É o título do último livro da jornalista Isabel Stilwell. O lançamento acontece no próximo sábado e na impossibilidade de estar presente, sentei-me a ler as histórias - embora na capa diga "pais não entram neste livro!".
É divertido, é comovente, é sensato - gosto pouco das avós e dos netos a tratarem-se por "você" mas é um estilo.
Gosto das várias definições que Stilwell dá à palavra "avós" e às missões que traça para eles: "São avós que aprenderam que não há desculpa para a crueldade, a má-criação, o egoísmo e a tirania, e que as crianças mais felizes são aquelas que tiveram direito a uma autoridade com amor - e estão dispostos a exercê-la."
Stilwell escreve uma "carta de uma avó feliz" e diz coisas que parecem óbvias mas que precisamos de ler para nos lembrarmos: "Há muitos, muitos anos, quando fui mãe pela primeira vez percebi rapidamente que o mundo nunca mais seria o mesmo. Mudava por dentro, na consciência de um amor absolutamente irracional e desmedido por aquela criatura, e mudava por fora, porque a verdade, verdadinha é que nunca mais se come (adeus às refeições sossegadas), pensa (seum um «ó mãeee...» que corta o fio à meada) ou dorme (meu Deus, como se sobrevive a uma, duas... dez noites de privação de sono?) da mesma maneira. O dia a dia passa a ser um teste constante aos nossos limites e à nossa paciência e resistência, contrabalançado pela surpresa de descobrir que o nosso coração é absolutamente elástico, e cresce com eles."
E depois de ler esta carta, descobri porque é que os pais não o devem ler, porque vão ficar cheios de vontade de ser avós!
BW
Sem comentários:
Enviar um comentário