e a claridade líquida vítrea em tudo e o fresco suave fresco, a brisa leve a tremer as folhas pequenas das árvores, o mundo inerte ou a mover-se calmo e o silêncio a crescer natural natural, o silêncio esperado , finalmente justo, finalmente digno." p.19


Nova edição de Morreste-me de José Luís Peixoto, livro dedicado ao seu falecido pai, que o autor imortalizou nas suas memórias e com as suas palavras. Um livro carregado de emoções.

As 60 páginas mais intensas que já alguma vez li.

Encontrei algumas delas perdidas, por aqui.

Ana Soares

2 comentários:

  1. Ao nível dos filmes de Domingo à tarde na SIC Mulher, bons para esgotar caixas de kleenex's e pouco mais.

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  2. Foi um sucesso, esta tarde, na praia. Três leitores, de seguida. "Muito poético", disse o primeiro. "Sublime", resumiu o segundo. "Lindissimo", acrescentou o terceiro. "Um erro", descobrimos todos. Nem uma só lágrima vertida, mas o desejo de sentir aquele amor imenso pelo pai. BW

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